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Transcrição:

Eleições Autárquicas 2013 Boletim sobre o processo político em Moçambique Número EA 44 17 de Novembro de 2013 20h00 Editor: Joseph Hanlon Editor Adjunto: Adriano Nuvunga Chefe de redação: Fatima Mimbire Repórter: Anchieta Maquitela Publicado por CIP, Centro de Integridade Pública, e AWEPA, Parlamentares Europeus para a Africa O material pode ser reproduzido livremente, mencionando a fonte. www.cip.org.mz/election2013/ Para assinar em Português: http://tinyurl.com/mz-pt-sub To subscribe in English: http://tinyurl.com/mz-en-sub 16 municípios para observar Com base em números de votação do passado, bem como na qualidade dos candidatos do actual pleito, acreditamos que há 16 municípios onde a oposição tem mais possibilidade de trazer resultado com impacto. Destes, 12 já são municípios existentes e os restantes quatro são novos. Os actuais municípios são: Beira (Sofala) Quelimane (Zambézia) Nacala-Porto (Nampula) Nampula Chimoio (Manica) Gurué (Zambézia) Marromeu (Sofala) Monapo (Nampula) Mocímboa da Praia (Cabo Delgado) Ilha de Moçambique (Nampula) Angoche (Nampula) Alto Moloqué (Zambézia) e quatro novos: Nhamatanda (Sofala) Maganja (Zambézia) Nhamayabué (Tete) Mandimba (Niassa) Comentário Cruzando a linha Em todas as eleições, o partido no poder tem uma vantagem. Por exemplo, é a época chuvosa que determina o início da campanha agrícola, mas coincidindo com a campanha eleitoral, confere aos líderes da Frelimo publicidade extra e útil. A Lei Eleitoral revista ano passado, foi elaborada de forma que tente manter o equilíbrio, mas de Eleições Autárquicas 2013, Boletim sobre o processo político em Moçambique- Número EA44-17 de Novembro 1

duas maneiras o partido governamental parece ter cruzado a linha para a injustiça e desequilíbrio. A Lei exige que os meios de comunicação públicos, como o Noticias, "devem conferir um tratamento jornalístico não discriminatório às diversas candidaturas. A lei não exige igualdade absoluta e permite que a independência jornalística. Todavia, este ano, Notícias parece ter cruzado a linha de equilíbrio. Em três dias (quinta-feira a sábado), a página 2 do jornal tem sido usada para entrevistas com especialistas e pessoas proeminentes que todos escrevem positivamente sobre a Frelimo. Um titulo diz "manifestos da Frelimo reflectem aspirações do povo". Noutros títulos coloca-se ênfase na importância da experiência, o que aponta para o partido no poder pois é a que mais tem experiência de governação. Nas duas páginas (6-7) dedicadas à campanha eleitoral, as maiores fotos e os maiores títulos são dedicados à Frelimo. No sábado, a página sete (7) continha dois artigos importantes sobre o MDM e ambos eram negativos - um referente a uma alegada agressão e outro referindo que o candidato Venâncio Mondlane não é da família de Eduardo Mondlane. Ambos são jornalisticamente legítimos, mas artigos negativos semelhantes não foram publicados sobre Frelimo. Há, no Notícias, artigos e fotos sobre MDM, por isso a oposição não está excluída. Mas em campanhas eleitorais anteriores, o Notícias tinha cuidado de manter um equilíbrio, o que não se verificou nas últimas três edições analisadas, que têm um tratamento jornalístico discriminatório. Da mesma forma, tem havido reclamações de professores e outros funcionários públicos que são chamados para reuniões políticas do partido no poder, durante o horário de trabalho, como aconteceu na quinta-feira passada, em Maputo e Inhambane. Docentes em Maputo queixaram-se de que, apesar de estarem a corrigir exames, directores das escolas exortaram-nos a participar em reuniões partidárias da Frelimo. Se o seu chefe diz que "esta é uma reunião política, pelo que não és obrigado a participar, mas eu iria gostar muito se pudesse participar, há poucas pessoas que estando à procura de promoção, diriam que não. Mais uma vez, a linha do equilíbrio e justiça foi cruzada para o lado de desequilíbrio e injustiça. O processo eleitoral em Moçambique continua a ser relativamente justo e equilibrado, mas o partido no poder deve ter o cuidado de usar as suas vantagens naturais, e não passar para o desequilíbrio e injustiça. JH ================ Campanha eleitoral termina com misto de violência e tranquilidade A campanha eleitoral para as eleições autárquicas desta quarta-feira em 53 municípios, terminou este domingo, sendo que o balanço é de uma campanha marcada pela tranquilidade em alguns municípios e pela violência noutros. A violência foi mais incidente nos últimos dias, sendo o expoente máximo a Cidade da Beira (Boletim EA 43, hoje). Houve outros municípios em que os últimos dias da campanha eleitoral foram marcados por violência, sendo o MDM a principal vítima, acusando sempre os simpatizantes da Frelimo. Entretanto, em Gúruè, (Zambézia), há excepção. Manuel de Araújo, candidato do MDM a edil de Quelimane é acusado de ter agredido um cidadão, guarda de um parque de automóveis. A Polícia disse que registou a ocorrência e Manuel de Araújo refuta a acusação. O MDM submeteu queixa na quarta-feira passada, no Comando Distrital de Monapo (Nampula), Eleições Autárquicas 2013, Boletim sobre o processo político em Moçambique- Número EA44-17 de Novembro 2

