Podem ser: causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, proporcionais e temporais.

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Transcrição:

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS Uma oração é considerada subordinada adverbial quando se encaixa na oração principal, funcionando como adjunto adverbial. São orações introduzidas pelas conjunções subordinativas e classificadas de acordo com as circunstâncias que exprimem. Podem ser: causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, proporcionais e temporais. Subordinadas causais: indicam a causa (motivo) da ação expressa na oração principal, ou seja, exprimem um fato que deu origem a outro acontecimento, expresso na oração principal. DICA: APRESENTA UM FATO OCORRIDO PRIMEIRO, ANTES DO FATO OCORRIDO NA ORAÇÃO PRINCIPAL. LEMBRE-SE: É O FATO QUE DÁ ORIGEM A OUTRO FATO, É PRIMITIVO. As conjunções e locuções conjuntivas causais são: porque, visto que, como (quando equivale a porque), uma vez que, posto que, etc. Ex: Na época da seca muitos animais morriam / porque ficavam famintos.

QUE ORAÇÃO APRESENTA O FATO OCORRIDO PRIMEIRO; AQUELE QUE INDICA A CAUSA, O MOTIVO QUE PROVOCA, QUE DÁ ORIGEM À CONSEQUÊNCIA NA OUTRA ORAÇÃO? A 2ª ORAÇÃO: OS ANIMAIS FICAVAM FAMINTOS PRIMEIRO E POR CAUSA DISSO,OU SEJA, POR ESSE MOTIVO, POR ESSA CAUSA, MORRIAM; TINHAM COMO CONSEQUÊNCIA A MORTE. A 2ª ORAÇÃO APRESENTA A CAUSA, OU SEJA, O QUE PROVOCOU A CONSEQUÊNCIA EXPRESSA NA 1ª ORAÇÃO. A ORAÇÃO INTRODUZIDA PELA CONJUNÇÃO "PORQUE" É A ORAÇÃO QUE APRESENTA A CAUSA; TEMOS, ENTÃO, UMA ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL. Ex: Como (Porque) a passagem era muito cara,/ desisti da viagem. A 1ª ORAÇÃO É INTRODUZIDA PELA CONJUNÇÃO COMO E INDICA A CAUSA QUE PROVOCA UMA CONSEQUÊNCIA, UM EFEITO, OU SEJA, QUANDO CONSTATEI O VALOR DA PASSAGEM, DESISTI DE VIAJAR. Como (Porque) eu faltei à última reunião,/ não participei das decisões sobre as mudanças do projeto.

A 1ª ORAÇÃO INDICA A CAUSA, OU SEJA, O QUE PROVOCOU, O QUE DEU ORIGEM À CONSEQUÊNCIA: A FALTA À REUNIÃO DEU ORIGEM À CONSEQUÊNCIA: NÃO PODER MAIS PARTICIPAR DE DECISÕES... Visto que você está descontente em seu trabalho, / peça demissão. PRIMEIRO FICA-SE DESCONTENTE A CONSEQUÊNCIA DE NÃO ESTAR FELIZ, NO TRABALHO, É A DEMISSÃO. Ele receberá o pagamento, / uma vez que terminou o serviço. PRIMEIRO TERMINA-SE O TRABALHO; DEPOIS TEM-SE A REMUNEÇÃO. ATENÇÃO: AS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS CAUSAIS, NUNCA REPRESENTARÃO A CONSEQUÊNCIA; SOMENTE A CAUSA. SEMPRE SERÃO INICIADAS PELAS CONJUNÇÕES OU LOCUÇÕES CONJUNTIVAS SUBORDINATIVAS CAUSAIS. consecutivas: indicam uma consequência (resultado, efeito) do fato ocorrido na oração principal.

Causa e consequência andam juntas. São indissociáveis (inseparáveis) do ponto de vista lógico; isso significa que toda causa provoca uma consequência e, inversamente, toda consequência é gerada por uma causa. Se causa é o que dá origem a um acontecimento (uma consequência); a consequência é o que se origina da causa, ou seja, o que deriva-se desta (da causa). As conjunções e locuções consecutivas principais são: que (precedido por tal, tão, tanto, tamanho: tão...que, tanto...que), de sorte que, de modo que, etc. Ex: A casa custava tão caro / que ela desistiu da compra. A 1ª ORAÇÃO APRESENTA A CAUSA, OU SEJA, O QUE PROVOCOU A CONSEQUÊNCIA EXPRESSA NA 2ª ORAÇÃO. A ORAÇÃO INTRODUZIDA PELA CONJUNÇÃO "QUE" É A ORAÇÃO QUE APRESENTA A CONSEQUÊNCIA; TEMOS, ENTÃO, UMA ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA. Políticos brasileiros em campanha soltam tantas pérolas / que já não abrem a boca. A passagem era tão cara / que desisti da viagem. A chuva foi tão forte que inundou toda a avenida. As pessoas da torcida gritaram tanto / que ficaram roucas.

