Novo conceito na clareação dentária pela técnica no consultório



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Transcrição:

Caso Clínico Novo conceito na clareação dentária pela técnica no consultório Fabiano Carlos Marson*, Luis Guilherme Sensi**, Rodrigo Reis*** Resumo O objetivo deste trabalho foi avaliar o tempo de decomposição e o ph dos agentes clareadores utilizados na clareação no consultório, em relação ao tempo de aplicação. Foram selecionados 4 agentes clareadores e divididos em 4 grupos (n = 5): G1 - Opalescence Xtra Boost (Ultradent); G2 - Whiteness HP Maxx (FGM); G3 - Lase Peroxide Sensy (DMC) e G4 - White Gold Office (Dentsply). A manipulação dos agentes clareadores seguiu as orientações do fabricante. Para avaliação da dosagem de peróxido de hidrogênio em relação ao tempo, foi utilizado o método de titulação do peróxido de hidrogê- nio com permanganato de potássio preconizado pelo manual de farmacopéia americana (USP) e avaliação do ph do agente clareador através do papel indicador universal de Merck. No teste estatístico de ANOVA, foi observado a hipótese de igualdade entre os grupos, avaliando o fator decomposição em relação ao tempo. No tratamento clareador de dentes vitais através da técnica no consultório com peróxido de hidrogênio, não há necessidade de trocas do agente clareador durante a sessão clínica, quando o agente clareador utilizado mantêm o ph neutro. Palavras-chave: Clareação dentária. Peróxido de carbamida. Peróxido de hidrogênio. * Professor doutor de Dentística e Clínica Integrada da Faculdade Uningá. Coordenador do curso de especialização em Dentística da Faculdade Uningá/Maringá e Uningá/Cuiabá. ** Professor doutor de Dentística, Universidade de Baltimore, Maryland, EUA. *** Mestre em Odontologia Restauradora e Biomateriais pela Universidade de Michigan. Doutor em Odontologia pela UFRJ. Professor coordenador de Dentística e Materiais Dentários da FO-UNIGRANRIO. R Dental Press Estét, Maringá, v. 5, n. 3, p. 55-66, jul./ago./set. 2008 55

Novo conceito na clareação dentária pela técnica no consultório INTRODUÇÃO Atualmente, há uma grande procura dos pacientes por tratamentos estéticos. Um sorriso com dentes brancos e alinhados é tão cultuado pela mídia que passou a ser o desejo de grande parte da população. Um dos tratamentos mais solicitados é a clareação dentária, que tem a finalidade de melhorar a aparência dos dentes. Este procedimento pode ser realizado em dentes vitais, de duas formas: técnica em casa (supervisionada pelo dentista, que necessita da colaboração do paciente), ou técnica no consultório (realizada pelo profissional), erroneamente denominada técnica a laser 13,16. Na técnica de clareação dentária no consultório são utilizadas concentrações mais altas, variando de 30% a 38% de peróxido de hidrogênio, em algumas aplicações. No entanto, o profissional deve ficar atento durante o procedimento clareador, pois a alta concentração pode induzir efeitos colaterais, como sensibilidade dentária, irritação gengival e ulceração nos tecidos moles bucais. Todos os tecidos moles do paciente (gengivas, bochechas, língua e lábios) devem ser isolados do contato com o produto clareador. O profissional e sua equipe também devem se precaver, utilizando luvas, aventais ou jalecos de manga comprida e óculos de proteção. A grande vantagem da técnica de clareação dentária no consultório é que os resultados são alcançados em poucas, porém longas consultas (de duas a quatro sessões) 9,13. Embora a clareação caseira seja a técnica mais utilizada, consagrada e estudada há quase 20 anos, alguns pacientes não optam por este tratamento, pois: - não querem utilizar o produto clareador todos os dias, durante o período de 2 a 3 semanas; - não se adaptam à técnica devido à utilização da moldeira plástica; - fator marketing dos meios de comunicação e do dentista em relação à clareação no consultório, sendo solicitada pelos pacientes 4,11. Vale ressaltar que, para a correta escolha da técnica de clareação, é necessária a avaliação completa do paciente, identificando o estado bucal através de radiografias, anamnese e exame clínico, visando diagnosticar a causa da alteração de cor. O diagnóstico irá nortear o dentista na definição de qual plano de tratamento será mais adequado 7,22. As empresas que fabricam os agentes clareadores recomendam que estes permaneçam, no máximo, por 15 min sobre a superfície dentária, podendo-se repetir esse processo por 3 vezes na mesma sessão clínica. Contudo, não há, na literatura científica, uma base consolidada deste protocolo. Devido ao surgimento de novas perguntas sobre a técnica de clareação dentária, torna-se importante o estudo da eficácia deste procedimento. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo avaliar in vitro a decomposição do agente clareador, em relação ao tempo, e verificar os resultados na clínica. MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizados quatro agentes clareadores para verificação da decomposição do gel em relação ao tempo de utilização, compondo os 4 grupos estudados (Tab. 1). Utilizou-se o método da USP (United States Pharmacopeia), que as indústrias de produtos para saúde, cosméticos e farmacéuticos utilizam para aferir o teor e demais propriedades relevantes das matérias-primas, no caso específico, o peróxido contido nos agentes clareadores. Foram utilizados 30 corpos-de-prova para cada grupo avaliado, totalizando 120 corpos- 56 R Dental Press Estét, Maringá, v. 5, n. 3, p. 55-66, jul./ago./set. 2008

