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Prova A resolução da prova pode implicar a mobilização de aprendizagens inscritas no Programa, mas não expressas nesta informação.

Material de escrita: caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta. Não é permitido o uso de lápis nem de corretor.

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Transcrição:

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março Prova Escrita de Economia A 11.º/12.º Anos de Escolaridade Prova 712/2.ª Fase 12 Páginas Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos. 2009 VERSÃO 1 Na folha de respostas, indique de forma legível a versão da prova. A ausência dessa indicação implica a classificação com zero pontos das respostas aos itens do Grupo I. Prova 712.V1 Página 1/ 12

Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta indelével, azul ou preta. Pode utilizar máquina de calcular do tipo não alfanumérico não programável. Não é permitido o uso de corrector. Em caso de engano, deve riscar, de forma inequívoca, aquilo que pretende que não seja classificado. Escreva de forma legível a numeração dos grupos e dos itens, bem como as respectivas respostas. As respostas ilegíveis ou que não possam ser identificadas são classificadas com zero pontos. Para cada item, apresente apenas uma resposta. Se apresentar mais do que uma resposta a um mesmo item, apenas é classificada a resposta apresentada em primeiro lugar. As cotações dos itens encontram-se no final do enunciado da prova. Prova 712.V1 Página 2/ 12

Para responder aos itens de escolha múltipla (Grupo I), escreva, na folha de respostas, o número do item; a letra que identifica a única alternativa correcta. Prova 712.V1 Página 3/ 12

I Para cada um dos itens que se seguem, seleccione a única alternativa que permite obter uma afirmação correcta. 1. O facto de as necessidades humanas serem ilimitadas e de os recursos aptos a satisfazê-las serem escassos expressa (A) o custo de oportunidade. (B) o problema económico. (C) a Lei de Engel. (D) a racionalidade económica. 2. Associamos ao conceito de consumerismo (A) as actividades de grupos de consumidores na defesa dos seus direitos. (B) as atitudes irreflectidas e compulsivas dos consumidores. (C) o crescente endividamento das famílias, na actualidade. (D) o facto de os consumidores satisfazerem todas as suas necessidades. 3. O consumo de matérias-primas efectuado pelas empresas no fabrico de produtos acabados é um consumo (A) final. (B) intermédio. (C) individual. (D) colectivo. 4. A empresa SOMESAS dedica-se à produção de mesas. Das contas da empresa retiraram-se os seguintes dados (referentes a um determinado mês): Produção diária de mesas (unidades) Preço unitário de venda (euros) N.º de trabalhadores N.º de horas diárias de trabalho 400 25 10 8 A produtividade física do trabalho da SOMESAS, nesse mês, foi de (A) 400 mesas por dia, por trabalhador. (B) 2,5 euros por trabalhador. (C) 5 mesas por hora, por trabalhador. (D) 1000 euros por trabalhador. 5. Uma determinada empresa dedica-se à compra de batata aos pequenos produtores para a revender aos supermercados. Então, essa empresa dedica-se ao comércio... (A) grossista. (B) retalhista. (C) tradicional. (D) electrónico. Prova 712.V1 Página 4/ 12

6. Das contas nacionais de um certo país retiraram-se os seguintes valores, referentes a preços e salários: Anos 2006 2007 Índice de Preços no Consumidor ano base (100): 2000 Índice do salário médio nominal ano base (100): 2000 140 180 120 160 Tendo em conta os dados apresentados, podemos afirmar que (A) o poder de compra dos trabalhadores se manteve de 2006 para 2007. (B) o poder de compra dos trabalhadores diminuiu de 2006 para 2007. (C) os trabalhadores perderam poder de compra em 2007, relativamente a 2000. (D) os trabalhadores ganharam poder de compra em 2007, relativamente a 2000. 7. Verifica-se que a procura do bem Y aumenta em resultado do aumento do preço do bem X (mantendo-se tudo o resto constante). Então, pode concluir-se que (A) Y é um bem de primeira necessidade. (B) X é um bem inferior. (C) X e Y são bens complementares. (D) X e Y são bens sucedâneos (ou substituíveis). 8. O mercado de certo bem é um mercado de concorrência perfeita. Então, nesse mercado, existem (A) poucos compradores e muitos vendedores. (B) muitos compradores e muitos vendedores. (C) poucos compradores e poucos vendedores. (D) muitos compradores e poucos vendedores. 9. As curvas de Lorenz podem ser utilizadas quando se pretende analisar (A) a repartição pessoal do rendimento num dado país. (B) a relação entre o salário máximo e o salário mínimo. (C) o poder de compra dos trabalhadores. (D) o preço de equilíbrio num determinado mercado. 10. Uma empresa, necessitando de efectuar elevados investimentos, recorreu ao mercado de títulos, emitindo um empréstimo obrigacionista. A empresa financiou-se através de um (A) financiamento externo. (B) crédito bancário. (C) autofinanciamento. (D) investimento material. Prova 712.V1 Página 5/ 12

