JOÃO PEDRO TEIXEIRA - UM CABRA MARCADO PARA MORRER azuirfilho JOÃO PEDRO TEIXEIRA UM CABRA MARCADO PARA MORRER 04-03-1918---02-04-1962 Foi o Cabra Marcado, pra morrer lá no sertão. Humilde mais determinado, resistia a exploração. Nossa História Brasileira, o povo cumpre o dever. História de Heroismo, de martírio e abnegação. A existencia do Humanismo, e da crucificação. A maldade derradeira, é o Cristo no seu sofrer. Em Pilõezinho nascido, município de Guarabira. Um trabalhador querido, que a gente tanto admira. Um Anjo Justiceiro, ao Trabalhador rural defender. Em Massangana criado, em Cruz do Espírito Santo. Com o seu sonho sonhado, vida amor e todo encanto. 1
Em Café do Vento Pedreira, Elisabete fez conhecer. Em engenho trabalhou, e não gostou da exploração. Foi Massangana e não ficou, recebeu a demissão. Foi trabalhar em Pedreira, em Jaboatão a aprender. Muita injustiça Sofreu, toda ameaça e desacato. Apanhou e aprendeu, foi Presidente de Sindicato. Viu a penúria verdadeira, desempregado a sofrer. Fundou a Liga Camponesa, em Sapé na Paraíba. Trabalhadores uma beleza, por vida mais bonita. Da Esperança altaneira, no existir melhor fazer. As Ligas de Pernambuco, no Nordeste espalhou. Camponês não é maluco, e mundo melhor sonhou. De Vida mais alvissareira, comida pros filhos ter. Vida que não se aguenta, do povo pobre a penar Desde os anos cinquenta, as ligas a conscientizar. Uma razão companheira, mundo melhor conceber. Reforma agraria defendia, e presença do Estado. Humanidade e Cidadania, Trabalhador respeitado. Todas condições obreiras, pra vida a pena valer. 2
Preto pobre e teimoso, todo amor e disposição. Tinha o dom maravilhoso, cada um era irmão. Só rapadura e farinha, com a piaba pra comer. Toda luta vai aumentar, também a organização. Só Justiça pra aplacar, precisa de transformação. Na esperança alvissareira, a liga fazendo crescer. Orgulhava os trabalhadores, com palavras de Fé. Associação dos Lavradores, Agrícolas de Sapé. Era a Liga sobranceira, Camponeses a defender. Tantos tiros na parede, e dão tiros em todo lado. Repressão de ódio e sede, num assédio tão danado. Da ameaça mais rasteira, tanta exibição de poder. A Elisabete perguntava, se morresse o que faria. Ela dizia que continuava, a Luta não interromperia. Chegava a hora derradeira, e não podia esmorecer. Por despejo processado, lhe fizeram horas espera. Para poder ser emboscado, para poderem lhe matar. Uma Crucificação traiçoeira, fizeram lhe submeter. O peito forte estragado, foice ao invés de fuzil. No crime ali perpetrado, mataram o nosso Brasil. 3
Irmão da alma Guerreira, por justiça a se oferecer. De balas um corpo cravado, Zumbi ou Tiradentes. O Cristo Crucificado, o Trabalhador por sua gente. A nossa Raça Brasileira, em martírio para se ver. Elisabete na dor chorando, jura a luta continuar. Eduardo Coutinho Filmando, combinam divulgar. O Golpe Militar trapaceiro, chega pra tudo prender. O Tempo triste vai passar, a esperança vai ressurgir Cada coração a pulsar, é cabra marcado a insurgir. Misericórdia Justiceira. Faz o sonho amigo reviver. João Pedro Teixeira, tá na Eternidade por merecer. Azuir Filho e Turmas: Do Social da Unicamp e, de Amigos, de: Rocha Miranda, Rio, RJ e, de Mosqueiro, Belém, PA. Poesia de Homenagem a João Pedro Teixeira o Presidente da Associação dos Lavradores Agrícolas de Sapé, conhecida pelo nome de Ligas Camponesas de Sapé, foi fundada, tendo João Pedro como vice-presidente. Ele também representava 14 Ligas Camponesas, na Federação das Liga Camponesas da Paraíba, da qual também era vice-presidente, A Liga Camponesa atingiu mais de 10 mil associados e os latifundiários tramaram e executaram a sua morte. João Pedro Teixeira era caseiro de um sitio, e foi demitido com processo para deixar a casa de caseiro onde residia com seus 11 filhos. No dia 2 de abril de 1962, João Pedro foi ao Tribunal em João Pessoa, por causa do seu processo de despejo; fizeram ele esperar até tarde e chegando tarde no último ônibus, foi morto com 3 tiros nas costas. Crime planejados por Antônio Vítor, Agnaldo Veloso Borges e Pedro Ramos Coutinho, que 4
confessou o Cabo Chiquinho que com dois capangas.fez esse crime hediondo. Foi um Homem simples e cheio de amor, acordava de madrugada e ia abraçar seus 11 filhos amados. É um Herói Nacional que Orgulha a Classe dos Trabalhadores. Um Homem Universal, Acreditava numa Sociedade Justa e igualitária como Jesus pregava de Amor, Partilha e Comunhão. João Pedro Teixeira, na Eternidade por Merecimento e Amor. DIREITOS RECONHECIDOS E AGRADECIDOS COM AMOR E ORGULHO POR NOSSA GENTE. F1 http://www.escrevercinema.com/imagens/cabra_joao-410.jpg F2 http://www.escrevercinema.com/imagens/cabra4.410.jpg F3 http://www.escrevercinema.com/imagens/cabra2.jpg F4 http://www.escrevercinema.com/imagens/cabra6.jpg F5 http://www.escrevercinema.com/imagens/cabra7.jpg Obra original disponível em: http://www.overmundo.com.br/banco/joao-pedro-teixeira-um-cabra-marcado-para-morrer 5