Instituto de Física - USP FGE Laboratório de Física III - LabFlex

Documentos relacionados
Caos determinístico e mapa logístico num circuito RLD FAP0214 Física Experimental IV. Manfredo Harri Tabacniks IFUSP

Caos determinístico e mapa logístico num circuito RLD FAP0214 Física Experimental IV 2008/1. Manfredo Harri Tabacniks IFUSP

Física Experimental III

Física Experimental B ( )

Caracterização de uma Lâmpada

Instituto de Física - USP FGE Laboratório de Física III - LabFlex

Física Experimental IV

Física Experimental III

Aluno turma ELETRÔNICA ANALÓGICA AULA 02

Física Exp. 3 Aula 2, Experiência 1

Diodos de Junção PN. Florianópolis, abril de 2013.

pilha de Volta pilha Galvânica pilha voltaica rosário

ENERGIA SOLAR: CONCEITOS BASICOS

Introdução Diodo dispositivo semicondutor de dois terminais com resposta V-I (tensão/corrente) não linear (dependente da polaridade!

Circuitos elétricos. Prof. Fábio de Oliveira Borges

5) No circuito abaixo, determine a potência gerada pela bateria de 5 V.

CAPÍTULO 4 DIODOS COM FINALIDADES ESPECÍFICAS

Aula 04- Circuitos Elétricos. Lei de Ohm, Potência e Energia

Física dos Semicondutores

Diodo de junção PN. Diodos 2

INICIAÇÃO À PRÁTICA PROFISSIONAL INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS ELETRICIDADE BÁSICA

Aula V Elementos não-lineares. Prof. Paulo Vitor de Morais

Fundamentos de Eletrônica

QUÍMICA. Transformações Químicas e Energia. Prof ª. Giselle Blois

Linearidade e o Princípio da Superposição; Equivalente Thevenin e a Máxima Transferência de Potência

CAP. 9 CORRENTE ELÉTRICA (CIRCUITO ELÉTRICO SIMPLES)

Diodo de Junção 1 Cap. 3 Sedra/Smith Cap. 1 Boylestad

Transistor Bipolar de Junção - TBJ Cap. 4 Sedra/Smith Cap. 2 Boylestad Cap. 6 Malvino

DIODO SEMICONDUTOR (Unidade 2)

Aula 22. Semicondutores Diodos e Diodo Zenner

Teoria dos Semicondutores e o Diodo Semicondutor. Prof. Jonathan Pereira

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA 1 - ET74C Prof.ª Elisabete Nakoneczny Moraes

ELETRICIDADE. Eletrodinâmica. Eletrostática. Eletromagnetismo

Aula 3 MODELO ELÉTRICO DO DIODO SEMICONDUTOR

GERADOR ELÉTRICO TEORIA E EXERCÍCIOS BÁSICOS

Lista de Exercícios 1 Eletrônica Analógica

Aula Prática: Determinação da resistência interna de uma bateria e uso de regressão linear para determinação da equação de uma reta

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA EEL7051 Materiais Elétricos - Laboratório

ELETRÔNICA ANALÓGICA. Professor: Rosimar Vieira Primo

Capítulo 2 Transistores Bipolares

Fundamentos para Eletrônica e Sistemas de Medidas

4ª Prova de Física do 1º Semestre 3º Ano 15/6/18 Prof. Reinaldo

Geradores. Esse gerador não existe, é um modelo que é útil quando se vai modelar um gerador real

D.D.P. nos terminais de um gerador

MII 2.1 MANUTENÇÃO DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS ANALÓGICOS DIODOS

1.2 Grandezas físicas: tensão elétrica e corrente elétrica

Departamento de Matemática e Ciências Experimentais

Prof. Henrique Barbosa Edifício Basílio Jafet - Sala 100 Tel

Experimento: Circuitos Elétricos

Aula Prática: Determinação da resistência interna de uma bateria e uso de regressão linear para determinação da equação de uma reta

Princípios de Circuitos Elétricos. Prof. Dr. Eduardo Giometti Bertogna

AULA 1 - JUNÇÃO PN (DIODO)

Circuitos Elétricos e Leis de Kirchhoff

Aula 13 Fontes de tensão

Física Experimental III

Notas de Aula: Eletrônica Analógica e Digital

1.4 Resistência elétrica

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ARNULPHO MATTOS

Experimento Prático N o 4

ROTEIRO DA PRÁTICA I Resistência e Lei de Ohm

Laboratório de Física UVV

Eletrodinâmica REVISÃO ENEM CORRENTE ELÉTRICA

ELT313 LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA ANALÓGICA I ENGENHARIA ELÉTRICA LABORATÓRIO N O 1 DIODOS SEMICONDUTORES