11. Os prémios de seguros pagos pelas Famílias constituem um (A) fluxo real. (B) stock de capital. (C) recurso das Famílias. (D) recurso das Instituições Financeiras. 12. O cálculo do valor da produção pela óptica do produto permite conhecer (A) o modo como foi utilizada a produção. (B) o valor do produto segundo a contribuição dos vários sectores de actividade. (C) o valor das importações e das exportações. (D) o modo como se efectuou a repartição pessoal do rendimento pelas famílias do país. 13. As exportações são uma componente da (A) Despesa Interna. (B) Procura Interna. (C) Balança de Transferências Correntes. (D) Balança Financeira. 14. Num determinado país, em 2007, o saldo da Balança de Mercadorias apresentou um superavit de 30 milhões de unidades monetárias. Então, podemos concluir que, nesse ano, (A) o valor das importações superou o valor das exportações. (B) o país apresentou capacidade de financiamento. (C) o país apresentou necessidade de financiamento. (D) o valor da taxa de cobertura foi superior a 100 por cento. 15. Um dos principais objectivos da Organização Mundial do Comércio (OMC) é (A) facilitar a integração económica europeia. (B) abrandar o processo de globalização económica. (C) reduzir o preço das exportações de bens. (D) liberalizar as trocas internacionais. 16. Os impostos directos incidem (A) sobre os rendimentos das famílias e sobre os rendimentos das empresas. (B) apenas sobre os rendimentos das famílias. (C) apenas sobre as despesas das empresas. (D) sobre as despesas das empresas e sobre as despesas das famílias. Prova 712.V1 Página 6/ 12

17. Podemos considerar como um dos objectivos mais imediatos da política monetária prosseguida pelo Banco Central Europeu no passado recente (anterior à actual crise económica mundial) (A) o aumento dos impostos. (B) a redução do orçamento comunitário. (C) o controlo da inflação. (D) a estabilização das receitas públicas. 18. A União Europeia tem por objectivo, entre outros, atingir uma maior «coesão económica e social». Esta expressão significa uma exigência de (A) redução das desigualdades de desenvolvimento entre as diferentes regiões. (B) contribuição de todos os Estados-membros para o Orçamento da União Europeia. (C) convergência nominal relativamente a vários indicadores económicos. (D) participação democrática crescente dos cidadãos europeus. Prova 712.V1 Página 7/ 12

