OS FUNDAMENTOS Salmo 11.3 Quando os fundamentos estão sendo destruídos, que pode fazer o justo? O justo é chamado a perseverar com fé, esperança e amor. Não importa quais sejam as crises, o justo não pode fugir nem retroceder, ele não pode se omitir nem titubear (Sl 11.1-2). Quando os fundamentos estão sendo destruídos, ele trabalha com fé, esperança e amor (Sl 11.4-7) para preservar e para reconstruir os alicerces (Sl 11.3). Quais fundamentos têm sido destruídos? Pelo menos dois: (1) a liderança justa, íntegra e piedosa; também (2) a verdade pura e simples do evangelho. Sem esses alicerces seguros (liderança e valores), qualquer instituição (família, igreja, etc.), a sociedade como um todo, padece e morre. Na semana passada, fomos desafiados a batalhar pelos fundamentos, fomos conscientizados de que, individual e coletivamente, nós precisamos permanecer firmes, preservar a verdade, proclamar valores e preparar pessoas para os desafios que temos na família, na igreja e na sociedade. Os fundamentos da Para se reconstruir alicerces seguros, a primeira necessidade é de um programa de educação teológica. Nós, cristãos protestantes e batistas que somos, historicamente buscamos formar líderes e comunicar verdades, principalmente, através do púlpito e da Escola Bíblica Dominical. Por isso que sempre encorajamos a assiduidade de todos nos cultos e nas classes que planejamos. A Bíblia, de capa a capa, fornece não só autorização clara e abundante para um programa de educação teológica, com, também, mandamentos definidos e enfáticos para se ensinar. - - 1
Educação e Evangelização Se algum programa encontra justificação nas Escrituras, esse programa é o da educação teológica. Também se pode dizer o mesmo no que diz respeito à evangelização; ou seja: nos planos de Deus, a evangelização e a educação são aliadas, não concorrentes. O texto clássico para justificar essa posição está no Novo Testamento, no final do evangelho de Mateus, onde se lê que Jesus, após a ressurreição e antes de subir ao céu, chamou os seus discípulos e disse: Mt 28.19-20 19 ( ) vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinandoos a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos. Jesus não só ordenou aos seus discípulos que evangelizassem e batizassem os novos convertidos, mas os encarregou de ensiná-los a obedecer a tudo o que ele lhes tinha revelado. No Antigo Testamento também há uma Grande Comissão, conhecida como Shemá, que diz: Dt 6.4-9 4 Ouça [shemá], ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. 5 Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças. 6 Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. 7 Ensine-as com persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa, quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar. 8 Amarre-as como um sinal nos braços e prenda-as na testa. 9 Escreva-as nos batentes das portas de sua casa e em seus portões. Israel, assim como os discípulos de Jesus, estava recebendo o mandamento de ensinar às gerações vindouras os fundamentos da lei de Deus (Dt 11.19). Evangelização e educação andam de mãos dadas na Igreja de Cristo. Sem evangelização não há para quem ensinar e sem educação não há motivação para evangelizar nem com o que evangelizar. - - 2
A Educação no Antigo Testamento Nas escrituras hebraicas, a palavra lei é torah. Interessante que essa palavra também significa ensinar ou educar. No Antigo Testamento, portanto, educa-se ensinando a Lei de Deus. Não ocorre educação sem o ensino das Escrituras. Deus é o verdadeiro professor. O profeta Isaías o chama de mestre (Is 30.20) e o seu povo é orientado a buscar instrução no próprio Deus e em sua Palavra (Sl 78.1; Sl 119.27; Is 8.19-20; Is 54.13; Jr 31.33-34). O Antigo Testamento, porém, coloca ênfase no fato de que Deus utiliza pessoas, por meio das quais ele comunica a sua mensagem. Sl 78.3-7 3 ( ) o que ouvimos e aprendemos, o que nossos pais nos contaram. 4 Não os esconderemos dos nossos filhos; contaremos à próxima geração os louváveis feitos do Senhor, o seu poder e as maravilhas que fez. 5 Ele decretou estatutos para Jacó, e em Israel estabeleceu a lei, e ordenou aos nossos antepassados que a ensinassem aos seus filhos, 6 de modo que a geração seguinte a conhecesse, e também os filhos que ainda nasceriam, e eles, por sua vez, contassem aos seus próprios filhos. 7 Então eles porão a confiança em Deus; não esquecerão os seus feitos e obedecerão aos seus mandamentos. No Antigo Testamento, pais educavam os filhos (Dt 6.4-9; Pv 1.1-10); havia escolas de profetas e, posteriormente, sinagogas. Os levitas, os sacerdotes e os reis também ensinavam ao povo: 2Cr 17.7-9 7 No terceiro ano de seu reinado, Josafá enviou seus oficiais ( ) para ensinarem nas cidades de Judá. 8 Com eles foram os levitas ( ) e os sacerdotes ( ) 9 Eles percorreram todas as cidades do reino de Judá, levando consigo o Livro da Lei do Senhor e ensinando o povo. Ne 8.13 No segundo dia do mês, os chefes de todas as famílias, os sacerdotes e os levitas reuniram-se com o escriba Esdras para estudarem as palavras da Lei. - - 3
