CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA PREVISÃO POR MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS versus PROVAS DE CARGA

Documentos relacionados
ESTACA HÉLICE CONTÍNUA INSTRUMENTADA: PREVISÃO DE CARGA DE RUPTURA POR MÉTODOS SEMIEMPÍRICOS VS. PROVA DE CARGA

PROVA DE CARGA INSTRUMENTADA EM PROFUNDIDADE

3 Provas de Carga Instrumentadas

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL. Profª Aline Cristina Souza dos Santos

AVALIAÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DE CARGA DE ESTACAS HÉLICE CONTINUA COM PONTA EM ROCHA

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL. Profª Aline Cristina Souza dos Santos

ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE

Capacidade de Carga - Estacas

Prova de Carga Estática Prévia em Estaca Escavada de Grande Diâmetro na Praia Grande SP

Reavaliação dos parâmetros dos solos de Fortaleza pelo método Aoki e Velloso (1975) para estacas do tipo raiz

ESTACAS PRÉ-FABRICADAS DE CONCRETO ARMADO, TRABALHANDO A COMPRESSÃO, COMO REAÇÃO PARA PROVA DE CARGA ESTÁTICA

Geotecnia de Fundações TC 041

a 2 transgressão al., 1990). estudo Hélice contínua. Estaca; KEYWORDS: Piles; piles. ( A. D. Gusmão) ISSN:

Aplicação do Método da Rigidez para Estimativa do Atrito Lateral e Resistência de Ponta em Estaca Escavada

Capacidade de Carga de Estacas Escavadas com Bulbos, em Solo Não Saturado da Formação Barreiras.

SOLUÇÃO PARA RECUPERAÇÃO DE OBRAS DE ARTE, ATRAVÉS DAS ESTACAS INJETADAS AUTOPERFURANTES

Avaliação de desempenho da fundação de uma obra industrial com estacas Hélice Contínua na Formação Guabirotuba.

AVALIAÇÃO DE MÉTODOS SEMI- EMPÍRICOS A PARTIR DE PROVAS DE CARGA INSTRUMENTADAS EM ESTACAS HÉLICES CONTÍNUAS NA CIDADE DE GOIÂNIA

Estaca-raiz Um caso de ruptura

Análise da Eficiência da Determinação de Recalques em Fundações Profundas em Solos Silto-Arenosos de Fortaleza

ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS ESCAVADAS DE CONCRETO A PARTIR DE MÉTODOS SEMIEMPIRÍCOS E DE ENSAIOS DE PROVA DE CARGA ESTÁTICA

Previsão Da Capacidade de Carga e Recalque de Uma Fundação por Estacas Tipo Hélice Contínua

UTILIZAÇÃO DE RESIDUO DE PNEUS EM ESTACAS ESCAVADAS.

RESULTADOS DE PROVAS DE CARGA EM ESTACAS METÁLICAS, CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES SOBRE CAPACIDADE DE CARGA

Estudo da Carga de Ruptura de Trilhos Metálicos de Seção Simples, Carregados à Compressão em Solo de Diabásio da Região de Campinas - SP

Análise de métodos semi-empíricos nacionais e internacionais para determinação da capacidade de carga axial em estacas tipo raiz

Cada aluno deve resolver 4 exercícios de acordo com o seu número FESP

Universidade Estadual de Maringá/ Departamento de Engenharia Civil 2

IMPACTO DAS INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS DE CAMPO EM PROJETOS DE FUNDAÇÕES E MEIO AMBIENTE

Curso de Engenharia Civil Trabalho de Conclusão de Curso

ANÁLISE DO ATRITO LATERAL EM ESTACAS DE PERFIL METÁLICO ATRAVÉS DE PROVAS DE CARGA À COMPRESSÃO

Geotecnia de Fundações TC 041

Capacidade de Carga de Estaca Metálica com base em Provas de Carga à Compressão e à Tração

Comportamento de Estacas Tracionadas em Solo Poroso de Diabásio Típico da Região de Campinas/SP

Análise de Previsão de Capacidade de Carga de Estaca Mista Pré- Moldada e Metálica em Solo Sedimentar da Cidade do Recife/PE

Métodos Semiempíricos de previsão da carga admissível

Geotecnia de Fundações TC 041

RECALQUES EM FUNDAÇÕES PROFUNDAS ANÁLISE EM ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA

Geotecnia de Fundações TC 041

ESTUDO DA CAPACIDADE DE CARGA E RECALQUE DE SOLOS DA REGIÃO DO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL 1

R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho. de determinar as características geométricas e submetê-las a uma força de impacto.

CRAVAÇÃO DE ESTACAS METÁLICAS COM MARTELO HIDRÁULICO E INSTALAÇÃO COM MARTELO VIBRATÓRIO - COMPARAÇÃO DE RESULTADOS DE PROVAS DE CARGA ESTÁTICAS

Análise de Métodos de Interpretação de Curva Carga x Recalque de Provas de Carga Estática em Fundações Profundas no Nordeste do Brasil

Aplicação do Método de Van der Veen (1953) Para a Estimativa das Cargas de Ruptura de Estacas Raiz Tracionadas Executadas em Solo Poroso de Diabásio.

