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Classes gramaticais: Pronome. Luiz Arthur Pagani (UFPR)

O verbo apresenta-se no plural, concordando com o sujeito que está no plural. Ex.: As nossas duas amigas italianas nos visitarão em julho.

Transcrição:

Sumário Pronomes... 19 Introdução... 19 Pronomes Pessoais... 20 Caso Reto... 20 Caso Oblíquo... 21 Pronomes de Tratamento... 23 Emprego dos Pronomes de Tratamento... 24 Pronomes Demonstrativos... 25 Pronomes Relativos... 26 Pronomes Interrogativos... 27 Pronomes Indefinidos... 27 Pronomes Possessivos... 28 Colocação Pronominal... 29 Questões Complementares... 32 Conjunção... 42 Conjunções Coordenativas e Subordinativas... 42 Conjunções Coordenativas... 44 Conjunções Subordinativas... 45 Questões Complementares... 49 Flexão Nominal e Verbal... 55 Flexão Nominal... 56 Substantivo... 57 Flexão de Gênero... 57 Flexão de Número... 58 Plural dos Substantivos Simples... 58 Plural dos Diminutivos... 59 Particularidades do Número dos Substantivos Simples... 60

Formação do Plural dos Substantivos Compostos (dois elementos)... 60 Particularidades do Número dos Substantivos Compostos... 60 Substantivos Compostos Formados com Adjetivos Reduzidos... 61 Flexão de Grau... 62 Flexão Verbal... 63 Verbos... 64 Flexão de Gênero... 64 Flexão de Número... 65 Flexão de Modo... 65 Flexão de Tempo... 67 Flexão de Voz... 68 Voz Ativa... 68 Voz Passiva... 68 Voz Reflexiva... 69 Resumo... 70 Questões Complementares... 74 Vozes do Verbo... 85 Flexão de Voz... 85 Voz ativa... 85 Voz Passiva... 86 Voz Reflexiva... 89 Resumo... 91 Questões Complementares... 92 Concordância Nominal e Verbal... 97 Concordância Nominal... 97 Concordância do Adjetivo... 97 Um Substantivo Determinado por dois ou mais Adjetivos... 98 Substantivo usado como Adjetivo... 98

Adjetivos Compostos... 99 Casos Especiais de Concordância Nominal... 99 Concordância Verbal... 103 Sujeito Simples... 103 Concordância do Sujeito Composto... 106 Casos Particulares do Sujeito Composto... 106 Concordância do Sujeito Indeterminado... 108 Concordância da Oração sem Sujeito... 109 Casos Especiais de Concordância Verbal... 111 Concordância do Verbo Ser... 113 Verbo Ser Impessoal... 114 Questões Complementares... 115 Regência... 126 Regência Nominal... 127 Regência Verbal... 131 Casos Particulares da Regência... 140 Um Complemento para dois ou mais Verbos... 140 Regência com Pronome Interrogativo... 141 Regência com Pronome Relativo... 141 Regência com Pronome Pessoal do Caso Oblíquo Átono... 145 Pronome Oblíquo como Complemento Nominal... 146 Verbos que pedem dois Complementos... 147 Sujeito e Regência... 147 Resumo... 148 Questões Complementares... 148 Crase... 155 Crase com Pronome Demonstrativo... 156 Crase com Artigo... 157

Diante de Pronomes... 160 Outros Casos... 160 Questões Complementares... 161 Construção Frasal... 164 Sintaxe da Oração e do Período... 164 Termos da Oração... 166 Período Composto... 167 Resumo... 168 Questões Complementares... 168 Pontuação... 177 Vírgula... 178 Ponto e Vírgula... 181 Dois-Pontos... 182 Ponto-Final... 184 Ponto de Interrogação... 184 Ponto de Exclamação... 185 Reticências... 185 Parênteses... 186 Travessão... 186 Aspas... 187 Resumo... 188 Questões Complementares... 190 Significação das Palavras... 194 Sinônimo... 195 Antônimo... 196 Homônimos... 196 Homográficos... 196 Homofônicos... 196