II Em termos nominais, o crescimento do Rendimento Disponível dos Particulares, em Portugal, acelerou em 2006. Esta aceleração esteve associada, sobretudo, ao crescimento muito forte das transferências correntes, quer internas, quer externas. O aumento da taxa de crescimento do Rendimento Disponível dos Particulares, em termos nominais, ficou também a dever-se, embora em menor grau, à desaceleração das contribuições sociais em 2006, a qual ultrapassou o impacto negativo da aceleração dos impostos directos. O aumento das remunerações do trabalho manteve-se relativamente próximo do verificado em 2005. O quadro que se segue apresenta a evolução do Rendimento Disponível dos Particulares, em Portugal, no período de 2005/2006. Rendimento Disponível dos Particulares Taxas de variação nominal, em % 2005 2006 Rendimento Disponível 3,1 13,9 Remunerações do trabalho Rendimentos de empresas e propriedade Transferências correntes Impostos directos Contribuições sociais 4,4 0,1 5,0 5,3 5,0 14,2 10,0 17,8 16,7 14,1 Banco de Portugal, Relatório Anual 2006 (adaptado) 1. Explique, com base no texto e no quadro, a evolução do Rendimento Disponível dos Particulares, em Portugal, no período considerado, tendo em conta o comportamento das rubricas utilizadas no seu cálculo. 2. Em 2006, em Portugal, o valor do Rendimento Disponível dos Particulares foi de 109 555 milhões de euros e o valor do Consumo Privado foi de 100 848 milhões de euros. Determine o valor da Poupança das Famílias, em 2006, tendo em conta o conceito de Poupança. Apresente a fórmula e os cálculos necessários. 3. Admita que, em 2006, se registou um aumento, em termos reais, do Rendimento Disponível das Famílias, em Portugal, mantendo-se tudo o resto constante. Refira, atendendo à Lei de Engel, as alterações que se poderiam esperar na estrutura do consumo das famílias portuguesas, nesse ano. Prova 712.V1 Página 8/ 12

4. Leia o texto que se segue. O destino que o mercado dá aos resultados da actividade económica é, por vezes, influenciado por factores estranhos ao próprio mercado. Por essa razão, a repartição feita pelo mercado pode não ser justa. Assim, o Estado pode intervir no sentido de alcançar uma maior equidade. João César das Neves, Princípios de Economia Política (adaptado) Justifique, tendo em conta o texto, a necessidade de intervenção do Estado, nas esferas económica e social, com vista a alcançar uma maior equidade. Prova 712.V1 Página 9/ 12

III O PIB per capita em Portugal, ao longo dos anos noventa do século passado, convergiu de modo significativo para o nível médio da União Europeia a quinze Estados-membros (UE 15). A partir do ano 2000, o ritmo de convergência real estagnou, começando mesmo a observar-se uma divergência no período entre 2003 e 2005. A trajectória da convergência real espelha o desempenho macroeconómico global da economia portuguesa. Após 1993, a taxa média de crescimento anual do PIB foi muito positiva, sendo uma das mais elevadas da UE. Porém, a partir de 2001, reflectindo a crise económica internacional e, em particular, o significativo abrandamento da actividade económica da UE, Portugal observou um abrandamento económico particularmente intenso, tendo inclusive registado um crescimento negativo do PIB em 2003. Uma das principais vulnerabilidades da economia portuguesa reside nas reduzidas qualificações da sua população activa. De facto, Portugal manteve, no período de 1995 a 2005, baixos níveis de qualificação dos recursos humanos, sendo o nível médio de habilitações da população portuguesa considerado um dos mais sérios impedimentos ao desenvolvimento económico do país. O quadro que a seguir se apresenta mostra a evolução do PIB, entre 1996 e 2005, em Portugal e na União Europeia a quinze Estados-membros (UE 15). Produto Interno Bruto (PIB) Taxas médias de crescimento real (em %) 1996-2000 2001-2005 Portugal 4,1 0,6 UE 15 2,8 1,6 Departamento de Prospectiva e Planeamento, Economia portuguesa: horizonte 2015 (adaptado) 1. Explique, com base no texto e no quadro, a trajectória da convergência real da economia portuguesa relativamente à economia europeia, no período de 1996-2005, tendo em atenção os seguintes aspectos: evolução do PIB; factores explicativos daquela trajectória. 2. O terceiro parágrafo do texto refere as reduzidas qualificações da população activa portuguesa. Apresente três aspectos que expliquem a importância da educação/formação na valorização profissional dos trabalhadores. Prova 712.V1 Página 10/ 12

3. Leia o texto que se segue. Suponhamos que num país só existem duas entidades produtivas: uma empresa que produz cimento e uma outra que constrói edifícios, utilizando o cimento produzido pela primeira. Se a produção da empresa cimenteira, num dado ano, foi de 500 milhões de euros e a da empresa de construção civil foi de 1250 milhões de euros, poderia admitir-se que a produção do país, nesse ano, seria de 500 + 1250 = 1750 milhões de euros. Mas isso duplicaria o valor do cimento produzido, pois os 500 milhões de euros, que constituem esse valor, já estão incluídos no valor da produção da empresa de construção civil. João Ferreira do Amaral et al., Introdução à Macroeconomia (adaptado) Explique de que forma o método dos produtos finais permite, no cálculo do valor da produção de um país, ultrapassar o problema apresentado no texto. FIM Prova 712.V1 Página 11/ 12