CENTRO TECNOLÓGICO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL FUNDAÇÃO TEORIA EC8P30/EC9P30

Desenvolvimento de software para cálculo da capacidade de carga de fundações profundas

Pesquisa do DCEEng, vinculada ao projeto de pesquisa institucional da UNIJUÍ 2

6 Análise Método Clássico

6.4 - Métodos Diretos para Cálculo da Capacidade de Carga por meio do SPT

PROVAS DE CARGA EM ESTACAS ESCAVADAS: DETERMINAÇÃO DA CARGA DE RUPTURA

R.T. Eng. Geotécnico Prof. Edgar Pereira Filho

DESENVOLVIMENTO DAS FUNDAÇÕES PROFUNDAS EM MACEIÓ-AL

Provas de Carga em Estacas Hélice Contínua Monitoradas em Solos Sedimentares

Análise de Estacas Escavada e Hélice Contínua, Carregadas Transversalmente no Topo, em Solo não Saturado de Diabásio

Investigações Geotécnicas Parte 2

3 Programa Experimental

* variável em função do 145 ' ~$.O. Fundações - 1" sem Padm(kN) - estrutural Com rimento (m) 100 a a

Estaca Escavada de Grande Diâmetro, sem Uso de Fluido Estabilizante, com Limpeza de Fuste e Ponta

Métodos Práticos de previsão da carga admissível

INFRAESTRUTURA DE PONTES FUNDAÇÕES PROFUNDAS

Investigações Geotécnicas!" " #$"""

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA CURSO: ENGENHARIA CIVIL JACQUELINE ALMEIDA MURICY

ESTUDO DA CAPACIDADE DE CARGA E RECALQUE DE SOLO RESIDUAL DA CIDADE DE PALMEIRA DAS MISSÕES

Recalques em Estacas. Teoria da Elasticidade

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO CIVIL - PPGECC LAÍSA BERNO BENETTI

PEF3305 Mecânica dos Solos e das Rochas I Coleção 6 Geomecânica e a Teoria da Elasticidade

PREVISÃO DE CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS HELICOIDAIS PREDICTION OF THE BEARING CAPACITY OF SCREW PILES

Geotecnia de Fundações TC 041

Métodos Práticos de previsão da carga admissível

8 Curso de ENGENHARIA APLICADA ÀS OBRAS DE FUNDAÇÕES E CONTENÇÕES

6.5. Estacas em rocha (Engº Armando Negreiros Caputo - BRASFOND / BRASFIX / SPFE)

4 Previsão da capacidade de suporte

UNIDADE II FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA- PROFESSOR: DIEGO ARAÚJO 1

RESULTADOS DE PROVAS DE CARGA EM ESTACAS ESCAVADAS INJETADAS, COM BULBOS

Fundações por estacas Introdução

CONTROLE EXECUTIVO DE ESTACAS RAIZ A PARTIR DE MEDIDAS DE CAMPO

PROVA DE CARGA ESTÁTICA INSTRUMENTADA EM ESTACA METÁLICA DE SEÇÃO VARIÁVEL NA BAIXADA SANTISTA ANÁLISE DE DESEMPENHO E CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO

Avaliação do Risco das Fundações de uma Obra Executada em Estaca Hélice Contínua na Região Metropolitana do Rio de Janeiro

PAULO JOSÉ ROCHA DE ALBUQUERQUE

Correlações entre compacidade relativa (C r ) e resistência à

UFF Universidade Federal Fluminense CTC TCE TEC Projeto final de Engenharia Civil III Professor orientador: Rodrigo Menezes Raposo de Almeida

ESTACAS HELICOIDAIS. (21)

Análise de métodos semi-empíricos para o cálculo da capacidade de carga de estacas raiz de pequeno e grande diâmetro em obras de Fortaleza

3 APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E DO PROBLEMA

Geotecnia de Fundações TC 041

Confiabilidade e segurança de fundações em dois empreendimentos no Nordeste do Brasil

CARGA DE RUPTURA DE ESTACAS ESCAVADAS A SECO COM ANEIS POR MÉTODOS DE EXTRAPOLAÇÃO DA CURVA CARGA X RECALQUE

Evento: XXV SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

Relatório: Ensaio de Integridade em Estacas (CSL e PIT) URS-02-CSL-01

Geotecnia de Fundações TC 041

16º Congresso Brasileiro de Geologia de Engenharia e Ambiental

Variabilidade dos Parâmetros de Deformabilidade do Solo da Cidade de Londrina/PR

Estimativa da capacidade de carga de estacas por métodos semi-empíricos e teóricos

Geotecnia de Fundações TC 041

Investigações Geotécnicas Parte 2

ANÁLISE DE PROVA DE CARGA BIDIRECIONAL EM ESTACA HÉLICE CONTÍNUA NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE (MG)

PROVAS DE CARGA HORIZONTAIS EM ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO CRAVADAS EM SOLO DE ALTA POROSIDADE