Fabiano Carlos Marson, Luis Guilherme Sensi, Rodrigo Reis Tabela 1 - Características dos grupos amostrais estudados. nome comercial %* fabricante manipulação G1 Opalescence Xtra Boost 38% Ultradent G2 Whiteness HP Maxx 35% FGM G3 Lase Peroxide Sensy 35% DMC G4 White Gold Office 35% Dentsply * Concentração de peróxido de hidrogênio. duas seringas que se acoplam uma contém o peróxido e a outra o ativador mistura da fase 1(peróxido) com a fase 2 (espessante) na proporção de 3 gotas de peróxido para 1 gota de espessante mistura da fase 1 (peróxido) com a fase 2 (espessante) na proporção de 3 gotas de peróxido para 1 gota de espessante duas seringas que se acoplam uma contém o peróxido e a outra o ativador de-prova. Para obtenção de cada média e desvio-padrão foram utilizados 5 corpos-de-prova (n = 5), que estão dispostos no tabela 2. O método utilizado para verificação da concentracão do peróxido em relação ao tempo de aplicação foi a titulação de peróxido de hidrogênio com permanganato de potássio. Este método descreve a dosagem de peróxido de hidrogênio e aplica-se a amostras que contenham essa substância. O presente método baseia-se na reação de permanganometria, conforme a fórmula: 2KMnO 4 + 5H 2 O 2 + 4H 2 SO 4 = 2KHSO 4 + 2MnSO 4 + 5O 2 + 8H 2 O A mistura do agente clareador seguiu as normas de cada fabricante (Tab. 1). Após a mistura do agente clareador, foi pesada analiticamente uma quantidade de amostra, que continha aproximadamente 20g de peróxido de hidrogênio, em um béquer de 100ml. Na seqüência, foram adicionados 10ml de água destilada e transferida quantitativamente para um balão volumétrico de 250ml. Transferiu-se 5ml da solução amostral para um frasco de iodo de 250ml e adicionados 20ml de ácido sulfúrico 2N. Foi feita a titulação com a solução de permanganato de potássio 0,1N, até que a cor rosa-pálida persistisse por quinze segundos. Após, os dados obtidos foram aplicados na seguinte fórmula: V x fc x 1,701 x 100 C = m Onde: C = concentração (p/p) de peróxido de hidrogênio; V = volume de permanganato de potássio 0,1N utilizado na titulação, em mililitros; fc = fator de correção da solução de permanganato de potássio 0,1N; m = massa da amostra em miligramas. Para verificação do ph foi utilizado o papel indicador universal (Merck). Este papel vem cortado em tiras impregnadas com reagente em embalagem que apresenta a escala de cores, cada cor indica um ph diferente, que vai de 1 a 14 (método da USP - United States Pharmacopeia). O seguinte procedimento foi utilizado: misturou-se o agente clareador de acordo com as normas do fabricante de cada produto; em seguida, a mistura foi colocada em contato com o papel indicador; aguardou-se 1 minuto, para que houvesse tempo de reação entre o papel e a mistura; e foi comparada a coloração obtida na tira de papel (Merck) com o padrão da embalagem, obtendo-se o ph do produto. R Dental Press Estét, Maringá, v. 5, n. 3, p. 55-66, jul./ago./set. 2008 57