Parônimos... 197 Alguns Homônimos e Parônimos Notáveis:... 197 Polissemia... 201 Denotação e Conotação... 201 Resumo... 201 Questões Complementares... 203 Tipologia Textual... 208 Descrição... 208 Narração... 209 Foco Narrativo... 210 Tipos de Discurso... 210 Dissertação... 211 Compreensão e Interpretação de Textos... 212 Interpretação de Textos... 212 Questões Comentadas... 213

Neste capítulo iremos abordar o seguinte assunto: pronome: emprego, formas de tratamento e colocação. Para adentrarmos nesse assunto, importante lembrar do nosso quadro esquemático: NOMES ADJETIVOS VARIÁVEIS DETERMINANTES PRONOMES NUMERAIS CLASSES DE PALAVRAS VERBOS ADVÉRBIOS PREPOSIÇÕES INVARIÁVEIS CONJUNÇÕES INTERJEIÇÕES Como se vê no quadro esquemático acima, o pronome é uma classe de palavras variáveis que acompanha ou substitui o substantivo e que dá indicações sobre aquilo que este expressa, limitando ou concretizando o seu significado. Os pronomes concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem. Márcio chegou cedo. Márcio: substantivo ou nome próprio. Ele chegou cedo. ele: pronome substantivo, pois substitui um substantivo ou um nome, neste caso, Marcio. Meu pai chegou cedo. meu: pronome adjetivo, pois acompanha um substantivo, neste caso, pai.

Os pronomes pessoais são termos pertencentes a uma classe de palavras que representam no discurso as três pessoas gramaticais, indicando, por isso, quem fala, com quem se fala e de quem se fala. Singular PESSOAS DO DISCURSO 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa PRONOMES PESSOAIS RETOS eu tu ele / ela PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS me te se, o, a, lhe PESSOAIS TÔNICOS mim, comigo, ti, contigo si, ele, consigo Plural 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa nós vós eles /elas nos vos se, os, as, lhes nós, conosco vós, convosco si, eles, consigo Com base no quadro acima, os pronomes pessoais são aqueles que indicam: Quem fala: EU (1ª pessoa do singular) e NÓS (1ª pessoa do plural); Eu tenho estudado todos os dias. (EU= pronome pessoal 1ª pessoa do singular) Nós temos estudado todos os dias. (NÓS= pronome pessoal 1ª pessoa do plural) Com quem se fala: TU (2ª pessoa do singular) e VÓS (2ª pessoa do plural); Tu não virás à reunião amanhã? (TU=pronome pessoal 2ª pessoa do singular) Vós não vistes tudo (VÓS= pronome pessoal 2ª pessoa do plural) De quem se fala: ele / ELA (3ª pessoa do singular) e ELES / elas (3ª pessoa do plural) Ele/Ela tem estudado muito nesses últimos meses. (ELE=pronome pessoal 3ª pessoa do singular) Eles / Elas não são brasileiros. (ELES = pronome pessoal 3ª pessoa do plural) Observando o quadro abaixo, os pronomes do caso reto são: EU, TU, ELE/ELA, NÓS, VÓS, ELES/ELAS. Singular Plural PESSOAS DO DISCURSO 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa PRONOMES CASO RETO eu tu ele / ela nós vós eles /elas

São do caso reto os pronomes que nas orações desempenham a função de sujeito ou predicativo do sujeito. Eu desejo sorte a você. (EU= pronome reto> sujeito) Tu não desejaste sorte para mim. (TU= pronome reto > sujeito) Ele/Ela não pediu desculpas para sua colega ainda. (TU= pronome reto> sujeito) Nós chegamos cedo para a prova. (NÓS= pronome reto> sujeito) Eles/Eles saíram antes de nós. (ELES= pronome reto> sujeito) Esses pronomes não costumam ser usados como complementos verbais na língua-padrão. Frases como "Vi ele na rua", "Encontrei ela na praça", "Trouxeram eu até aqui", comuns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua", "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me até aqui". Na linguagem coloquial, o pronome nós é, muitas vezes, substituído por A GENTE. Nós vamos visitar Maria no domingo. A gente vai visitar Maria no domingo, Na primeira frase o pronome do caso reto NÓS por estar no plural está concordando com o verbo VAMOS. Já na segunda sentença, o pronome do caso reto foi substituído por A GENTE que está no singular, por isso está concordando também com o verbo vai no singular. São do caso oblíquo os pronomes que, nas orações, desempenham funções de complemento verbal ou complemento nominal. As formas dos pronomes pessoais do caso oblíquo variam de acordo com a tonicidade com que são pronunciados, dividindo se em átonos e tônicos. PRONOMES PESSOAIS DO CASO RETO E OBLÍQUO CASO RETO CASO OBLÍQUO ÁTONO CASO OBLÍQUO TÔNICO Eu Tu Ele/ela Nós Vós Eles/elas Me Te Se o/a/se/lhe nos vos os/as/se/lhes Mim/comigo Ti/contigo Ele/ela/si/consigo Nós/conosco Vós Convosco Eles/elas/si/consigo

