PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO



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Transcrição:

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAL RELATÓRIO Nº : 174828 UCI EXECUTORA : 170961 CGU/SFC/DE/DEFAZ EXERCÍCIO : 2005 PROCESSO Nº : 00190.007042/2006-85 UNIDADE AUDITADA : SH-SFH CÓDIGO : 179093 CIDADE : BRASILIA RELATÓRIO DE AUDITORIA Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 174828, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre os atos e conseqüentes fatos de gestão, ocorridos na Unidade supra-referida, no período de 01/01/2005 a 31/12/2005. I - ESCOPO DO TRABALHO 2. Os trabalhos foram realizados na Sede da Unidade Jurisdicionada, no período de 14/02/2006 a 31/03/2006, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Além das solicitações encaminhadas durante o trabalho de campo, foi remetida à Unidade em 07/06/2006, mediante Ofício nº 17.716/2006/DEFAZ/DE/SFC/CGU-PR, a versão preliminar do relatório para apresentação de esclarecimentos adicionais no prazo máximo de 5 dias úteis. A Caixa Econômica Federal - CEF comunicou, por meio do Ofício 826/2006/VIBEN/SUFUS, de 16/06/2006, que não dispunha de novas informações ou dados que pudessem ser disponibilizados, ao tempo em que concordou com o teor do relatório. Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames, que contemplaram as seguintes áreas: CONTROLES DA GESTÃO GESTÃO ORÇAMENTÁRIA GESTÃO FINANCEIRA GESTÃO OPERACIONAL II - RESULTADO DOS EXAMES 3 GESTÃO OPERACIONAL 3.1 SUBÁREA - PROGRAMAÇÃO DOS OBJETIVOS E METAS 3.1.1 ASSUNTO - CONSISTÊNCIA DAS METAS 3.1.1.1 INFORMAÇÃO: No Relatório de Gestão do Seguro Habitacional, a CEF informa que a Resolução CCFCVS nº. 125, de 10/12/2001, estabeleceu a criação dos 1

indicadores de gestão do SH/SFH pela CAIXA para aferir a eficiência, eficácia e economicidade da ação administrativa, levando-se em conta os resultados qualitativos e quantitativos apresentados. Esclarece, ainda, que os indicadores a seguir reproduzidos retratam o desempenho administrativo, sendo que os de caráter financeiro fazem parte das Notas Explicativas que acompanham as Demonstrações Contábeis. Indicador A mede o percentual de variação entre a Prestação de Contas Provisória e a Prestação de Contas Final do movimento operacional Medição: 12º dia útil do mês (m) Descrição: Resultado da divisão entre o valor do superávit estimado recolhido no mês anterior com o recolhimento final no mês. Objetivo: Possibilitar ao gestor identificar o comportamento entre o valor estimado e o valor realizado Dimensão: Qualidade e valor Periodicidade: Mensal Meta: Zero é melhor Superávit Resultado Meses Estimado (m-1) Final (m) Indicador A (a) (b) c = (b*100/)a Jan 6.647,6 1.679,2 25 Fev 5.361,6-235,6-4 Mar 2.177,3-672,6-31 Abr 5.935,5 9,9 0 Mai 6.286,9 250,6 4 Jun 5.747,0-1.688,8-29 Jul 3.143,3-1.017,6-32 Ago 4.473,2 81,9 2 Set 2.523,9-2.462,7-98 Out 2.875,9-1.369,3-48 Nov 2.841,3 844,0 30 Dez 2.650,6-2.707,4-102 TOTAL 50.664,1-7.288,4-14 Fonte: Movimento Operacional das Seguradoras O quadro acima demonstra que em 2005 o volume de recursos recolhidos pelas Seguradoras ao SH/SFH, na Prestação de Contas Provisória, a título de superávit estimado, foi maior que na Prestação de Contas Final do Movimento Operacional MO. A CEF esclareceu que as variações positivas verificadas nos meses de janeiro, abril, maio, agosto e novembro indicam que as Seguradoras repassaram volume maior de recursos financeiros na Prestação de Contas Provisória e, ainda, efetuaram recolhimentos à Administradora do SH/SFH por ocasião da Prestação de Contas Final. Declarou, também, que os picos apresentados nos meses de setembro e dezembro foram motivados pelos pagamentos de sinistros com recursos próprios, efetuados Caixa Seguradora, ressarcidos na Prestação de Contas Final. 2

Indicador B mede o desempenho das atividades em relação às determinações do CCFCVS e necessidades da Administradora para o alcance dos objetivos Atividades do exercício de 2005 Cumpriu parcial Cumpriu total 1. Quitar dívidas do FESA junto às Seguradoras 99% 2. Processar informações das seguradoras quanto às ações judiciais 100% 3. Avaliar informações sobre o Relatório de Auditores Independentes 100% 4. Acompanhar provisão técnica relativamente aos sinistros 100% ocorridos e não avisados 5. Constituir provisões para contingências relacionadas com as ações judiciais 100% 6. Cobrar glosas determinadas pela SUSEP às seguradoras 100% 7. Receber glosas apontadas pela SUSEP 100% 8. Validar novo modelo de recebimento das informações do SH/SFH 100% 9. Acompanhar rotina de inclusão no CADMUT, de contratos com cobertura de 100% sinistros. 10. Aplicar disponibilidades 100% 11. Repassar superávit ao FCVS 100% 12. Pagar adiantamentos às Seguradoras 100% 13. Pagar Taxa de Administração 100% 14. Controlar Reserva Técnica 100% 15. Realizar processo de escolha de Seguradora 100% Não cumpriu Em relação ao item 1 do quadro acima, único item a não atingir 100% da meta estabelecida, a CEF alegou que algumas seguradoras não receberam porque não apresentaram a documentação necessária à habilitação ao ressarcimento. Esclarecemos que o assunto está sendo abordado mais detalhadamente no item 5.3.1.1 deste relatório. 3.2 SUBÁREA GERENCIAMENTO DE PROCESSOS OPERACIONAIS 3.2.1 ASSUNTO STATUS DA MISSÃO INSTITUCIONAL 3.2.1.1 INFORMAÇÃO: O SH/SFH foi criado pela Lei nº. 4.380, de 21/08/1964, especificamente para coberturas de sinistros em caso Morte ou de Invalidez Permanente do Mutuário MIP, Danos Físicos no Imóvel DFI e Responsabilidade Civil do Construtor RCC, em consonância com o caráter social do SFH. Ante o seu perfil de operação de interesse social, tratamentos especiais são concedidos aos mutuários do SFH, tais como inexistência de carência, inexigibilidade de exames médicos ou declaração de saúde e recuperação total do imóvel danificado, ainda que o valor da importância segurada seja inferior ao custo da sua recuperação. Com a edição do Decreto-Lei nº 2.406, de 05/01/1988, redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.476, de 16/09/1988, o Fundo de Compensação de Variações Salariais FCVS passou a oferecer garantia ao SH/SFH, permanentemente e em âmbito nacional, ratificada pela Lei nº 7.682, de 02/12/1988. 3

