ANÁLISE CLADÍSTICA DAS ABELHAS DO GÊNERO MEGALOPTA SMITH, 1853 (APIDAE: HALICTINAE, AUGOCHLORINI) E REVISÃO TAXONÔMICA DAS ESPÉCIES BRASILEIRAS

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Transcrição:

LEANDRO MATTOS SANTOS ANÁLISE CLADÍSTICA DAS ABELHAS DO GÊNERO MEGALOPTA SMITH, 1853 (APIDAE: HALICTINAE, AUGOCHLORINI) E REVISÃO TAXONÔMICA DAS ESPÉCIES BRASILEIRAS Tese apresentada à Coordenação do Curso de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, Área de concentração em Entomologia, da Universidade Federal do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do Título de Mestre em Ciências Biológicas. Orientador: Dr. Gabriel Augusto Rodrigues de Melo. CURITIBA 2010

"Pode-se viver no mundo uma vida magnífica quando se sabe trabalhar e amar. Trabalhar pelo que se ama e amar aquilo em que se trabalha". Leo Nikolayevich Tolstoi Vivendo, se aprende; mas o que se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas. João Guimarães Rosa Dedicado a João Maria Franco de Camargo 1941-2009

iv AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer ao Professor Dr. Gabriel Augusto Rodrigues de Melo pela orientação e pela oportunidade concedida. Aos professores do curso de pós-graduação em Entomologia da Universidade Federal do Paraná. Aos funcionários da Universidade Federal do Paraná, especialmente aqueles do Departamento de Zoologia e do Setor de Ciências Biológicas. Ao secretário do curso, Jorge Luís Silveira dos Santos; A Luís Roberto Ribeiro Faria Júnior e Elaine Della Giustina Soares, pelo suporte nos primeiros meses em Curitiba; Ao Professor Dr. Márcio Roberto Pie, responsável por mim durante a Prática à Docência; À Professora Dra. Luciane Marinoni pelo empréstimo da lupa no período final da dissertação; A Amanda Ciprandi, Andrezza Palladini, Antônio Camilo José Aguiar, Daniella Parizzotto, Fernando Leivas, Mário Luís Pessoa Guedes e Paschoal Grossi pelo exemplares coletados durante a dissertação. A Claudionor Elias, Catarina da Silva Motta, Francisco Felipe Xavier Filho, José Albertino Rafael, Márcio Luiz Oliveira, Mirna Casagrande, Olaf Mielke, Victor Becker, dentre outros não citados, pelos exemplares coletados ao longo de anos, que permitiram este estudo. A todos os curadores e suas instituições que disponibilizaram material para o estudo. Ao Prof. Dr. Fernando Amaral da Silveira que me incentivou a estudar a taxonomia de Megalopta durante a graduação. Ao Prof. Dr. Eduardo Andrade Botelho de Almeida pelas discussões no Cladson. À Profª Danúncia Urban pela ajuda com as freqüentes dúvidas em relação à nomenclatura morfológica e pelas caronas às 17:30h. A Simon Martin Tierney e William Wcislo, do Smithsonian Tropical Research Institute pelo convite e pelas abelhas doadas para este estudo. Aos colegas do curso pela amizade e cooperação. À minha família que me apoiou durante a vinda para Curitiba para que eu pudesse realizar parcialmente meu objetivo, principalmente minha esposa, Tatiana. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão da bolsa de estudo. Ao povo brasileiro, norte, centro, sul, inteiro, onde reinou o baião.

v SUMÁRIO RESUMO... 7 ABSTRACT... 8 INTRODUÇÃO... 9 MATERIAL E METÓDOS... 11 Material examinado... 11 Estudo morfológico... 12 Distribuição Geográfica... 13 Análise Cladística... 13 RESULTADOS... 14 Análise Cladística... 14 Lista de Caracteres... 14 Matriz de dados... 27 Monofilia de Megalopta e sua relação com o grupo externo... 29 Relações internas de Megalopta... 30 Cladogramas... 34 Taxonomia de Megalopta Smith... 38 Chave de Identificação... 39 Grupo aeneicollis... 59 Megalopta aegis... 59 Megalopta aeneicollis... 63 Megalopta sulciventris... 65 Megalopta sp. 08 sp.n.... 67 Megalopta sp. 14 sp.n.... 68 Grupo sp. 10 sp.n.... 69 Megalopta sp. 05 sp.n.... 69 Megalopta sp. 10 sp.n.... 71 Grupo amoena... 72 Megalopta amoena... 72 Megalopta guimaraesi... 81 Megalopta sp. 02 sp.n.... 83 Grupo byroni... 85 Megalopta atlantica... 85 Megalopta purpurata... 86 Megalopta sp. 01 sp.n.... 87 Grupo fornix... 88

vi Megalopta cuprea... 88 Megalopta fornix... 89 Megalopta sodalis... 90 Megalopta sp. 03 sp.n.... 93 Megalopta sp. 04 sp.n.... 94 Megalopta sp. 07 sp.n.... 95 Megalopta sp. 09 sp.n.... 98 Megalopta sp. 11 sp.n.... 100 Megalopta sp. 12 sp.n.... 101 Megalopta sp. 13 sp.n.... 103 Espécie isolada na análise filogenética... 104 Megalopta sp. 06 sp.n.... 104 REFERÊNCIAS... 105 Mapas de Distribuição de Megalopta no Brasil.... 110 APÊNDICE... 116 Notas Taxonômicas... 116 Recursos Florais utilizados por Megalopta... 114

7 RESUMO Megalopta (Smith, 1853) é um gênero de abelhas crepusculares e/ou noturnas, com distribuição neotropical. Estas abelhas nidificam em ramos e galhos em decomposição e podem apresentar hábito social facultativo. O gênero possui vinte e sete espécies descritas e na maioria das vezes são consideradas de difícil identificação principalmente por causa de polimorfismos, descobertos após a descrição da maioria das espécies. Além disto, gêneros e subgêneros em sinonímias foram propostos ao longo da história para abrigar as espécies de Megalopta, mas nenhum estudo moderno foi empregado para investigar se constituem agrupamentos monofiléticos. Desta forma, foi realizado um estudo taxonômico das espécies brasileiras bem como uma análise cladística do gênero. Para isto foi obtido empréstimo de indivíduos de Megalopta junto a instituições nacionais e internacionais para realizar o estudo morfológico. Na análise cladística, foram utilizados 73 caracteres e 29 terminais, destes Augochloropsis callichroa, Pseudaugochlora graminea e Xenochlora nigrofemorata como grupo externo. Foi obtida uma árvore de relacionamento filogenético para as espécies de Megalopta. Os subgêneros e gêneros propostos anteriormente foram mantidos em sinonímia sob Megalopta, uma vez que foram considerados parafiléticos ou seu reconhecimento tornava outros grupos parafiléticos dentro do gênero. Foram reconhecidas 24 espécies para a fauna brasileira. Destas, 10 já descritas (Megalopta aegis, M. aeneicollis, M. amoena, M. atlantica, M. cuprea, M. fornix, M. guimaraesi, M. sodalis, M. sulciventris, M. purpurata) e 14 sendo propostas como novas, totalizando 41 espécies no gênero. É apresentada uma chave de identificação, acompanhada com figuras e mapas de distribuição para as espécies brasileiras. Desta maneira, será possível identificar as espécies da nossa fauna o que irá facilitar a realização de novos estudos sobre estas abelhas.

8 ABSTRACT Megalopta (Smith, 1853) is a nocturnal and/or crepuscular bee genus, with neotropical distribution. These bees build their nests in branches and twigs in decomposition and may present facultative social behavior. The genus includes 27 described species, in most cases considered difficult to identify because of polymorphisms discovered only more recently, after the description of most species. Moreover, genera and subgenera have been proposed throughout the history for the species of Megalopta, but no modern treatment was employed to investigate whether they constitute monophyletic groups. Thus, we performed a taxonomic study of the Brazilian species and a cladistic analysis of the genus. For this, bees were loaned from Brazilian and foreign collections for morphological study. For cladistic analyses 73 characters and 29 terminals were employed. Augochloropsis callichroa, Pseudaugochlora graminea and Xenochlora nigrofemorata were chosen as outgroup. The analysis returned a single cladogram for the phylogenetic relationships of the Megalopta species. The subgenera and genera proposed in the past were maintained in synonymy under Megalopta, since they constituted paraphyletic groups or their recognition made other groups paraphyletic. Twenty-four species were recognized for the Brazilian fauna. Of these, ten were previously described (Megalopta aegis, M. aeneicollis, M. amoena, M. atlantica, M. cuprea, M. fornix, M. guimaraesi, M. sodalis, M. sulciventris, M. purpurata) and fourteen are described as new, totaling 41 species in the genus. An identification key is provided, together with figures and distribution maps for the Brazilian species. In this way, it will be possible to correctly identify the species, what should facilitate further biological studies with these bees.