DIODOS SEMICONDUTORES

BIPOLOS NÃO ÔHMICOS INTRODUÇÃO TEÓRICA

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva

FÍSICA EXPERIMENTAL III

Capítulo 3 Transistor Bipolar de Junção - TBJ. Prof. Eng. Leandro Aureliano da Silva

1. TRANSISTOR DE JUNÇÃO BIPOLAR

Princípios de Circuitos Elétricos. Prof. Me. Luciane Agnoletti dos Santos Pedotti

Experimento 1 Associação de Capacitores. Este relatório deve ser entregue no dia 18/08 no horário da aula

Eletrônica Básica - ELE 0316 / ELE0937

Experiência 07 Diodos de Junção PN e Fotodiodos

NOME: N CADERNO DE RECUPERAÇÃO DE FÍSICA I 3º ANO EM TURMA 232 PROFº FABIANO 1º BIMESTRE

Eletrônica Básica - ELE 0316 / ELE0937

Eletrônica Aula 04 - transistor CIN-UPPE

ELETRÔNICA Aluno turma ELETRÔNICA ANALÓGICA AULA 03

CONHECIMENTOS TÉCNICOS DE AERONAVES. MÓDULO 2 Aula 3

FÍSICA. Prof. SÉRGIO GOUVEIA PROMILITARES AFA/EFOMM/EN MÓDULO 6 SUMÁRIO

Chaveamento dos Dispositivos Semicondutores de Potência

CURVA CARACTERÍSTICA DO

ROTEIRO OFICIAL 01 Curva Característica do Diodo Semicondutor

OUTROS TIPOS DE DIODOS

Lista de Exercícios de Eletrônica de Potência (08/08/2014)

Roteiro para aula experimental

Experimento II Lei de Ohm

3) Cite 2 exemplos de fontes de Alimentação em Corrente Continua e 2 exemplos em Corrente Alternada.

Experimento 4. Resistência interna

DIODO ZENER Construção Tabela de diodos Zener comerciais

Dispositivos Semicondutores. Diodos junções p-n Transistores: p-n-p ou n-p-n

EXPERIÊNCIA 2: LEI DE OHM

Corrente Elétrica. Adriano A. Batista 15/03/2016. Departamento de Física-UFCG

Curso Técnico em Eletroeletrônica Eletrônica Analógica II

Teoria dos dispositivos Semicondutores

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO CIRCUITOS 1

Eletrônica Industrial Aula 02. Curso Técnico em Eletroeletrônica Prof. Daniel dos Santos Matos

FÍSICA EXPERIMENTAL 3001

REGULADOR A DIODO ZENER

Universidade Federal do Ceará Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica Laboratório de Eletrotécnica

ATIVIDADE DE RECUPERAÇÃO - FÍSICA II

Transcrição:

Instituto de Física USP FGE0213 Laboratório de Física III LabFlex Aula 3 Curvas características da pilha e do diodo Manfredo H. Tabacniks agosto 2007

O que vimos até agora? Circuitos simples para medir a curva característica Resistência interna do voltímetro... CC de um resistor CC de uma lâmpada Potência elétrica x Temperatura de um filamento Objetivos (Experiência 1.3) Obter a Curva Característica de uma pilha tipo D 1,5V Determinar a condição de máxima potência fornecida Obter a Curva Característica de um diodo A. Suaide, agosto/2007

Multimetro real vs. ideal Usar quando R A << R X Usar quando R V >> R X ou corrigir explicitamente as medidas Atenção Selecionar a escala ANTES de conectar o voltímetro ou amperímetro

Curvas características Resistor em CC reta passando pela origem Ismail, Finazzo, Trigo (2007) LabFlex Lâmpada c/ filamento em CC curva passando pela origem aceita ajuste quadrático (existe modelo?) de reta, mesmo para I ~ 1mA R 0 (T 0 ) obtido por extrapolação para I=0 P x T Meneguim & Bueno (2007) LabFlex

