Abril/2016 O otimismo vem das exportações A Sondagem Industrial, pesquisa realizada junto a 178 indústrias catarinenses no mês de il, mostrou expectativa de continuidade da contração do mercado interno e melhora das exportações nos próximos seis meses. A perspectiva positiva em relação ao cenário externo, que se desenhou a partir do mês de setembro de 2015, reverteu-se em ço, mas voltou a ser otimista em il. Destaca-se que em ereiro de 2016 houve valorização do real frente ao dólar, o que pode ter contribuído para a reversão de expectativas em ço. Perspectivas da indústria para os próximos seis meses (pontos) 58 56 52 48 46 44 42 40 51,5 48,8 46,4 56,7 51,6 49,9 47,9 47,9 46,6 46,8 45 44,4 43,5 demanda de produtos compras de matéria-prima número de empregados quantidade exportada Fonte: FIESC e CNI O Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de indicam expectativa de crescimento e abaixo de perspectiva de queda.
nov mai jun jul ago set out nov mai jun jul ago set out nov 11 A intenção de investir manteve-se estável em relação ao mês anterior e indica que a baixa confiança na economia brasileira permanece em il. Grande parte das indústrias (45%) provavelmente não fará investimentos nos próximos seis meses e 17% com certeza não investirá. Das 67 grandes indústrias que participaram da pesquisa, 39% provavelmente não realizarão investimentos nos próximos seis meses e 10% possuem certeza sobre não investir. Ressalta-se, portanto, que a reversão das expectativas no curto prazo é de suma importância dado o elevado número de companhias que se encontra em compasso de espera para a realização de investimentos.. Intenção de investir nos próximos seis meses (pontos) 70 65 60 Acima de pontos = intenção de investir 55 45 40 43 2013 2014 2015 2016 Fonte: FIESC e CNI. O Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de indicam intenção de investir nos próximos seis meses. Valores abaixo de indicam que não há intenção de investir nos próximos seis meses.
Em il de 2016, o indicador de volume de produção foi de 42,1 pontos, o que sinaliza retração da quantidade produzida em relação ao mês anterior (49,4). Já na comparação com il de 2015 verifica-se pequena melhora, mas ainda não o suficiente para ser considerado aumento de produção, já que está abaixo da linha dos pontos. Evolução da Produção em il de 2016 comparada a ço de 2016 e a il de 2015 (pontos) QUEDA AUMENTO GRANDE 44,1 42,3,4 MÉDIO 42,2 37,1 49,6 PEQUENO 38,7 39,7 47,5 TOTAL 42,1 40,2 49,4 0 10 20 30 40 60 70 80 90 100 ABR.16 ABR.15 MAR.16 Fonte: FIESC e CNI. O Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de indicam aumento de produção frente ao mês anterior e abaixo de, queda. Os estoques indesejados mantiveram-se acima da linha divisória dos pontos. O indicador situou-se em,2 pontos, valor maior que o do mês anterior (52,3 pontos). O aumento do nível de estoques reflete a demanda doméstica desaquecida, observada desde 2014.
/14 /14 /14 /14 mai/14 jun/14 jul/14 ago/14 set/14 out/14 nov/14 /14 /15 /15 /15 /15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 /15 /16 /16 /16 /16 11 60 58 56 52 48 Estoque efetivo em relação ao planejado, eiro de 2014 a il de 2016 (pontos) 59,4 59,3 57 57,3 57,1 57 58,4 57,4 55 56,3,2 53,7 52,8 52,4 52,1 52,3 Fonte: FIESC e CNI Acima de pontos significa estoque acima do planejado. O indicador de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual situou-se em 35,2 pontos em il, mostrando que está abaixo do normal para o mês, sobretudo para as empresas de pequeno porte (33,3 pontos). Utilização da capacidade instalada (efetiva/usual) por porte de empresa (pontos) ABAIXO DO USUAL ACIMA DO USUAL GRANDE 36,9 37,7 39,1 MÉDIO 34,1 37,3 32,6 PEQUENO 33,3 38,8 39,5 TOTAL 35,2 37,9 37,5 0 10 20 30 40 60 70 80 90 100.16.16 /15 Fonte: FIESC e CNI. O Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de indicam capacidade instalada acima do usual para o mês e menor que pontos, abaixo do normal para o período.
Do total de empresas pesquisadas, 36% revelou atuar com a capacidade instalada igual ao usual, enquanto 57% inforam estar operando com capacidade abaixo do normal e 7% está operando acima do usual para o mês. Das grandes empresas pesquisadas, 42% ou 28 indústrias afiram estar operando com nível igual ao normal, enquanto % (ou 36 empresas) estão com capacidade abaixo ou muito abaixo do usual. Três das 67 grandes empresas pesquisadas está com capacidade acima do usual. Os indicadores mostram, portanto, que a indústria continua operando abaixo do nível de atividade usual e com estoques elevados, o que desestimula a reversão das expectativas e o incremento de investimentos. Somente as empresas exportadoras percebem certa melhoria no cenário futuro e acenam com possibilidade de expansão de vendas para o mercado externo.