9 INTRODUÇÃO O gênero Megalopta Smith, 1853 (Megalo = grande; opta: olhos) pertence à tribo Augochlorini, que está inserida na subfamília Halictinae da família Apidae, de acordo com a classificação proposta por Melo & Gonçalves (2005). A espécie tipo do gênero é M. amoena (Spinola, 1853), designada pela Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica (1966), através da petição de Michener & Moure (1964). Megalopta possui distribuição Neotropical, com ocorrência do sul do Brasil até o sul do México (Michener, 2007). O gênero possui vinte e sete espécies válidas (Santos & Silveira, 2009), a maioria descrita para a região amazônica (Moure, 2007). Dez espécies ocorrem no Brasil: M. aegis, M. aeneicollis, M. amoena, M. atlantica, M. cuprea, M. guimaraesi, M. opacicollis, M. purpurata, M. sodalis, M. sulciventris. É possível que o gênero tenha se diferenciado há aproximadamente 30 milhões de anos atrás, durante o período Terciário (Danforth et al., 2004). As espécies de Megalopta possuem tamanho corporal que varia de 10 mm a 18 mm de comprimento. Estas abelhas constroem ninhos em galhos em decomposição que podem ser encontrados em árvores, arbustos, lianas ou caídos no solo (Janzen, 1968; Wcislo et al., 2004; Tierney et al., 2008a). Exibem hábitos crepusculares e/ou noturnos e realizam suas atividades sob intensidades luminosas baixas (Wcislo & Tierney, 2009), sendo possível sua coleta em armadilhas luminosas, do tipo Malaise e por meio de substâncias aromáticas, as mesmas utilizadas para capturas das abelhas da subtribo Euglossina (Apinae, Apini). Quanto à socialidade, seus indivíduos são classificados como sociais facultativos. Quando estas abelhas vivem em sociedade (com o máximo conhecido de 17 abelhas por ninho), apresentam comportamentos de trofilaxia, através da relação de dominânciasubordinação (Wcislo & Gonzalez, 2006) e de defesa do ninho contra parasitas e predadores (Smith et al., 2003). Teoricamente, a vida em sociedade diminui a predação e o parasitismo e, como conseqüência, aumenta o valor adaptativo, a longevidade e produtividade da prole e dos adultos (Wcislo & Gonzalez, 2006). Estas abelhas ainda possuem um sistema visual altamente especializado para forragear em ambientes sombrios quando comparado a abelhas de hábitos diurnos (Greiner et al., 2004a; 2004b; 2005; Warrant et al., 2004). Os principais estudos sobre a taxonomia do gênero foram os de: Cockerell (1900; 1923), Ducke (1908; 1910), Schrottky (1906), Vachal (1904), Meade-Waldo (1916), Friese, (1911; 1926), Moure (1943; 1958), Michener & Moure (1964), Engel et.al., (1997), Hinojosa-Diaz & Engel (2003), Engel (2006) e Santos & Silveira (2009).

10 Em 1926, Heinrich Friese, revisou as espécies atualmente pertencentes ao gênero, além de espécies incluídas hoje em Megaloptidia Cockerell, 1900, Megommation Moure, 1943 e Xenochlora Engel, Brooks & Yanega 1997. Embora tenha tratado praticamente de quase todas as espécies conhecidas atualmente, os caracteres utilizados na chave de identificação são extremamente variáveis, o que torna a sua identificação impossível. Neste contexto, Sakagami & Moure (1967) afirmaram que era virtualmente impossível identificar as espécies de forma correta, principalmente devido aos seus polimorfismos (Sakagami & Moure,1965). Já Janzen (1968) classificou a taxonomia do gênero como caótica. Engel (2000, 2006) afirmou que o gênero necessita de um estudo moderno e que muitas sinonímias devem existir, devido aos autores do início do século XX descreveram novas espécies com base em caracteres extremamente variáveis. Talvez uma exceção à afirmação feita por Engel seja o trabalho de Vachal (1904), que utilizou caracteres estruturais não variáveis, embora tenha utilizado um pequeno número de características na sua chave de identificação. Em relação à classificação, alguns nomes do grupo de gênero foram propostos envolvendo espécies de Megalopta: Megaloptella, Schrottky, 1906 proposto para abrigar as espécies com venação alar diferente das demais e Tmetocoelia Moure, 1943, proposto para abrigar espécies cujos machos apresentam um sulco longitudinal no terceiro esterno. Já Noctoraptor Engel, Brooks & Yanega, 1997, proposto com o status de subgênero, foi criado para reunir as espécies cleptoparasitas do gênero. No entanto, Moure (2007) não o considera como um subgênero válido. Após o trabalho de Friese (1926), apenas descrições isoladas de espécies novas e notas taxonômicas do gênero foram feitas e nenhum estudo moderno foi realizado. Também há uma grande quantidade de nomes disponíveis para espécies descritas que são de difícil reconhecimento impedindo a identificação destas abelhas de forma correta. Desta forma, é necessária uma revisão taxonômica para elucidar a identidade das espécies do gênero que ocorrem no Brasil. Além disso, é preciso avaliar as relações filogenéticas entre Megalopta s. str. e o subgênero Noctoraptor.

11 MATERIAL E MÉTODOS Material examinado Além dos exemplares de Megalopta depositados na Coleção Entomológica Padre Jesus Santiago Moure, da Universidade Federal do Paraná (DZUP), foi obtido empréstimos de espécimes provenientes das seguintes coleções entomológicas através de seus curadores: Coleção Entomológica das Coleções Taxonômicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Dr. Fernando Amaral da Silveira. Coleção pessoal de Fernando Zanella (CFZ) - Dr. Fernando Zanellla. Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) - Dr. Márcio Luiz de Oliveira. Laboratório de Ecologia da Polinização, da Universidade Federal da Bahia - Dr. Mauro Ramalho (UFBA). Laboratório de Entomologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) - Dr. Celso Feitosa Martins. Laboratório Plebeia, Departamento de Botânica, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - Dr. Clemens Schlindwein. Museu Estadual de Roraima (MRRR) - Dr. Silvio José Reis da Silva. Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) - Dr. Orlando Tobias. Museu Regional de Entomologia da Universidade Federal de Viçosa (MEUFV) - Dr. Lúcio Antônio de Oliveira Campos. Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP) - Dr. Carlos Roberto Brandão. Museum für Naturkunde, Humbolt-Universität zu Berlin (ZMB), Berlim, Alemanha. Snow Entomological Collection, Division of Entomology, Natural History Museum, University of Kansas, Lawrence, Estados Unidos (SEMK) Dr. Zachary Falin. Outras instituições citadas ao longo do texto são: Muséum National d Historie Naturelle, Paris, França (MNHP). Museo Regionale di Scienze Naturale, Turim, Itália (MSNT). Smithsonian Tropical Research Institute, Balboa, Panamá (STRI).

12 Os exemplares estudados de Augochloropsis callichroa, Pseudaugochlora graminea e Xenochlora nigrofemorata encontram-se depositados no DZUP. Estudo morfológico Os indivíduos foram observados sob lupa estereoscópica para a busca de caracteres que permitissem a separação das espécies e a construção de uma matriz de dados, feita através do programa WinClada (Nixon, 1999). A terminologia adotada segue a do trabalho de Eickwort (1969), com exceção da base do propódeo aqui tratado como área basal do metaposnoto, de acordo com Brothers (1976). As medidas usadas foram: comprimento aproximado do corpo (cac), largura máxima da cabeça (lmc), distância intertegular (di), comprimento da asa anterior mais a tégula (aat) e comprimento da asa anterior (aa). Alguns exemplares de Megalopta foram colocados em câmara úmida para o arranjo de partes corporais e também para melhor visualização de estruturas. Nas fêmeas, foram abertas as mandíbulas para visualização do labro e nos machos os esternos foram estendidos. Em ambos os sexos, quando necessário, foram reposicionadas as pernas e asas para melhor visualização do metepisterno e da área basal do metaposnoto. Além disso, os machos tiveram a sua terminália removida e colocada em hidróxido de potássio (KOH) por vinte e quatro horas, para retirada de musculatura e tecidos moles. Após este período, a peça foi imersa em ácido acético para neutralização do KOH, por aproximadamente um minuto, e depois transferida para água destilada. Posteriormente as terminálias foram acondicionadas em recipiente contendo glicerina pura que foi alfinetado junto ao inseto. Os caracteres morfológicos de importância taxonômica foram fotografados em uma câmera Leica DFC 500 acoplada a uma lupa estereoscópica Leica MZ16. Posteriormente as imagens foram tratadas no programa computacional Auto-Montage Pro (Syncroscopy), do Projeto Taxon line, Rede Paranaense de Coleções Biológicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). No item Material examinado, todos os dados de todas as etiquetas foram transcritos. Cada uma das etiquetas foi transcrita entre aspas ( ) e cada final de linha representado por uma barra invertida (\). Quando o texto estiver sublinhado o espécime em questão será tratado no item Comentários. Os números entre chaves ({}) indicam o número do caráter utilizado na análise e o ponto após o número indica o estado do caráter.