Os pronomes oblíquos átonos só podem aparecer ao lado do verbo (próclise, mesóclise ou ênclise): Jamais me abandonará. (próclise antes do verbo) Abandonar me á? (mesóclise meio do verbo) Abandonou me. (ênclise final do verbo) Os pronomes oblíquos tônicos podem aparecer em qualquer lugar da frase: Para mim, estudar Português é fácil. Estudar Português, para mim, é fácil. Estudar Português é, para mim, fácil. Estudar Português é fácil para mim. Mais adiante, veremos a colocação dos pronomes com mais detalhes. O pronome oblíquo átono lhe é o único que já se apresenta na forma contraída, ou seja, o ou a e preposição a ou para já se encontram unidos na forma lhe. Por ser constituído diretamente por uma preposição, o pronome lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração. Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos. Já os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos. Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, nolos, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. A seguir, alguns exemplos, usando as formas supracitadas: - Trouxeste o pacote? - Sim, entreguei-to ainda há pouco. - Não contaram a novidade a vocês? - Não, não no-la contaram. No português do Brasil, até mesmo nos textos literários atuais, o emprego dessas combinações não são muito usadas. Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida. fiz + o = fi-lo fazeis + o = fazei-lo dizer + a = dizê-la Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas. viram + o: viram-no repõe + os = repõe-nos retém + a: retém-na tem + as = tem-nas

Hora de conhecer como algumas bancas cobraram o assunto. (2013/FCC/TRT - 9ª REGIÃO (PR)/Técnico de enfermagem) A substituição do segmento grifado por um pronome, com os necessários ajustes, foi realizada corretamente em: a) influenciam comportamentos e crenças = influenciam-lhes b) moldaram o pensamento e as ações das civilizações antigas e das nações modernas = moldaram-os c) alteram crenças e comportamentos humanos = alteram-nos d) trocar ideias = trocar-nas e) homogeneizar crenças = lhes homogeneizar Comentário: Como vimos anteriormente, os pronomes oblíquos aparecem sempre acompanhados de um verbo, e por isso exercem função de objeto direto ou indireto. Os oblíquos átonos a, o, as, os desempenham função de objeto direto. E dependendo do verbo, assumem formas como lo, la, los, las ou no, na, nos, nas. Os primeiros possuem essas formas por acompanharem verbos terminados em r, s ou z ; já o segundo grupo, por acompanharem verbos terminados com som nasal. Por conta disso, que ao verificar entre as alternativas da questão acima, podemos ir direto aos verbos terminados com som nasal e concluir que o verbo com a forma do pronome oblíquo correta é aquele terminado em m + pronome nos". São usados no trato formal, quando não deve haver intimidade. Os pronomes de tratamento apresentam certas peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram a segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. O verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo sintático: Vossa senhoria nomeará o substituto. Vossa Excelência conhece o assunto. Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pessoa: Vossa Senhoria nomeará seu substituto. Vossa Excelência levará consigo o documento. Quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, nosso interlocutor,