A partir da publicação da Portaria do Ministério da Fazenda nº. 243, de 28/07/2000, a CAIXA assumiu as funções administrativas do SH/SFH e passou a desempenhar as atividades para controlar o fluxo financeiro desse seguro. O montante repassado ao FCVS no exercício de 2005 foi de R$ 4.410,2 mil, considerando o resultado do movimento operacional e a recomposição da Reserva Técnica, demonstrados na tabela a seguir: Valores em R$ mil Repasse ao FCVS - 2005 Mês Financeiro Superávit da Conta Da Reserva Técnica Movimento do SH/SFH Janeiro 0,0 0,0 Fevereiro 0,0 0,0 Março 0,0 258,5 Abril 0,0 1.453,5 Maio 781,2 1.917,1 Junho 0,0 0,0 Julho 0,0 0,0 Agosto 0,0 0,0 Setembro 0,0 0,0 Outubro 0,0 0,0 Novembro 0,0 0,0 Dezembro 0,0 0,0 TOTAL 781,2 3.629,0 Fonte: SISFIN Conforme foi demonstrado, o FCVS, garantidor do SH/SFH, recebeu R$ 781,2 mil de transferência de superávit do Movimento Operacional do SH/SFH e R$ 3.629,0 mil para recomposição da Reserva Técnica. Entretanto, em função do modelo operacional estabelecido pela Portaria MF nº. 243/2000, apesar do FCVS ter recebido essa importância, não houve superávit acumulado no exercício, uma vez que foram necessários R$ 23.533,0 mil de recursos do FCVS para recomposição da Reserva Técnica. Na apuração do valor a ser repassado ao FCVS a CEF considera os resultados operacionais, os parcelamentos de dívidas junto ao SH/SFH recebidos dos agentes financeiros, o resultado da recomposição da Reserva Técnica, as glosas e o saldo da conta movimento do SH/SFH. A Reserva Técnica tem como objetivo oferecer garantia para eventuais desequilíbrios da Apólice do Seguro Habitacional - ASH e corresponde a duas vezes a média mensal dos prêmios emitidos nos doze meses imediatamente anteriores ao mês de apuração, a ser recomposta pela CEF, conforme dispõe o Artigo 3º da Portaria MF nº 243/2000, abaixo transcrito: Art.3º A CAIXA, no décimo segundo dia útil de cada mês, promoverá a recomposição da reserva técnica do SH, a que se refere o caput do art. 1º, em 2 (duas) vezes a média mensal dos prêmios emitidos nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores a cada mês de apuração. Parágrafo Único. Os recursos da reserva técnica serão atualizados pelo índice de remuneração dos depósitos de poupança, desde a data de emissão dos prêmios até o dia de recomposição inclusive, e deverão ser aplicados em títulos públicos do Tesouro Nacional, devidamente registrados no Balanço patrimonial do FCVS. 4

É importante salientar a existência de um saldo de mais de R$ 4 bilhões de superávit acumulado desde 1994, gerado pela Apólice do SFH e contabilizado no Balanço do FCVS do exercício de 2005. Na análise de desempenho do SH/SFH no exercício sob exame, verificase que o volume de prêmios ficou abaixo do pagamento de sinistros, revelando uma tendência de desequilíbrio no fluxo mensal futuro. O percentual de sinistralidade também é preocupante, na medida em que atingiu 108%, ultrapassando em 23% o equilíbrio projetado para a carteira, que é de 85%. Observamos que a atuação da CEF em 2005, como administradora do SH/SFH esteve focada na execução de atividades determinadas pelo CCFCVS e no aperfeiçoamento dos instrumentos de controle de que dispõe, com o objetivo de atender às recomendações e determinações dos órgãos de controle e melhorar o desempenho das operações do SH/SFH, consideradas as limitações legais de sua atuação no processo. 3.3 SUBÁREA AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 3.3.1 ASSUNTO RESULTADO DA MISSÃO INSTITUCIONAL 3.3.1.1 INFORMAÇÃO: Dentre os indicadores de gestão criados pela CEF em consonância com as determinações emanadas pelo CCFCVS, na Resolução nº. 125, de 10/12/2001, transcrevemos abaixo aqueles indicativos de eficiência operacional, apontados no Relatório de Gestão do SH. Indicador A mede o tempo médio para efetivação da composição da Reserva Técnica Medição: data de efetivação da recomposição da reserva técnica menos a data legal estabelecida para repasse em dias Descrição: Verificar a data de crédito Objetivo: cumprir a norma Dimensão: prazo Periodicidade: mensal Meta: creditar/debitar no 12º dia útil Sistema: planilha Excel Impacto: médio zero é melhor Datas de Recomposição da Reserva Técnica Dia devido 12º Intervalo Indicador B Dia do crédito dia útil Qtde dias úteis jan/05 18 18 0 fev/05 18 18 0 mar/05 16 16 0 abr/05 18 18 0 mai/05 17 17 0 jun/05 16 16 0 jul/05 18 18 0 ago/05 16 16 0 set/05 19 19 0 out/05 19 19 0 nov/05 18 18 0 dez/05 16 16 0 Fonte: SISFIN 5

A recomposição da Reserva Técnica é efetuada no fechamento do movimento operacional e tem como fundamento a segregação de recursos de forma a criar um colchão de liquidez capaz de atender aos desequilíbrios financeiros de curto prazo. Indicador B mede o tempo médio para efetivação do pagamento da taxa de administração da CAIXA e da SUSEP Medição: Descrição: Objetivo: Dimensão: Periodicidade: Meta: 243/2000 data de efetivação do pagamento à CAIXA e à SUSEP menos a data legal estabelecida para crédito em dias verificar a data de crédito cumprir a norma Prazo Mensal creditar no 12º dia útil Art. 7º, 2º da Portaria Indicador C Pagamento da Taxa de Administração Dia do Dia Intervalo crédito devido Qtde dias úteis jan/05 18 18 0 fev/05 21* 18 1 mar/05 16 16 0 abr/05 18 18 0 mai/05 17 17 0 jun/05 16 16 0 jul/05 18 18 0 ago/05 16 16 0 set/05 20* 19 1 out/05 19 19 0 nov/05 18 18 0 dez/05 16 16 0 O intervalo observado no mês de fevereiro (1 dia útil)foi ocasionado por devolução, efetuada pelo Banco do Brasil S/A, de transferência financeira realizada pela CEF à SUSEP, em função de alteração nos códigos de recepção do SPB Sistema de Pagamentos Brasileiro. Em setembro, devido às alterações na rotina de envio de mensagens pelo SPB, ocorreu intervalo de 01 dia. A CEF ressalta que os atrasos verificados ocorreram apenas em relação aos pagamentos devidos à SUSEP, pois utilizam-se do sistema de envio/recepção de recursos financeiros, via on-line, entre as instituições Banco do Brasil S/A e Caixa Econômica Federal. Todos os créditos das Taxas de administração da CAIXA foram efetuados dentro do prazo estabelecido. Indicador C mede a relação existente entre o custo e o montante da produção alcançada I esh2005 = Indicador de eficiência do SH/SFH em 2005 TA = Taxa de administração de todas as entidades do SH/SFH em 2005 (Agentes Financeiros, Seguradoras, CAIXA e SUSEP) SP = Sinistros pagos em 2005 Resultado I e SH2005 = 3.537,4/ 365.834,2 I e SH2005 = 9,48% 6