13 Distribuição Geográfica Coordenadas geográficas (latitude, longitude), quando ausentes nas etiquetas originais, foram obtidas através das ferramentas GeoLoc no endereço eletrônico: www.cria.org\geoloc e Global Gazetteer Version 2.1 no sitío: http://www.fallingrain.com/world/. Com essas coordenadas foram feitos mapas de distribuição das espécies com auxílio do programa ArcMap 9.1. Além dos dados de distribuição geográfica obtidos neste estudo, foram extraídos dados de distribuição geográfica no estado de Minas Gerais para Megalopta aegis, M. amoena, M. atlantica, M. guimaraesi e M. sodalis em Santos & Silveira (2009). Análise Cladística Escolha dos terminais Foram utilizados na análise vinte e nove terminais. Destes, vinte e seis do grupo interno e três do grupo externo. Para o grupo interno foram utilizadas as espécies presentes no Brasil, com exceção de Megalopta purpurata, além de M. atra, M. byroni, M. genalis (presentes na América Central). Os terminais escolhidos para grupo externo foram Augochloropsis callichroa Cockerell, Pseudaugochlora graminea Fabricius e Xenochlora nigrofemorata Smith. Caracteres Empregados Os caracteres utilizados são da morfologia externa e os caracteres {3, 4, 5, 19, 45, 59, 60} foram extraídos e reinterpretados de Engel (2000). Análise Filogenética A matriz de caracteres (Tabela 1) foi editada no programa WinClada (Nixon, 1999) e os caracteres foram tratados como não ordenados e com peso igual. A análise foi feita através do programa Nona (Goloboff, 1999) usando a interface WinClada para a obtenção de cladogramas mais parcimoniosos das espécies estudadas. Os parâmetros utilizados nas análises pelo programa Nona foram: hold 100000; número de replicações

14 1000; hold/10. A otimização dos caracteres (não ambígua e otimização acelerada) foi realizada no programa Winclada (Nixon 2002). RESULTADOS Análise cladística Setenta e dois caracteres obtidos para a análise são listados abaixo. Os caracteres morfológicos foram divididos de acordo com a sua posição no corpo (cabeça, mesossoma e metassoma). Na matriz, no caso de um estado não aplicável ao terminal foi utilizado o sinal de interrogação. Lista de Caracteres Cabeça: 0. Número de dentes subapicais na mandíbula (fêmea): 0. Zero; 1. Dois. 1. Dentes suplementares (anterior e posterior) na face interna da mandíbula: 0. Ausentes; 1. Presentes. Observação: Eickwort (1969) e Engel (2000) citam apenas um dente suplementar. Já Michener & Fraser (1978) afirmam que Megalopta apresenta dois largos dentes na superfície interna da mandíbula e Engel et al. (1997) descrevem esta mesma característica para Xenochlora. Estas duas últimas interpretações estão corretas. Os dentes suplementares apresentam variações na sua borda, que podem estar relacionados com o desgaste devido ao hábito de nidificação em substrato de madeira em decomposição.

15 2. Superfície lateral do labro em relação à superfície central: 0. No mesmo nível; 1. Levemente elevada; 2. Fortemente elevada; 3. Rebaixada. 3. Processo distal do labro: 0. Triangular, mais estreito do que a área basal do labro; 1. Triangular, sua largura igual a área basal do labro; 2. Quadrangular. 4. Base da quilha do processo distal do labro: 0. Estreita; 1. Larga. 5. Sulco epistomal formando ângulo: 0. Obtuso; 1. Ortogonal; 2. Agudo. 6. Superfície do lobo epistomal (fêmea): 0. Lisa; 1. Pontuada. 7. Brilho metálico na porção basal do clípeo: 0. Ausente; 1. Presente. 8. Integumento da porção basal e central do clipeo (fêmea): 0. Liso; 1. Levemente reticulado.

16 9. Integumento da área supraclipeal (fêmea): 0. Inteiramente liso; 1. Levemente reticulado na porção lateral; 2. Reticulado; 3. Com porção lisa e rugosidades transversais. 10. Pontuação na porção central da área supraclipeal (fêmea): 0. Densa; 1. Esparsa. 11. Área supraclipeal em relação à fronte e às áreas paroculares: 0. Elevada somente no centro; 1. Elevada por inteiro. 12. Superfície ao redor do ocelo médio em relação à fronte: 0. Levemente deprimida; 1. Fortemente deprimida. 13. Distância entre o ocelo lateral e a margem superior do olho composto: 0. Menor que o comprimento de F1; 1. Igual ao comprimento de F1; 2. Duas vezes maior que o comprimento de F1; 3. Três vezes maior que o comprimento de F1. 14. Forma do escapo (macho): 0. Alargando-se gradualmente da base ao ápice, este distintamente largo; 1. Alargando-se apenas suavemente em direção ao ápice; 2. Com largura uniforme em toda a sua extensão. 15. Diâmetro de F2 (macho): 0. Dois terços em relação ao diâmetro de F3; 1. Igual ao do F3. 16. Flagelômeros com área deprimida glabra (macho): 0. Ausentes; 1. Presentes.

17 17. Superfície dorsal dos flagelômeros (macho): 0. Plana; 1. Deprimida. 18. Diâmetro de F6 a F11: 0. Igual aos dos flagelômeros mais basais; 1. Maior do que os mais basais. 19. Ápice de F11 (macho): 0. Recortado diagonalmente; 1. Em forma de gancho. 20. Pontuação na fronte: 0. Fina; 1. Grossa. 21. Densidade da pontuação na fronte: 0. Densa, os pontos separados pela distância de um ponto; 1. Muito densa, os pontos justapostos e separados apenas por carenas; 22. Sulco pós-ocelar: 0. Presente; 1. Ausente. Mesossoma: 23. Colar pronotal: 0. Carenado; 1. Lamelado. Observação: As abelhas macrocefálicas apesentam o colar pronotal fortemente carenado, formando um ângulo reto na borda dorso-lateral (Tierney et. al.,2008b), além de poderem apresentar ainda um tubérculo nesta região.

18 24. Pontuação no mesoscuto, adjacente à linha parapsidial em direção à região central do disco (fêmea): 0. Esparsa, os pontos separados por uma distância de 1 a 2 vezes o diâmetro do ponto; 1. Densa, os pontos separados por uma distância de 0,5 vezes o diâmetro do ponto; 2. Muito densa, os pontos justapostos. 25. Pontuação no mesoscuto, posteriormente à linha mesoscutal: 0. Esparsa, os pontos separados por uma distância de 1 a 2 vezes o diâmetro do ponto; 1. Densa, os pontos separados por uma distância de 0,5 a 1 vez o diâmetro do ponto; 2. Muito densa, os pontos separados por uma distância de 0,1 vezes o diâmetro do ponto. 26. Coloração da tégula: 0. Âmbar; 1. Negra. 27. Diâmetro da pontuação do escutelo: 0. Predominantemente fina; 1. Predominantemente grossa. 28. Densidade da pontuação do escutelo: 0. Esparsa, os pontos separados por uma distância de 1 a 2 vezes o diâmetro do ponto; 1. Densa, os pontos separados por uma distância de 0,5 vezes o diâmetro do ponto. 29. Disco do escutelo: 0. Suavemente convexo; a superfície dorsal da axila e margem ântero-lateral contígua do escutelo abaixo do nível do disco do escutelo; margem posterior do escutelo elevada, acima do metanoto; 1. Plano, uniforme e suavemente inclinado para trás; superfície dorsal da axila e margem ântero-lateral contígua do escutelo no mesmo plano do disco do escutelo; margem posterior do escutelo rebaixada, no mesmo nível ou abaixo do nível do metanoto.

19 30. Pilosidade curta do escutelo: 0. Ramificada, sua raque com no máximo duas ramificações; 1. Muito ramificada, sua raque com mais de duas e até cinco ramificações. 31. Carenas longitudinais do metanoto: 0. Ausentes; 1. Presentes. 32. Contorno da margem posterior do metanoto: 0. Arqueada; 1. Encurvada. 33. Elevação da margem posterior do metanoto: 0. No mesmo nível da margem anterior da área basal do metaposnoto; 1. Elevada em relação à margem anterior da área basal do metaposnoto. 34. Pilosidade curta e plumosa do metanoto (fêmea): 0. Esparsa, não ocultando inteiramente o integumento em vista oblíqua à sua superfície; 1. Densa, ocultando o integumento dos 2/3 basais em vista oblíqua à sua superfície; 2. Muito densa, ao longo de todo o disco, ocultando inteiramente o integumento em vista oblíqua à sua superfície. 35. Pilosidade curta e plumosa do metanoto (macho): 0. Esparsa; 1. Muito densa, ao longo de todo o disco, ocultando inteiramente o integumento em vista dorsal. 36. Brilho metálico no metanoto: 0. Ausente; 1. Presente. 37. Superfície da área basal do metaposnoto, lateralmente (fêmea): 0. Polida (Fig. 1); 1. Microreticulada (Fig. 2); 2. Completamente rugulosa (Fig. 3);

20 3. Rugosa (Fig. 4). 38. Área basal do metaposnoto lateralmente (macho): 0. Lisa; 1. Rugulosa; 2. Rugulosa na base, o restante com áreas microreticuladas; 3. Rugosa. 39. Posição das rugulosidades longitudinais na área basal do metaposnoto (fêmea): 0. Ausentes; 1. Centrais; 2. Em todo o disco. 40. Posição das rugulosidades longitudinais na área basal do metaposnoto (macho): 0. Ausentes; 1. Centrais; 2. Em todo o disco. 41. Comprimento das rugulosidades da área basal do metaposnoto (fêmea): 0. Curtas, não estendendo até a margem posterior da área basal do metaposnoto; 1. Longas, estendendo até a margem posterior da área basal do metaposnoto. 42. Rugulosidades da área basal do metaposnoto com ramificações: 0. Ausentes; 1. Presentes. 43. Margem posterior da área basal do metaposnoto: 0. Retilínea ou suavemente arqueada, o comprimento reduzindo-se gradualmente lateralmente; 1. Perpendicular ao eixo longitudinal do corpo medianamente, centralmente retílinea, arqueando-se abruptamente para os lados, em direção ao metanoto, a margem posterior retílinea; 2. Perpendicular ao eixo longitudinal do corpo medianamente, centralmente pontiaguda, arqueando-se abruptamente para os lados, em direção ao metanoto.

21 44. Coloração da área basal do metaposnoto: 0. Ferrugínea; 1. Negra; 2. Verde; 3. Castanha; 4. Ferugínea no centro e verde nas laterais; 5. Dourada. 45. Área basal do metaposnoto: 0. Normal, fortemente angulada após a sua margem posterior; 1. Em declive. 46. Depressão na superfície central da área basal do metaposnoto: 0. Ausente; 1. Triangular, restrita à região central do disco; 2. Transversal, presente na metade basal da área basal do propódeo; 3. Arredondada; 4. Em arco. 47. Área sub-alar com brilho metálico: 0. Ausente; 1. Presente. 48. Área deprimida no mesepisterno, acima do sulco pré-coxal e lateral ao segundo sulco pleural intersegmentar do metepisterno (macho): 0. Ausente; 1. Presente (Fig. 5). 49. Fusão do segundo e terceiro sulcos pleurais intersegmentares do metepisterno, acima da área lateral intercoxal com formato: 0. Arredondado (Fig. 6); 1. Pontiagudo (Fig. 7).