Novo conceito na clareação dentária pela técnica no consultório Tabela 2 - Média ± desvio-padrão dos resultados da decomposição do gel clareador em relação ao tempo. 0 min 5 min 15 min 25 min 35 min 45 min Opalescence Xtra Boost 36,01 ± 6,33 35,91 ± 4,32 35,24 ± 3,99 34,24 ± 3,45 33,47 ± 4,32 33,16 ± 4,78 Whiteness HP Maxx 32,53 ± 2,45 31,08 ± 2,23 30,87 ± 2,01 30,51 ± 2,67 28,96 ± 2,29 29,36 ± 2,98 Lase Peroxide Sensy 35,97 ± 2,56 34,64 ± 1,78 35,01 ± 1,79 34,38 ± 1,89 32,89 ± 2,89 33,64 ± 2,12 White Gold Office 35,39 ± 1,67 34,85 ± 1,78 33,82 ± 2,02 32,56 ± 1,54 31,99 ± 1,99 30,57 ± 1,77 40 35 30 25 20 15 10 5 0 0 min 5 min 15 min 25 min 35 min 45 min G1 G2 G3 G4 Tabela 3 - Médias dos valores do ph do gel clareador em relação ao tempo inicial e final do tratamento clareador. 0 min (inicial) 45 min Opalescence Xtra Boost 9 9 Whiteness HP Maxx 7 5 Lase Peroxide Sensy 10 5 White Gold Office 7 7 Gráfico 1 - Resultados da decomposição do gel clareador em relação ao tempo. RESULTADOS As médias dos valores da decomposição do gel clareador em relação ao tempo estão sumarizadas na tabela 2 e no gráfico 1 e as médias dos valores do ph do gel clareador na tabela 3. A análise de variância (ANOVA) foi utilizada para verificar se existia diferença estatística entre os grupos analisados, aplicada a um nível de 5% de significância e, a partir deste, a hipótese de igualdade entre os grupos foi aceita (p > 0,0002). CASO CLÍNICO 1 Paciente do gênero feminino, com 22 anos de idade, insatisfeita com a coloração dos seus dentes, compareceu ao consultório solicitando de tratamento estético. Após exame clínico, radiográfico e anamnese da paciente, verificouse que os dentes eram naturalmente amarelados (Fig. 1, 2). Foi indicada a clareação dentária na técnica no consultório, utilizando peróxido de hidrogênio a 38% Opalescence Xtra Boost (Ultradent, EUA). A paciente foi esclarecida sobre os procedimentos a serem realizados, bem como a respeito dos possíveis efeitos colaterais do tratamento clareador (sensibilidade dentária passageira e irritação gengival). No início do 58 R Dental Press Estét, Maringá, v. 5, n. 3, p. 55-66, jul./ago./set. 2008

Fabiano Carlos Marson, Luis Guilherme Sensi, Rodrigo Reis Figura 1 - Aspecto do sorriso, onde se observa os dentes naturalmente amarelados Figura 2 - Vista intrabucal frontal de uma jovem de 22 anos. Figura 4 - Durante a terceira sessão de aplicação do agente clareador, observa-se que não foi realizada a troca do agente clareador e, também, não foi utilizada fonte de luz auxiliar. Figura 3 - Após a aplicação da barreira para proteção da gengiva (GingiDam,Villevie),foi polimerizado cada dente por 10s. Em seguida foi aplicado o gel clareador Opalescente Xtra Boost (Ultradent) com concentração de peróxido de hidrogênio a 38%. tratamento clareador, é primordial a conferência da cor dos dentes, através da escala de cor, registrando-a no prontuário. Outra opção é tirar fotografias iniciais para compará-las ao final do tratamento ou, ainda, clarear inicialmente o arco superior e posteriormente o inferior. Para facilitar o procedimento de clareação, foram utilizados afastador labial (Jon, São Paulo), óculos de proteção, protetor intrabucal e sugador plástico acoplado à bomba vácuo de alta potência de sucção. Foi utilizado isolamento relativo da gengiva com o protetor gengival fotopolimerizável Gingi Dam (Dentalville, Joinville, Brasil) prevenindo o contato do gel clareador com o tecido gengival. Após, foi polimerizado cada dente por 10 segundos, através do LED SmartLite PS (Dentsply). É de fundamental importância a conferência da adaptação da barreira gengival, pois, se houver espaço, o gel clareador escoará e ficará em contato com a gengiva marginal, promovendo irritação gengiva e desconforto ao paciente. O agente clareador utilizado foi o Opalescence Xtra Boost (Ultradent, EUA), à base de peróxido R Dental Press Estét, Maringá, v. 5, n. 3, p. 55-66, jul./ago./set. 2008 59