Verificamos que os indicadores apresentados estão condizentes com as operações do SH/SFH. 4 GESTÃO ORÇAMENTÁRIA 4.1 SUBÁREA - ANÁLISE DA EXECUÇÃO 4.1.1 ASSUNTO - EXECUÇÃO DAS RECEITAS 4.1.1.1 INFORMAÇÃO: A proposta orçamentária do SH/SFH referente ao exercício de 2005, foi aprovada pelo Conselho Curador do FCVS na 61º reunião, realizada no dia 19/10/2005. Os recursos do SH/SFH são formados por prêmios cobrados pelos Agentes Financeiros, incluídos na prestação mensal dos financiamentos com cobertura da Apólice do Seguro Habitacional do SFH e repassados às seguradoras, independente do pagamento pelo mutuário. No quadro abaixo demonstramos a variação na execução orçamentária das receitas em 2005, em relação aos valores realizados em 2004 e, também, em relação àqueles orçados para 2005. R$ mil RECEITAS REALIZADO 2004 (A) ORÇADO 2005 (B) REALIZADO 2005 (C) % D=C/B) % E=C/A) Receitas c/seguros 373.464 324.401 337.586 104,06 90,39 Rendas Apl.Int.Liq. 272 106 99 93,40 36,40 Rendas Tit.Val.Mob. 76 79 78 98,73 102,63 Outras rec/desp.op. 276 19.913 27.255 136,87 9875,0 O montante de prêmios de seguro recebidos no exercício de 2005 e registrado na subconta 7.1.9.99.10.05-6 do Balancete do SH/SFH foi de R$ 337.586,4 mil, superando em 4,06% o valor inicialmente estimado para o período. Observa-se, entretanto, uma queda de 9,60% em relação ao valor realizado no exercício anterior, motivada pela redução do tamanho da carteira, ante seu envelhecimento e pelas liquidações de contratos por decurso de prazo. 4.1.2 ASSUNTO - EXECUÇÃO DAS DESPESAS CORRENTES 4.1.2.1 INFORMAÇÃO: O equilíbrio do Seguro Habitacional é garantido pelo Fundo de Compensação de Variações Salariais FCVS, de acordo com o Decreto-Lei 2.406, de 05/01/1988, alterado pelo Decreto-Lei 2.476, de 16/09/1988 e ratificada pela Lei nº 7.682, de 02/12/1988. A necessidade de participação do FCVS no exercício de 2005 foi de R$ 156.835 mil, superando o valor orçado em 89,87% (R$ 82.602), devido ao aumento das Despesas Operacionais, em especial daquelas com provisões para ações judiciais, contabilizadas com base nas informações das seguradoras, que totalizaram R$ 142.510 mil. No quadro a seguir demonstramos a variação na execução orçamentária das principais despesas operacionais do SH em relação aos valores realizados em 2004 e, também, em relação àqueles orçados para 2005. 7

DESPESAS REALIZADO 2004 (A) ORÇADO 2005 (B) REALIZADO 2005 (C) R$ mil % D=C/B) % E=C/A) Provisão p/prêmios em atraso 11.999 6.346 5.765 90,84 48,05 Provisão p/ações Judiciais 13.271 82,489 142.510 172,76 1073,85 Despesas com seguros 354.555 318.887 365.834 114,72 103,18 Despesas Administrativas 37.859 33.225 32.537 97,93 85,94 Remuneração CAIXA 2.322 2.100 2.059 98,05 88,67 Remuneração SUSEP 1.206 1.039 1.016 97,79 84,25 Remuneração Ag.Financeiro 6.314 5.533 5.418 97,92 85,81 Remuneração Seguradoras 28.017 24.553 24.044 97,93 85,82 O pagamento de indenizações e despesas de sinistros registrados estão contabilizados nas rubricas abaixo, extraídas do Balancete do SH/SFH e totalizaram R$ 365.834.239,00. Rubrica Tipo de sinistros e despesas Valores 8.1.9.11.10.01-4 Indenizações de sinistros técnicos 305.171.659,24 8.1.9.11.10.03-0 Despesas de sinistros judiciais 17.879.087,95 8.1.9.11.10.06-5 Indenizações de sinistros judiciais 25.968.195,09 8.1.9.11.10.07-3 Despesas com Sinistros técnicos 15.291.203,86 8.1.9.11.10.19-7 Despesas com Provisão de Sinistros 1.524.092,86 Total das despesas com sinistros em 2005 365.834.239,00 Fonte: Balanço SH/SFH No exercício sob exame foram consideradas todas as rubricas que envolvem as despesas com sinistros, tanto os de natureza técnica quanto os de natureza judicial. Os dados são obtidos junto às Seguradoras e são comparados com o valor total das prestações de contas do SH. 5 GESTÃO FINANCEIRA 5.1 SUBÁREA - RECURSOS DISPONÍVEIS 5.1.1 ASSUNTO - RESULTADOS DA GESTÃO DE DISPONIBILIDADES 5.1.1.1 INFORMAÇÃO: Os recursos disponíveis, depositados na CEF, são provenientes, principalmente, dos superávits recolhidos pelas sociedades seguradoras e do FCVS, sendo os recursos retidos remunerados pela taxa SELIC e aqueles oriundo das arrecadações, indexados à Taxa Referencial TR. De acordo com o Balanço Patrimonial, as disponibilidades do SH/SFH totalizavam, em 31/12/2005, R$ 14.126,06. Apresentava, ainda, no Circulante a rubrica Títulos e Valores a Receber no valor de R$ 76.448,58, composta de Letras Financeiras do Tesouro Nacional, a qual tem por finalidade a cobertura de obrigações por empréstimos e repasse do SH/SFH, conforme estabelece a Portaria MF n 184/96, de 05/07/1996. 5.2 SUBÁREA - RECURSOS REALIZÁVEIS 5.2.1 ASSUNTO PROVISÕES PARA DEVEDORES DUVIDOSOS 5.2.1.1 INFORMAÇÃO: A Provisão de Recursos das Seguradoras em Atraso, demonstrada a seguir, foi constituída integralmente pelo IRB, quando de sua gestão, com 8

