8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 774

Documentos relacionados
8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 971

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 797

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 829

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1196

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 577 INTRODUÇÃO

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1189

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 822

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 869

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1145

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1006

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 863

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 625

SELETIVIDADE DO HERBICIDA CLOMAZONE ISOLADO E EM MISTURA PARA A VARIEDADE DELTA OPAL, CULTIVADO NO NORTE DO PARANÁ

CLOMAZONE E PROMETRYNE UTILIZADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA PARA O CONTROLE DE BELDROEGA

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 808

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1176

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 803

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 570

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1168

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 855

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 949

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1118

AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DO HERBICIDA CLOMAZONE, APLICADO NA DESSECAÇÃO, NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO ALGODÃO

BENEFÍCIOS DE HERBICIDAS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NO MANEJO DE PLANTAS DANINHAS EM ALGODÃO LIBERTY LINK

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1156

RESPOSTA DE BIÓTIPOS DE Borreria latifolia DO SUDOESTE DO PARANÁ E NORTE DE SANTA CATARINA AO HERBICIDA GLYPHOSATE

CONTROLE DE Macroptilium lathyroides COM HERBICIDAS APLICADOS EM PÓS-EMERGÊNCIA INICIAL

Autores: considerado como não seletivo, atuando apenas em pósemergência

Palavras-chave - Sorghum bicolor, tolerância, controle químico, plantas daninhas.

RESPOSTA DE DUAS POPULAÇÕES DE Rottboellia exaltata A HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1026

ATIVIDADE RESIDUAL DE TRIFLURALIN PARA O CONTROLE DE QUATRO ESPÉCIES DE AMARANTHUS INTRODUÇÃO

SELETIVIDADE DOS HERBICIDAS BENTAZON E NICOSULFURON PARA Crotalaria juncea e Crotalaria spectabilis

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1061

Herbicidas alternativos no controle de Bidens pilosa e Euphorbia heterophylla resistentes a inibidores de ALS na cultura do algodão 1

SELETIVIDADE DOS HERBICIDAS BENTAZON E NICOSULFURON PARA Crotalaria juncea e Crotalaria spectabilis

ESTRATÉGIAS DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS COM PERDA DE SENSIBILIDADE AO GLYPHOSATE NA CULTURA DO MILHO RR

EFICÁCIA DO HERBICIDA CLOMAZONE, APLICADO NA DESSECAÇÃO, NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO ALGODÃO

PROGRAMAS DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO FEIJÃO-CAUPI EM SINOP-MT

ALTERNATIVAS PARA MANEJO OUTONAL DE BUVA (Conyza sp.)

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 706

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1125

INTERAÇÃO ENTRE NICOSULFURON E ATRAZINE NO CONTROLE DE SOJA TIGUERA EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIA

HERBICIDAS ALTERNATIVOS PARA O CONTROLE DE BUVA RESISTENTE AO GLYPHOSATE EM DIFERENTES ESTDIOS DE DESENVOLVIMENTO

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE CONTROLE RESIDUAL DE PLANTAS DANINHAS DO HERBICIDA CLOMAZONE, APLICADO NA DESSECAÇÃO, NA CULTURA DO ALGODÃO

SELETIVIDADE DO SORGO SACARINO A HERBICIDAS E O TRATAMENTO DE SEMENTES COM O BIOATIVADOR THIAMETHOXAM

APLICAÇÃO DE MESOTRIONE, MESOTRIONE MAIS ATRAZINE E GLYPHOSATE SOBRE PLANTAS DE LARANJA

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1089

RESUMO:Avaliou-se a influência do controle químico e mecânico de diferentes

SUPRESSÃO QUÍMICA DO CRESCIMENTO DE Panicum maximum CV. ARUANA CULTIVADO EM CONSÓRCIO COM A SOJA

CONTROLE DE CAPIM-AMARGOSO COM DIFERENTES MISTURAS

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 905

Gessi Ceccon, Giovani Rossi, Marianne Sales Abrão, (3) (4) Rodrigo Neuhaus e Oscar Pereira Colman

Efeito da adição do 2,4-D ao glyphosate para o controle de espécies de plantas daninhas de difícil controle 1

CONTROLE QUÍMICO DE DIFERENTES POPULAÇÕES DE Digitaria insularis (CAPIM-AMARGOSO)