22 50. Projeção da margem póstero-superior do metepisterno, sobre o propódeo (fêmea): 0. Inconspícua; 1. Conspícua, seu tamanho cerca de 0,5 x o tamanho da tégula; 2. Conspícua, seu tamanho cerca de 0,75 x o tamanho da tégula. 51. Projeção da margem póstero-superior do metepisterno, sobre o propódeo (macho): 0. Inconspícua; 1. Conspícua, seu tamanho cerca de 0,5 x o tamanho da tégula; 2. Conspícua, seu tamanho cerca de 0,75 x o tamanho da tégula. 52. Pilosidade do metepisterno (fêmea): 0. Esparsa, não cobrindo toda a superfície; 1. Densa, cobrindo toda a superfície. 53. Pilosidade do metepisterno (macho): 0. Ausente; 1. Esparsa, não cobrindo toda a superfície; 2. Densa, cobrindo toda a superfície. 54. Coloração dos pêlos nos fêmures médio e posterior: 0. Âmbar; 1. Negra; 2. Esbranquiçada. 55. Processo distal do basitarso posterior com recorte látero-apical, em ângulo: 0. Obtuso (Fig. 8); 1. Reto (Fig. 9). 56. Bordas da placa basitibial: 0. Mal definidas; 1. Bem definidas. 57. Espinho basal na superfície interna da tíbia posterior:

23 0. Ausente; 1. Presente. 58. Espinho apical na superfície interna da na tíbia posterior: 0. Ausente; 1. Presente. 59. Hâmulos: 0. Numerosos, acima de 10 hâmulos (Fig. 10); 1. Pouco numerosos, até 10 hâmulos. 60. Espaçamento entre os hâmulos: 0. Espaçados de modo uniforme (Fig. 11); 1. Espaçados de modo irregular (Fig. 12). Metassoma: 61. Sulco longitudinal de E3 (macho): 0. Ausente; 1. Presente. 62. Margem apical de E3 (macho): 0. Com recorte central sinuoso; 1. Amplamente projetada no centro; 2. Retilínea. 63. Sulco longitudinal de E4 (macho): 0. Ausente; 1. Presente. 64. Processo saliente de E4 (macho): 0. Ausente; 1. Triangular (Quilha); 2. Cilíndrico; 3. Triangular com ápice arredondado;

24 4. Fino e curto. 65. Margem apical de E4 (macho): 0. Levemente recortada, sua margem sinuosa no centro; 1. Com recorte raso não estendendo até a metade basal do esterno; 2. Com recorte profundo, estendendo até a metade basal do esterno; 3. Sem recorte. 66. Pilosidade do lobo basal de E4 (macho): 0. Ausente; 1. Presente. 67. Conjunto de pêlos eretos e elevados, na porção centro-apical de E4 (macho): 0. Ausente; 1. Presente. 68. Pilosidade na margem posterior de E4 (macho): 0. Ausente; 1. Esparsa em toda a margem; 2. Densa em toda margem. 69. Superfície lateral de E4 com espinho longo (macho): 0. Ausente; 1. Presente. 70. Comprimento do tamanho corporal: 0. Médio, em geral com até 14 mm de comprimento; 1. Grande, em geral com mais de 14 mm de comprimento. 71. Substrato de nidificação: 0. Madeira em decomposição; 1. Solo.

25 FIGURA 1-6: (1). Área basal do metaposnoto de M. amoena. (2). Área basal do metaposnoto de M. sodalis. (3). Área basal do metaposnoto de M. sulciventris. (4). Área basal do metaposnoto de P. graminea. (5). Mesepisterno de M. sp.10 sp.n.. (6) Metepisterno de P. graminea.

26 FIGURA 7-12: (7). Metepisterno de M. amoena. (8). Basitarso posterior de X. nigrofemorata. (9). Basitarso posterior de M. aegis. (10). Hâmulos de M. aegis. (11). Hâmulos de X. nigrofemorata. (12). Hâmulos de P. graminea.

27 TABELA 1: Matriz de dados dos caracteres utilizados para a análise cladística de espécies de Megalopta. TERMINAIS 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Megalopta aegis 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 1 1 2 1 2 2 Megalopta aeneicollis 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 2 1 1 2 1 2 2 Megalopta amoena 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 Megalopta atlantica??? 1 1 1 0 0?? 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0? 0 0? 0 1? Megalopta atra 1 1 0 1 1 1 0 1 1 2 1 0 0 2 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2 1 2 2 Megalopta byroni 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 1 Megalopta cuprea 1 1 2 1 1 1 0 0 1 2 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 1 0 1 1 Megalopta fornix 1 1 2 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 Megalopta genalis 1 1 2 1 1 1 0 1 0 2 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 2 2 2 Megalopta guimaraesi 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 Megalopta sodalis 1 1 1 1 1 1 0 1 1 2 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 Megalopta sulciventris 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 2 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 2 1 2 2 Megalopta sp.01 sp.n.??? 1 1 1 0 1?? 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0? 0 1? 0? 0 Megalopta sp.02 sp.n. 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 0 1 0 0 1 1 0 1 1 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1 0 0 1 1 Megalopta sp.03 sp.n. 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 Megalopta sp.04 sp.n. 1 1 2 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 Megalopta sp.05 sp.n. 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 Megalopta sp.06 sp.n. 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 1 1 Megalopta sp.07 sp.n. 1 1 2 1 1 1 0 1 0 2 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 Megalopta sp.08 sp.n. 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 1 1 0? 1 1 Megalopta sp.09 sp.n. 1 1 1 1 1 1 0 1 1 2 1 0 0 0 1 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 Megalopta sp.10 sp.n. 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 1 1 Megalopta sp.11 sp.n. 1 1 1 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 0 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 1 1 0 1 1 Megalopta sp.12 sp.n. 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 0?????? 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1? 1 1? 1? Megalopta sp.13 sp.n. 1 1 0 1 1 1 0 1 0 2 1 0 0 0?????? 1 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1? 1 1? 1? Megalopta sp.14 sp.n. 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 1 0?????? 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2? 1 2? 2? Xenochlora nigrofemorata 1 1 0 1 1 1 0 1 0 3 1 0 0 3?????? 1 1 1 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 1? 1 2? 2? Pseudaugochlora graminea 1 0 3 0 0 0 1 1 1 1 0 1 0 3 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2 2 0 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 3 4 2 2 Augochloropsis callichroa 0 0 3 2 0 0 1 1 0 2 1 0 0 3 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 2 2 0 1 1 0 0 1 1 0 0 0 1 3 4 2 2

28 TABELA 1: Continuação. CARACTERES TERMINAIS 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 Megalopta aegis 1 0 0 3 1 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta aeneicollis 1 0 0 3 1 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta amoena? 0 1 0 1 0 0 0 1 0 2 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 Megalopta atlantica 0 1 1 1 1 0 0 0 1? 0? 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 2 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta atra 1 0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 3 2 0 1 1 1 0 0 Megalopta byroni 0 0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 2 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta cuprea 1 1 2 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta fornix 1 1 2 2 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 1 0 Megalopta genalis 1 1 2 2 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta guimaraesi 0 0 1 2 1 0 0 1 1 2 2 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta sodalis 1 1 2 2 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta sulciventris 1 0 0 2 1 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta sp.01 sp.n. 0 0 1 2 1 0 0 0 1? 0? 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 4 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta sp.02 sp.n. 0 0 1 4 1 0 0 1 1 2 2 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta sp.03 sp.n. 1 1 2 2 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 1 0 Megalopta sp.04 sp.n. 1 1 2 2 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 1 0 Megalopta sp.05 sp.n. 0 0 1 2 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta sp.06 sp.n. 0 0 2 1 1 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta sp.07 sp.n. 1 1 2 2 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta sp.08 sp.n. 0 1 0 3 1 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta sp.09 sp.n. 1 1 2 2 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta sp.10 sp.n. 1 0 1 2 1 4 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 0 0 Megalopta sp.11 sp.n. 1 1 2 2 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 0 0 2 0 1 0 Megalopta sp.12 sp.n. 1 1 2 2 1 3 0? 1 0? 0? 0 0 0 0 1 0 0????????? 0 0 Megalopta sp.13 sp.n. 1 1 2 2 1 1 0? 1 0? 0? 0 0 0 0 1 0 0????????? 0 0 Megalopta sp.14 sp.n. 1 1 0 3 1 0 0? 1 1? 0? 0 0 0 0 1 0 0????????? 0 0 Xenochlora nigrofemorata 1 0 0 5 1 0 0? 1 0? 0? 1 1 0 1 1 1 1????????? 0 0 Pseudaugochlora graminea?? 1 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 1 1 0 0 1 1 0 2 0 0 2 1 0 0 0 0 1 Augochloropsis callichroa?? 1 2 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 0 2 0 0 2 1 0 0 0 0 1