base nos créditos pendentes de liquidação e é atualizada pelo FTRD. Os critérios de constituição de provisão estão sendo reavaliados pelo Conselho Curador do FCVS. Valores em R$ mil Seguradora 2005 2004 Empresa A 1.538 1.497 Empresa B 857 834 Empresa C 5.581 5.432 Totais 7.976 7.763 Tal provisão é decorrente de pendências de recolhimento de prêmios de seguros, das empresas seguradoras, que contestaram judicialmente quando o SH/SFH estava sob a administração do IRB-Brasil Resseguros. A Empresa A questionou judicialmente a aplicação de atualização monetária sobre valores de prêmios pendentes e efetuou depósito em caução para interpor recurso. O IRB como representante do SH/SFH na ação, retirou Carta de Sentença para promover a Execução Provisória de Sentença e compelir a Empresa A a pagar a condenação. O Instituto obteve êxito e efetuou o levantamento de importância definida no Alvará de Levantamento datado de 08/03/2005 correspondente a R$ 2.605.484,04. A CEF enviou correspondência ao IRB para manifestar-se quanto ao repasse dos valores para o SH/SFH. De acordo com a Decisão Interlocutória de 08/03/2005, prossegue apenas a discussão dos honorários, por meio dos embargos à execução nº. 17635-8. Da mesma forma que a Empresas A, a Empresa B questionou judicialmente a aplicação da atualização monetária sobre prêmios cobrados pelo IRB. A CEF, administradora do SH/SFH, tentou ingressar como litisconsorte na ação, porém, face à ilegitimidade para representar o Seguro em Juízo, ratificada pelo parecer PGFN nº. 121/2003, não pôde participar do processo, que recebeu o nº. 9900588940 e tramita junto à 10ª VF/RJ, tendo como autora a Empresa B e réus a SUSEP, IRB e União. A sentença foi proferida em 15/09/2004, a favor dos réus, condenando a autora nas custas e em honorários advocatícios. A seguradora recorreu da sentença em 08/11/2004. Tal recurso está concluso ao Desembargador Federal Relator do TRF/2ª R, desde 10/07/2005, aguardando julgamento. No que diz respeito à Empresa C, a CEF esclareceu que foi protocolado requerimento de falência na Vara de Falências e Concordatas do Rio de Janeiro e que, conforme informações obtidas junto àquela seguradora, o Fundo de Equalização de Sinistralidade da Apólice de Seguro Habitacional FESA, por iniciativa do IRB, está inscrito no Quadro Geral de Credores QGC. Relativamente ao processo, de nº 2000.001.097049-5 - TJ/RJ, distribuído em 19/07/2000, referente ao próprio pedido de falência da Empresa C, em Liquidação Extrajudicial, a entidade informou que o crédito do IRB continua constando do QGC, tendo a CEF requerido sua inclusão no feito. Conforme informações prestadas pelo Jurídico da CEF no Rio de Janeiro, não houve andamento do mesmo. A Provisão sobre Prêmios em Atraso, demonstrada a seguir, foi constituída pelo diferencial entre os prêmios em atraso a receber das seguradoras, deduzidos dos valores de sinistros represados e das remunerações referentes a essas operações. Para as operações em atraso até 9

180 dias, foi considerada a alíquota de 7%, e após 180 dias, de 100%, conforme autorizado pela Resolução CCFCVS nº 132, de 26 de abril de 2002. Prêmios em Atraso Sinistros Represados Saldo Base Provisão Remunerações Alíquota Provisão Saldo Atraso até 180 dias 8.733 (6.177) (838) 1.718 7% (120) Atraso após 180 dias 428.072 (205.544) (41.062) 181.466 100% (181.466) - Totais 2005 436.805 (211.721) (41.900) 183.184 - (181.586) 1.598 Totais 2004 410.553 (190.367) (39.279) 180.907 - (176.065) 4.842 5.2.2 ASSUNTO - RESULTADOS DA GESTÃO DE RECURSOS REALIZÁVEIS 5.2.2.1 INFORMAÇÃO: Os recursos realizáveis do Seguro Habitacional do SFH, no exercício de 2005, totalizaram R$ 683.017.255,79, distribuídos nos seguintes subgrupos de contas: Valores em R$ Rendas a Receber 1.386,40 Créditos Específicos 568.663.246,19 Diversos 114.352.623,20 O montante de R$ 1.386,40, expresso em Rendas a Receber representa os rendimentos de depósitos a receber do mês subseqüente, incidente sobre as disponibilidades existente na CEF. No subgrupo Créditos Específicos estão registrados os valores de déficits a serem cobertos pelo FCVS (R$ 470.440.220,18), calculados com base no registro das operações pelo regime de competência. O recebimento dos valores dos déficits está condicionado à apuração com base na movimentação financeira das operações ao SH/SFH (regime de caixa). Compõem também esse subgrupo diversos enquadramentos contábeis referentes às operações com seguros, tais como: Prêmios a Receber de Seguradoras, Prêmios a Classificar Movimento Operacional e Operações com Seguros em Atraso, totalizando R$ 98.223.026,01. Relativamente aos valores registrados no subgrupo Diversos, verificamos que se referem aos créditos tributários de impostos e contribuições, constituídos em dezembro de 2000, em decorrência de pedido de restituição dos seguintes tributos indevidamente recolhidos sobre aplicações e movimentações de recursos do FESA, no período de janeiro de 1995 a outubro de 2000: 2004 Valor Atualizado 2005 Valor Atualizado Ano CPMF IOF IRRF 1995 - - 9.104 8.564 9.104 1996 - - 9.453 8.862 9.453 1997 2.773-15.419 16.978 18.192 1998 3.025-34.121 34.403 37.146 1999 2.008 766 24.468 25.001 27.242 2000 2.861-10.355 12.036 13.216 Totais 10.667 766 102.920 105.844 114.353 10

O processo de restituição foi protocolado em nome da CEF, em 15/12/2000, sob o nº. 10166.019043/00-94 e encaminhado à Divisão de Análise Tributária DBR-BSA-DF da Receita Federal. Esses valores vêm sendo atualizados pela taxa Selic e, conforme informações fornecidas pela CEF, sua análise está prevista para o exercício de 2005. A entidade esclareceu que o valor foi totalmente aprovisionado como repasse de superávit ao FCVS e somente será repassado quando da efetiva restituição. 5.3 SUBÁREA - RECURSOS EXIGÍVEIS 5.3.1 ASSUNTO - RESULTADOS DA GESTÃO DAS EXIGIBILIDADES 5.3.1.1 INFORMAÇÃO: De acordo com as Notas Explicativas, integrantes do Balanço Patrimonial, elaborado em 31/12/2005, as exigibilidades do SH/SFH são demonstradas por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo os encargos e as variações monetárias pro rata. Tais passivos representavam, ao final do exercício sob análise, a importância de R$ 683.327.231,03, assim distribuídos: Valores em R$ Obrigações por Empréstimos e Repasses 53.099,47 Recursos para Destinação Específica 136.278.270,41 Obrigações Diversas 546.995.861,15 O grupamento Obrigações por Empréstimos e Repasses é composto, exclusivamente, por empréstimos do mercado segurador que corresponde à dívida provocada pelo desequilíbrio do Seguro Habitacional, atualizada com base na Taxa Referencial TR. Representam as retenções havidas no período de Jan/88 a Nov/89, por conta da alteração do Regulamento do FESA, fundamentado na Resolução nº 24 do Conselho Nacional de Seguros Privados CNSP. A Resolução CCFCVS nº. 106, de 14/07/2000, e a Portaria MF nº. 42, de 21/02/2001 autorizaram a CEF, Administradora do SH/SFH, a efetuar os pagamentos das dívidas do extinto Fundo de Equalização de Sinistralidade da Apólice de Seguros do Sistema Financeiro da Habitação - FESA para com o IRB, Fundo Geral de Garantia Operacional FGGO, Fundo de Estabilidade de Seguro Rural FESR e mercado segurador. O valor remanescente dessa dívida é de R$ 53.099,48 e está registrado no Balanço do SH/SFH na rubrica 4.6.2.10.10.16-1. A pendência refere-se aos valores devidos à Empresa C e à Empresa D em liquidação extrajudicial e à Empresa E incorporada por outra Empresa de Seguro, situações estas que dificultam o encerramento das operações. Registre-se que não foram realizados pagamentos no exercício de 2005. Já os Recursos Para Destinação Específica referem-se ao superávit a repassar ao FCVS. Esse superávit é calculado com base no registro das operações pelo regime de competência e o pagamento/repasse está condicionado ao efetivo ingresso desses recursos (regime de caixa). Integram o subgrupo Obrigações Diversas várias contas representativas dos valores a pagar às seguradoras, decorrentes de déficits 11