INFLUÊNCIA DA COMPACTAÇÃO DO SOLO NA LIXIVIAÇÃO DOS HERBICIDAS DICLOSULAN E FLUMIOXAZIN

SISTEMAS DE MANEJO DE PLANTAS DANINHAS PARA SEMEADURA DIRETA DA CULTURA DA MAMONA

CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM ALGODOEIRO IRRIGADO NO LITORAL DO RIO GRANDE DO NORTE

Interação de coberturas de solo e herbicidas no manejo de Conyza bonariensis resistente ao glifosato

l«x Seminário Nacional

MANEJO DE PLANTAS DANINHAS APRESENTANDO PERDA DE SENSIBILIDADE AO GLYPHOSATE NA CULTURA DO MILHO RR

DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO DE SEQUEIRO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF

EFICIÊNCIA E SELETIVIDADE DE HERBICIDAS APLICADOS EM GRAMA BERMUDA PARA O CONTROLE DE ERVA-CAPITÃO E TREVO

EFEITO DE DOSES REDUZIDAS DE PIRITIOBAQUE-SÓDICO (STAPLE) NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO ALGODOEIRO

MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIAS EM ESPAÇAMENTO NORMAL E REDUZIDO

14 AVALIAÇÃO DE HERBICIDAS PRÉ-EMERGENTES NA

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 893

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

INTERFERÊNCIA DA INFESTAÇÃO DE PLANTAS VOLUNTÁRIAS NO SISTEMA DE PRODUÇÃO COM A SUCESSÃO SOJA E MILHO SAFRINHA

Controle da Mancha-em-Rede (Drechslera teres) em Cevada, Cultivar Embrapa 129, com os Novos Fungicidas Taspa e Artea, no Ano de 1998

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS AVANÇADAS DE FIBRA COLORIDA NOS MUNICÍPIOS DE ANGICAL E WANDERLEY-BA 1

Avena fatua RESISTENTE AO HERBICIDA CLODINAFOPE-PROPARGIL: PRIMEIRO CASO NO BRASIL

SELETIVIDADE DE HERBICIDAS PÓS-EMERGENTES À CULTURA DA MAMONEIRA.

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA

Manejo de Conyza bonariensis com glyphosate + 2,4-D e amônio-glufosinate em função do estádio de desenvolvimento 1

EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

SELETIVIDADE DE HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ-EMERGÊNCIA NA MAMONEIRA

PP = 788,5 mm. Aplicação em R3 Aplicação em R5.1. Aplicação em Vn

8. Titulo: Avaliação de equipamentos para aplicação de herbicidas na cul Pesquisadores: José Alberto Roehe de Oliveira Velloso e Antonio

EFEITO RESIDUAL DE HERBICIDAS PRÉ- EMERGENTES UTILIZADOS NA CULTURA DA SOJA SOBRE O MILHO SAFRINHA

FITOTOXICIDADE DE ALTERNATIVAS HERBICIDAS PARA A CULTURA DO TOMATE PARA PROCESSAMENTO INDUSTRIAL

QUALIDADE DA FIBRA EM FUNÇÃO DE DIFERENTES FORMAS DE PLANTIO DA SEMENTE DE ALGODÃO LINTADA, DESLINTADA E DESLINTADA E TRATADA *

Técnicas de Experimentação Agrícola

Seletividade de herbicidas pré e pós-emergentes à mamoneira

Efeitos do consórcio de milho com B. ruziziensis no controle de plantas daninhas

RESPOSTA DE Borreria latifólia E Richardia brasiliensis A DOSES DO HERBICIDA GLYPHOSATE EM PÓS-EMERGÊNCIA

Controle de Plantas Daninhas e Seletividade ao Trigo pelo Herbicida Pyroxsulam e Adição de Adjuvantes

IMPACTO DA APLICAÇÃO DO LODO DE INDÚSTRIA DE GELATINA NA PERCOLAÇÃO DE FÓSFORO E POTÁSSIO EM COLUNAS DE SOLO CULTIVADAS COM MILHO

PRODUÇÃO DE ALFACE AMERICANA SOB INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA E DOSES DE MATERIAL HÚMICO

USO DE FONTES MINERAIS NITROGENADAS PARA O CULTIVO DO MILHO

RESULTADOS DO ENSAIO NACIONAL DE MILHO EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA, EM MATO GROSSO DO SUL, 2008

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA EM AMBIENTES E POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIAS

ESPAÇAMENTOS REDUZIDOS NA CULTURA DO ALGODOEIRO: EFEITOS SOBRE ALGUMAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS *

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO MG

DESENVOLVIMENTO DO ALGODOEIRO SOB DOSES DE NITROGÊNIO NA PRESENÇA E AUSÊNCIA DE REGULADOR DE CRESCIMENTO

DOIS VOLUMES DE CALDA EM QUATRO ESPAÇAMENTOS DE PLANTAS DE SOJA

Destruição Química da Soqueira do Algodão no Mato Grosso.

COMPARAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE INSETICIDAS PARA CONTROLE DO BICUDO DO ALGODOEIRO (Anthonomus grandis. Boheman, 1843) (*).

Transcrição:

Página 774 CONTROLE DE APAGA-FOGO E ERVA-DE-TOURO POR HERBICIDAS PÓS-EMERGENTES APLICADOS EM ALGODÃO Eliezer Antonio Gheno 1 ; Jamil Constantin 2 ; Rubem Silvério de Oliveira Jr. 2 ; Guilherme Braga Pereira Braz 3 ; João Guilherme Zanetti de Arantes 4 ; Naiara Guerra 4 ; Talita Mayara Jumes 1 ; Alessandra Constantin Francischini 3 ; Luiz Henrique Morais Franchini 3 1 Graduando em Agronomia - Núcleo de Estudos Avançados em Ciência das Plantas daninhas - Universidade Estadual de Maringá (NAPD/UEM); 2 Prof. Dr. Departamento de Agronomia (NAPD/UEM); 3 Mestrando em Agronomia (NAPD/UEM) franchini@agronomo.eng.br; 4 Doutorando em Agronomia (NAPD/UEM). RESUMO A presença de plantas daninhas no algodoeiro acarreta em reduções de produtividade e qualidade da fibra, quando não é realizado o manejo correto destas infestantes. Entre as espécies que tem sua ocorrência aumentada, cita-se o apaga-fogo e a erva-de-touro. Foram instalados dois experimentos em casa-de-vegetação com o objetivo de avaliar herbicidas aplicados em pósemergência, recomendados para o algodão convencional e transgênico, no controle de Alternanthera tenella e Tridax procumbens. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com quatro repetições, sendo avaliados 21 tratamentos herbicidas, além de uma testemunha sem aplicação. O estádio de aplicação foi quando as espécies se encontravam com quatro a seis folhas. Avaliou-se os percentuais de controle aos 7 e 28 dias após a aplicação dos herbicidas. Os resultados observados permitiram concluir que: O herbicida glyphosate isolado apresentou eficácia no controle de A. tenella e T. procumbens. A associação deste herbicida com o pyrithiobac-sodium não acarretou em antagonismo no controle destas plantas daninhas. Verificou-se efeito sinérgico para a associação do amonio-glufosinate e pyrithiobac-sodium no controle de apaga-fogo e erva-de-touro. Palavras-chave: amonio-glufosinate, pyrithiobac-sodium, glyphosate, trifloxysulfuron-sodium. INTRODUÇÃO As plantas daninhas competem com a cultura do algodão por recursos do meio, principalmente água, luz e nutrientes, liberando substâncias alelopáticas e atuando como hospedeira de pragas e doenças comuns à cultura, além de interferir nas práticas de colheita (PITELLI, 1985). Dentre as plantas daninhas que infestam a cultura do algodoeiro, destaca-se apaga-fogo e erva-de-touro, que apresentam grande potencial competitivo quando infestando lavouras de algodão. O fato de florescer e frutificar durante quase todo o ano torna a Tridax procumbens uma planta altamente agressiva como infestante (KISSMANN; GROTH, 1999). Já a Alternanthera tenella tem como característica grande cobertura do solo, inibindo assim a desenvolvimento de outras plantas.

Página 775 O manejo correto de plantas daninhas é fundamental para o sucesso na produção de algodão, pois quando estas não são manejadas de modo adequado podem reduzir a produtividade, e algumas espécies podem ainda prejudicar a qualidade do produto, aumentando custos e reduzindo o valor da fibra (SIQUERI, 2001). Diante deste contexto, o objetivo deste trabalho foi buscar alternativas para o controle de Alternanthera tenella e Tridax procumbens por meio de herbicidas pós-emergentes aplicados na cultura do algodoeiro. METODOLOGIA Os experimentos foram conduzidos em casa-de-vegetação no Centro de Treinamento em Irrigação (CTI) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) (23º24 12 S e 51º56 24 W e altitude de 560 m). O período de condução dos ensaios foi de 16/10/2010 a 07/12/2010. Foram avaliados 22 tratamentos herbicidas aplicados em pós-emergência, incluindo uma testemunha sem herbicida (Tabela 1 e Tabela 2). O estádio de aplicação foi quando as plantas se encontravam com quatro a seis folhas. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com quatro repetições. As unidades experimentais eram compostas por vasos de 3 dm 3, os quais foram preenchidos com solo que apresentava valores de ph em água de 6,3; 2,94 cmolc de H + + Al +3 dm -3 de solo; 5,3 cmolc dm -3 de Ca +2 ; 1,56 cmolc dm -3 de Mg +2 ; 0,37 cmolc dm -3 de K + ; 4,40 mg dm -3 de P; 7,90 g dm -3 de C; 250 g kg -1 de areia grossa; 260 g kg -1 de areia fina; 20 g kg -1 de silte e 470 g kg -1 de argila. Após o umedecimento do solo contido nos vasos, foram semeados número igual de sementes para cada espécie (Alternanthera tenella e Tridax procumbens), por vaso. Após a emergência das plântulas, efetuou-se o desbaste nas unidades deixando quinze plantas por vaso. Para todas as aplicações foi utilizado um pulverizador costal de pressão constante à base de CO2, equipado com barra munida de três pontas tipo jato leque XR-110.02, espaçadas de 50 cm entre si, sob pressão de 2,0 kgf cm -2. Estas condições de aplicação proporcionaram o equivalente a 200 L ha - 1 de calda. No momento da aplicação, as condições climáticas encontradas foram: Temp. = 28,0 C; UR = 58,0%; velocidade do vento = 1,2 km h -1. As avaliações realizadas foram: porcentagem de controle aos 7 e 28 dias após a aplicação (DAA), usando uma escala de 0%, representando efeito nulo dos herbicidas sobre as plantas, a 100% que representa a morte total das plantas.