PROVAS DE CARGA EM ESTACÕES NA BAIXADA SANTISTA E SUA INTERPRETAÇÃO

ANÁLISE DA CAPACIDADE DE CARGA E RECALQUE DE SOLO RESIDUAL DA CIDADE DE SANTA ROSA RS 1

Estimativa da capacidade de carga de estacas por métodos semi-empíricos e teóricos

Transcrição:

CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA PREVISÃO POR MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS versus PROVAS DE CARGA Carla Therezinha Dalvi Borjaille Alledi, Professora CEFETES Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo. borjaille@cefetes.br Uberescilas Fernandes Polido, Diretor GEOCONSULT Consultoria de Solos e Fundações Ltda. geoconsult@geoconsult.com.br RESUMO Este trabalho apresenta e compara a capacidade de carga obtida por provas de carga estática e por métodos semi-empíricos para estacas hélice contínua monitoradas. As estacas foram executadas numa área experimental na região litorânea da cidade de Vitória-ES. O perfil geotécnico é formado por solos sedimentares constituídos por camadas de areia entremeadas por camadas de argila mole de pequena espessura, pertencentes ao Período Quaternário. Foram executadas duas estacas teste, de 0,40m de diâmetro, com comprimento de 8,0m e 12,0m, instrumentadas em profundidade com strain-gages, em quatro níveis. São analisados diversos métodos semi-empíricos de capacidade de carga com base no SPT, SPT-T, CPT e DMT. Dentre os métodos analisados, o método Décourt-Quaresma (1978) modificado por Décourt (1996), com base no SPT-T, apresentou cargas de ruptura total próximas as obtidas experimentalmente. Já os métodos Alonso (1996), Décourt-Quaresma (1978) modificado por Décourt (1996) e Peixoto (2001), com base no SPT-T e o método de Peiffer et al.(1991) com base nos resultados de DMT, mostraram-se bons indicadores da parcela de carga por atrito lateral.

INTRODUÇÃO A estaca hélice contínua monitorada tem sido cada vez mais utilizada por possuir uma tecnologia que proporciona a execução das fundações de forma rápida e, o que é mais importante, com mínimo de vibração e barulho, estabelecendo uma grande vantagem, nesse aspecto, quando comparada, por exemplo, com as estacas cravadas. No Estado do Espírito Santo, esse tipo de estaca foi executado, pela primeira vez, na cidade de Vitória, em fevereiro de 1999, por uma empresa de São Paulo. Ao final do ano de 1999, uma empresa sediada em Vitória-ES, iniciou a execução de estacas hélice contínua monitoradas tornando-as mais competitivas como alternativa de fundação, comparativamente com outras estacas, usualmente, empregadas na região, como estacas pré-moldadas de concreto, tipo Franki e estacas de trilhos usados. Atualmente, é crescente o emprego de estacas hélice contínua monitoradas como fundação e também como contenção de terrenos vizinhos (escoramentos) em obras de edificações, no Estado do Espírito Santo. No entanto, estudos mais aprofundados sobre essas estacas e os métodos semi-empíricos existentes para previsão de sua capacidade de carga foram estabelecidos com base em provas de carga realizadas em solos residuais e/ou sedimentares do Período Terciário. Na opinião de Alonso [1], na engenharia de solos, não existem métodos universais. Assim, os métodos de previsão de capacidade de carga de estacas devem ser aplicados apenas aos solos da região onde esse método foi estabelecido. Sua extrapolação para outras regiões deve ser feita com critério, procurando aferi-lo por meio de provas de carga estática. Este estudo enfoca a capacidade de carga de estacas hélice contínua monitoradas, de 0,40m de diâmetro, com comprimentos de 8,0 e 12,0m, em perfil geotécnico sedimentar pertencente ao Período Quaternário. Os resultados da capacidade de carga obtidos, experimentalmente, por meio de provas de carga instrumentadas, levadas até a ruptura foram comparados com as previsões de capacidade de carga dos principais métodos semi-empíricos propostos na literatura. Foram analisados métodos que utilizam resultados de ensaios SPT, SPT-T, CPT e DMT. ÁREA EXPERIMENTAL A área experimental localizada na região litorânea da cidade de Vitória, Espírito Santo, apresenta perfil geotécnico formado, basicamente, por solo sedimentar constituído por camadas de areia, entremeadas por camada de solo argiloso mole, pertencentes ao Período Quaternário. Para a investigação geotécnica da área experimental, foram executados diversos tipos de ensaios de campo, compreendendo sondagens de simples reconhecimento com medida de torque (SPT-T), ensaio de penetração estática com cone de Delph (CPT), ensaios dilatométricos (DMT) e ensaios de laboratório. Dados dos ensaios podem ser obtidos em Alledi [2]. O perfil geotécnico individual das sondagens SPT-T1 e SPT-T6 executadas no centro de cada estaca teste EH1 e EH2, respectivamente está apresentado em Alledi et al [3]. Foram executadas oito estacas hélice contínua sendo duas estacas teste com 0,40m de diâmetro, com comprimento de 8,0 e 12,0 m, instrumentadas em profundidade com strain-gages e seis estacas de 0,50m de diâmetro e 10,0m de comprimento que serviram de reação durante a realização das provas de carga. Nas estacas teste, além da armadura longitudinal, um tubo de aço galvanizado foi introduzido no centro da estaca conforme procedimento recomendado por Albuquerque [4]. No interior desse tubo galvanizado foram introduzidas as barras instrumentadas com strain-gages. Detalhes sobre execução das estacas e instrumentação ao longo da profundidade estão apresentados em Alledi [2]. PROVAS DE CARGA Apesar da evolução dos métodos semi-empíricos para se prever a capacidade de carga de estacas, o meio mais confiável para se avaliar a carga que uma determinada estaca pode suportar é a prova de carga estática. De acordo com Velloso [5], a prova de carga estática é o único ensaio que reproduz as condições de trabalho de uma estaca. Foram realizadas quatro provas de carga (PC) à compressão nas duas estacas teste para determinação experimental da capacidade de carga das estacas hélice contínua monitoradas. Das quatro provas de carga realizadas, duas foram executadas com carregamento lento (SML) e duas com carregamento rápido (QML). As provas de carga do tipo rápida foram executadas após realização das provas de carga lenta tendo como