apurados na Prestação de Contas, superávits estimados recolhidos conforme portaria 243/2000, sinistros a pagar e sinistros represados, cujo montante (R$ 97.199.579,09) corresponde a 17,77% do grupamento. Os valores mais relevantes estão contabilizados nas contas representativas de provisões Ações Judiciais a Pagar (R$ 293.633.509,93) e Sinistros Não Avisados a Pagar (R$ 148.133.811,00), representando 53,74% e 27,08% do subgrupo, respectivamente. A Resolução CCFCVS nº.125, de 10/12/2001, determinou às seguradoras que enviassem à CEF, até o dia 10 de cada mês, as informações relativas às ações judiciais envolvendo sinistros de responsabilidade do SH/SFH, para que essa promovesse a constituição de provisões das contingências relacionadas com as ações judiciais em curso. O Banco de Ações Judiciais, constituído em 2002, possibilitou, além do aprovisionamento das contingências no Balanço, a transparência e o controle gerencial. Com base nesses dados, foram definidos os critérios para apurar o valor de provisão de ações judiciais, considerando o percentual de êxito das ações e 10% para as despesas de sucumbência com possíveis perdas. Em 31/12/2005 constavam 4.014 ações do SH/SFH cadastradas no Banco de Dados, das quais 3.710 são do pólo passivo e poderão representar obrigações futuras do SH/SFH no valor de R$ 394.068.201,82. Durante o exercício de 2005, esse banco foi acompanhado pela Administradora com o objetivo de reavaliar as ações que foram cadastradas pelas seguradoras, principalmente, no que tange ao valor cadastrado. Esse processo resultou em um acréscimo de R$ 142.510 mil no valor aprovisionado. No tocante aos sinistros ocorridos e não avisados, o CCFCVS, por meio da resolução nº 149/03, de 31/03/2003, determinou a constituição de provisão técnica, de acordo com metodologia definida pela Superintendência de Seguros Privados SUSEP, no Parecer SUSEP/DECON/GERES/DISEC nº 3.170/2004, de 19/07/2004. A referida provisão é calculada por método estatístico (metodologia Chain Ladder) que faz a projeção dos sinistros futuros em relação às ocorrências passadas. Em 30/06/2005 foi mantida a metodologia utilizada em 2004, procedendo-se a atualização dos custos médios por tipo de sinistro, ressaltando que não foram considerados os efeitos da diminuição da quantidade de contratos do SFH nem foi utilizado nenhum fator de desconto, apesar dos prazos entre a ocorrência e o aviso serem longos. Devido à semestralidade do cálculo, prevista na legislação, em 31/12/2005 esses cálculos foram revistos e apresentados no Parecer SUSEP/DECON/GERES/DISEC 3.422/2005, sendo a provisão Sinistros Não Avisados a Pagar reposicionada para o valor de R$ 148.134 mil. Participam, ainda, com 1,41% do subgrupo (R$ 7.728.661,13), os valores de remunerações a pagar aos Agentes Financeiros, Seguradoras, CEF e SUSEP apurados até o final do exercício social. 6 CONTROLES DA GESTÃO 6.1 SUBÁREA - CONTROLES EXTERNOS 6.1.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DA AUDITORIA EXTERNA 12

6.1.1.1 INFORMAÇÃO: Verificamos que a empresa de auditoria externa KPMG Auditores Independentes foi contratada pela Caixa Econômica Federal, em 02/03/2001, por meio de processo licitatório - Concorrência 012/2000 - CPL/ cujo objeto refere-se à prestação de serviços de auditoria contábil das Demonstrações Contábeis e Financeiras da CEF e dos Fundos e Programas sob sua administração e/ou responsabilidade operacional, a partir do exercício de 2001, com valor global de R$ 2.000.000,00, pelo prazo de 24 meses. Constatamos que o contrato firmado em 02/03/2001, com a empresa KPMG foi aditivado, respectivamente em 11/07/2001, 20/05/2002, 02/10/2002, 21/10/2002 e prorrogado em 28/02/2003, conforme Quinto Termo Aditivo, em 24 meses, a contar de 03/03/2003, pelo valor global de R$ 2.229.999,92, a valores de março de 2002. O Nono Termo de Aditamento, assinado em 22/02/2005, prorrogou por mais 12 meses (02/03/2005 a 01/03/2006) o contrato com a KPMG Auditores Independentes, cujo valor global estimado para o período foi de R$ 1.244.527,50. No Parecer, datado de 23/02/2006, os auditores da KPMG registraram que as informações que serviram de base para contabilização dos prêmios e sinistros são de responsabilidade das seguradoras que operam com o ramo de Seguro Habitacional. Como essas informações devem ser submetidas à avaliação de um auditor independente, no que diz respeito aos saldos das rubricas Operações com Seguros, Sinistros a Pagar/Represados, Rendas de Operações com Seguros e Despesas de Sinistros Avisados, Homologados, Represados e Pagos, o parecer baseia-se nos relatórios daqueles auditores independentes. A KPMG informou, ainda, que a Provisão para Sinistros Ocorridos e Não Avisados (IBNR), registrada nas demonstrações contábeis correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, foi determinada com base em cálculos atuariais, efetuados pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), esclarecendo que sua opinião a respeito dessa provisão, é fundamentada, exclusivamente, no parecer emitido pela SUSEP, que contém as seguintes limitações para o cálculo: a) não foram considerados os efeitos da diminuição da quantidade de contratos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH); e b) não foi considerado qualquer fator de desconto, apesar de os prazos entre a ocorrência e o aviso de sinistro serem muito longos. Desse modo, os Auditores Independentes emitiram opinião com base nos seus exames e nos relatórios de outros auditores independentes e da SUSEP no sentido que, exceto pelos efeitos, se houver, das limitações no cálculo da provisão do IBNR, descrita no parágrafo anterior, as demonstrações contábeis representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do SH/SFH em 31/12/2005 e 31/12/2004 e o resultado de suas operações, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No último parágrafo a KPMG alerta para o fato de que o equilíbrio econômico e financeiro do SH/SFH é garantido pelo FCVS, responsável pela cobertura das insuficiências de recursos, e que as demonstrações financeiras do Fundo, datadas de 31/12/2005, apresentavam um passivo a descoberto de R$ 73,3 bilhões. 6.1.2 ASSUNTO - Atuação do TCU/SECEX no EXERCÍCIO 13