Mariana desistiu de ser perfeita / de modo que acabou sendo feliz. Durante a reunião, a confusão foi tamanha / que pouca coisa importante ficou decidida. NÃO CONFUNDA CAUSAIS COM CONSECUTIVAS OBSERVE: A passagem era tão cara / que desisti da viagem (CAUSA SEM CONJUNÇÃO) (CONSEQUÊNCIA COM CONJUNÇÃO) No período acima, a conjunção - que - aparece na oração que exprime a consequência, por isso, é essa oração que se classifica como subordinada. SUBORDINADA ADVERBIAL CONSECUTIVA. (CAUSA COM CONJUNÇÃO) (CONSEQUÊNCIA SEM CONJUNÇÃO) COMO A PASSAGEM ERA MUITO CARA, / DESISTI DA VIAGEM. Nesse novo período a conjunção - como - aparece na oração que exprime a causa; por isso, é essa oração que se classifica como subordinada. ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL CAUSAL. condicionais: expressam condição em relação ao predicado da oração principal ou uma hipótese. Entende-se por condição aquilo que se impõe (uma imposição, algo que foi estabelecido, determinado; uma

obrigação a ser cumprida) para que um determinado fato se realize. As conjunções condicionais são: se, caso, desde que, contanto que, sem que, a menos que, etc. ATENÇÃO: A OCORRÊNCIA DO FATO EXPRESSO NA ORAÇÃO PRINCIPAL DEPENDE DA OCORRÊNCIA DO FATO EXPRESSO NA ORAÇÃO CONDICIONAL, OU SEJA, A PRINCIPAL SÓ SE REALIZARÁ SE A CONDICIONAL SE REALIZAR. SE A CONDICIONAL OCORRE, A PRINCIPAL OCORRE. SE A CONDICIONAL NÃO OCORRE, A PRINCIPAL NÃO OCORRE. Ex: Deixe um recado / se você não me encontrar em casa. ENTENDA! O RECADO SÓ SERÁ DEIXADO SE EU NÃO FOR ENCONTRADO, OU SEJA, A ORAÇÃO PRINCIPAL SÓ OCORRERÁ SE A CONDICIONAL OCORRER. A loja será inaugurada em abril / desde que as obras terminem no prazo. ENTENDA! A ORAÇÃO PRINCIPAL ACONTECERÁ SE A CONDICIONAL ACONTECER, OU SEJA, É PRECISO QUE AS OBRAS TERMINEM PARA QUE A LOJA SEJA INAUGURADA.

Ele receberá o pagamento / uma vez que termine o serviço. Desde que ele nos pague bem,/ faremos o trabalho. Se ele cumprir sua parte do acordo,/ poderemos seguir em frente com o projeto. Caso você não saia de casa, / passo por lá para te ver. finais: exprimem uma finalidade para o fato expresso na oração principal. Entende-se por finalidade o objetivo, o propósito do fato contido na oração principal. As conjunções finais são: para que, a fim de que, que. Ex: Sentei-me na primeira fila, / a fim de que pudesse ouvir melhor. ENTENDA! O objetivo, a finalidade de se sentar na primeira fila é poder ouvir melhor. A oração subordinada adverbial final apresenta o objetivo, a finalidade do fato da oração principal, ou seja, é para eu ouvir melhor (esse é o objetivo, a finalidade para ) que vou me sentar na primeira fila. Os organizadores tomaram todas as precauções / para que os participantes da festa se divertissem em segurança.

A fim de que o menino o compreendesse bem, / o pai falava pausadamente. O jardineiro podou as roseiras / para que os galhos novos brotassem. temporais: indicam o momento, a época, o tempo ou período em que o fato ocorre. Localiza, no tempo, o fato expresso pela oração principal. A oração subordinada adverbial temporal indica o momento, quando ocorreu a oração principal. As conjunções temporais são: quando, enquanto, logo que, assim que, depois que, antes que, desde que, agora que. Ex: Eu me sinto segura / assim que (quando, no momento que) fecho a porta da minha casa. Desde que ele era pequeno, / sempre morou com os avós. As andorinhas, / logo que o tempo começa a esfriar,/ voam para o norte. Quando ouço esta música,/ penso em você. Mal entrei no banho, / o telefone tocou.