objetivo principal verificar a mobilização da resistência de ponta. As máximas cargas obtidas para as estacas hélice contínua deste trabalho, nas PC lenta e rápida, ficaram próximas uma da outra. As provas de carga foram executadas conforme recomendações da norma brasileira [6] e pelo procedimento de carga controlada. O controle da carga na cabeça da estaca, para mantê-la constante em todo o estágio, era feito pela leitura da célula de carga. Os carregamentos à compressão foram aplicados em estágios sucessivos, até a ruptura do sistema solo-estaca tanto para o carregamento lento quanto para o carregamento rápido. Os deslocamentos verticais sofridos pelas estacas teste EH1 e EH2 foram medidos, simultaneamente, por quatro extensômetros mecânicos instalados no topo do bloco de coroamento e dispostos em dois eixos ortogonais de acordo com o especificado pela norma brasileira. A descrição detalhada das provas de carga, destacando-s a preparação, os equipamentos e os materiais utilizados, o procedimento dos ensaios e as curvas carga x deslocamentos obtidas nas provas de carga lenta e rápida foi apresentado em Alledi et al.[3]. Na Tabela 1 estão especificados os valores de carga e de deslocamento máximos atingidos nos ensaios. Tabela 1- Valores de carga e deslocamento máximos obtidos nas provas de carga Estaca Ensaio Carga Máxima Deslocamento Máximo (mm) EH1 Lento 720 41,99 Rápido 756 40,79 EH2 Lento 1100 69,97 Rápido 1150 47,84 Conforme mostrado na Tabela 1, apesar de ter havido um recalque considerável (>10% do diâmetro nominal da estaca) durante a realização das provas de carga, a forma das curvas carga x deslocamento nas PC lentas [2], [3] e [7] não apresenta um pico caracterizando ruptura bem definida. Assim, determinou-se a carga de ruptura das estacas EH1 e EH2 por meio de métodos matemáticos, cujos resultados estão na Tabela 2. Tabela 2 Carga de ruptura das estacas por meio de métodos matemáticos Estaca Método Carga de Ruptura Norma Brasileira 565 De Beer 700 EH1 90% Brinch - Hansen 705 Füller e Hoy 700 Norma Inglesa 10% D 715 Norma Brasileira 845 De Beer 1000 EH2 90% Brinch - Hansen 1050 Füller e Hoy 1000 Norma Inglesa 10% D 1020 D: diâmetro da estaca Observando-se a Tabela 2, verifica-se que o valor da carga de ruptura obtido pelo método da norma brasileira foi inferior aos demais métodos que apresentam valores próximos entre si. Portanto, a carga de ruptura definida para a estaca EH1 foi 700kN e para a estaca EH2, 1000kN, valores estes que serão utilizados para verificação dos métodos de previsão de capacidade de carga. Como, neste trabalho, as estacas teste foram instrumentadas em profundidade com extensômetros elétricos (strain-gages), foi possível, também, medir as deformações ao longo do fuste das estacas ensaiadas, visando determinar como ocorre a transferência de carga da estaca para o solo ao longo da profundidade. Assim, foi determinada, experimentalmente, parcela de capacidade de carga por atrito lateral e de ponta em cada estaca teste. Resultados da instrumentação ao longo da profundidade podem ser obtidos em [2] e [7]. Nas Tabelas 3 e 4, estão apresentados, respectivamente, para as estacas EH1 e EH2, os valores de carga no topo, carga em cada nível instrumentado e as percentagens de carga de ponta obtidos na prova de carga lenta. A carga de ponta foi calculada por extrapolação dos valores de carga obtidos nos dois níveis mais profundos.