29 A análise realizada com os dados da Tabela 1 resultou em dois cladogramas mais parcimoniosos (Figs. 13 e 14), com 175 passos, índice de consistência igual a 61 e índice de retenção igual a 69. A partir dos dois primeiros cladogramas obtidos foi feito um consenso estrito que resultou em um terceiro cladograma (Fig. 15). Nos três primeiros cladogramas a otimização de caracteres foi não-ambígua. Um quarto cladograma (Fig. 16) mostra as mudanças de caracteres por meio de otimização acelerada. Monofilia de Megalopta e sua relação com o grupo externo Os resultados confirmam a monofilia de Megalopta que já foi sugerida por Engel (2000) e Michener (2007). Porém, a única sinapomorfia listada por Engel (2000) e citada por Michener (2007) é a presença de hâmulos numerosos e uniformemente espaçados. Neste trabalho este caráter foi reinterpretado e tratado como dois caracteres {59,60}. Além destas duas sinapomorfias, a distância entre o ocelo lateral e a margem superior do olho composto menor que o comprimento de F1 {13.0} e o processo distal do basitarso posterior com recorte látero-apical em ângulo obtuso {55.0} são apresentados como novas sinapomorfias para Megalopta. Neste estudo, apresentamos os seguintes caracteres que dão suporte ao clado (Megalopta + Xenochlora): 1) Dentes suplementares (anterior e posterior) presentes na face interna da mandíbula {1.1}; 2) Processo distal do labro triangular, sua largura igual à área basal do labro {3.1}; 3) Quilha do processo distal do labro larga na base {4.1}; 4) Sulco epistomal formando ângulo agudo {5.1}; 5) Superfície do lobo epistomal lisa {6.0}; 6) Escapo, nos machos, alargando-se apenas suavemente em direção ao ápice {14.1}; 7) Superfície dorsal dos flagelômeros deprimida {17.1}; Sulco pós-ocelar presente {22.1}; 8) Colar pronotal carenado {23.0}; 9) Pontuação no mesoscuto, adjacente à linha parapsidial em direção a região central do disco, densa, os pontos separados por uma distância de 0,5 vezes o diâmetro do ponto {24.1}; 10) Pontuação do escutelo predominantemente fina {27.0} e 11) esparsa, os pontos separados por uma distância de 1 a 2 vezes o diâmetro do ponto {28.0}; 12) Rugulosidades longitudinais do metanoto, ausentes {31.0}; 13) Pilosidade curta e plumosa do metanoto, nas fêmeas, densa, ocultando os 2/3 basais do integumento em vista oblíqua à sua superfície {34.1}; 14) Fêmeas, com a superfície da área basal do metaposnoto, lateralmente, rugulosa {37.2}; 15) Porção lateral da área basal do metaposnoto rugulosa {38.1}; 16) Margem posterior da área basal do metaposnoto retilínea ou suavemente arqueada, o comprimento reduzindo gradualmente lateralmente {43.0}; 17) Área basal do metaposnoto em declive {45.1}; 18) Área sub-alar sem brilho metálico {47.0}; 19) Bordas da placa basitibial mal definidas {56.0}; 20)

30 Espinho apical, na superfície interna da tíbia posterior, presente {58.1}; 21) Margem apical de E3, no macho, com recorte central sinuoso {62.0}; 22) Sulco longitudinal de E4, no macho, presente {63.1}; 23) Processo saliente de E4, no macho, triangular {64.1}; 24) Pilosidade no lobo basal de E4, no macho, ausente {66.0}; 25) Pilosidade na margem posterior de E4, no macho, esparsa em toda margem {68.1}; 26) Utilização de madeira como substrato de nidificação {71.0}. De acordo com os resultados obtidos Megaloptella e Tmetocoelia são polifiléticos e não devem ser considerados como subgênero e gênero respectivamente. Quanto ao posicionamento de Megalopta s.str. e Noctoraptor, Engel (2000) apresenta Megalopta s.str. como grupo-irmão de Noctoraptor. Michener (2007) afirmou que Noctoraptor pode ser grupo irmão de Megalopta s.str. e não derivado desta linhagem ou ainda que Noctoraptor seja derivado de alguma espécie de Megalopta semelhante à espécie nãometálica da América Central (provavelmente Michener se refere a M. atra). Os resultados (Figs. 13-16) obtidos aqui não sustentam as hipóteses de Engel (2000) e Michener (2007), pois Noctoraptor (aqui tratado como grupo byroni) derivou de uma grande linhagem de Megalopta que apresenta o integumento da área supraclipeal liso {9.1} além de diminuição e encurtamento das rugulosidades na área basal do metaposnoto {41.0}. Portanto, embora monofilético, se considerado como subgênero válido, Noctoraptor deixa Megalopta s.str. parafilético. Desta forma, este estudo confirma as sinonímias de Megaloptella, Tmetocoelia e Noctoraptor propostas por Moure (2007). Relações internas de Megalopta A partir dos resultados da análise filogenética (Figs. 13-16), são reconhecidos cinco grupos de espécies: aeneicollis, sp.10 sp.n., amoena, byroni e fornix. Além destes agrupamentos, M. atra, M. genalis e sp.06 sp.n. aparecem isoladas na análise filogenética. Em todos os cladogramas obtidos (Figs. 13-16), Megalopta atra (Apêndice 1) aparece como grupo irmão de todas as outras espécies de Megalopta. Talvez esta espécie no futuro possa ser incluída em um novo gênero devido às seguintes sinapomorfias: conjunto de pêlos eretos e elevados presente na porção centro-apical de E4 {67.1}, superfície lateral de E4 com espinho longo {69.1}, além de apresentar os ocelos de tamanho intermediário entre Xenochlora e Megalopta. Entretanto a descoberta de machos de Xenochlora é de fundamental importância para avaliar o posicionamento correto de M. atra, além de permitir avaliar se esta espécie deve ou não ser transferida para um novo gênero.

31 As outras espécies de Megalopta apresentam as seguintes sinapomorfias: 1) Pontuação no mesoscuto, posteriormente à linha mesoscutal, densa, os pontos separados por uma distância de 0,5 a 1 vez o diâmetro do ponto {25.1}; 2) Sulco longitudinal de E3, no macho, presente {61.1}; 3) Margem apical de E4, no macho, com recorte raso, não estendendo até a metade basal do esterno {65.1}; 4) Pilosidade na margem posterior de E4, no macho, densa em toda a margem {68.2}. O grupo aeneicollis é representado por M. aegis, M. aeneicollis, M. sulciventris, M. sp.08 sp.n. e M. sp.14 sp.n. Este grupo apresenta como sinapomorfias: superfície ao redor do ocelo médio fortemente deprimida em relação à fronte {12.1}; projeção da margem póstero-superior do metepisterno, sobre o propódeo, conspícua, seu tamanho cerca de 0,5x o tamanho da tégula, tanto nas fêmeas {50.1} quanto nos machos {51.1}. Pode ser reconhecido também por apresentar a superfície lateral do labro em relação à superfície central levemente elevada {2.1} e pelo integumento na porção lateral da área supraclipeal liso {9.0}. Além disso, com exceção de M. sp.08 sp.n., as outras espécies apresentam a superfície da área basal do metaposnoto, lateralmente, completamente rugulosa {37.2 e 38.1}. Megalopta genalis espécie comum na América Central pode ser considerada irmã de duas grandes linhagens, a linhagem que representa o grupo fornix no qual se assemelha morfologicamente e pela grande linhagem representada pelos grupos amoena, sp.10 sp.n. e byroni. Os resultados (Figs. 13-16) mostram uma grande linhagem suportada pelos caracteres: integumento da área supraclipeal inteiramente liso {9.0}, rugulosidades da área basal do metaposnoto, curtas não estendendo até a margem posterior da área basal do metaposnoto {41.0} e rugulosidades sem ramificações {42.0}. Além da espécie M. sp.06 sp.n., nesta linhagem são reconhecidos três grupos de espécies: grupo sp.10 sp.n., grupo amoena e grupo byroni. O grupo sp.10 sp.n. é composto por duas espécies: M. sp.05 sp.n. e M. sp.10 sp.n. que apresenta pontuação densa na porção central da área supraclipeal {10.0}. O grupo amoena é composto por M. amoena, M. guimaraesi e M. sp. 02 sp.n. e possui as seguintes sinapomorfias: projeção da margem póstero-superior do metepisterno, sobre o propódeo, nos machos, conspícua, seu tamanho cerca de 0,75x o tamanho da tégula {51.2}; pilosidade do metepisterno densa, cobrindo toda a sua superficie, nas fêmeas {52.1.} e nos machos {53.1], além de apresentar o disco do escutelo plano {29.0} e a margem posterior do metanoto elevada em relação à margem anterior da área basal do metaposnoto {33.1}.