concessiva: Indicam um fato contrário ao da oração principal, PORÉM insuficiente, incapaz de impedir que o fato da oração principal venha a ocorrer; faz oposição, mas permite que a oração principal ocorra. Exprime concessão. Concessão é o ato de conceder, isto é, de permitir, de admitir uma ideia contrária. É muito fácil reconhecer uma oração concessiva, uma vez que ela sempre traz em si a ideia de *apesar de. As conjunções concessivas são: embora, a menos que, se bem que, ainda que, conquanto, mesmo que, se bem que, etc. Ex: Embora tudo tenha sido cuidadosamente planejado, / ocorreram vários imprevistos. *Apesar de tudo ter sido cuidadosamente planejado, vários imprevistos ocorreram assim mesmo. IDEIA CONTRÁRIA! A ideia contida na oração subordinada concessiva é contrária à ideia expressa na oração principal. A principal afirma que ocorreram vários imprevistos, sendo assim, supõe-se que tudo NÃO tenha sido cuidadosamente planejado, MAS foi; ideia que contraria a principal.

IDEIA DE CONCESSÃO, PERMISSÃO! Além de fazer oposição à principal, a subordinada concessiva permite que a principal aconteça. Ser tudo cuidadosamente planejado deveria impedir a ocorrência de vários imprevistos, mas não impede; permite; não anula o fato da oração principal. RETOMANDO! A ideia contrária é sempre representada pela oração subordinada concessiva a qual faz oposição à oração principal. Observe que a oração concessiva poderia impedir a ocorrência do fato expresso na oração principal, mas não impede, pelo contrário; admite, permite que o fato da principal ocorra. Mesmo que estivesse chovendo, / os pescadores iam para o mar. *Apesar de estar chovendo, / os pescadores vão para o mar. IDEIA CONTRÁRIA: se os pescadores vão para o mar, supõe-se que não esteja chovendo, mas está; ideia contida na oração subordinada concessiva e que faz oposição a ideia da oração principal. IDEIA DE CONCESSÃO, PERMISSÃO: o fato de estar chovendo não impede a ida dos pescadores para o mar, pelo contrário; permite, concede. ------------------------------------------------------------------

Embora estivesse chovendo, / vou para a praia no final de semana. *Apesar de estar chovendo, / vou para a praia no final de semana. IDEIA CONTRÁRIA: se vou para a praia, supõe-se que não esteja chovendo, mas está; ideia contida na oração subordinada adverbial concessiva que faz oposição à ideia da oração principal. IDEIA DE CONCESSÃO, PERMISSÃO: o fato de estar chovendo NÃO IMPEDE que eu vá para a praia no final de semana; ideia contida na oração principal. A concessiva permite que a principal ocorra. ------------------------------------------------------------------ Vamos ajudar Rafael em seu trabalho / ainda que ele não mereça nosso apoio. *Apesar de Rafael não merecer nosso apoio, / vamos ajudá-lo em seu trabalho. Embora seja de risco, / concordo com a realização do negócio. *Apesar de ser de risco, / concordo com a realização do negócio. Farei o que acho correto, / mesmo que você seja contra. *Apesar de você ser contra, farei o que acho correto. conformativas: indicam conformidade (aceitação, submissão) em relação à ação expressa pelo verbo

da oração principal. Há conformidade quando há ideia de acordo, de adequação, de não contradição, ou seja, não há contradição, oposição de ideias entre as orações; há uma concordância entre elas. As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam a *forma (modelo, critério) de acordo com a qual se realiza o fato expresso na oração principal. As conjunções conformativas são: conforme, consoante, como, segundo. Ex: Tudo ocorreu como estava previsto. Tudo ocorreu *da forma (do modelo) prevista. As inscrições devem ser feitas como determina o regulamento do concurso. ENTENDA: NÃO HÁ DISCORDÂNCIA DE IDEIAS. Do jeito(da forma, igualzinho) que estava previsto, tudo ocorreu. Do jeito que determina o regulamento do concurso, ou seja, da forma (igualzinho) que foi determinada pelo regulamento, assim as inscrições devem ser feitas. As inscrições serão feitas (da forma, igualzinho) que determinou o regulamento do concurso.

Conforme, de acordo com o determinado pelo regulamento, as inscrições deverão ser feitas. Segundo informou a meteorologia, o tempo será de sol no feriado. O tempo, no feriadão, será (da forma, igualzinho) como informou a meteorologia. Faço rabanadas conforme minha avó me ensinou. O campeonato será disputado segundo as regras estabelecidas pelo comitê. O campeonato será disputado, seguindo os critérios estabelecidos pelo comitê, ou seja, em (conformidade, igual) com o que o comitê estabeleceu. comparativas: são aquelas que expressam uma comparação com um dos termos da oração principal. Estabelece uma comparação entre o fato expresso na oração adverbial e o fato da oração principal. As conjunções comparativas são: como, mais... [do] que, menos... [do] que, tão... quanto, tanto... quanto. ATENÇÃO! É comum que o verbo da comparativa seja o mesmo da oração principal, por isso, geralmente, na oração comparativa ocorre a elipse (omissão) do verbo.