COTA ÇÕES 1. a 18.... (18 5)... 90 pontos I 90 pontos II 1.... 20 pontos 2.... 15 pontos 3.... 10 pontos 4.... 15 pontos 60 pontos III 1.... 20 pontos 2.... 15 pontos 3.... 15 pontos 50 pontos TOTAL... 200 pontos Prova 712.V1 Página 12/ 12

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março Prova Escrita de Economia A 11.º/12.º Anos de Escolaridade Prova 712/2.ª Fase 9 Páginas Duração da Prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos. 2009 COTA ÇÕES 1. a 18.... (18 5)... 90 pontos I 90 pontos II 1.... 20 pontos 2.... 15 pontos 3.... 10 pontos 4.... 15 pontos 60 pontos III 1.... 20 pontos 2.... 15 pontos 3.... 15 pontos 50 pontos TOTAL... 200 pontos Prova 712 Página C/1/ 9

A classificação da prova deve respeitar integralmente os critérios gerais e específicos a seguir apresentados CRITÉRIOS GERAIS DE CLASSIFICAÇÃO A classificação a atribuir a cada item é obrigatoriamente: um número inteiro; um dos valores resultantes da aplicação dos critérios gerais e específicos de classificação e previstos na respectiva grelha de classificação. As respostas que se revelem ilegíveis ou que não possam ser claramente identificadas são classificadas com zero pontos. No entanto, em caso de omissão ou de engano na identificação de um item, o mesmo pode ser classificado se, pela resposta apresentada, for possível identificá-lo inequivocamente. Se o examinando responder a um mesmo item mais do que uma vez, não eliminando inequivocamente a(s) resposta(s) que não deseja que seja(m) classificada(s), deve ser apenas considerada a resposta que surgir em primeiro lugar. Itens de escolha múltipla (Grupo I) A ausência de indicação inequívoca da versão da prova (Versão 1 ou Versão 2) implica a classificação com zero pontos das respostas a todos os itens deste grupo. Em cada item, se o examinando apresentar mais do que uma opção, ou se o número do item e/ou a letra da alternativa escolhida forem ilegíveis, a classificação da resposta é zero pontos. Se o examinando, em vez de indicar a letra da alternativa escolhida, transcrever a opção que lhe corresponde, esta resposta deverá ter a mesma classificação que teria a indicação da letra correspondente. Itens de resposta aberta curta e itens de resposta aberta extensa (Grupos II e III) Nestes itens, em que são apresentados critérios específicos de classificação organizados por níveis de desempenho, é atribuída, a cada um desses níveis, uma única pontuação. No caso de, ponderados todos os dados contidos nos descritores, permanecerem dúvidas sobre o nível a atribuir, deve optar-se pelo mais elevado de entre os dois tidos em consideração. É classificada com zero pontos qualquer resposta que não atinja o nível 1 de desempenho no domínio específico da disciplina. No entanto, o facto de a Economia ser uma ciência social, passível de diferentes abordagens, impossibilita a tipificação de sugestões de resposta aos itens de uma forma exaustiva e completamente padronizada. Por outro lado, as sugestões de resposta constantes dos critérios específicos de classificação são, necessariamente, balizadas pelos níveis de aprofundamento/desenvolvimento estabelecidos no Programa em vigor, sem que isso possa significar qualquer perda de rigor científico. Assim, deve ter-se em atenção que: as sugestões de correcção apresentadas não esgotam as possibilidades de resposta relevante; deste modo, respostas que, embora não sendo totalmente coincidentes com as sugestões apresentadas, estejam cientificamente correctas e adequadas ao solicitado no item em causa, deverão ser igualmente classificadas de acordo com os níveis de desempenho apresentados nos respectivos descritores; Prova 712 Página C/2/ 9

