Coordenação-Geral de Tributação

Documentos relacionados
Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 10ª RF

Relatório. Data 17 de dezembro de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF

PR CURITIBA SRRF09. Coordenação-Geral de Tributação. 2 Em síntese, a descrição dos fatos narrados pela consulente:

Coordenação-Geral de Tributação

75 Coordenação-Geral de Tributação. Solução de Consulta nº 89 - Cosit. Data 14 de junho de 2016 Processo Interessado

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Relatório. Data 17 de junho de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1861, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018

Resoluções e Normativas Federais. GTT - Náutico

Coordenação-Geral de Tributação

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Relatório. Data 15 de agosto de 2017 Processo Interessado CNPJ/CPF

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

MINISTÉRIO DA FAZENDA SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 5ª REGIÃO FISCAL

CONSULTA PÚBLICA RFB Nº 08/2018. Subsecretaria Responsável: Subsecretaria de Administração Aduaneira (Suana)

Coordenação-Geral de Tributação

Portaria MF nº 440, de 30 de julho de 2010

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Boletim de Atualização Tributária BOLETIM DE ATUALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA. Código das Melhores Práticas de

Coordenação-Geral de Tributação

Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 8ª RF

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL 8ª REGIÃO FISCAL

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação COORDENAÇÃO-GERAL DE FISCALIZAÇÃO

CÓPIA. Coordenação-Geral de Tributação RJ RIO DE JANEIRO SRRF07

Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 9ª RF

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Comércio Exterior brasileiro. REGULAMENTO ADUANERIO Apresentação desenvolvida por: Prof. Alexandre F. Almeida

Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 10ª RF

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.727, DE 10 DE AGOSTO DE 2017

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

IN-RFB nº 1.861, de (DOU-1 de ) Importação por Conta e Ordem de Terceiro. Importação por Encomenda.

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil da 10ª RF

9ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO

Coordenação-Geral de Tributação

Transcrição:

Fls. 1 0 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 16 - Data 16 de janeiro de 2017 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS MERCADORIAS ESTRANGEIRAS COMERCIALIZADAS A BORDO. NAVIO ESTRANGEIRO. VIAGEM DE CRUZEIRO. PERÍODO DE PERMANÊNCIA EM ÁGUAS BRASILEIRAS. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO. CONTROLE ADUANEIRO. Estão submetidas ao tratamento tributário e ao controle aduaneiro estabelecidos na Instrução Normativa SRF nº 137, de 1998, tanto as mercadorias estrangeiras comercializadas a bordo do navio estrangeiro que entra no território nacional, em viagem de cruzeiro, e faz uma única escala em um porto nacional, quanto as comercializadas a bordo do navio estrangeiro que entra no território nacional, em viagem de cruzeiro, e se movimenta pela costa brasileira, fazendo escalas em mais de um porto nacional. Dispositivos Legais: Decreto nº 6.759, de 2009, arts. 26, 1º e 38; Instrução Normativa SRF nº 137, de 1998. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL CONSULTA SOBRE DISPOSITIVOS DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. É ineficaz a consulta cujo objeto não verse sobre interpretação de legislação tributária. Dispositivos Legais: Decreto nº 70.235, de 1972, arts. 46, caput, e 52, I. Relatório 1. O interessado, pessoa jurídica de direito privado, formula consulta, na forma da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013, acerca do tratamento tributário aplicável sobre os produtos de origem estrangeira, consumidos à bordo de navio estrangeiro em viagem de cruzeiro pela costa brasileira. 1