Tabela 3 Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de ponta EH1 (PC lenta) Carga no Topo Carga no Nível % de Ponta 3,7m 6,8m 7,4m Ponta * 0 0 0 0 0 0 100 57,4 35,3 20,6 13,2 13,2 200 113,3 54,4 35,3 25,8 12,9 300 179,5 64,7 45,6 36,1 12,0 400 248,7 73,6 53,0 42,7 10,7 500 320,8 79,5 63,3 55,2 11,0 600 398,8 88,3 73,6 66,2 11,0 700 454,6 103,3 89,6 82,7 11,8 720 458,8 111,6 97,8 90,9 12,6 * Valor extrapolado Tabela 4 Valores de carga no topo, nos níveis instrumentados e porcentagem de ponta EH2 (PC lenta) Carga no Topo Carga no Nível % de Ponta 5,85m 10,95m 11,55m Ponta * 0 0 0 0 0 0 100 73,2 10,8 3,2 0 0 200 148,6 26,9 15,1 9,2 4,6 300 200,3 35,5 22,6 16,2 5,4 400 247,7 44,1 29,1 21,5 5,4 500 296,1 51,7 35,5 27,5 5,5 600 346,7 61,4 43,1 33,9 5,7 700 408,1 73,2 50,6 39,3 5,6 800 471,6 88,3 62,5 49,5 6,2 900 537,3 107,7 76,5 60,8 6,8 1000 611,6 143,2 113,1 98,0 9,8 1100 698,8 217,5 210,0 206,2 18,7 * Valor extrapolado Em todas as provas de carga realizadas neste trabalho, tanto da EH1 quanto da EH2, a ponta da estaca começou a ser mobilizada desde os primeiros estágios de carregamento. Para a estaca EH1, analisando-se a Tabela 3, verifica-se que a maior parte da carga aplicada no topo foi absorvida pelo atrito lateral com valor percentual de 88% considerando a carga de ruptura definida de 700kN. Para a estaca EH2, analisando-se a Tabela 4 verifica-se que a maior parte da carga aplicada no topo foi absorvida, também, pelo atrito lateral com valor percentual de 90% considerando a carga de ruptura definida de 1000kN. No ensaio lento, os valores percentuais obtidos para o atrito lateral nas duas estacas teste, 88% e 90%, confirmam a faixa de valores (80% e 85%) obtidos por Evers et al.[8] em perfil de solos arenosos com camadas de argila mole. MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS ANALISADOS Os resultados de previsão de carga de ruptura calculados com base em métodos semi-empíricos serão apresentados e comparados com os resultados experimentais obtidos nas provas de carga realizadas com carregamento lento. Neste trabalho, são apresentados métodos semi-empíricos desenvolvidos, especificamente, para estacas hélice e outros que foram adaptados por seus autores e colaboradores com parâmetros específicos para esse tipo de estaca. Os métodos semi-empíricos desenvolvidos, especificamente, para estacas hélice são: - Alonso [9] com base no SPT-T e adaptado ao SPT; - Antunes e Cabral [10] com base no SPT - Karez e Rocha [11] com base no SPT; - Vorcaro e Velloso [12] com base no SPT; - Gotlieb et al. [13] com base no SPT.

Dentre os métodos semi-empíricos adaptados a estacas hélice, serão apresentados para análise: - Aoki e Velloso [14] com contribuição de Monteiro [15] com base no CPT e SPT; - Décourt e Quaresma [16] modificado por Décourt [17] com base no SPT e adaptado ao SPT-T - Peixoto [18] com base no SPT-T; - Peiffer et al. [19] com base no DMT. Para previsão dos valores de capacidade de carga pelos métodos semi-empíricos, foram adotados os seguintes coeficientes: - método de Alonso: r l 200kPa; α= 0,65; β=150kpa/kgf.m (areia argilosa EH1) e β=200kpa/kgf.m (areia EH2) Valores da Bacia Sedimentar de São Paulo; - método de Antunes e Cabral: β 1 =5,0% (areia); β 1 =4,0% (areia siltosa); β 1 =3,5% (argila arenosa); β 1 = 4,0% ( areia argilosa); β 2 =2,0 ( areia argilosa EH1); β 2 =2,5 (areia EH2); - método de Karez e Rocha: K=250 (areia argilosa EH1); K=290 (areia EH2); - método de Aoki e Velloso: F1=3,0; F2=3,8 - Coeficientes propostos por Monteiro[15] e dados do CPT-02 [2]; - método de Décourt e Quaresma: α=0,30; β=1,0; K = 260kN/m² (areia argilosa EH1); K = 400kN/m² ( areia EH2); - método de Peiffer: Dados do DMT-03 [2]. Análise da estaca EH1 Na Tabela 5, são apresentados os valores de carga de ruptura lateral, de ponta e total calculados por meio dos métodos semi-empíricos com base na sondagem SPT-T1 [3] e os resultados experimentais obtidos com a PC lenta para a estaca EH1. A Figura 1 mostra a variação dos valores para carga de ruptura total e a Figura 2, cargas de ruptura lateral e de ponta. Tabela 5 Cargas de ruptura previstas pelos métodos semi-empíricos e obtidas na prova de carga lenta EH1 Prevista Prova de Carga Método Ensaio P l P p P rup P l P p P rup P rup-prev /P rup-pc Alonso [9] SPT-T 549 231 780 1,11 SPT 771 305 1076 1,54 Antunes e Cabral [10] SPT 907 101 1008 1,44 Karez e Rocha [11] SPT 1096 126 1222 1,75 Vorcaro evelloso [12] SPT ---- ---- 1328* 1,90 Gotlieb et al.[13] SPT 907 392 1299 1,86 Aoki e Velloso [14] com CPT 879 108 987 1,41 contribuição Monteiro[15] 616 84 700 SPT 873 134 1007 1,44 Décourt e Quaresma [16] SPT 752 43 795 1,14 modificado por Décourt [17] SPT-T 527 114 641 0,92 Peixoto [18] SPT-T 500 65 565 0,81 Peiffer et al. [19] DMT 537 ---- ---- ---- * Valor médio Analisando-se a Tabela 5 e a Figura 2 e tomando-se por base a prova de carga lenta, verifica-se que, com exceção dos métodos de Peixoto [18] e Décourt e Quaresma [16] modificado por Décourt [17], com base no SPT-T, os demais métodos analisados apresentaram valores de capacidade de carga total na ruptura superiores à prova de carga. Os métodos que mais se aproximaram do resultado experimental foram os de Décourt e Quaresma [16] modificado por Décourt [17] tanto considerando SPT quanto SPT-T e o de Alonso [9] com base no SPT-T. Ressalta-se que o método de Alonso [9] adaptado ao SPT, superestimou a carga de ruptura em 54%. Os métodos Karez e Rocha [11], Vorcaro e Velloso [12] e Gotlieb et al. [13] forneceram valores da carga de ruptura muito superiores (75% a 90%) à prova de carga.