Os Direitos e garantias fundamentais são institutos jurídicos que foram criados no decorrer do desenvolvimento da humanidade e se constituem de normas protetivas que formam um núcleo mínimo de prerrogativas inerentes à condição humana. Os direitos e garantias fundamentais também constituem normas de proteção do indivíduo em relação aos outros indivíduos da sociedade. A Constituição Federal, quando se refere aos direitos fundamentais, classifica-os em cinco grupos: Direitos e deveres individuais e coletivos Direitos sociais Direitos de nacionalidade Direitos Políticos Partidos políticos Esta classificação encontra-se distribuída entre os arts. 5º e 17, do texto constitucional, e é normalmente chamada pela doutrina de Conceito Formal dos Direitos Fundamentais. O Conceito Formal é o que a Constituição Federal resolveu classificar como sendo Direito Fundamental. De acordo como o art.5º, 2º, da CRFB/88, os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Isto significa que o rol não é taxativo, mas exemplificativo. A doutrina costuma chamar este parágrafo de Cláusula de Abertura Material que é exatamente a possibilidade de existirem outros direitos fundamentais ainda que fora do texto constitucional. Este seria o Conceito Material dos direitos fundamentais, ou seja, todos os direitos fundamentais que possuem a essência fundamental, ainda que não estejam expressos no texto constitucional. Os direitos fundamentais constitui um dos direitos principais de um Estado democrático, pois visa garantir a convivência digna, livre e igual a todas as pessoas. É por essa natureza, que tais direitos foram reconhecidos algumas características como: Historicidade: significa que a formação dos direitos fundamentais se dá no decorrer da historia. Inalienabilidade: não se pode transferir os direitos fundamentais a outrem. Irrenunciabilidade: não se pode recusar, abrir mão de tal direito. Imprescritibilidade: não prescrevem, mesmo que não os exerçam. Relatividade ou limitabilidade: mesmo sendo direitos fundamentais, não são absolutos, pois não existem direitos absolutos. Universabilidade: os direitos fundamentais são reconhecidos a todas as pessoas. Aplicação imediata: As normas definidoras de Direitos e garantias fundamentais tem aplicação imediata.

Historicidade Imprescritibilidade Características dos Direitos Fundamentais Irrenunciabilidade Inalienabilidade Relatividade Universalidade Aplicação Imediata É bom lembrar, que os direitos e garantias individuais podem ser divididos em gerações ou dimensões, ou seja, indica que tais direitos foram reconhecidos ao longo do tempo. Pode-se classificar os direitos em: Direitos de 1º geração: aqueles relacionado com a proteção das liberdades públicas, cuja a finalidade foi limitar o Estado e controlar os abusos de poder do Estado. Como exemplos de tais direitos temos; direito à liberdade, à vida, à propriedade, à manifestação, os direitos políticos. Direitos de 2º geração: exigiram uma participação positiva do Estado, também conhecidos como direitos positivos, tais direitos são relacionados com o Estado social, onde passou a exigir do Estado sua intervenção. Como direitos de segunda geração temos; o direito à saúde, ao trabalho, à educação. Direitos de 3º geração: estão relacionados para proteção da coletividade, são os chamados de solidariedade, fraternidade, ou seja, exigem uma participação dos indivíduos na busca de tais direitos, são eles, direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, direito ao consumidor. Alguns doutrinadores classificam ainda os direitos fundamentais em 4º geração e 5º geração, mas vale lembrar que essas classificações ainda não foram reconhecidas por unanimidade. Direitos de 4º geração: seriam aqueles resultantes da globalização dos direitos fundamentais como por exemplo, os direitos relacionados a biogenética, direitos a democracia, ao comercio eletrônico, à informação. Direitos de 5º geração: para aqueles que sustentam a existência dessa classificação, seriam os direitos relacionados à internet, cibernética. Tais direitos não se encontram de forma taxativa no art. 5º, da CRFB/88. O Supremo Tribunal Federal, guardião da constituição, já afirmou várias vezes que tais direitos não se