Fls. 2 2. Informa ter atendido um navio de passageiros, estrangeiro, que fez escala em um único porto da costa brasileira, ou seja, o navio procedeu de porto no exterior e prosseguiu para outro porto no exterior. 3. Com base no art. 1º da Norma de Execução nº 6, de 21 de novembro de 2013, emitida pela Coordenação-Geral de Administração Aduaneira (Coana), e na Instrução Normativa SRF nº 137, de 23 de novembro de 1998, da Secretaria da Receita Federal do Brasil, entende que somente caberia a cobrança de tributos sobre os produtos de origem estrangeira, consumidos à bordo dos navios de passageiros, quando este em trânsito entre os portos da costa brasileira, o que neste caso não ocorreu já que o referido navio escalou apenas um único porto brasileiro onde ficou ancorado nos dias 15-16-17 e saiu no dia 18/08 às 03:30hs da manhã (em função do horário da maré). Assim sendo, não deve proceder ao registro do E- Processo (leia-se NE Coana nº 06). 4. Ao final, questiona se a embarcação estrangeira de que trata este processo sujeita-se a aplicação da NE COANA Nº 06 de 21 de novembro de 2013. Fundamentos 5. Da consulta formulada, depreende-se que o interessado, na condição de representante no Brasil do armador estrangeiro, conforme estabelece o caput do art. 2º da Instrução Normativa SRF nº 137, de 1998, busca saber se os produtos de origem estrangeira, consumidos à bordo do navio estrangeiro, que entrou no território nacional e ficou ancorado em um único porto da costa brasileira, sujeitam-se ao recolhimento dos impostos e contribuições e ao controle aduaneiro, prescritos por essa Instrução Normativa. 6. A citada Instrução Normativa, disciplina o tratamento tributário e o controle aduaneiro aplicados aos navios estrangeiros que estiverem em viagem de cruzeiro no Brasil com escalas nos portos nacionais e, também, às atividades de prestação de serviços ou comerciais, inclusive relativos a mercadorias de origem estrangeira, destinadas ao abastecimento da embarcação e à venda a passageiros. 6.1. Essa Instrução Normativa foi editada observando, em seu preâmbulo, entre outros, o disposto nos arts. 28 e 41 do Decreto nº 91.030, de 5 de março de 1985, que aprovou o Regulamento Aduaneiro (RA/1985), vigente na época de sua publicação. Atualmente, regras semelhantes constam, respectivamente, dos arts. 26, 1º, e 38 do Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009 Regulamento Aduaneiro (RA/2009), abaixo transcritos (destacou-se): Decreto nº 6.759, de 2009 Art. 26. A entrada ou a saída de veículos procedentes do exterior ou a ele destinados só poderá ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado. 1º O controle aduaneiro do veículo será exercido desde o seu ingresso no território aduaneiro até a sua efetiva saída, e será estendido a mercadorias e a outros bens existentes a bordo, inclusive a bagagens de viajantes. 2

Fls. 3 Art. 38. A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará o funcionamento de lojas, bares e instalações semelhantes, em embarcações, aeronaves e outros veículos empregados no transporte internacional, de modo a impedir a venda de produtos sem o atendimento ao disposto na legislação aduaneira (Decreto-Lei nº 37, de 1966, art. 40). 7. De acordo com o Decreto nº 7.381, de 2 de dezembro de 2010, que dispõe sobre a Política Nacional de Turismo, viagem de cruzeiro é atividade própria e complexa, relacionada com o turismo, envolvendo prestação de serviços conjugados de transporte, hospedagem, alimentação, entretenimento, visitação de locais turísticos e serviços afins, quando realizados por embarcações de turismo. No que se refere aos cruzeiros marítimo ou fluvial, escala corresponde à entrada da embarcação em porto nacional para atracação ou fundeio. 7.1. Esses conceitos constam dos arts. 39 e 40, inciso I, do Decreto nº 7.381, de 2010, como se vê abaixo (destacou-se): Art. 39. A prestação de serviços conjugados de transporte, hospedagem, alimentação, entretenimento, visitação de locais turísticos e serviços afins, quando realizados por embarcações de turismo, constitui o programa de turismo denominado cruzeiro marítimo ou fluvial. Art.40. No que se refere aos cruzeiros marítimos ou fluviais, entende-se por: I - escala: a entrada da embarcação em porto nacional para atracação ou fundeio; 8. Recorde-se que toda operação de comércio exterior, seja de importação ou de exportação de bens, a título definitivo ou temporário, está sujeita ao controle aduaneiro que é o conjunto de medidas tomadas pela fiscalização para assegurar a aplicação da legislação aduaneira. O controle aduaneiro pode ser realizado de diversas formas, e em variados momentos, de acordo com as circunstâncias e a realidade da economia e do comércio global e nacional. 9. No caso de navio estrangeiro, o controle aduaneiro é exercido desde o seu ingresso no território nacional até a sua efetiva saída, durante todo o tempo que permanecer em águas brasileiras, e será estendido a mercadorias e a outros bens existentes a bordo, inclusive a bagagens de viajantes. 10. Isso posto, transcrevem-se, agora, os arts. 1º, 2º, inciso III e 3º, 5º, inciso II e 3º, da Instrução Normativa SRF nº 137, de 1998 (destacou-se): Art. 1º A entrada de navio estrangeiro no território nacional e a sua movimentação pela costa brasileira, em viagem de cruzeiro que incluir escala em portos nacionais, bem assim as atividades de prestação de serviços e comerciais, inclusive relativas a mercadorias de origem estrangeira, destinadas ao abastecimento da embarcação e à venda a passageiros, serão submetidos ao tratamento tributário e ao controle aduaneiro estabelecidos nesta Instrução Normativa. Art. 2º Para os fins do disposto nesta Instrução Normativa, o armador estrangeiro deverá constituir representante legal no País, pessoa jurídica, outorgando-lhe poderes para, na condição de mandatário: 3