Figura 1 Variação da carga de ruptura total prevista por vários métodos semi-empíricos x PC lenta EH1 Figura 2 Variação da carga lateral e carga de ponta prevista por vários métodos semi-empíricos e obtida na prova de carga lenta EH1 Quanto aos valores de carga lateral e de ponta (FIGURA 2), verifica-se que o método de Alonso [9] com base no SPT-T foi o que mais se aproximou do valor de atrito lateral, porém superestimou o valor da ponta. O método de Décourt e Quaresma [16] modificado por Décourt [17], com base no SPT, apesar de ter fornecido um valor próximo à carga de ruptura total superestimou o atrito e subestimou a ponta. O método de Peixoto [18] subestimou os valores de ponta e atrito lateral. Com relação à carga lateral, no geral, os métodos com base no SPT-T, Alonso (SPT-T), Décourt e Quaresma (SPT-T) e Peixoto (SPT-T) e o método de

Peiffer et al. (DMT) apresentaram resultados de atrito lateral a favor da segurança e próximos ao obtido experimentalmente. Os demais métodos apresentaram valores contra a segurança. O método de Karez e Rocha (SPT) foi o que mais se afastou do valor da prova de carga, superestimando o atrito, aproximadamente, em 80%. No geral, no que se refere à carga de ponta, os métodos Antunes e Cabral (SPT), Aoki e Velloso (SPT e CPT) e Décourt e Quaresma (SPT-T) apresentaram resultados próximos ao obtido experimentalmente. O método Antunes e Cabral [10], com base no SPT, foi o que apresentou melhor resultado do valor de ponta e o método de Gotlieb et al. (SPT) superestimou essa carga em cerca de quatro vezes e meia. Análise da estaca EH2 Na Tabela 6, são apresentados os valores de carga de ruptura lateral, de ponta e total calculados por meio dos métodos semi-empíricos com base na sondagem SPT-T6 [3] e os resultados experimentais obtidos com a PC lenta para a estaca EH2. A Figura 3 mostra a variação dos valores para carga de ruptura total e a Figura 4, cargas de ruptura lateral e de ponta. Tabela 6 Cargas de ruptura previstas pelos métodos semi-empíricos e obtidas na prova de carga lenta EH2 Prevista Prova de Carga Método Ensaio P l P p P rup P l P p P rup P rup-prev / P rup-pc Alonso [9] SPT-T 952 302 1254 1,25 SPT 1194 327 1521 1,52 Antunes e Cabral [10] SPT 1261 346 1607 1,61 Karez e Rocha [11] SPT 1496 401 1897 1,90 Vorcaro evelloso [12] SPT ---- ---- 2396 * 2,40 Gotlieb et al. [13] SPT 1280 196 1476 1,48 Aoki e Velloso [14] com CPT 1050 270 1320 1,32 contribuição de Monteiro 900 100 1000 [15] SPT 1280 461 1741 1,74 Décourt e Quaresma [16] SPT 1113 181 1294 1,29 modificado por Décourt [17] SPT-T 849 230 1079 1,08 Peixoto [18] SPT-T 870 181 1051 1,05 Peiffer et al. [19] DMT 746 ---- ---- ---- * Valor médio Analisando-se a Tabela 6 e a Figura 3 verifica-se, de uma forma geral, que os métodos analisados apresentaram valores superiores à capacidade de carga total na ruptura obtida na prova de carga. Os métodos que mais se aproximaram do resultado experimental foram os métodos com base no SPT-T. Os métodos de Décourt e Quaresma [16] modificado por Décourt [17] e Peixoto [18] apresentaram os melhores resultados. Ressalta-se que o método de Alonso [9], adaptado ao SPT, superestimou a carga de ruptura em 52%. Os métodos Karez e Rocha [11], Vorcaro e Velloso [12] e Aoki e Velloso [14] com contribuição de Monteiro [15], com base no SPT, forneceram resultados superiores a 75% ao da prova de carga. Quanto aos valores de carga lateral e de ponta (FIGURA 4), verifica-se que o método de Peixoto [18] e Décourt e Quaresma [16] modificado por Décourt [17], com base no SPT-T, foram os que mais se aproximaram dos valores de atrito lateral e ponta obtidos experimentalmente. Os métodos com base no SPT de Gotlieb et al. [13] e Décourt e Quaresma [16] modificado por Décourt [17], apesar de terem fornecido um bom valor para a carga de ponta, superestimaram o atrito. Com relação à carga lateral, no geral, os métodos com base no SPT-T, Alonso (SPT-T), Décourt e Quaresma (SPT-T) e Peixoto (SPT-T) e o método de Peiffer et al. (DMT) apresentaram resultados de atrito lateral próximos ao obtido experimentalmente. Os demais métodos apresentaram valores superiores ao da prova de carga e o método de Karez e Rocha (SPT) apresentou resultado 67% maior que o obtido na prova de carga.