Ex: Ele tem estudado / como um obstinado (estuda). A ação de estudar entre os seres da oração principal (Ele) e o da subordinada (o obstinado) está sendo comparada e transmite uma ideia de igualdade de ações. Os dois fazem a mesma ação do mesmo jeito, de forma igual. Meu pai age / como já agia meu avô. A criança comia / tanto quanto (comia) um adulto. Letícia já tem 15 anos, mas comporta se / que nem uma garotinha mimada. (comporta-se) Falava mais / que papagaio (fala) Alguém, não identificado no texto, falava mais que o ser (papagaio) presente na oração subordinada comparativa. A ação de falar dos dois seres está sendo comparada e percebe-se que um fala mais que o outro. ENTENDA: os seres presentes na principal e subordinada apresentam ações que são comparadas transmitindo uma ideia de superioridade, inferioridade ou de igualdade.

proporcionais: exprimem um fato que faz aumentar ou diminuir o fato da oração principal. Expressam uma ideia de proporcionalidade em relação ao fato referido na oração principal o qual pode aumentar ou diminuir. Entenda-se por proporção a relação existente entre duas coisas, de modo que qualquer alteração em uma delas implique alteração na outra. As conjunções proporcionais são: à medida que, à proporção que, quanto mais... mais, quanto menos... menos, ao passo que. Ex: Quanto mais ele se explicava,/ menos acreditávamos nele. À medida que se aproximava a hora do jogo,/ a expectativa aumentava. Quanto mais subíamos a serra,/ mais cheia de curva ficava a estradinha. A VÍRGULA NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS *USO OBRIGATÓRIO: SE A ORAÇÃO ADVERBIAL APARECE ANTES DA PRINCIPAL OU INTERCALADA NELA. EMBORA AINDA FOSSE ADOLESCENTE, / LUCIANA ASSUMIA RESPONSABILIDADE DE ADULTO.

LUCIANA, EMBORA AINDA FOSSE ADOLESCENTE, ASSUMIA RESPONSABILIDADES DE ADULTO. * USO OPCIONAL: SE A ORAÇÃO ADVERBIAL APARECE DEPOIS DA PRINCIPAL. LUCIANA ASSUMIA RESPONSABILIDADE DE ADULTO, EMBORA AINDA FOSSE ADOLESCENTE LUCIANA ASSUMIA RESPONSABILIDADE DE ADULTO EMBORA AINDA FOSSE ADOLESCENTE DIFERENÇAS ENTRE CAUSAIS E EXPLICATIVAS Em meio a dois porquês, estando você na incumbência de classificá-los, o que faria? Pois bem, tal questionamento, a princípio, pode ter parecido para você um tanto quanto vago, mas se torna recorrente, ainda que você não tenha percebido. Dessa forma, vamos aos enunciados, para que a nossa discussão ganhe um pouco mais de vivacidade e, sobretudo, clareza:

Não fomos ao cinema hoje, porque choveu durante a tarde inteira. TEM-SE UM FATO QUE EXPLICA OUTRO FATO. Têm ocorrido vários acidentes porque no local não há sinalização. NA SUBORDINADA TEM-SE UM FATO QUE GERA UM EFEITO (RESULTADO) Infere-se, acerca do enunciado primeiro, que se trata de um fato (ter chovido durante a tarde inteira). Indo um pouco mais adiante com nosso raciocínio, constatamos que esse mesmo fato explica o outro, expresso na oração anterior (o fato de não termos ido ao cinema). Assim, cabe ressaltar que se trata de uma oração coordenada sindética explicativa, haja vista que sempre se encontra demarcada por um sinal de pontuação, no caso, a vírgula. Referindo-nos ao segundo dos enunciados, o que se constata é que expressa um fato (o fato de no local não haver sinalização) que causa um efeito, sem dúvida (a ocorrência de vários acidentes). Nesse sentido, como se trata de um ato que, consequentemente, provoca outros, afirmamos se tratar de uma oração subordinada adverbial causal.

O fato de eu estar todo molhado não provocou a chuva, portanto não é causa de choveu, mas tão somente confirmação de que choveu. Observe que o fato de estar todo molhado não é anterior a choveu, mas posterior a ele. Nesse caso, temos uma explicação e não uma causa. Algumas orações subordinadas adverbiais podem apresentar-se na forma reduzida, com o verbo no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. São: - causais: Impedido de entrar, ficou irado. - concessivas: Ministrou duas aulas, mesmo estando doente. - condicionais: Não faça o exercício sem reler a proposta. - consecutivas: Não podia olhar a foto sem chorar. - finais: Vestiu-se de preto para chamar a minha atenção. - temporais: Terminando a leitura, passe-me o texto.