Página 776 Após serem tabulados, os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, e quando se verificou efeito significativo para alguma variável-resposta, as médias foram comparadas pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 1 visualiza-se o controle de Alternanthera tenella, aos 7 e 28 DAA. Na primeira avaliação de controle, verifica-se que o glyphosate isolado atingiu níveis de controle satisfatório, entretanto, quando se associou este herbicida ao pyrithiobac-sodium, apresentou-se um antagonismo inicial. Destaca-se que aos 28 DAA, que não foi observado antagonismo entre as associações de glyphosate e pyrithiobac-sodium. O desempenho dos herbicidas inibidores de ALS (trifloxysulfuron-sodium e pyrithiobac-sodium) não foi eficiente no controle de apaga-fogo, incluindo as associações entre estes herbicidas. Igualmente a estes herbicidas, a aplicação de amonio-glufosinate isolado não propiciou controle de A. tenella, verificando alta porcentagem de rebrote nas plantas tratadas por este herbicida. Destaca-se o grande sinergismo existente para a mistura de amonio-glufosinate (300 g ha -1 ) com pyrithiobac-sodium, em todas as doses testadas, havendo grande acréscimo no controle de apaga-fogo. O controle de Tridax procumbens pode ser visualizado na Tabela 2. A aplicação de pyrithiobacsodium isolada não apresentou eficácia no controle de erva-de-touro em estádio avançado (quatro a seis folhas). Da mesma maneira, o desempenho do trifloxysulfuron-sodium no controle desta planta daninha foi insatisfatório. Entretanto, quando se associou estes herbicidas, foi verificado um elevado efeito sinérgico, atingindo controle satisfatório para a associação com maior dose destes herbicidas. A utilização do glyphosate isolado foi eficaz no controle de Tridax procumbens nas a partir da dose de 648 g ha -1. A adição de pyrithiobac-sodium a este herbicida não ocasionou efeitos antagônicos no controle desta planta daninha. O amonio-glufosinate isolado apresentou-se como boa alternativa no controle desta espécie apenas na maior dose avaliada. Destaca-se que todas as associações entre os herbicidas amonio-glufosinate e pyrithiobacsodium apresentaram grande sinergismo, incrementando os níveis de controle de erva-de-touro.

Página 777 CONCLUSÃO O herbicida glyphosate isolado apresentou eficácia no controle de A. tenella e T. procumbens. A associação deste herbicida com o pyrithiobac-sodium não acarretou em antagonismo no controle destas plantas daninhas. Verificou-se efeito sinérgico para a associação do amonio-glufosinate e pyrithiobac-sodium no controle de apaga-fogo e erva-de-touro. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KISSMANN, K. G.; GROTH, D. Plantas Infestantes e Nocivas. 2. ed. São Paulo: BASF, 1999. Tomo III. 978 p. PITELLI, L. A. Interferência de plantas daninhas em culturas agrícolas. Inf. Agropec., v. 11, n. 129, p. 16-27, 1985. SIQUERI, F. V. Controle de ervas daninhas em pré-emergência. In: CONGRESSO BRASILEIRO DO ALGODÃO, 3., 2001, Campo Grande. Produzir sempre, o grande desafio: anais. Campina Grande: Embrapa Algodao; Dourados: Embrapa Agropecuaria Oeste, 2001.