Novo conceito na clareação dentária pela técnica no consultório Figura 5 - Vista lateral após a terceira sessão do gel clareador. Figura 6 - Aspecto do sorriso 30 dias após o tratamento clareador. de hidrogênio a 38%, aplicado sobre a superfície vestibular dos dentes no arco superior, sem aplicação de qualquer fonte de luz (Fig. 3). O paciente foi submetido a 3 sessões de clareação, com intervalo de 1 semana entre elas (Fig. 4). Em cada sessão clínica, foi aplicado o gel de peróxido de hidrogênio a 38%, que permaneceu por 45 minutos. Não foi utilizado qualquer tipo de fonte auxiliar (luz halógena, LED, LED + laser infravermelho, laser ou arco de plasma) pois a clareação dentária depende do agente clareador e não da fonte auxiliar 3,8,9, ou seja, não existe necessidade da associação de fonte catalizadora. O próprio fabricante do gel clareador não recomenda o uso de fonte de luz. A camada de gel aplicada na vestibular dos dentes superiores foi de, aproximadamente, 1mm de espessura. Com o auxílio de um pincel, o gel foi movimentado, para liberar eventuais bolhas de oxigênio e melhorar o contato com os dentes. Após os 45 minutos de cada sessão clínica, o agente clareador e a barreira gengival Gingi Dam foram removidos. Nas figuras 5 e 6 pode-se ver o aspecto final da clareação dentária, após 30 dias do término do tratamento clareador. CASO CLÍNICO 2 O tratamento clareador foi realizado da mesma forma, alterando apenas o gel clareador. A jovem paciente possuía os dentes hereditariamente amarelados, considerada a melhor indicação para a clareação de dentes vitais (Fig. 7). Em pacientes mais idosos, a clareação dentária responde mais lentamente, devido à menor permeabilidade do dente, necessitando de mais sessões, ou dias de tratamento, para se obter um bom resultado. Para a clareação dos dentes vitais, foi utilizado o isolamento relativo da gengiva e a proteção do paciente da mesma maneira do caso clínico 1. O agente clareador utilizado foi o White Gold Office (Dentsply, Brasil) à base de peróxido de hidrogênio a 35%, aplicado sobre a superfície vestibular dos dentes a serem clareados, simultaneamente nos arcos superior e inferior. O gel clareador é composto de duas seringas, uma contendo o peróxido de hidrogênio e outra o ativador. A mistura do gel clareador seguiu as 60 R Dental Press Estét, Maringá, v. 5, n. 3, p. 55-66, jul./ago./set. 2008

Fabiano Carlos Marson, Luis Guilherme Sensi, Rodrigo Reis Figura 7 - Dentes naturais vitais amarelados. Figura 8 - Aspecto após aplicação do gel clareador White Gold Office (Dentsply) sobre a face vestibular dos dentes, permanecendo por 45 minutos sem remoção do agente clareador. normas do fabricante, acoplando as duas bisnagas e misturando o peróxido com o ativador por 20 vezes. O mesmo foi aplicado, com a ponteira, sobre a superfície vestibular dos dentes a serem clareados (Fig. 8, 9). Nenhuma fonte de luz foi aplicada. A paciente foi submetida a três sessões de clareação com peróxido de hidrogênio a 35%, com uma aplicação do gel clareador em cada sessão clínica, com duração de 45 minutos em cada consulta, o intervalo entre as sessões foi Figura 9 - Observa-se os itens fundamentais para a clareação dentária no consultório: afastador labial, protetor lingual, óculos de proteção e sugador de alta potência. R Dental Press Estét, Maringá, v. 5, n. 3, p. 55-66, jul./ago./set. 2008 61