32 O grupo byroni é constituído por: M. atlantica, M. byroni e M. sp.01 sp.n. Apresenta como sinapomorfias a distância entre o ocelo lateral e a margem superior do olho composto uma vez o comprimento de F1 {13.1} e processo saliente de E4 no macho, cilíndrico {64.2}, além de ser reconhecido também pela ausência de dentes subapicais na mandíbula {0.0}, ausência de dentes suplementares na face interna da mandíbula {1.0}, por possuir o flagelômero dois, no macho com diâmetro de dois terços em relação ao flagelômero três {15.1}, a superfície dorsal dos flagelômeros plana, sem depresssão {17.0} e pontuação no mesoscuto, posteriormente à linha mesoscutal, esparsa, os pontos separados por uma distância de 1 a 2 vezes o diâmetro do ponto {25.0}. O grupo fornix é o maior grupo com dez espécies: M. cuprea, M. fornix, M. sodalis, M. sp.03 sp.n., M. sp.04 sp.n., M. sp.07 sp.n. M. sp.09 sp.n., M. sp.11 sp.n., M. sp.12 sp.n. e M. sp.13 sp.n.. O grupo fornix possui como sinapomorfia a presença de uma depressão triangular central na área basal do metaposnoto {46.1}. Pode ser caracterizado também por apresentar na área basal do metaposnoto, na porção central, rugulosidades, geralmente ramificadas {42.1}; projeção da margem póstero-superior do metepisterno, sobre o propódeo, inconspícua na fêmea {50.0} e no macho {51.0} e metepisterno com pilosidade esparsa na fêmea {52.0} e no macho {53.1}. Eickwort (1969) dizia que as espécies de Megalopta poderiam ser divididas em dois grupos, com um grupo formado por espécies que na área basal do metaposnoto apresentam carenas levemente marcadas e os machos possuírem filamentos na região pós-anal. Já o segundo grupo apresenta na área basal do metaposnoto superfície lisa enquanto os machos não apresentam filamentos na região pós-anal, além de apresentarem uma protuberância próxima ao espiráculo propodeal, coberta por pêlos curtos com aspecto aveludado (aqui tratada como projeção da margem póstero-superior do metepisterno, sobre o propódeo). Além disto, ele afirmou também que existem pequenas diferenças nos esternos metassomais e nos gonóstilos dos dois grupos. De acordo com os caracteres descritos, o primeiro agrupamento de espécies proposto por Eickwort (1969) deve ser o grupo reconhecido aqui como fornix, enquanto o segundo deve ser o grupo amoena, sendo que o exame morfológico detalhado das genitálias pode corroborar os grupos propostos por Eickwort (1969). Quanto às características morfológicas utilizadas na análise filogenética, os caracteres {39, 40} são necessários, pois o macho de M. byroni apresenta rugulosidades longitudinais na área basal do metaposnoto enquanto a fêmea não apresenta esta característica e sua superfície é completamente lisa. Pode ser que o macho descrito como alótipo de M. byroni seja de outra espécie ou que ainda na linhagem representada pelo grupo byroni esta característica não seja tão uniforme quanto nos outros grupos de

33 espécies, onde não existe diferenciação em relação ao formato das rugulosidades entre fêmeas e machos. Entretanto, no grupo fornix existe uma redução no número de rugulosidades nos machos. No entanto, como as abelhas do grupo byroni são raras, somente a coleta de novos indivíduos e a descrição das fêmeas de M. atlantica e M. purpurata podem ajudar a elucidar esta questão. Existem poucos registros de espécies vegetais visitadas por Megalopta (Apêndice 1), isto se deve principalmente pelo hábito crepuscular e noturno destas abelhas que são coletadas na maioria das vezes em armadilhas ao invés de serem coletadas diretamente nas flores. Além disso, os indivíduos de Megalopta coletados no estudo de polinização de Parkia velutina (Hopkins et al., 2000) que deveriam estar no INPA não foram localizados.

FIGURA 13: Primeiro cladograma mais parcimonioso obtido para o relacionamento filogenético das espécies de Megalopta (L=175; CI=61; RI=69). 34

FIGURA 14: Segundo cladograma mais parcimonioso obtido para o relacionamento filogenético das espécies de Megalopta (L=175; CI=61; RI=69). 35

FIGURA 15: Cladograma de consenso, com otimização não ambígua obtido para o relacionamento filogenético das espécies de Megalopta (L=175; CI=61; RI=69). 36

FIGURA 16: Cladograma de consenso com otimização acelerada obtida para o relacionamento filogenético das espécies de Megalopta (L=175; CI=61; RI=69). 37

38 Revisão taxonômica das espécies brasileiras de Megalopta Megalopta Smith, 1853 Megalopta Smith, F. (1853). Catalogue of Hymenopterous Insects in the Collection of the British Museum. Part I. Andrenidae and Apidae. London: British Museum 1-198 pp. [83]. Espécie-tipo: Megalopta idalia Smith, 1853 (=Halictus amoenus Spinola) designação feita pela Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica através de plenos poderes (1966). Opinion 788: Megalopta Smith, 1853 (Insecta, Hymenoptera): designation of a type-species under the plenary powers. Bull. Zool. Nomencl. 23: 211-212. Megalopta (Megaloptella) Schrottky, C. (1906). Neue und wenig bekannte südamerikanische Bienen. Z. Syst. Hymenopterol. Dipterol. 6: 305-316 [312]. Espécie-tipo: Halictus ochrias Vachal, 1904 designação original. Tmetocoelia Moure, J. S. (1943). Notas sobre abelhas da coleção Zikán (Hym. Apoidea). Rev. Entomol. (Rio J.) 14 (3): 447-484 [481]. Espécie-tipo: Megalopta sulciventris Friese, 1926 designação original. Megalopta (Noctoraptor) Engel, M. S., Brooks, R. W. & Yanega, D. (1997). New genera and subgenera of augochlorine bees (Hymenoptera: Halictidae). Sci. Papers, Nat. Hist. Mus., Univ. Kansas 5: 1-21 [12]. Espécie-tipo: Megalopta byroni Engel, Brooks & Yanega, 1997 designação original. Diagnose: Além de ser reconhecido pelas sinapomorfias citadas acima {54.0, 58.0, 59.0,}, o gênero se diferencia dos demais Augochlorini por apresentar ocelos grandes quando comparados a outros gêneros da tribo, com exceção de outras abelhas noturnas dos gêneros Megaloptidia Cockerell e Megommation Moure. Entretanto, nestes dois gêneros o premento é muito delgado e o esporão interno da tíbia posterior das fêmeas é serrilhado. Enquanto em Megalopta o premento não é muito delgado e o esporão é pectinado (Engel, 2000).

39 CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO PARA AS ESPÉCIES DE MEGALOPTA PRESENTES NO BRASIL FÊMEAS: 1. Projeção da margem póstero-superior do metepisterno conspícua (Fig. 17)... 2 _. Projeção da margem póstero-superior do metepisterno inconspícua (Fig. 18)... 8 2(1). Margem posterior da área basal do metaposnoto retilínea, seu comprimento reduzindo-se gradualmente lateralmente, as rugulosidades longitudinais da área basal do metaposnoto numerosas e presentes em toda sua extensão (Fig. 19); superfície da fronte fortemente deprimida em relação ao ocelo médio (Fig. 20)... grupo aeneicollis...3 _. Margem posterior da área basal do metaposnoto perpendicular ao eixo longitudinal do corpo medianamente, centralmente retílinea, arqueando-se abruptamente para os lados, em direção ao metanoto, as laterais do mesmo tamanho na porção central do disco, as rugulosidades longitudinais da área basal do metaposnoto pouco numerosas, limitadas à sua porção central (Fig. 21); superfície da fronte levemente deprimida em relação ao ocelo médio (Fig. 22)... grupo amoena em parte...7 3(1). Mesoscuto com pontuação densa, os pontos separados por uma distância de 0,5 a 1 vez o diâmetro dos pontos (Fig. 23)... 4 _. Mesoscuto com pontuação mais esparsa, os pontos separados por uma distância de 1 a 2 vezes o diâmetro dos pontos (Fig. 24)... 5 4(3). Pilosidade curta e plumosa do metanoto densa, presente nos 2/3 basais do disco, não ocultando inteiramente o integumento em vista oblíqua à sua superfície (Fig. 25); área basal do metaposnoto geralmente verde metálica com rugulosidades oblíquas em sua superfície (Fig. 25); superfície lateral do labro levemente elevada em relação à área central (Fig. 26)... M. sulciventris _. Pilosidade curta e plumosa do metanoto muito densa, ao longo de todo o disco, ocultando inteiramente o integumento em vista oblíqua à sua superfície (Fig. 27); área basal do metaposnoto geralmente alaranjada com rugulosidades longas em sua superfície (Fig. 27); superfície lateral do labro no mesmo nível em relação a área central (Fig. 28)... M. aeneicollis

40 5(3). Área basal do metaposnoto na região central muito curta, seu comprimento igual a um terço do comprimento do metanoto, sua superfíce lateral polida (Fig. 29)......M. sp.08 sp. n. _. Área basal do metaposnoto na região central, curta, seu comprimento igual a metade do comprimento do metanoto, sua superfíce lateral com rugulosidades (Fig. 19)... 6 6(5). Disco do labro separado medianamente por uma carena, formando dois lobos laterais restritos à sua porção basal (Fig. 30); integumento da porção central e basal do clípeo liso (Fig. 31)...M. sp.14 sp. n. _. Disco do labro levemente elevado nas laterais, sua porção média levemente deprimida (Fig. 32); integumento da porcão central e basal do clípeo reticulado (Fig. 33);... M.aegis 7(2). Área supraclipeal na porção lateral do disco, com integumento reticulado; mesoscuto, adjacente à linha parapsidial, em direção à região central do disco, com pontuação esparsa, a distância entre os pontos de 1 a 2 vezes o diâmetro do ponto (Fig. 34); metanoto com a margem posterior no mesmo nível da margem anterior da área basal do metaposnoto; área basal do metaposnoto com coloração homogeamente verde metálica (Fig. 35)... M. guimaraesi sp. n. _. Área supraclipeal na porção lateral do disco, com integumento liso; mesoscuto, adjacente à linha parapsidial, em direção à região central do disco, com pontuação densa, a distância entre os pontos de 0,5 vezes o diâmetro do ponto (Fig. 36); metanoto com a margem posterior elevada em relação à margem anterior da área basal do metaposnoto; área basal do metaposnoto frequentemente com coloração castanha no centro e verde metálica nas laterais (Fig. 37)...M. sp.02 sp.n. 8(1). Área basal do metaposnoto, na região lateral com integumento polido (Fig. 21)... 9 _. Área basal do metaposnoto, na região lateral com integumento microreticulado (Fig. 38)... grupo fornix...11 9(8). Área supraclipeal com pontuação na região central esparsa, em geral, os pontos separados por uma distância de 2 vezes o diâmetro dos pontos (Fig. 39); área basal do metaposnoto sem rugulosidades longitudinais (Fig. 21)... M. amoena _. Área supraclipeal com pontuação na região central densa, em geral, os pontos separados por uma distância de 1 vez o diâmetro dos pontos (Fig. 40); área basal do metaposnoto com rugulosidades longitudinais (Fig. 41, 42)... grupo sp.10 sp.n....10