as respostas também não deverão ser desvalorizadas por não utilizarem uma terminologia exactamente idêntica à utilizada nas sugestões constantes dos critérios específicos de classificação, desde que a terminologia usada em alternativa seja adequada e rigorosa; os descritores dos níveis de desempenho constantes dos critérios específicos de classificação, apesar de suficientemente pormenorizados, nunca poderão ser considerados definitivamente exaustivos. Nos itens de resposta aberta com cotação igual ou superior a 15 pontos que impliquem a produção de um texto, a classificação a atribuir traduz a avaliação simultânea das competências específicas da disciplina e das competências de comunicação em língua portuguesa. A avaliação das competências de comunicação escrita em língua portuguesa contribui para valorizar a classificação atribuída ao desempenho no domínio das competências específicas da disciplina. Esta valorização é cerca de 10% da cotação do item e faz-se de acordo com os níveis de desempenho descritos no quadro seguinte. Nível Descritor 3 Composição bem estruturada, sem erros de sintaxe, de pontuação e/ou de ortografia, ou com erros esporádicos, cuja gravidade não implique perda de inteligibilidade e/ou de sentido. 2 Composição razoavelmente estruturada, com alguns erros de sintaxe, de pontuação e/ou de ortografia, cuja gravidade não implique perda de inteligibilidade e/ou de sentido. 1 Composição sem estruturação aparente, com erros graves de sintaxe, de pontuação e/ou de ortografia, cuja gravidade implique perda frequente de inteligibilidade e/ou de sentido. No caso de a resposta não atingir o nível 1 de desempenho no domínio específico da disciplina, a classificação a atribuir é zero pontos. Prova 712 Página C/3/ 9

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE CLASSIFICAÇÃO I VERSÃO 1 VERSÃO 2 01.... (B)...(C)... 5 pontos 02.... (A)...(D)... 5 pontos 03.... (B)...(A)... 5 pontos 04.... (C)...(C)... 5 pontos 05.... (A)...(B)... 5 pontos 06.... (C)...(D)... 5 pontos 07.... (D)...(A)... 5 pontos 08.... (B)...(C)... 5 pontos 09.... (A)...(A)... 5 pontos 10.... (A)...(B)... 5 pontos 11.... (D)...(B)... 5 pontos 12.... (B)...(D)... 5 pontos 13.... (A)...(D)... 5 pontos 14.... (D)...(A)... 5 pontos 15.... (D)...(A)... 5 pontos 16.... (A)...(C)... 5 pontos 17.... (C)...(B)... 5 pontos 18.... (A)...(C)... 5 pontos A transportar... 90 pontos Prova 712 Página C/4/ 9

II 1.... 20 pontos Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina Níveis** 4 3 2 1 Descritores do nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa Na resposta é explicada a evolução do Rendimento Disponível dos Particulares em Portugal, no período de 2005-2006, sendo referidos quatro dos seguintes aspectos, ou outros considerados relevantes: o Rendimento Disponível dos Particulares aumentou 3,9%, em 2006, em termos nominais, tendo o seu crescimento acelerado relativamente ao do ano anterior (3,1%, em 2005); as transferências correntes foram a componente que mais cresceu (7,8%, em 2006); em 2006, registou-se uma ligeira desaceleração do crescimento das remunerações do trabalho, assim como dos rendimentos de empresa e propriedade; a desaceleração do crescimento das contribuições sociais constituiu outro factor do crescimento do Rendimento Disponível dos Particulares em 2006, passando de uma taxa de crescimento de 5%, em 2005, para uma de 4,1%, em 2006; o comportamento dos impostos directos (ao passarem de uma taxa de variação nominal de 5,3% para uma de 6,7%) impediu um maior crescimento do Rendimento Disponível. A resposta apenas contempla três dos cinco aspectos citados no nível 4, ou outros considerados relevantes. A resposta apenas contempla dois dos cinco aspectos citados no nível 4, ou outros considerados relevantes. A resposta apenas contempla um dos aspectos citados no nível 4, ou outro considerado relevante. Níveis* 1 2 3 18 19 20 13 14 15 8 9 10 3 4 5 ** * Descritores apresentados nos critérios gerais. ** No caso de, ponderados todos os dados contidos nos descritores, permanecerem dúvidas quanto ao nível a atribuir, deve optar-se pelo mais elevado dos dois em causa. 2.... 15 pontos Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina Classificação* (em pontos) Níveis** 3 Na resposta são indicados os seguintes aspectos: a Poupança é a parte do Rendimento que não é destinada ao Consumo; OU Poupança = Rendimento Disponível dos Particulares Consumo Privado; Poupança = 109 555 100 848; o valor da Poupança das Famílias, em 2006, foi de 8707 milhões de euros. 15 2 A resposta apenas refere dois dos três aspectos citados no nível 3. 10 1 A resposta apenas define Poupança. OU A resposta apenas apresenta a fórmula de cálculo da Poupança. 5 * Dada a natureza do item, não é considerado o nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa. ** No caso de, ponderados todos os dados contidos nos descritores, permanecerem dúvidas quanto ao nível a atribuir, deve optar-se pelo mais elevado dos dois em causa. ** Prova 712 Página C/5/ 9