Página 778 Tabela 1. Porcentagens de controle de A. tenella em função da aplicação de diferentes tratamentos herbicidas em pós-emergência. Maringá-PR, 2010. Tratamentos % de controle 7 DAA 28 DAA 01. pyrithiobac-sodium (16,8) 21,3 d 25,0 f 02. pyrithiobac-sodium (28) 43,5 c 38,8 e 03. pyrithiobac-sodium (56) 28,8 d 36,3 e 04. amonio-glufosinate (300) 72,5 a 28,3 f 05. amonio-glufosinate + pyrithiobac-sodium(300 + 16,8) 70,0 b 51,3 d 06. amonio-glufosinate + pyrithiobac-sodium (300 + 28) 66,3 b 70,0 c 07. amonio-glufosinate + pyrithiobac-sodium (300 + 56) 75,8 a 87,5 b 08. amonio-glufosinate (400) 74,5 a 67,0 c 09. amonio-glufosinate + pyrithiobac-sodium (400 + 16,8) 74,8 a 58,8 c 10. amonio-glufosinate + pyrithiobac-sodium (400 + 28) 65,8 b 61,3 c 11. amonio-glufosinate + pyrithiobac-sodium (400 + 56) 64,5 b 66,3 c 12. glyphosate (648) 82,0 a 100,0 a 13. glyphosate + pyrithiobac-sodium (648 + 16,8) 78,5 a 100,0 a 14. glyphosate + pyrithiobac-sodium (648 + 28) 75,3 a 98,8 a 15. glyphosate + pyrithiobac-sodium (648 + 56) 77,8 a 100,0 a 16. amonio-glufosinate (500) 63,8 b 41,3 e 17. glyphosate (972) 72,8 a 91,3 a 18. pyrithiobac-sodium (84) 37,5 c 31,3 f 19. trifloxysulfuron-sodium (3) 35,0 c 30,5 f 20. trifloxysulfuron-sodium + pyrithiobac-sodium (2,25 + 16,8) 27,5 d 37,5 e 21. trifloxysulfuron-sodium + pyrithiobac-sodium (2,25 + 42) 38,8 c 33,3 f 22. Test. sem herbicida 0,0 e 0,0 g CV (%) 11,36 13,22 Médias seguidas de mesmas letras na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott knott (p 0,05).

Página 779 Tabela 2. Porcentagens de controle de T. procumbens em função da aplicação de diferentes tratamentos herbicidas em pós-emergência. Maringá-PR, 2010. Tratamentos % de controle 7 DAA 28 DAA 01. pyrithiobac-sodium (16,8) 5,0 e 0,0 f 02. pyrithiobac-sodium (28) 5,0 e 0,0 f 03. pyrithiobac-sodium (56) 7,5 e 0,0 f 04. amonio-glufosinate (300) 73,3 b 70,0 c 05. amonio-glufosinate + pyrithiobac-sodium(300 + 16,8) 70,0 b 69,5 c 06. amonio-glufosinate + pyrithiobac-sodium (300 + 28) 76,3 a 92,3 b 07. amonio-glufosinate + pyrithiobac-sodium (300 + 56) 77,5 a 89,5 b 08. amonio-glufosinate (400) 69,3 b 77,0 c 09. amonio-glufosinate + pyrithiobac-sodium (400 + 16,8) 77,0 a 87,8 b 10. amonio-glufosinate + pyrithiobac-sodium (400 + 28) 77,8 a 98,3 a 11. amonio-glufosinate + pyrithiobac-sodium (400 + 56) 75,0 a 95,5 a 12. glyphosate (648) 30,0 d 98,8 a 13. glyphosate + pyrithiobac-sodium (648 + 16,8) 37,5 c 97,5 a 14. glyphosate + pyrithiobac-sodium (648 + 28) 37,5 c 90,3 b 15. glyphosate + pyrithiobac-sodium (648 + 56) 35,0 c 96,3 a 16. amonio-glufosinate (500) 79,5 a 88,8 b 17. glyphosate (972) 30,0 d 100,0 a 18. pyrithiobac-sodium (84) 5,0 e 0,0 f 19. trifloxysulfuron-sodium (3) 5,0 e 15,0 e 20. trifloxysulfuron-sodium + pyrithiobac-sodium (2,25 + 16,8) 8,5 e 27,5 d 21. trifloxysulfuron-sodium + pyrithiobac-sodium (2,25 + 42) 35,0 c 90,8 b 22. Test. sem herbicida 0,0 f 0,0 f CV (%) 7,72 10,51 Médias seguidas de mesmas letras na coluna não diferem entre si pelo teste de Scott knott (p 0,05).