41 10(9). Área basal do metaposnoto com brilho metálico intenso, seu integumento verde escuro, as rugulosidades longitudinais limitadas centralmente por dois sulcos externos fortemente marcados (Fig. 41)...M. sp.10 sp.n. _. Área basal do metaposnoto com brilho metálico suave, seu integumento verde claro mesclado com áreas douradas, as rugulosidades longitudinais não limitadas centralmente por dois sulcos externos fortemente marcados (Fig. 42)...M. sp.05 sp.n. 11(8). Disco do labro plano, a área lateral no mesmo nível da região central (Fig. 43)... 12 _. Disco do labro elevado, a área lateral acima do nível da região central (Fig. 44)... 14 12(11). Área basal do metaposnoto, em suas laterais, sem rugulosidades longitudinais, seu integumento microreticulado (Fig. 45)...M. sp.13 sp.n. _. Área basal do metaposnoto, em suas laterais, com rugulosidades longitudinais curtas, seu integumento microreticulado entre as rugulosidades (Fig. 46)... 13 13(12). Área basal do metaposnoto com depressão triangular central, as suas rugulosidades longitudinais longas medianamente e curtas em direção às laterais (Fig. 38)... M. sp.03 sp.n. _. Área basal do metaposnoto com depressão semicircular central, com carena longitudinal central alcançando a margem posterior e outros curtas em direção às laterais (Fig. 46)...M. sp.12 sp.n. 14(11). Área supraclipeal, na região lateral, com integumento liso entre os pontos... 15 _. Área supraclipeal, na região lateral, com integumento reticulado entre os pontos... 17 15(14). Disco do labro com as laterais pouco elevadas em relação à porção central, sua superfície ovalada (Fig. 47); metanoto com a margem posterior triangular (Fig. 48); área basal do metaposnoto com depressão transversal curta, não atingindo sua margem posterior, rugulosidades longitudinais longas no centro e curtas em direção às laterais, limitadas pela depressão da superfície (Fig. 48)...M. sp.06 sp. n. _. Disco do labro com as laterais muito elevadas em relação à porção central, sua superfície bilobada (Fig. 50); metanoto com a margem posterior arredondada (Fig. 51); área basal do metaposnoto com depressão triangular atingindo sua margem posterior, com rugulosidade central alcançando a margem posterior e outras curtas, transversais e oblíquas não alcançando a margem posterior da área basal do metaposnoto (Fig. 51).. 16

42 16(15). Disco do labro com a base e as laterais inchadas (Fig. 44); área basal do metaposnoto, na porção central, com uma carena longitudinal longa e outras transversais a esta curtas, a superfície lateral com rugulosidades curtas na base, o restante da área basal microreticulado (Fig. 49)... M. fornix _. Disco do labro lateralmente com a superfície projetada para fora e inchada em direção às laterais (Fig. 50), a área central muito deprimida; área basal do metaposnoto, na porção central, com rugulosidades longitudinais longas na porção central e curtas em direção às laterais, a superfície lateral sem rugulosidades curtas na base, mas com a superfície completamente microreticulada (Fig. 51)...M. sp.04 sp.n. 17(14). Área supraclipeal, na região lateral, com integumento liso; disco do labro, na base, com recorte oval central, deprimido em relação ao restante de sua superfície, as laterais elevadas em relação à porção central (Fig. 52)...M. sp.11 sp. n. _. Área supraclipeal, na região lateral, com integumento reticulado; disco do labro com formato variável, mas sua base nunca com recorte oval no centro... 18 18(17). Disco do labro, em suas laterais, com a superfície fortemente elevada em relação à porção central, (Fig. 53); clípeo na porção basal e central, com integumento liso...... M. sp.07 sp.n. _. Disco do labro, em suas laterais, com a superfície levemente elevada em relação à porção central (Fig. 54); clípeo na porção basal e central, com integumento reticulado......m. sp.09 sp.n. MACHOS: 1. Projeção da margem póstero-superior do metepisterno conspícua (Fig. 55)... 2 _. Projeção da margem póstero-superior do metepisterno inconspícua (Fig. 56)... 8 2(1). Área basal do metaposnoto com margem posterior fortemente arqueada, na porção central pontiaguda, as suas laterais curtas em relação à área central (Fig. 57); rugulosidades longitudinais da base do metaposnoto numerosas e presentes em toda região (Fig. 57); metepisterno com pilosidade esparsa, não ocultando seu integumento, projeção da margem póstero-superior do metepisterno não muito grande, cerca de 0,5 vezes o tamanho da tégula (Fig. 55)... grupo aeneicollis... 3 _. Área basal do metaposnoto com margem posterior retilínea, seu comprimento reduzindo-se gradualmente nas laterais; rugulosidades longitudinais da base do

43 metaposnoto limitadas à porção central do disco ou ausentes (Fig. 58); metepisterno com pilosidade densa, ocultando seu integumento, projeção da margem póstero-superior do metepisterno muito grande, cerca de 3/4 o tamanho da tégula (Fig. 59);...... grupo amoena...6 3(2). Metanoto geralmente com pilosidade densa, presente nos dois terços basais, não ocultando o integumento em vista dorsal (Fig. 60); área basal do metaposnoto com coloração verde metálica em toda a sua extensão (Fig. 60)... M. sulciventris _. Metanoto geralmente com pilosidade muito densa, ao longo de todo o disco, ocultando inteiramente o integumento em vista dorsal à sua superfície (Fig. 61); área basal do metaposnoto com coloração variável, mas nunca com coloração verde metálica em toda a sua extensão (Fig. 61)... 4 4(3). Área basal do metanoposnoto coberta por pilosidade, suas rugulosidades longitudinais limitadas à porção central, com comprimento de cerca de um terço o comprimento do metanoto (Fig. 61); E3 com carena longitudinal ausente (Fig. 62)......M. sp.08 sp.n. _. Área basal do metanoposnoto sem pilosidade, mas com rugulosidades em toda sua extensão, com comprimento de cerca da metade do comprimento do metanoto (Fig. 57); E3 com carena longitudinal presente (Fig. 63)... 5 5(4). Área basal do metanoposnoto com rugulosidades longitudinais longas ao longo de toda a sua superfície, a sua margem posterior fracamente elevada (Fig. 57)...... M. aeneicollis _. Área basal do metanoposnoto com rugulosidades longitudinais curtas e imbricadas ao.. longo de toda a sua superfície, a sua margem posterior fortemente elevada (Fig. 64)...... M. aegis 6(2). F6 a F11 com o mesmo diâmetro dos demais (Fig. 65); área basal do metaposnoto polida na porção central, sem rugulosidades longitudinais; E3 sem carena longitudinal e E4 com pilosidade no lobo basal do disco, sua margem posterior com leve recorte (Fig. 66)... M. amoena _. F6 a F11 com diâmetro maior do que os demais (Fig. 67); área basal do metaposnoto com rugulosidades longitudinais na porção central; E3 com carena longitudinal rasa e E4 sem pilosidade no lobo basal do disco, sua margem posterior com forte recorte (Fig. 68).7

44 7(6). Mesoscuto, adjacente à linha parapsidial, com pontuação esparsa, a distância entre os pontos de 1 a 2 vezes o diâmetro do ponto... M. guimaraesi _. Mesoscuto, adjacente à linha parapsidial, com pontuação densa, a distância entre os pontos de 0,5 vezes o diâmetro dos pontos...m. sp.02 sp.n. 8(1). Área basal do metaposnoto, na região central, com superfície plana, as rugulosidades longitudinais ausentes ou pouco numerosas (Fig. 69)... 9 _. Área basal do metaposnoto, na região central, com superfície deprimida, as rugulosidades longitudinais presentes e numerosas na região central (Fig. 70)...... grupo fornix... 13 9(8). Órbita interna do olho composto levemente angulada (Figs. 71, 72); distância entre o ocelo lateral e a margem do olho composto maior que o comprimento de F1 (Fig. 72); F2 com comprimento cerca de 2/3 o comprimento de F3, a superfície dorsal dos flagelômeros plana (Figs. 71, 72)... grupo byroni... 10 _. Órbita interna do olho composto fortemente angulada (Fig. 73); distância entre o ocelo lateral e a margem do olho composto menor que o comprimento de F1 (Fig. 73); F2 com comprimento igual ao de F3, a superfície dorsal dos flagelômeros fortemente deprimida (Fig. 73)... grupo sp.10 sp.n... 12 10(9). E4 com processo saliente fino e curto (Fig. 75); abelhas com coloração verde metálica; área basal do metaposnoto polida sem rugulosidades longitudinais (Fig. 69)......M. sp.01 sp.n. _. E4 com processo saliente cilíndrico (Fig. 76); abelhas com coloração escura... 11 11(10). Área basal do metaposnoto, centralmente, com rugulosidades longitudinais longas no meio e encurtadas para os lados (Fig. 77)... M. atlantica _. Área basal do metaposnoto lisa, sem rugulosidades longitudinais (Fig. 78)...... M. purpurata 12(9). Escapo fortemente alargado em toda a sua extensão (Fig. 79); flagelômeros com área deprimida glabra (Fig. 80); área basal do metaposnoto com brilho metálico intenso, seu integumento verde escuro, as rugulosidades longitudinais fortemente marcadas, limitadas centralmente por dois sulcos externos fortemente marcados....m. sp.10 sp.n. _. Escapo suavemente alargado no ápice (Fig. 81); flagelômeros sem área deprimida glabra; área basal do metaposnoto com brilho metálico suave, seu integumento verde