3.... 10 pontos Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina Classificação (em pontos) Níveis* 2 Na resposta são referidas as seguintes alterações que se poderiam esperar na estrutura do consumo das famílias portuguesas, em 2006, admitindo que se registou um aumento real do seu Rendimento Disponível, mantendo-se tudo o resto constante: uma redução do peso das despesas em alimentação relativamente ao total das despesas de consumo; um aumento do peso de outras rubricas no total das despesas de consumo. 10 1 A resposta apenas refere um dos dois aspectos citados no nível 2. OU A resposta apenas enuncia a Lei de Engel. 5 ** No caso de, ponderados todos os dados contidos nos descritores, permanecerem dúvidas quanto ao nível a atribuir, deve optar-se pelo mais elevado dos dois em causa. 4.... 15 pontos Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina Descritores do nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa Níveis* 1 2 3 Níveis** 3 Na resposta é justificada a necessidade de intervenção do Estado, nas esferas económica e social, de forma a alcançar uma maior equidade, sendo referidos, entre outros, os seguintes aspectos: a repartição do rendimento efectuada pelo mercado «pode não ser justa», gerando desigualdades económicas e sociais; com vista a garantir o acesso a níveis de bem-estar considerados desejáveis, sobretudo aos cidadãos mais carenciados, o Estado pode efectuar uma redistribuição do rendimento. 13 14 15 2 A resposta apenas refere o segundo dos dois aspectos citados no nível 3, ou outro identicamente relevante. 8 9 10 1 A resposta apenas refere o primeiro dos dois aspectos citados no nível 3, ou outro identicamente relevante. 3 4 5 * Descritores apresentados nos critérios gerais. ** ** No caso de, ponderados todos os dados contidos nos descritores, permanecerem dúvidas quanto ao nível a atribuir, deve optar-se pelo mais elevado dos dois em causa. Prova 712 Página C/6/ 9

III 1.... 20 pontos Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina Descritores do nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa Níveis* 1 2 3 Níveis** 4 Na resposta é explicada a trajectória da economia portuguesa relativamente à economia europeia, no período de 1996-2005, sendo referidos quatro dos seguintes aspectos, ou outros considerados relevantes: ao longo dos anos noventa do século passado, o nível de vida da população portuguesa convergiu para o nível médio da UE 15; no período de 1996-2000, a taxa média de crescimento real do PIB situou- -se acima da média da UE 15, respectivamente, 4,1% contra os 2,8% da UE 15. Neste período assistiu-se a uma convergência real; a taxa média de crescimento real do PIB português, no período de 2001- -2005, foi de 0,6% contra uma taxa de 1,6% da UE 15 (em 2003 verificou- -se mesmo um crescimento negativo). Na globalidade deste período verificou-se uma divergência real; o abrandamento da actividade económica em Portugal, no período de 2001-2005, ficou a dever-se, sobretudo, à crise económica internacional e, em particular, ao abrandamento da actividade económica da UE; os baixos níveis de qualificação e as fracas habilitações da população portuguesa são, igualmente, factores que têm impedido o desenvolvimento económico português e a aproximação aos níveis médios da UE 15. 18 19 20 3 A resposta apenas contempla três dos cinco aspectos citados no nível 4, ou outros considerados relevantes. 13 14 15 2 A resposta apenas contempla dois dos cinco aspectos citados no nível 4, ou outros considerados relevantes. 8 9 10 1 A resposta apenas contempla um dos aspectos citados no nível 4, ou outro considerado relevante. 3 4 5 * Descritores apresentados nos critérios gerais. ** No caso de, ponderados todos os dados contidos nos descritores, permanecerem dúvidas quanto ao nível a atribuir, deve optar-se pelo mais elevado dos dois em causa. ** Prova 712 Página C/7/9