6.1.2.1 INFORMAÇÃO: Acórdão TCU nº. 1.858/2005 - Prestação de contas relativa ao exercício de 2003 O TCU, por meio do Ofício nº. 645/2005-2ª SECEX, de 30/08/2005, dirigido ao Presidente da Caixa Econômica Federal, informou que ao apreciar as contas do Seguro Habitacional do SFH relativas ao exercício de 2003, em Sessão da 1ª Câmara, de 23/08/2005, consoante Acórdão nº. 1.858/2005 (TC- 009.177/2004-5), decidiu julgar regulares com ressalva as referidas contas, dando-se quitação aos responsáveis arrolados nos autos, nos respectivos períodos. Tal ressalva decorreu do pronunciamento do Procurador do Ministério Público que atua junto àquela Corte de Contas que, ao apreciar a citada prestação de contas, destacou os seguintes pontos: (...) a unidade técnica manifesta-se, em uníssono, pela regularidade das contas, com outorga de quitação plena aos responsáveis. Ocorre, porém, que nos autos do TC-003-010/2003-5, concernente à auditoria de conformidade no SH/SFH, realizada pela 2ª SECEX em cumprimento à determinação do Pleno desta Corte (...) dentre outras medidas deliberou no sentido de (Acórdão 1.924/2004 Plenário): 9.1 determinar à Caixa Econômica Federal CAIXA a adoção das seguintes medidas: 9.1.1 (...)... 9.1.10 apurar, em 30 dias (...) Nesse cenário, considerando que as falhas identificadas pela equipe de auditoria, embora não conduzam a prejuízos ao Fundo de Compensação, afetam o mérito do processo vertente, por evidenciarem deficiências nos controles e na gestão do Seguro Habitacional, o Ministério Público (...) manifesta-se pela regularidade com ressalva das presentes contas e pela outorga de quitação aos responsáveis Diante da decisão do TCU a Diretoria Jurídica da CAIXA, impetrou junto àquele Tribunal, em 20/09/05, Recurso de Reconsideração, com o seguinte teor: (...) a Caixa Econômica Federal pede seja o presente recurso recebido no efeito suspensivo e, após devidamente processado, provido para: Acolher a preliminar e determinar o sobrestamento deste processado até o julgamento do recurso (ou julgamento simultâneo) interposto em face do TC-003.010/2003-5; Acolher o pleito de ilegitimidade passiva da CAIXA, para atuar judicialmente na defesa do SH, na esteira do que vem decidindo o Judiciário; Acolher as razões da CAIXA, para afastar as restrições impostas à Prestação de Contas, diante de ausência de previsão legal, que atribua à CAIXA capacidade para estar em juízo na defesa dos direitos do Seguro Habitacional, fundo público diretamente vinculado à UNIÃO e representado, portanto, pela Advocacia-Geral da União. O Recurso de Reconsideração foi recepcionado pela 2ª SECEX (Secretaria de Controle Externo), em 20/09/05, tendo sido dirigido à Secretaria de Recursos, em 21/09/2005, estando pendente de decisão. 14

6.1.3 ASSUNTO - Atuação das Unidades da CGU - NO EXERCÍCIO 6.1.3.1 INFORMAÇÃO: No Relatório de Auditoria de Gestão nº 160064, referente ao exercício de 2004, item 4.1.3.1, ficou consignado que as recomendações exaradas pela SFC, constantes no Relatório de Auditoria nº 139781, abaixo transcritas, continuavam pendentes de solução definitiva. A CEF elaborou o Plano de Providências visando o saneamento das impropriedades apontadas pela SFC e informou o estágio atual das referidas recomendações. a) dar novo ordenamento jurídico à questão do modelo institucional do SH/SFH, definindo melhor os papéis do CNSP e CCFCVS A questão continua em discussão no âmbito da STN e do GT do Conselho Curador do FCVS. b) cuidar da representatividade nas ações judiciais, uma vez que a CAIXA não possui legitimidade para representar o SH/SFH em Juízo O assunto está sendo tratado no âmbito da Diretoria Jurídica da CAIXA, da AGU e da STN, porém ainda sem uma solução definitiva. Conforme já relatado anteriormente, o CCFCVS, em sua 61ª reunião plenária, preocupado com a precária representação judicial do FCVS e do SH/SFH, aprovou o encaminhamento de ofício à AGU, com o objetivo de encontrar-se uma solução para o problema. Nesse sentido, foi dirigido Ofício à AGU solicitando especial atenção quanto à análise e deliberação sobre o assunto, como forma de evitar maiores prejuízos ao SH/SFH e FCVS, por tratar-se de interesse da União. c) Melhorar os mecanismos de aferição da sinistralidade. Em 14/02/06, foi publicada na edição do DOU a Portaria MF nº. 29, datada de 10/02/06 determinando que a SUSEP apresentará ao CCFCVS, no mês de outubro de cada ano, ou sempre que comprovadamente necessário, Relatório de Cálculo Atuarial com vistas ao equilíbrio da Apólice do Seguro Habitacional SH. d) Melhorar a aderência do mercado segurador às normas do SH/SFH. Esta recomendação foi saneada com a aprovação do Manual de Normas e Procedimentos Operacionais do SH/SFH, por meio da Resolução CCFCVS nº. 179/05, de 30/03/2005, publicada na edição do DOU de 13/04/2005. Consideramos que, exceto pelos itens a e b, cuja solução depende de deliberações do CCFCVS, as impropriedades apontadas foram solucionadas pela CEF, administradora do Fundo. Consta, ainda, do Relatório de Auditoria de Gestão 2004, de nº 160064, a seguinte recomendação: 4.2.1.1 Recomendamos ao CCFVS a adoção de medidas efetivas visando à implementação do Manual de Rotinas Operacionais do SH. Verificamos que se refere ao mesmo assunto abordado no item d anterior, cuja solução já foi implantada. 6.2 SUBÁREA - UNIDADES GESTORAS 15

6.2.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DO COLEGIADO DELIBERATIVO 6.2.1.1 INFORMAÇÃO: O SH/SFH tem como órgão deliberativo o Conselho Curador do Fundo de Compensação de Variações Salariais CCFCVS, criado por intermédio da Portaria n 118, de 19/09/1988, do extinto Ministério da Habitação e do Bem-Estar, com as modificações introduzidas pelas Portarias do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento n 271, de 25/04/1991 e n 274, de 18/08/1995, diretamente subordinado ao Ministério da Fazenda. De acordo com o artigo 2º do Decreto 4.378, de 16/09/2001, integram o CCFCVS um representante de cada um dos seguintes órgãos: Ministério da Fazenda, Secretaria do Tesouro Nacional, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Caixa Econômica Federal, Associação Brasileira de COHABs ABC, Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança ABECIP e, no caso de matéria relativa ao SH/SFH, representantes da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP e da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização FENASEG. Compete ao CCFCVS, relativamente ao SH/SFH: Propor ao Ministro da Fazenda a revisão da remuneração a ser destinada às entidades responsáveis pela Operacionalização do SH e a edição de norma disciplinadora sobre as movimentações financeiras do SH, inclusive a forma de atualização dos valores movimentados entre os agentes financeiros, as seguradoras e a Administradora do SH. Apreciar e manifestar-se sobre as contas relativas à movimentação financeira e à aplicação dos recursos do SH. Autorizar parcelamentos de dívidas relativas a prêmios devidos pelos agentes financeiros. Apreciar o Plano Anual de Fiscalização do SH e seus relatórios semestrais de execução. Aprovar manual de rotinas operacionais do SH. Manifestar-se sobre os ajustes nas taxas de prêmios a partir de estudos técnico-atuariais elaborados pela SUSEP. Solicitar ao Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, a qualquer tempo, a exclusão, como seguradora do SFH da sociedade cujo desempenho for considerado insatisfatório. Integra, ainda, a estrutura do CCFCVS o Comitê de Recursos do Sistema Financeiro da Habitação CRSFH, com as atribuições relativas a contratos de financiamentos habitacionais nos quais o equilíbrio da apólice do SH esteja sob garantia do FCVS, são as seguintes: Julgar, em instância administrativa única, os litígios decorrentes da aplicação das condições de cobertura, normas e rotinas do SH. Julgar, em última instância administrativa, os recursos das seguradoras quanto às propostas de glosas sugeridas pela SUSEP. Dirimir as questões relacionadas à operacionalização do SH, bem como decidir sobre o tratamento a ser dado aos casos omissos relativos à regularização de sinistros. Solicitar informações às entidades que operam o SH, necessárias ao cumprimento de suas atribuições. Junto ao CCFCVS e ao Comitê de Recursos do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação CRSFH atua um Procurador da Fazenda Nacional, designado pelo Procurador-Geral, com a atribuição de zelar pela fiel observância da legislação referente ao FCVS e ao SH/SFH. 16