A PILHA ELÉTRICA Pilha seca ou pilha de Leclanché. Inventada em 1866. É formada por um cilindro de zinco metálico, o ânodo, separado das demais espécies químicas presentes na pilha por um papel poroso. O cátodo é o eletrodo central feito de grafite coberto por uma camada de dióxido de manganês, carvão em pó e uma pasta úmida contendo cloreto de amônio e cloreto de zinco. Esta pilha tem caráter ácido, devido a presença de cloreto de amônio. Na pilha alcalina a mistura eletrolítica contém hidróxido de potássio ou de sódio (bases), ao invés de cloreto de amônio (sal ácido), e o ânodo é feito de zinco altamente poroso. Teorema de Thévenin: Um circuito linear invariante pode ser representado por um bipolo contendo uma fonte de tensão em série com uma resistência. A resistência de Thévenin é a resistência elétrica equivalente com todas as fontes independentes consideradas nulas.? = Bibliografia Ferreira, Rev. Bras. Ens. Fis. 253 (2003) 2826 http://www.espacociencia.pe.gov.br/areas/quimica/tipos.php (2007) http://www.kodoshi.co.jp/english/battery.html http://diana.ee.pucrs.br/~lpereira/ckt_i/theveninnorton.pdf http://ltodi.est.ips.pt/lveriss/sebenta_online/cap_06/thevenin.htm Circuito equivalente de Thévenin para um circuito em CC.

Objetivos 1.3 Obter a Curva Característica de uma pilha tipo D 1,5V Determinar a condição de máxima potência fornecida Obter a Curva Característica de um diodo Uma pilha é como outro bipolo qualquer. Este é um circuito com duas fontes. Mas numa pilha ou bateria, a fonte externa fornece carga que altera a f.e.m. original. Realização prática é possível mas é difícil. Manter corrente baixa para não carregar a pilha limita o intervalo de medidas Usar a pilha como a fonte de um circuito Variar R (carga) para obter um conjunto (U x i ) da pilha. Usar um reostato R<10Ω para alta corrente, pois I pode chegar a 2A. Talvez não seja possível usar o amperímetro, pois sua resistência interna é muito grande.

Objetivos 1.3 Obter a Curva Característica de uma pilha tipo D 1,5V Determinar a condição de máxima potência fornecida Obter a Curva Característica de um diodo Usar a pilha como a fonte de um circuito Variar R (carga) para obter um conjunto (U x i ) da pilha. Medir V R e calcular a potência dissipada em R. Graficar P R x R e determinar a condição de máxima potência elétrica dissipada no resistor. Ajustar um modelo teórico. Extrapolar para R 0 com auxílio da curva característica.

O DIODO Ânodo Cátodo a seta indica o sentido da corrente elétrica convencional Bibliografia http://en.wikipedia.org/wiki/diode#history

O DIODO SEMICONDUTOR de Si P N Tomese um semicondutor (Si) intrínseco (neutro) Difundemse impuresas......pentavalentes (As, P) para formar um Si tipo N e...trivalentes (B ou Al) para formar Si tipo P. vacâncias e elétrons relativamente livres para se mover, mas no todo os materiais são neutros. Ao conectar 2 semicondutores tipo P e tipo N alguns elétrons e vacâncias na interface se atraem e recombinam criando uma região neutra (depletada = sem portadores de carga livres). O resultado é um saldo do lado N e um saldo do lado P. O saldo de cargas cria um campo elétrico no material. E Recombinação. Não há portadores de carga livres. Região isolante depletada de cargas móveis O campo elétrico, cresce até impedir o movimento de cargas.

O DIODO SEMICONDUTOR de Si i E Ânodo Cátodo P N P N Carga líquida remanescente Polarização direta: Um potencial positivo no terminal P, reduz (e eventualmente reverte) o campo elétrico. O diodo conduz. Polarização reversa: Um potencial negativo no terminal P, aumenta o campo elétrico e impede o movimento de cargas até eventual ruptura do dielétrico.

Objetivos 1.3 Obter a Curva Característica de uma pilha tipo D 1,5V Determinar a condição de máxima potência fornecida Obter a Curva Característica de um diodo Usar quando R A << R X Usar quando R V >> R X Qual a queda de potencial na junção? Como deve ser a função V x i?

Atividades da semana (entregar até 27/8/07) 1. Pilha a curva característica da pilha; a curva da potência P R x R experimental......ajustada com um modelo teórico 2. Diodo a curva característica do diodo em polarização direta e reversa; ajustar uma função aos dados V x i em polarização direta (pesquisar). Obter a resistência x corrente em polarização direta.