2.... 15 pontos Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina Níveis** 3 Descritores do nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa Na resposta é explicada a importância da educação/formação na valorização profissional dos trabalhadores, sendo apresentados os seguintes aspectos, ou outros considerados relevantes: as exigências actuais do mercado de trabalho requerem uma actualização constante das competências dos trabalhadores (é o caso, por exemplo, das alterações provocadas pela introdução e generalização do uso das tecnologias de informação e comunicação); face a eventuais situações de desemprego ou de alteração da situação profissional e laboral, o trabalhador pode necessitar de adquirir novas competências, ou mesmo de alterar o percurso inicial da sua formação; a educação ao longo da vida constitui, assim, um importante aspecto da valorização profissional dos trabalhadores, além de constituir um factor de promoção do desenvolvimento económico dos países. Níveis* 1 2 3 13 14 15 2 1 A resposta apenas contempla dois dos três aspectos citados no nível 3, ou outros considerados relevantes. A resposta apenas contempla um dos aspectos citados no nível 3, ou outro considerado relevante. 8 9 10 3 4 5 * Descritores apresentados nos critérios gerais. ** No caso de, ponderados todos os dados contidos nos descritores, permanecerem dúvidas quanto ao nível a atribuir, deve optar-se pelo mais elevado dos dois em causa. ** Prova 712 Página C/8/ 9

3.... 15 pontos Descritores do nível de desempenho no domínio específico da disciplina Descritores do nível de desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa Níveis* 1 2 3 Níveis** 3 Na resposta é explicado como o método dos produtos finais permite ultrapassar o problema da múltipla contagem, sendo contemplados três dos seguintes aspectos, ou outros considerados relevantes: o texto refere o problema da múltipla contagem (o múltiplo registo do valor do mesmo bem no cálculo do valor da produção); no exemplo referido no texto, ao adicionar-se o valor da produção da empresa cimenteira (500 milhões de euros) com o valor da produção da empresa de construção civil (1250 milhões de euros), estar-se-ia a duplicar a contabilização do valor do cimento produzido; o método dos produtos finais evita o problema da múltipla contagem, pois só são contabilizados, no cálculo do valor do produto, os bens que não irão sofrer mais alterações no processo produtivo na economia considerada (destinados ao consumo final); no caso do exemplo apresentado no texto, através do método dos produtos finais, contabilizar-se-ia apenas o valor realizado pela empresa de construção civil, ou seja, 1250 milhões de euros. 13 14 15 2 A resposta apenas contempla dois dos quatro aspectos citados no nível 3, ou outros considerados relevantes. 8 9 10 1 A resposta apenas contempla um dos aspectos citados no nível 3, ou outro considerado relevante. 3 4 5 * Descritores apresentados nos critérios gerais. ** No caso de, ponderados todos os dados contidos nos descritores, permanecerem dúvidas quanto ao nível a atribuir, deve optar-se pelo mais elevado dos dois em causa. Prova 712 Página C/9/9