Fls. 4 III - proceder ao despacho para consumo das mercadorias estrangeiras comercializadas a bordo do navio; 3º Os impostos e contribuições referidos no parágrafo anterior serão apurados e pagos na forma e nos prazos estabelecidos para as demais pessoas jurídicas, exceto o II e o IPI, incidentes na importação, que deverão ser pagos, na hipótese desta Instrução Normativa, até a data de saída do navio do País, considerandose, para este fim, como período de apuração, o período de permanência do veículo em águas brasileiras. Art. 5º O controle aduaneiro sobre as mercadorias de origem estrangeira transportadas no navio em viagem de cruzeiro, ou embarcadas no País para reposição de estoques, destinadas à provisão de bordo ou à venda em lojas, bares e instalações semelhantes, observará o seguinte: II - mercadorias estrangeiras destinadas à venda: o comandante do navio manterá registro do estoque diário de mercadorias estrangeiras a bordo, que permita identificar o movimento ocorrido no período, relativamente ao saldo inicial, entradas, saídas e saldo final. 3º O despacho aduaneiro das mercadorias estrangeiras será processado em nome do mandatário, com base em uma única Declaração Simplificada de Importação - DSI, para o total de mercadorias vendidas no período de apuração estabelecido no 3º do art. 2º. 11. Os dispositivos acima transcritos prescrevem que as mercadorias estrangeiras comercializadas a bordo do navio estrangeiro, em viagem de cruzeiro, que entrou em porto nacional para atracação ou fundeio, devem ser objeto de despacho para consumo, por meio de Declaração Simplificada de Importação (DSI), cujo período de apuração, para os fins dos tributos vinculados à importação, corresponde ao tempo de permanência do navio estrangeiro em águas brasileiras e, quanto aos demais tributos, é aquele estabelecido para as demais pessoas jurídicas, conforme legislação de regência. 12. É irrefutável o fato de, em nenhum desses dispositivos, ou em qualquer outro ponto da legislação tributária ora referida, há qualquer exceção que exclua da incidência dos tributos em comento ou do controle aduaneiro, as mercadorias estrangeiras comercializadas a bordo do navio estrangeiro, em viagem de cruzeiro, que entrou no território nacional, tenha ele feito uma única escala em um porto nacional ou diversas escalas em portos nacionais, em virtude de sua movimentação pela costa brasileira. 12.1. Dessa forma, por haver o enquadramento dessas operações na norma em apreço, sem que exista qualquer disposição legal exoneratória (que, necessariamente, teria que ser expressa, por força do disposto no art. 111 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, Código Tributário Nacional CTN), há de se concluir pela incidência dos tributos previstos na Instrução Normativa SRF nº 137, de 1998, e pela sujeição ao controle aduaneiro, relativamente 4

Fls. 5 à comercialização das mercadorias estrangeiras a bordo do navio estrangeiro, em viagem de cruzeiro, que está em águas brasileiras. 13. No que concerne à aplicação do E-Processo ou não nos termos da NE COANA Nº 06 de 21 de novembro de 2013, cumpre destacar que, de acordo com o caput do art. 46, e inciso I do art. 52 do Decreto nº 70.235, de 1972, a consulta, para ser considerada eficaz, deve versar sobre a interpretação da legislação tributária aplicável a fato determinado. Ocorre que a questão apresentada trata-se, em verdade, de questão operacional, o que acarreta a declaração de ineficácia desta parte da consulta. Conclusão 14. Ante o exposto, responde-se ao consulente que: a) estão submetidas ao tratamento tributário e ao controle aduaneiro estabelecidos na Instrução Normativa SRF nº 137, de 1998, tanto as mercadorias estrangeiras comercializadas a bordo do navio estrangeiro que entra no território nacional, em viagem de cruzeiro, e faz uma única escala em um porto nacional, quanto as comercializadas a bordo do navio estrangeiro que entra no território nacional, em viagem de cruzeiro, e se movimenta pela costa brasileira, fazendo escalas em mais de um porto nacional; b) é ineficaz o questionamento que trata da necessidade de formalização de e-processo nos termos da Norma de Execução Coana nº 6, de 21 de novembro de 2013, nos termos dos arts. 46, caput, e 52, inciso I, do Decreto nº 70.235, de 1972, por se tratar de questão de natureza procedimental. À consideração do revisor. [Assinado digitalmente.] CASSIA TREVIZAN Auditora-Fiscal da RFB De acordo. À consideração superior. [assinado digitalmente] CELSO TOYODA Auditor-Fiscal da RFB De acordo. Encaminhe-se ao Coordenador da Cotex [Assinado digitalmente.] IOLANDA MARIA BINS PERIN Auditora-Fiscal da RFB - Chefe da SRRF10/Disit 5

Fls. 6 De acordo. Ao Coordenador-Geral da para aprovação. [Assinado digitalmente.] FAUSTO VIEIRA COUTINHO Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil Coordenador da Cotex-Substituto Ordem de Intimação Aprovo a Solução de Consulta. Publique-se e divulgue-se nos termos do art. 27 da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013. Dê-se ciência ao interessado. [assinado digitalmente] CLÁUDIA LÚCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA Auditora-Fiscal da RFB - Coordenadora-Geral da - Substituta 6