Relacionamos abaixo as Resoluções editadas pelo CCFCVS, durante Exercício sob exame, relativamente ao SH/SFH: Resolução CCFCVS n 174, de 30/03/2005, aprovou a Prestação de Contas do SH/SFH, referente ao exercício de 2004; Resolução CCFCVS n 179, de 30/03/2005, aprovou o Manual de Normas e Procedimentos Operacionais do Seguro Habitacional SH; Resolução CCFCVS n 180, de 22/08/2005, designou servidor para representar a SUSEP no CRSFH; Resolução CCFCVS n 181, de 19/10/2005, designou servidores para compor o CRSFH como representantes da Secretaria do Tesouro Nacional e do Ministério da Fazenda e na condição de suplente da secretária-executiva; Resolução CCFCVS n 187, de 19/10/2005, incluiu no MNPO-SH procedimentos destinados à comprovação da situação de regularidade fiscal das sociedades seguradoras. Em 2005 foram realizadas duas reuniões plenárias do Conselho Curador do FCVS (60ª, em 30/03/2005 e 61ª, em 19/10/2005), em que foram discutidas matérias de relevância para a gestão do SH/SFH. Algumas dessas matérias foram apresentadas na forma de Votos e outras pautadas para debates, dentre as quais destacamos: Voto nº. 006/2005 da CEF 60ª reunião - relativo à autorização para a criação e manutenção de sistema para controlar as operações do Seguro Habitacional do Sistema Financeiro da Habitação - SH/SFH. A proposta teve como fundamento atender à recomendação do TCU, emitida no Acórdão nº. 1.924/2004. O assunto não teve aquiescência dos conselheiros e continuou em aberto. Na ocasião, foi solicitado à CAIXA que apresentasse o orçamento com os custos de desenvolvimento, implantação e manutenção do projeto. Voto nº. 008/2005 da CEF/STN 60ª reunião - relativo à proibição de transferência de contratos de financiamento habitacional firmados no âmbito do SFH, de apólices de mercado para Apólice de Seguro Habitacional do SFH ASH. A matéria foi amplamente discutida no GT/FCVS e, por diversas vezes, o Conselho manifestou interesse na vedação de retorno à ASH dos contratos que migraram para outras apólices. No entanto, após conclusão embasada em pareceres jurídicos levados ao GT, referente à competência do Conselho, foi proposto e acatado o encaminhamento do assunto para deliberação pelo Conselho Monetário Nacional CMN. Voto nº. 20/2004 da STN 61ª reunião - propôs alterações nas Normas e Rotinas da Apólice do Seguro Habitacional do SFH, para substituição do Laudo de Vistoria Especial LVE, por Laudo Técnico de Instituto Tecnológico vinculado a Estados ou Universidades Públicas, nos casos de vicio de construção. A proposta foi aprovada. Voto nº. 018/2005 da CEF 61º reunião propôs alterações nas Condições Particulares para os Riscos de Morte e Invalidez Permanente e das Normas e Rotinas da Apólice do SH/SFH, em adequação aos prazos de prescrição previstos no parágrafo 1º, 17

II, b, e parágrafo 3º do art. 206 do Novo Código Civil. O novo Código Civil alterou os prazos prescricionais e a apólice foi adequada à orientação contida em parecer emitido pela PGFN. 6.2.2 ASSUNTO - ATUAÇÃO DO BANCO OPERADOR 6.2.2.1 INFORMAÇÃO: As entidades responsáveis pela operação do SH são remuneradas pelos percentuais adiante especificados, incidentes sobre os prêmios de seguros arrecadados mensalmente pelos agentes financeiros e repassados às seguradoras, líquidos de restituições e cancelamentos: a) Estipulantes (Agentes Financeiros): 1,6%; b) Seguradoras: 7,1%; c) Órgão Administrador (CEF): 0,6%; e d) Órgão Fiscalizador (SUSEP): 0,3%. A CEF, como administradora do SH, debita à conta do Seguro as remunerações de que tratam as alíneas c e d no 12º dia útil do segundo mês subseqüente ao de competência dos prêmios, repassando, na mesma data, a remuneração da SUSEP. No exercício de 2005 foram pagos R$ 32.537,4 mil de remuneração, conforme tabela abaixo. Aos agentes financeiros foram destinados R$ 5.418,4 mil e às seguradoras R$ 24.044,1 mil. A SUSEP e a CAIXA perceberam R$ 1.016,0 mil e R$ 2.059,0 mil, respectivamente. Valores em R$ 1.000,0 Remunerações SH/SFH em 2005 Mês Agentes Financeiros Seguradoras SUSEP CAIXA Total Janeiro 507,2 2.250,8 95,1 190,2 3.043,4 Fevereiro 458,0 2.032,3 86,7 171,7 2.748,8 Março 486,0 2.156,8 91,1 209,3 2.943,2 Abril 501,3 2.224,7 94,4 188,0 3.008,4 Maio 517,1 2.294,7 97,0 193,9 3.102,6 Junho 458,5 2.034,6 84,9 169,7 2.747,7 Julho 490,4 2.176,2 93,3 184,1 2.944,1 Agosto 234,7 1.041,3 43,9 90,2 1.410,1 Setembro 446,5 1.981,1 82,4 167,4 2.677,4 Outubro 450,4 1.998,8 84,4 168,9 2.702,5 Novembro 456,6 2.025,9 85,6 171,2 2.739,3 Dezembro 411,7 1.826,8 77,1 154,3 2.469,9 T O T A L 5.418,4 24.044,1 1.016,0 2.059,0 32.537,4 Fonte: Balancete SH/SFH Esses valores estão registrados nas contas de resultado devedoras e decorrem da aplicação das alíquotas somente sobre a base de prêmios de seguros arrecadados. As remunerações relativas aos prêmios pendentes (aprovisionados) estão registradas no Passivo do SH/SFH como remunerações retidas e a pagar. Cumpre observar que o cálculo da taxa de administração é realizado em cima de valores transformados em FTRDs, em conseqüência da indexação a que estão sujeitos pela legislação pertinente, decorrente do ciclo operacional do SH que é de 4 meses. Verificamos as planilhas de apuração mensal das taxas de administração destinadas à CEF e à SUSEP, sendo que aquelas devidas às Seguradoras e aos Agentes Financeiros são auditadas pela auditoria independente das seguradoras, conforme determinou a Resolução CCFCVS nº. 18