Figura 3 Variação da carga de ruptura total prevista por vários métodos semi-empíricos x PC lenta EH2 Figura 4 Variação da carga lateral e carga de ponta prevista por vários métodos semi-empíricos e obtida na prova de carga lenta EH2 No geral, no que se refere à carga de ponta, os métodos de Peixoto (SPT-T), Décourt e Quaresma (SPT e SPT-T) e Gotlieb et al. (SPT) apresentaram resultados próximos ao obtido experimentalmente. Os demais métodos superestimaram a carga de ponta sendo Aoki e Velloso (SPT) o que mais se afastou do valor da prova de carga.

CONCLUSÕES Ao se comparar os resultados de previsão de capacidade de carga obtidos por métodos semi-empíricos com os resultados experimentais de provas de carga lenta, para estacas hélice continua com comprimentos de 8,0 e 12,0m, conclui-se: - O método semi-empírico de Alonso [9], adaptado ao SPT, forneceu valores de carga total na ruptura, cerca de 50% superiores aos valores experimentais. - Para as duas estacas teste, o método Décourt e Quaresma [16] modificado por Décourt [17], com base no SPT-T, apresentou cargas de ruptura total próximas às obtidas experimentalmente. - Os métodos probabilísticos de Karez e Rocha [11] e Vorcaro e Velloso [12] foram os que mais se afastaram dos resultados das provas de carga, apresentando valores de carga de ruptura superestimados em mais de 75%. - Os métodos de Alonso [9], Décourt e Quaresma [16] modificado por Décourt [17] e Peixoto [18], com base no SPT-T, e o método de Peiffer et al. [19], com base nos resultados de DMT, mostraram-se bons indicadores da parcela de carga de atrito lateral. Considerando os resultados das duas provas de carga e examinando a carga de ruptura total, ponta e atrito lateral, verifica-se que o método que mais se aproximou dos valores obtidos nas PC lentas, mantendo segurança, foi o de Décourt e Quaresma [16] modificado por Décourt [17], com base no SPT-T. É importante ressaltar, no entanto, que a quantidade de provas de carga realizadas não é, estatisticamente, representativa, para conclusões definitivas com relação aos métodos de previsão de capacidade de carga para estacas hélice contínua monitoradas, com de 0,40m de diâmetro e comprimentos de 8,0 e 12,0m, executadas em solos sedimentares arenosos entremeados com camadas de argila mole de pequena espessura. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem às empresas DACAZA Engenharia, BRASCONTEC, CONCREVIT, STAN Fundações e Construções Civis, STACA, às instituições UFES, UFV, UNICAMP, às fundações FUNCEFETES, Fundação Ceciliano Abel de Almeida e a todas as pessoas que tornaram possível a realização deste trabalho. REFERÊNCIAS [1] ALONSO, U. R. Reavaliação do método de capacidade de carga de estacas hélice contínua proposto por Alonso em 96 para duas regiões geotécnicas distintas. In: SEMINÁRIO DE ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES ESPECIAIS E GEOTECNIA. 4., 2000, São Paulo. Anais... São Paulo: ABMS, 2000. v. 2, p. 425-429. [2] ALLEDI, C. T. D. B. Comportamento à Compressão de Estacas Hélice Contínua, Instrumentadas, em Solos Sedimentares. 2004. 228f. Dissertação (Mestrado em Engenharia) Centro Tecnológico, Universidade Federal do Espírito Santo, Espírito Santo, 2004. [3] ALLEDI, C.T.D.B.; POLIDO, U.; ALBUQUERQUE, P.J.R. Provas de Carga em estacas Hélice Contínua Monitoradas em solos Sedimentares. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MECÂNICA DOS SOLOS E ENGENHARIA GEOTÉCNICA, 13., 2006, Curitiba. Anais... Curitiba: ABMS, 2006. v. 2, p. 1067-1072. [4] ALBUQUERQUE, P.J.R. Estacas Escavadas, Hélice Contínua e Ômega: Estudo do Comportamento à Compressão em Solo Residual de Diabásio, através de Provas de Cargas Instrumentadas em Profundidade. 2001. 263 f. Tese (Doutorado em Engenharia) - Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. [5] VELLOSO, D.A. Ponto de vista: a engenharia de fundação, hoje. Encarte 5, Boletim ABMS, n. 68, 1998.