esgotam no art. 5º, pois podem ser encontrados ao longo de todo o texto constitucional, princípios, tratados internacionais e súmulas. Uma regra muito importante para sua prova é a que está prevista no 3º do art. 5º da CRFB/88. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. Mas surge a seguinte questão: e se o Tratado Internacional for de Direitos Humanos e não preencher os requisitos constitucionais previstos no 3º, do art. 5º, da Constituição? Qual será sua força normativa? Segundo o STF, caso o Tratado Internacional fale de direitos humanos, mas não preencha os requisitos do 3º, do art. 5º, da CRFB/88, ele terá força normativa de Norma Supralegal. Ainda temos os tratados internacionais que não falam de direitos humanos. São tratados que falam de outros temas, como por exemplo, comércio. Estes tratados possuem força normativa de Lei Ordinária. Quem são os destinatários dos direitos fundamentais? A própria Constituição Federal responde a esta pergunta quando diz no caput do art. 5º que são destinatários os brasileiros e estrangeiros residentes no país. Mas será que é necessário residir no país para que o estrangeiro tenha direitos fundamentais? Imaginemos um avião cheio de alemães que está fazendo uma escala no aeroporto internacional de Cascavel-PR. Nenhum dos alemães reside no país. Seria possível entrar no avião e matar todas aquelas pessoas haja vista não serem titulares de direitos fundamentais por não residirem no país? É claro que não. Para melhor se compreender o termo residente o STF o tem interpretado de forma mais ampla no sentido de abarcar todos aqueles que estão no país. Ou seja, todos os que estão no território brasileiro, independente de residir no país, são titulares de direitos fundamentais. Mas será que para ser titular de direitos fundamentais é necessário ter a condição humana? Ao contrário do que parece, não é necessário. Tem-se reconhecido como titulares de direitos fundamentais as pessoas jurídicas. Ressalte-se que não só as pessoas jurídicas de direito privado, mas também as pessoas jurídicas de direito público. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) A inviolabilidade do direito a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a propriedade são garantias previstas na Constituição Federal: a) aos brasileiros, não estendidas as pessoas jurídicas. b) aos brasileiros natos, apenas. c) aos brasileiros natos e aos estrangeiros com residência fixa no País. d) aos brasileiros, natos ou naturalizados.

e) aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País. Gabarito: E. Comentário: Esses direitos são assegurados aos brasileiros e estrangeiros sob leis brasileiros, pessoas físicas e, em alguns casos, pessoas jurídicas. O estrangeiro também não precisa ter residência fixa, basta estar sob as leis brasileiras. O art. 5º, da CRFB/88, estabelece que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. A Constituição Federal de 1988 e conhecida como Constituição cidadã, já que privilegiou os direitos individuais e coletivos, estabelecendo-os topograficamente acima dos artigos referentes a estruturação do Estado, rompendo uma tradição do constituinte, demonstrando, assim, sua grande preocupação com os cidadãos. Oportuno lembrarmos que, a teor do art. 60, 4, da Constituição, os direitos e garantias individuais são elevados a categoria de cláusula pétrea, e por isso não se permite proposta de emenda tendente a abolir tais direitos, restando apenas a de ampliá-los. Ademais, o elenco dos direitos e garantias e meramente exemplificativo, em consonância com o disposto no 2 o, do art. 5 o. Teceremos breves comentários sobre os incisos do referido artigo: I Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição O princípio da igualdade prevê a igualdade de aptidões e de possibilidades virtuais dos cidadãos de gozar de tratamento isonômico pela lei. O princípio da igualdade atua em duas vertentes: perante a lei e na lei. Por igualdade perante a lei compreende-se o dever de aplicar o direito no caso concreto; por sua vez, a igualdade na lei pressupõe que as normas jurídicas não devem conhecer distinções, exceto as constitucionalmente autorizadas. A doutrina classifica este direito em: Igualdade formal: A igualdade formal se traduz no termo todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza. É o previsto no caput do artigo 5º. É uma igualdade jurídica, que não se preocupa com a realidade, mas apenas evita que alguém seja tratado de forma discriminatória. Igualdade material: Também chamada de igualdade efetiva ou substancial. É a igualdade que se preocupa com a realidade. Traduz-se na seguinte expressão: tratar os iguais com igualdade e os desiguais com desigualdade, na medida das suas desigualdades. Este tipo de igualdade confere um tratamento com justiça para aqueles que não a possuem.