De Gênesis a Malaquias, a instrução do Antigo Testamento é que o povo de Deus ensine fielmente a cada geração vindoura os decretos, a Lei e os louváveis feitos do Senhor. Assim, em Deus as nações confiariam, a ele obedeceriam e ao seu nome elas celebrariam com cânticos de alegria (Sl 67). A Educação no Novo Testamento A educação teológica do Antigo Testamento preparou o caminho para o programa didático do Novo Testamento. Todos, inclusive os seus opositores, reconheciam que Jesus era, fundamentalmente, um mestre vindo de Deus (Jo 3.2). Cristo não veio para abolir a Lei ou os profetas, mas para a cumprir e a ensinar (Mt 5.17). Tudo na Lei, nos livros de sabedoria e nos profetas apontavam para Jesus (Lc 24.27). Sua vida, morte e ressurreição era o que o AT antecipava. Resumindo o ensino do Novo Testamento, podemos dizer que evangelizar e fazer discípulos é levar as pessoas a um conhecimento salvífico de Jesus e, de forma continuada, ensiná-las a obedecer a tudo o que o Senhor nos ensinou na sua Palavra (Mt 28.19-20). Os apóstolos não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo (At 5.42). Nesse ensino, toda a igreja perseverava unida (At 2.42). Tal conteúdo era tão completo e contundente que transformava totalmente a vida das pessoas. Observe: At 11.25-26 25 Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo 26 e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim, durante um ano inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos. Note que os discípulos terem sido chamados de cristãos foi o resultado direto do programa de educação bíblica de Barnabé e Saulo. O costume dos apóstolos era de ler as Escrituras, exortar/encorajar a partir delas e ensiná-la - - 4
com diligência a todos da igreja (1Tm 4.13). Em Atos 20.20 nós lemos que a formação bíblica acontecia publicamente (cultos) e de casa em casa (grupos pequenos e discipulado). Deus se preocupou tanto com o ensino teológico que, de forma especial, capacitou membros da igreja para exercerem o ensino (Rm 12.6-8; 1Co 12.4-10, 27-31; Ef 4.11; 1Tm 3.1-13; Tt 1.7-9) - são os nossos professores de EBD/IBC. Além disso, destacou pastores que se dedicariam com redobrado esforço no ensino e na exposição bíblica: 1Tm 5.17 Os presbíteros que lideram/presidem bem a igreja são dignos de dupla honra, especialmente aqueles cujo trabalho é a pregação e o ensino [aqueles que se afadigam na palavra e no ensino]. Em resumo, objetivo da educação teológica no Novo Testamento, além da glória de Deus, é triplo: Gerar cristãos espirituais, aptos para servir (1Co 2.14-16; Ef 4.11-13) Capacitar cristãos teologicamente maduros/sólidos (Ef 4.14) Estimular cristãos amorosos (1Ts 3.12) Os fundamentos da Poderíamos dizer muito mais acerca do ministério de ensino do Antigo e do Novo Testamentos, aplicando-o à nossa igreja, mas já dissemos o suficiente para justificar a ênfase que damos à exposição bíblica nos culto e aos cursos no IBC. - - 5
O Instituto Bíblico Central Meses de férias Nos meses que consideramos de férias (janeiro, fevereiro, julho e dezembro), nós temos aulas em classes únicas no templo. Naqueles meses, procuramos trazer professores visitantes, com temáticas diversificadas; ou utilizamos professores da casa para aulas ou algum curso em especial. Ano letivo O ano letivo é composto de quatro bimestres: março e abril, maio e junho, agosto e setembro, outubro e novembro. No primeiro quadrimestre, o aulo poderá escolher dois cursos para fazer, já que os cursos de março e abril são repetidos em maio e junho. A mesma coisa acontece no segundo quadrimestre, quando se escolhe o curso de agosto e setembro, depois de outubro e novembro. No ano, o aluno poderá cursar quatro cursos diferentes, fora as aulas dos meses de férias. Classes especiais Ademais, nós temos classes e cursos para berçário, infantil, os novos membros, as senhoras, os pré-adolescentes e os adolescentes. Mas, e os jovens? Bem, os jovens tiram proveito dos cursos dos adultos, pois são planejados pensando nas necessidades de cada cristão. As cadeiras do IBC O IBC é pensado a partir de quatro cadeiras principais: Teologia Bíblia e Interpretação Aconselhamento Bíblico Cosmovisão e cultura História Práxis cristã (liderança, finanças, discipulado, evangelismo, missões, etc.) Esperamos você! - - 6