45 claro com reflexos dourados, as rugulosidades longitudinais levemente marcadas, não limitadas por sulcos externos...m. sp.05 sp.n. 13(8). Mesoscuto, posteriormente e paralelamente à linha mesoscutal, com pontuação esparsa, pontos separados por uma distância de 1 a 2 vezes o diâmetro dos pontos... 14 _. Mesoscuto, posteriormente e paralelamente à linha mesoscutal, com pontuação densa, pontos separados por uma distância de 0,5 a 1 vez o diâmetro dos pontos... 16 14(13) Metanoto com a margem apical no mesmo nível em relação à margem anterior da área basal do metaposnoto (Fig. 82); abelhas com coloração castanho-enegrecida...... M. cuprea _. Metanoto com a margem apical elevada em relação à margem anterior da área basal do metaposnoto (Fig. 83); abelhas com coloração verde metálica... 15 15(14). Área supraclipeal com integumento microreticulado; área basal do metaposnoto com depressão triangular limitando a área com rugulosidades (Fig. 83)... M. sodalis _. Área supraclipeal com integumento liso; área basal do metaposnoto com depressão semicircular, limitando a área com rugulosidades (Fig. 84)...M. sp.03 sp.n. 16(13). F2 com comprimento de 2/3 o comprimento de F3... 17 _. F2 com comprimento igual ao comprimento de F3... 19 17(16). Área supraclipeal com integumento microreticulado; metanoto com a margem apical elevada em relação à margem anterior da área basal do metaposnoto (Fig. 85); área basal do metaposnoto, centralmente, com superfície não deprimida (Fig. 85)......M. sp.06 sp. n. _. Área supraclipeal com integumento liso; metanoto com a margem apical no mesmo nível em relação à margem anterior da área basal do metaposnoto (Figs. 86, 87); área basal do metaposnoto centralmente com superfície deprimida (Figs. 86, 87)... 18 18(17). Área basal do metaposnoto, centralmente, com rugulosidades longitudinais esparsas e levemente marcadas (Fig. 86)...M. sp.09 sp.n. _. Área basal do metaposnoto, centralmente, com rugulosidades longitudinais abundantes fortemente marcadas (Fig. 87)... M. fornix

46 19(16). Área supraclipeal com integumento microreticulado; área basal do metaposnoto centralmente com superfície não deprimida, suas rugulosidades longas, levemente encurtadas em direção às laterais (Fig. 88)...M. sp.07 sp.n. _. Área supraclipeal com integumento liso; área basal do metaposnoto centralmente com depressão triangular, limitando suas rugulosidades, longa medianamente e outras oblíquas a transversais em direção às laterais (Fig. 89)...M. sp.11 sp.n.

47 FIGURA 17-22: Fêmeas de Megalopta. (17). Metepisterno de M. aeneicollis. (18). Metepisterno de M. sp.10 sp.n. (19). Área basal do metaposnoto de M. aegis. (20). Superfície da fronte em relação ao ocelo médio em M. aegis. (21). Área basal do metaposnoto de M. amoena. (22) Superfície da fronte em relação ao ocelo médio em M. guimaraesi.

48 FIGURA 23-28: Fêmeas de Megalopta. (23). Pontuação no mesoscuto de M. aeneicollis (24). Pontuação no mesoscuto de M. aegis. (25). Metanoto e área basal do metaposnoto de M. sulciventris. (26). Disco do labro de M. sulciventris. (27). Metanoto e área basal do metaposnoto de M. aeneicollis. (28). Disco do labro de M. aeneicollis.

49 FIGURA 29-34: Fêmeas de Megalopta. (29). Área basal do metaposnoto de M. sp.08 sp.n. (30). Disco do labro de M. sp. 14 sp.n. (31). Clípeo de M. sp.14 sp.n. (32) Disco do labro de M. aegis. (33). Clípeo de M. aegis. (34). Mesoscuto de M. guimaraesi.

50 FIGURA 35-40: Fêmeas de Megalopta. (35). Área basal do metaposnoto de M. guimaraesi. (36). Mesoscuto de M. sp.02. sp.n. (37). Área basal do metaposnoto de M. sp.02. sp.n. (38). Área basal do metaposnoto de M. sp.03 sp.n. (39). Área supraclipeal de M. amoena. (40). Área supraclipeal de M. sp.10 sp.n.

51 FIGURA 41-46: Fêmeas de Megalopta. (41). Área basal do metaposnoto de M. sp.10 sp.n. (42). Área basal do metaposnoto de M. sp.05 sp.n. (43). Disco do labro de M. sp.13 sp.n. (44). Disco do labro de M. fornix. (45). Área basal do metaposnoto de M. sp.13 sp.n. (46). Área basal do metaposnoto de M. sp.12 sp.n.

52 FIGURA 47-52: Fêmeas de Megalopta. (47). Disco do labro de M. sp.06 sp.n. (48). Área basal do metaposnoto de M. sp.06 sp.n. (49). Área basal do metaposnoto de M. fornix. (50). Disco do labro de M. sp.04 sp.n. (51). Área basal do metaposnoto de M. sp.04. sp.n. (52). Disco do labro e M. sp.11 sp.n.

53 FIGURA 53-58: Megalopta, fêmeas: 53-54; machos: 55-58. (53). Disco do labro de M. sp.07 sp.n. (54). Disco do labro de M. sp.09 sp.n. (55). Metepisterno de M. aeneicollis. (56). Metepisterno de M. sodalis. (57). Metanoto e área basal do metaposnoto de M. aeneicollis. (58). Metanoto e área basal do metaposnoto de M. amoena.

54 FIGURA 59-64: Machos de Megalopta. (59). Metepisterno de M. amoena. (60) Metanoto e área basal do metaposnoto de M. sulciventris. (61). Metanoto e área basal do metaposnoto de M. sp.08 sp.n. (62). E3 de M. sp.08 sp.n. (63). E3 de M. aegis. (64). Metanoto e área basal do metaposnoto de M. aegis.

55 FIGURA 65-70: Machos de Megalopta. (65). F6-F11 de M. amoena. (66). E3 de M. amoena. (67). F6-F11 de M. guimaraesi. (68). E3 de M. guimaraesi. (69). Área basal do metaposnoto de M. sp.01 sp.n. (70). Área basal do metaposnoto de M. sp.11 sp.n.

56 FIGURA 71-76: Machos de Megalopta. (71). Vista frontal da cabeça de M. sp.01 sp.n. (72). Vista frontal da cabeça de M. atlantica. (73). Vista frontal da cabeça de M. sp.10.sp.n. (74). Flagelômeros de M. sp.05 sp.n. (75). Projeção basal de E4 de M. sp.01 sp.n. (76). Projeção basal de E4 de M. atlantica.

57 FIGURA 77-82: Machos de Megalopta. (77). Área basal do metaposnoto de M. atlantica. (78). Área basal do metaposnoto de M. purpurata. (79). Escapo de M. sp.10 sp.n. (80). Flagelômeros de M. sp.10 sp.n. (81). Escapo de M. sp.05 sp.n. (82). Metanoto e área basal do metaposnoto de M. cuprea.

58 FIGURA 83-88: Machos de Megalopta. (83). Metanoto e área basal do metaposnoto de M. sodalis. (84). Área basal do metaposnoto de M. sp.03 sp.n.. (85). Área basal do metaposnoto de M. sp.06 sp.n. (86). Área basal do metaposnoto de M. sp.09 sp.n. (87). Área basal do metaposnoto de M. fornix. (88). Área basal do metaposnoto de M. sp.07 sp.n..

59 FIGURA 89. Macho, área basal do metaposnoto de M. sp.11 sp.n.. Grupo aeneicollis Megalopta aegis (Vachal, 1904) (Figs. 9, 10, 19, 20, 24, 32, 33, 63, 64, 90) Halictus aegis Vachal, J. (1904). Étude sur les Halictus d Amerique (Hym.). Misc. Entomol. 12: 113-128 [115]. Tipo: Lectótipo, macho, [MNHP], (não examinado). Designação subseqüente: Moure, J. S. & Hurd, P. D., Jr. (1987). An Annotated Catalog of the Halictid Bees of the Western Hemisphere (Hymenoptera: Halictidae). Washington: Smithsonian Institution Press 405 pp. [235]. Localidade-tipo: Brasil: Goiás, Jataí. Diagnose: Distingue-se de M. aeneicollis por apresentar no mesoscuto pontuação esparsa, os pontos separados por uma distância de 1 a 2 vezes o diâmetro do ponto {25.0} (M. aeneicollis apresenta no mesoscuto pontuação densa {25.1}). Diferente de M. sp.08 sp.n. por apresentar a superfíce lateral do disco do labro levemente elevada {2.1} (em M. sp.08 sp.n. a superfície lateral esta no mesmo nível da central {2.0}). Diferenciase de M. sp.14 sp.n pelo formato do labro levemente elevado nas laterais, sua porção média levemente deprimida; clípeo na porção central e basal com integumento microreticulado {8.1} (em M. sp.14 sp.n o labro é separado medianamente por uma carena, formando dois lobos laterais restritos à sua porção basal; clípeo na porção central e basal com integumento liso {8.0}.