Novo conceito na clareação dentária pela técnica no consultório Figura 10 - Remoção do agente clareador White Gold Office com sugador endodôntico, após aplicação. de 7 dias. Para que haja uma maior estabilidade da cor na técnica no consultório, é necessário que se realize de duas a três sessões clínicas, ou a associação das técnicas (caseira e consultório). A paciente foi monitorada, evitando-se o contato do gel com a gengiva, e consultada quanto ao desconforto ou sensibilidade. Com auxílio de um pincel, o gel foi movimentado, para liberar eventuais bolhas de oxigênio e melhorar o contato com os dentes. Para remoção do gel clareador, foi utilizada a cânula aspiradora, evitando o contato do gel com os tecidos marginais (Fig. 10). Ao final de cada sessão, foi aplicado flúor neu- 62 R Dental Press Estét, Maringá, v. 5, n. 3, p. 55-66, jul./ago./set. 2008

Fabiano Carlos Marson, Luis Guilherme Sensi, Rodrigo Reis Figura 11 - Aspecto frontal do sorriso após o tratamento clareador. Figura 12 - Aspecto laterais do sorriso. tro incolor por 10 minutos, com o objetivo de evitar a sensibilidade dentária e a remineralização do esmalte. Não há necessidade de polimento dos dentes, a fim de evitar a desmineralização e o desgaste no elemento dentário. O aspecto final após as 3 sessões clínicas pode ser visto nas figuras 11 e 12. DISCUSSÃO No surgimento da técnica de clareação dentária no consultório, foi preconizada a associação de fontes auxiliares de energia (luz halógena, arco de plasma, LED, LED + laser infravermelho, e laser) com o objetivo de acelerar a reação de oxi-redução do gel clareador 25. Porém, R Dental Press Estét, Maringá, v. 5, n. 3, p. 55-66, jul./ago./set. 2008 63

Novo conceito na clareação dentária pela técnica no consultório vários trabalhos realizados em ambiente laboratorial ou clínico comprovaram que o importante no resultado final da clareação é o agente clareador utilizado, o tempo de aplicação e o número de sessões clínicas, e não a fonte de luz 10,12,13-20,22,23. A utilização das fontes auxiliares de luz é apenas mais uma promessa milagrosa, (dentre tantos outros mitos já lançados no mercado odontológico). A indicação padrão do tempo de aplicação dos agentes clareadores, na técnica no consultório, é de, no máximo, 15 minutos, porém, não há na literatura uma base consolidada sobre este protocolo. Verifica-se, através dos resultados, que a decomposição do agente clareador em relação ao tempo é mínima, sem diferença estatística, ou seja, os agentes clareadores avaliados promovem clareação após 15 minutos 17,18. Na clareação dentária, quando empregada a técnica no consultório, é preconizado o uso de agente clareador em alta concentração (peróxido de hidrogênio de 35% a 38 %), o que pode promover alterações na morfologia dos tecidos e nas estruturas dentárias 5,24. Porém, os dados referentes às alterações morfológicas dos tecidos dentários são conflitantes, em função da grande variedade de metodologias utilizadas, bem como da diversidade dos agentes clareadores, tempo de aplicação, suas concentrações, ph do agente clareador e marcas comerciais utilizadas 1,24. Entretanto, os efeitos adversos verificados in vitro não são encontrados quando realizados in situ ou in vivo 11,12. A maior preocupação na indicação das técnicas de clareação é a possibilidade da desmineralização do esmalte dentário. Alguns géis clareadores possuem ph ácido, o que pode favorecer essa desmineralização. Os agentes clareadores avaliados neste estudo, inicialmente, possuíam ph próximo ao neutro ou básico, fator importante, pois as soluções clareadoras com ph ácido podem promover alterações na topografia e permeabilidade do esmalte e maior sensibilidade dentária 2,21. O ph neutro ou básico dos agentes clareadores pode minimizar as alterações na estrutura dentária e os efeitos colaterais, como sensibilidade dentária e irritação gengival 3,21. Neste estudo foi verificado que, após um certo tempo da manipulação do agente clareador, o ph ficou ácido. Por isso, esses materiais devem ser removidos em até 25 minutos após sua manipulação. Os géis clareadores que mantêm o ph básico ou próximo do neutro podem ser utilizados, sem troca, sobre o elemento dentário, permanecendo sobre a estrutura dentária por até 45 minutos. CONCLUSÃO O gel clareador utilizado na técnica no consultório é estável, em relação à sua decomposição, até 45 minutos após a sua aplicação. Para um melhor resultado na técnica no consultório, é necessário que se realize, no mínimo, duas sessões clínicas. Na clareação dentária pela técnica no consultório não há necessidade do uso de fontes ativadoras. O gel clareador não precisa ser trocado de 15 em 15 minutos na mesma sessão clínica, para agentes clareadores que até 45 minutos mantenham seu ph acima do ph crítico. Enviado em: maio de 2008 Revisado e aceito: junho de 2008 64 R Dental Press Estét, Maringá, v. 5, n. 3, p. 55-66, jul./ago./set. 2008