125, de 10/12/2001, com o objetivo de certificar as transações por elas realizadas com recursos do SH/SFH. No exercício de 2005 as ações adotadas pela CAIXA, decorrentes da administração do SH/SFH, foram pautadas na melhoria dos processos, fortalecendo os mecanismos de controles, cobranças e de qualificação das rotinas definidas na portaria MF nº. 243/00 e nas Resoluções do CCFCVS. Dentre essas ações merecem destaque: Análise e encaminhamento das inconsistências apontadas nos Relatórios dos Auditores Independentes nas Seguradoras relativas aos registros de operações e das ações judiciais; Desenvolvimento e implantação de modelo visando a padronização das informações no SH/SFH - a partir da utilização do Código de Movimentação de Prêmios - CMP e do Código de Movimentação de Sinistros - CMS, as demonstrações das ocorrências do SH/SFH ficaram mais claras, inclusive com relação ao volume de recursos envolvendo os pagamentos de sinistros; Controle de Pagamentos de Sinistros no Cadastro Nacional de Mutuários CADMUT, cujo objetivo é identificar e controlar os contratos que já foram objeto de tais indenizações e evitar, assim, pagamentos em duplicidade pelo FCVS ou pelo Seguro de Crédito; Manutenção do Cadastro da Relação de Pessoas Impedidas de Operar com o SFH RPI; Elaboração e divulgação do Manual de Normas e Procedimentos Operacionais do SH/SRF ao mercado segurador, bem como sua disponibilização no sítio da CEF na Internet; Condução do processo de escolha das seguradoras que irão operar o SH em 2006, que contemplou a exigência de apresentação de certidões de regularidade fiscal pelas seguradoras, conforme Resolução nº 187/2005 do CCFCVS. 6.3 SUBÁREA - CONTROLES INTERNOS 6.3.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DA AUDITORIA INTERNA 6.3.1.1 INFORMAÇÃO: Com o objetivo de avaliar o processo Fornecer Informações Contábeis do Seguro Habitacional, a Auditoria Interna da CEF realizou trabalhos de auditoria no âmbito da Gerência Nacional de Contabilidade de Entidades Sociais Administradas, no período de 08/08/2005 a 22/09/2005 e de 31/01/2006 a 17/01/2006. De acordo com o RA AUDIR/GO 2-124/05, de 22/09/2005, a equipe encarregada dos trabalhos concluiu que o desempenho da Unidade estava adequado, relativamente aos exames realizados nos balancetes de janeiro a junho de 2005. Relativamente aos balancetes do período de jul a dez/05, balanço patrimonial e demonstração de resultados levantados em 31/12/2005, a equipe registrou alguns apontamentos no RA AUDIR/BR 019/06, de 17/01/2006, dos quais destacamos: Permanece sem solução o pedido de devolução junto à Receita Federal de valores de IRRF, IOC e CPMF, indevidamente retidos no período de 1995 a 1999, cujo montante atualizado R$ 114,35 milhões equivalem a 16,73% do total de ativos do SH; Foi constituída nova provisão de sinistros não avisados, no valor de R$ 148,13 milhões, com base no Parecer SUSEP/DETEC/GESEC/DISEC nº 3422/2006, de 02/01/2006, calculada de acordo com a metodologia 19

utilizada pela SUSEP, constante do Parecer SUSEP/DECON/GERES/DISEC 3170/2004, DE 19/07/2004; Elevação de R$ 142,51 milhões no saldo de Provisão para Ações Judiciais a Pagar, decorrente da atualização e reavaliação dos valores registrados para as seguradoras, aliado ao incremento no quantitativo de ações. Não obstante, considerando o resultado dos exames realizados e analisando os impactos dos apontamentos efetuados, a equipe concluiu que o desempenho da Unidade se mostrava adequado, abstendo-se de fazer qualquer recomendação. 6.3.2 ASSUNTO - AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS 6.3.2.1 INFORMAÇÃO: O Processo de Prestação de Contas está constituído das peças básicas a que se refere à Instrução Normativa - TCU n 47 de 27/10/2004 e Decisão Normativa - TCU n 71, de 07/12/2005, combinadas com a Norma de Execução n 01, de 05/01/2006, da Secretaria Federal de Controle Interno. 6.4 SUBÁREA - CONTROLES EXTERNOS EXERCÍCIOS ANTERIORES 6.4.1 ASSUNTO - ATUAÇÃO DO TCU/SECEX Exercícios Anteriores 6.4.1.1 INFORMAÇÃO: Acórdão TCU nº. 1.924/2004 Auditoria de Conformidade no Seguro Habitacional do SFH Conforme consta no Relatório de Auditoria nº 160064, referente à Gestão 2004, a CEF, na qualidade de Administradora do SH/SFH, impetrou em 01/02/2005 Recurso de Agravo com Pedido de Efeito Suspensivo, tendo aquele Tribunal, em despacho datado de 22/02/2005, decidido conhecer do referido agravo, atribuindo-lhe efeito suspensivo. Em relação às determinações efetuadas à CEF no referido Acórdão, a CEF prestou alguns esclarecimentos e relacionou, também, algumas providências por ela adotadas: As questões relativas à defesa do SH/SFH em Juízo vêm sendo tratadas no âmbito da Diretoria Jurídica da CEF, da Advocacia- Geral da União AGU e da Secretaria do Tesouro Nacional STN, porém ainda não há uma solução definitiva para o assunto. O CCFCVS, em sua 61ª reunião plenária, de 19/10/2005, aprovou o encaminhamento de ofício à AGU, com o objetivo de encontrar-se uma solução para essa questão. Quanto à criação e manutenção de cadastro informatizado das operações ativas previstas nos subitens 9.1.1 e 9.1.2 do citado Acórdão, a CEF, administradora do SH/SFH, submeteu a matéria à deliberação do Conselho Curador do FCVS CCFCVS, consubstanciada no Voto nº. 006/2005, que não concordou com a solução encaminhada, decidindo por determinar à CEF a apresentação de projeto que permita desenvolver sistema apenas para controlar as atividades sob responsabilidade da CEF, uma vez que as sociedades seguradoras já possuem sistema para controle das operações do SH/SFH que lhes são pertinentes, sendo que a construção de um sistema nos moldes determinados pelo TCU implicaria aumento de custos para o Seguro Habitacional do SFH. Com o objetivo de obter autorização para a solução tecnológica nos moldes sugeridos pelo CCFCVS, a CAIXA/Administradora do SH/SFH apresentou à STN anteprojeto para o desenvolvimento e manutenção do sistema, contemplando 20