[6] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 12131: Estacas: prova de carga estática. Rio de Janeiro, 1991. [7] ALBUQUERQUE, P.J.R.; ALLEDI, C.T.D.B.; POLIDO, U. Behavior of Instrumented Continuous Flight Auger Piles in Sedimentary and Residual Soils. In: PANAMERICAN CONFERENCE ON SOIL MECHANICS AND GEOTECHNICAL ENGINEERING,13., 2007, Isla Margarita. Anais Caracas: Venezuelan Geotechnical Society, 2007. v.1. [8] EVERS et al. Comparative performances of continuous flight auger and driven cast in place piles in sands. In: INTERNATIONAL GEOTECHINICAL SEMINAR ON DEEP FOUNDATIONS ON BORED AND AUGER PILES, 4.,2003,Ghent-Belgium. Proceedings Rotterdam: A. A. Balkema, 2003.p. 137-144. [9] ALONSO, U. R. Estacas hélice contínua com monitoramento eletrônico: previsão da capacidade de carga através do ensaio SPT-T. In: SEMINÁRIO DE ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES ESPECIAIS E GEOTECNIA, 3., 1996, São Paulo. Anais... São Paulo: ABMS, 1996b. v. 2, p.141-151. [10] ANTUNES, W. R.; CABRAL, D.A. Capacidade de carga de estacas hélice contínua. In: SEMINÁRIO DE ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES ESPECIAIS E GEOTECNIA, 3., 1996, São Paulo. Anais... São Paulo: ABMS, 1996. v. 2, p. 105-110 [11] KAREZ, M.; ROCHA, E. A. C. Estaca tipo hélice contínua: previsão da capacidade de carga. In: SEMINÁRIO DE ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES ESPECIAIS E GEOTECNIA, 4., 2000, São Paulo. Anais... São Paulo: ABMS, 2000. v. 1, p. 274-278. [12] VORCARO, M. C.; VELLOSO, D. A. Avaliação de carga última em estacas hélice contínua por regressão linear múltipla. In: SEMINÁRIO DE ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES ESPECIAIS, 4., 2000, São Paulo. Anais... São Paulo: ABMS, 2000. v. 2, p. 315-330. [13] GOTLIEB, M. et al. Um método simples para avaliação da tensão admissível no topo de estacas tipo hélice contínua. In: SEMINÁRIO DE ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES ESPECIAIS E GEOTECNIA, 4., 2000, São Paulo. Anais... São Paulo: ABMS, 2000. v. 1. p. 312-319. [14] AOKI, N.; VELLOSO, D. An aproximate method to estimate the bearing capacity of piles. In: PANAMERICAN CONFERENCE ON SOIL MECHANICS AND FOUNDATION ENGINEERING, 5., 1975, Buenos Aires. Proceedings... Buenos Aires, 1975. v. 1, p. 367-376. [15] MONTEIRO, P. F. F. A estaca ômegafranki: capacidade de carga. In: SEMINÁRIO DE ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES ESPECIAIS E GEOTECNIA, 4., 2000, São Paulo. Anais... São Paulo, ABMS, 2000. v. 2, p. 356-369. [16] DÉCOURT, L.; QUARESMA, A. R. Capacidade de carga de estacas a partir de valores de SPT. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MECÂNICA DOS SOLOS E ENGENHARIA DE FUNDAÇÕES, 6., 1978, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: ABMS, 1978. v. 1, p. 45-53. [17] DÉCOURT, L. Análise e projeto de fundação profunda: estacas. In: HACHICH, W. et al. Fundações: teoria e prática. São Paulo: PINI, 1996. cap. 8.1. p. 265-301. [18] PEIXOTO, A.S. P. Estudo do ensaio SPT-T e sua aplicação na prática de Engenharia de Fundações. 2001. 501 f. Tese (Doutorado em Engenharia) - Faculdade de Engenharia Agrícola, Universidade Estadual de Campinas, Campinas-São Paulo, 2001. [19] PEIFFER, H. et al. Evaluation of the influence of pile execution parameters on the soil condition around the pile shaft of a PCS- pile. In: INTERNATIONAL GEOTECHNICAL SEMINAR ON DEEP FOUNDATIONS ON BORED AND AUGER PILES, 2., 1993, Ghent-Belgium. Proceedings... Rotterdam: A.A. Balkema, 1993. p. 217-220.