Fabiano Carlos Marson, Luis Guilherme Sensi, Rodrigo Reis New concept for the in-office bleaching technique Abstract The aim of this work was to evaluate the decomposition time and ph of in-office bleaching gels and their relation to the application time. Four bleaching gels were selected and divided in the following experimental groups: G1 - Opalescence Xtra Boost (Ultradent); G2 - Whiteness HP Maxx (FGM); G3 - Lase Peroxide Sensy (DMC) and G4 - White Gold Office (Dentsply). The manipulation of the bleaching gel followed the manufacturers instructions. The method for evaluation of the hydrogen peroxide dosage, in relation to time, followed the USP recommendations, whereas the evaluation of ph was completed through Merck s universal indicating paper. ANOVA indicated that the hypothesis of equality between the groups was true, evaluating the factor decomposition in relation to time. Therefore, there s no need to replace the bleaching gel during in-office bleaching sessions as long as the used gel keeps its neutral ph. KEY WORDS: Dental bleaching. Carbamide peroxide. Peroxide hydrogen. Referências 1. AL SHETHRI, S.; MATIS, B. A.; COCHRAN, M. A.; ZEKONIS, R.; STROPES, M. A. Clinical evaluation of two in office bleaching products. Oper. Dent., Seatle, v. 28, no. 5, p. 488-495, Sept./Oct. 2003. 2. ANDRADE, A. P. Efeito da técnica de clareamento no conteúdo mineral do esmalte dental humano. 2005. 92 f. Dissertação (Mestrado em Odontologia opção Dentística)-Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, 2005. 3. ATTIN, T.; KIELBASSA, A. M.; SCHWANENBERG, M.; HELLWIG, E. Effect of fluoride treatment on remineralization of bleached enamel. J. Oral. Rehabil., Oxford, v. 24, no. 4, p. 282-286, Apr. 1997. 4. AUSCHILL, T. M.; HELLWIG, E.; SCHMIDALE, S.; SCULEAN, A.; ARWEILER, N. B. Efficacy, side effects and patients acceptance of different bleaching techniques (OTC, in office, at home). Oper. Dent., Seatle, v. 30, no. 2, p. 156-163, Mar./Apr. 2005. 5. AZEVEDO, J. F. G. Avaliação do desgaste e da rugosidade superficial do esmalte bovino submetido ao clareamento e escovação simulada. 2005. 128 f. Dissertação (Mestrado em Odontologia opção Dentística)-Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, 2005. 6. BUCHALLA, W.; ATTIN, T. External bleaching therapy with activation by heat, light or laser: a systematic review. Dent. Mater., Oxford, v. 23, no. 5, p. 586-596, May 2007. 7. GALLAGHER, A.; MAGGIO, B.; BOWMAN, J.; BORDEN, L.; MASON, S.; FELIX, H. Clinical study to compare two in office (chair side) whitening systems. J. Clin. Dent., Yardley, v. 13, no. 6, p. 219-224, 2002. 8. GOODSON, J. M.; TAVARES, M.; SWEENEY, M.; STULTZ, J.; NEWMAN, M.; SMITH, V.; REGAN, E. O.; KENT, R. Tooth whitening: tooth color changes following treatment by peroxide and light. J. Clin. Dent., Yardley, v. 16, no. 3, p. 78-82, 2005. 9. GOTTARDI, S. M.; BRACKETT, M. G.; HAYWOOD, V. B. Number of in office light activated bleaching treatments needed to achieve patient satisfaction. Quintessence Int., Berlin, v. 37, no. 2, p. 115-120, Feb. 2006. 10. HEIN, D. K.; PLOEGER, B. J.; HARTUP, J. K.; WAGSTAFF, R. S.; PALMER, T. M.; HANSEN, L. D. In office vital tooth bleaching what do lights add? Compend. Contin. Educ. Dent., Jamesburg, v. 24, no. 4A, p. 340-352, Apr. 2003. 11. JOINER, A. The bleaching of teeth: a review of the literature. J. Dent., Bristol, v. 34, no. 7, p. 412-419, Mar. 2006. 12. KIHN, P. W. Vital tooth whitening. Dent. Clin. North Am., Philadelphia, v. 51, no. 2, p. 319-331, 2007. 13. LIEBENBERG, W. Another white lie? J. Esthet. Restor. Dent., Hamilton, v. 18, no. 3, p. 155-160, 2006. 14. LUK, K.; TAM, L.; HUBERT, M. Effect of light energy on peroxide tooth bleaching. J. Am. Dent. Assoc., Chicago, v. 135, no. 2, p. 194-201, Feb. 2004. 15. MARSON, F. C. Avaliação clínica do efeito de diferentes unidades de ativação sobre o clareamento dental. 2006. 132 f. Tese (Doutorado na área de concentração Dentística)-Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 16. MARSON, F. C.; SENSI, L. G.; ARAÚJO, F. O.; ANDRADA, M. A. C.; ARAÚJO, E. Na era do clareamento dentário a laser ainda existe espaço para o clareamento caseiro? Rev. Dental Press Estét., Maringá, v. 3, n. 1, p. 135-144, jan./mar. 2006. 17. MARSON, F. C.; SENSI, L. G.; STRASSLER, H.; MIRAZIZ, L.; RIEHL, H. In office bleaching gel application time evaluation (3x15min X 1x45min): pilot studies. Int. Assoc. Dental Res., Toronto, 2008. Abstract nº 1027. R Dental Press Estét, Maringá, v. 5, n. 3, p. 55-66, jul./ago./set. 2008 65