PROPOSTAS DE RESOLUÇÃO Exame Nacional de 2009 (2.ª Fase, versão 1) 1. B 16. C 11. D 16. A 2. A 17. D 12. B 17. C 3. B 18. B 13. A 18. A 4. C 19. A 14. D 5. A 10. A 15. D I II 1. A evolução do Rendimento Disponível dos Particulares em Portugal, entre 2005 e 2006, registou uma variação positiva em termos nominais, de 3,1% para 3,9%. O aumento verificado deveu-se principalmente ao forte crescimento das transferências correntes, quer internas quer externas, cujo valor aumentou de 5% para 7,8% (2006). Outro fator responsável pelo aumento deste indicador foi o menor crescimento das contribuições sociais (de 5% para 4,1%). O comportamento destas duas rubricas compensou o agravamento dos impostos diretos (de 5,3% para 6,7%) e as quebras registadas no crescimento das remunerações do trabalho (de 4,4% para 4,2%) e dos rendimentos de empresas e propriedade (de 0,1% para 0,0%), permitindo um aumento do Rendimento Disponível dos Par ti - culares. 2. Como a Poupança é a parte do Rendimento Dis - ponível dos Particulares não gasta no Consumo imediato então: Valor da Poupança = Valor do Rendimento Dis - ponível dos Particulares Valor do Consumo Valor da Poupança = 109 555 100 848 = 8707 milhões de euros Valor da poupança, em 2006, foi de 8707 milhões de euros. 3. Admitindo que, em 2006, se verificou um aumento, em termos reais, do Rendimento Disponível das famílias portuguesas pode afirmar-se que esse aumento se traduziu numa menor percentagem do rendimento gasta nas despesas de alimentação e num acréscimo da proporção do rendimento gasta nas despesas gerais. 4. Uma das finalidades da intervenção do Estado no campo económico-social é alcançar uma maior equidade na sociedade. Como a repartição da riqueza criada pela atividade económica gera desigualdades sociais, o Estado intervém, redistribuindo o rendimento. Na redistribuição do rendimento, o Estado utiliza a política fiscal, aplicando impostos progressivos, e a política social, canalizando apoios e subsídios para as camadas da população mais desfavorecidas. Desta forma, verifica-se uma diminuição das desigualdades e uma maior justiça social. III 1. Durante a década de 90, a convergência real da economia portuguesa relativamente à economia da União Europeia, avaliada pelo PIB per capita, foi significativa, em resultado do crescimento do PIB que entre 1996 e 2000 registou uma taxa média de crescimento superior à média da UE-15 (4,1% contra 2,8%). Mas, a partir do ano 2001, a trajetória de crescimento abrandou, tendo o PIB crescido entre 2001 e 2005 apenas 0,6%, afastando-se da média europeia (1,6%), tendo em 2003 apresentado um crescimento negativo. Os fatores que explicam esta divergência prendem-se com a crise económica internacional e com o abrandamento da atividade económica no espaço europeu que se repercutiram negativamente na economia portuguesa. Estes fatores, aliados às fragilidades estruturais da nossa economia, associadas à fraca produtividade, resultante das baixas qualificações da população ativa, repercutiram-se num menor crescimento do PIB e no afastamento da economia portuguesa relativamente à média da UE. 2. A educação e a formação proporcionam o conhecimento e a qualificação indispensáveis ao desempenho profissional; a formação contínua permite a atualização do conhecimento e a adaptação do trabalhador às inovações tecnológicas; a formação ao longo da vida permite ao trabalhador adquirir novas competências de forma a responder melhor às exigências do mercado de trabalho. A melhoria das qualificações da população ativa, resultante da educação/formação, valoriza profissionalmente o trabalhador, proporcionando-lhe maiores oportunidades em termos de emprego e de remuneração e contribui para o aumento da produtividade da economia portuguesa. 3. O texto refere-se ao problema da múltipla contagem, ou seja, à possibilidade de um produto ser contabilizado mais do que uma vez, valorizando artificialmente a produção de um país. O exemplo fornecido mostra que o cimento ao ser contabilizado pelas duas empresas duplicaria a produção do país. Para evitar este problema, um dos métodos utilizados no cálculo do valor da produção de um país é o método dos produtos finais, em que o produto só é contabilizado na sua última utilização, ou seja, quando não vai sofrer mais transformação. De acordo com o exemplo fornecido, o valor correto da produção do país seria de 1250 milhões de euros, correspondendo ao valor da produção da empresa de construção civil (produto final), que inclui o valor do cimento (500 milhões de euros) comprado à cimenteira, e não de 1750 milhões de euros.