Novo conceito na clareação dentária pela técnica no consultório 18. MARSON, F. C.; SENSI, L. G.; STRASSLER, H.; RIEHL, H.; REIS, R. In office bleaching gel application times: clinical evaluation. Int. Assoc. Dental Res., Toronto, 2008. Abstract nº 1028. 19. MARSON, F. C.; SENSI, L. G.; VIEIRA, L. C.; ARAÚJO, E. Clinical evaluation of in office dental bleaching treatments with and without the use of light activation sources. Oper. Dent., Seattle, v. 33, no. 1, p. 15-22, Jan./Feb. 2008. 20. PAPATHANASIOU, A.; KASTALI, S.; PERRY, R. D.; KUGEL, G. Clinical evaluation of a 35% hydrogen peroxide in office whitening system. Compend. Contin. Educ. Dent., Lawrenceville, v. 23, no. 4, p. 335-338, Apr. 2002. 21. PRICE, R. B. T.; SEDAROUS, M.; HILTZ, G. S. The ph of tooth whitening products. J. Can. Dental Assoc., Ottawa, v. 66, no. 8, p. 421-426, Sept. 2000. 22. RIEHL, H. Considerações clínicas sobre terapias de clareamento dental. Scientifica, Milano, v. 1, no. 1, p. 68-78, 2007. 23. RIEHL, H.; NUNES, E. As fontes de energia luminosa são necessárias na terapia de clareamento dental? Jubileu de Ouro. 2007. Disponível em:<www.ciosp.com.br/anais/capitulos/cap07_ alta.pdf>. Rio de Janeiro, 2007. 24. SPALDING, M.; TAVEIRA, L. A.; DE ASSIS, G. F. Scanning electron microscopy study of dental enamel surface exposed to 35% hydrogen peroxide: alone, with saliva, and with 10% carbamide peroxide. J. Esthetic Restorative Dent., Philadelphia, v. 15, no. 3, p. 154-164, 2003. 25. ZANIN, F. Clareamento dental com laser. RGO: Rev. Gaúcha Odontol., Porto Alegre, v. 7, n. 2, p. 4, 2003. Endereço para correspondência Fabiano Carlos Marson Av. São Paulo, 172, sala 721, Edif. Aspen Park Trade Center CEP: 87.013-040 - Centro - Maringá / PR E-mail: doutorfabiano@hotmail.com 66 R Dental Press Estét, Maringá, v. 5, n. 3, p. 55-66, jul./ago./set. 2008