contra dois cidadãos acusados de destruição de material de propaganda eleitoral, colado nos postes de energia eléctrica no bairro Nakite. Os acusados, identificados apenas pelos nomes iniciais de Calisto e Joaquim, são residentes no mesmo bairro onde sucedeu a destruição de material do MDM. Por sua vez, a Polícia da República de Moçambique (PRM) confirma ter levantado auto contra os dois jovens. Nacala: Polícia faz balanço positivo da campanha Ao fim de 13 dias de campanha eleitoral, a Polícia da República de Moçambique (PRM) faz balanço positivo na cidade de Nacala-Porto. O porta-voz da Polícia nesta cidade considerou que a campanha decorreu normalmente até aqui sem registo de grandes incidentes. Segundo Omar Mussa, a corporação estava sempre atrás das caravanas e dos membros e simpatizantes dos partidos políticos nos diversos bairros onde circulavam para a campanha. De acordo com o nosso correspondente em Nacala, exceptuando o uso excessivo de viaturas de Estado, a campanha em Nacala foi pacífica. Na manhã deste domingo, reservado aos showmícios de encerramento, a Frelimo subdividiu a sua campanha em dois grupos. Um grupo foi encerrar a campanha com o candidato Rui Chong em Nacala Porto enquanto o outro grupo foi transportado em dezenas de camiões, de Nacala Porto a cidade de Nampula, onde ia engrossar o encerramento da campanha do candidato da Frelimo em Nampula. Quanto à candidata do MDM, percorreu a cidade de carro (os seus apoiantes seguiam-no a pé e de moto). A marcha começou na sua sede distrital no Bairro Triângulo, tendo seguindo até à baixa. Fátima Reane disse no fiam que "estou grata pela campanha ordeira. Nhamayábue (Tete): Neste que e um dos 10 novos municípios, a campanha encerrou tranquilamente, com os dois principais concorrentes, da Frelimo e do MDM, a afirmarem-se confiantes. Xai-Xai (Gaza): Aqui também o último dia da campanha foi tranquilo. A Frelimo e o MDM, no período da manhã, estiveram nas respectivas sedes e durante a tarde a Frelimo fez a campanha em diversos bairros daquele município, enquanto o MDM privilegiou a campanha porta a porta. Marromeu (Sofala): O MDM fez a sua propaganda porta a porta e aproveitou a ausência da Frelimo para intensificar a campanha e distribuir panfletos em vários bairros. Já a Frelimo, durante a manhã marchou pelas artérias da cidade até ao bairro 3 de Fevereiro onde terminou com um showmício. Mandimba (Niassa): O último dia foi dos mais renhidos para a campanha eleitoral neste município de Niassa. A Frelimo pediu votos porta a porta em quase todos os bairros enquanto o MDM intensificou a campanha porta a porta nos bairros da vila. ============= Carta da CIP solicita alteração de tratamento dos votos nulos O Centro da Integridade Pública (CIP), a editora deste Boletim, enviou carta ao Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) a solicitar a alteração dos procedimentos de tratamento dos votos nulos. A carta é datada de 13 de Novembro corrente e defende que o facto de todos os boletins de voto inválidos (nulos) serem enviados para Maputo para serem verificados pela Eleições Autárquicas 2013, Boletim sobre o processo político em Moçambique- Número EA44-17 de Novembro 3

CNE pode proporcionar uma oportunidade para detectar esta fraude e punir os responsáveis. Entretanto, os actuais procedimentos da CNE não permitem que isso aconteça. Eis o texto da carta na íntegra: Assunto: Alteração dos procedimentos de tratamento dos votos nulos Exmo Sr. Presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) O Centro de Integridade Pública (CIP), no âmbito do seu programa de monitoria eleitoral, vem por este meio propor que a instituição que V. Excia dirige altere os procedimentos de tratamento dos votos inválidos (nulos), contribuindo, deste modo para detectar fraudes, e desta forma, punir os infractores. Um dos exemplos mais flagrantes de fraude tem sido a invalidação de boletins de voto da oposição, feita por membros da mesa de voto, através da adição de impressões digitais ou uma marca. Essa adição é feita durante a contagem dos votos e muitas vezes por apenas uma pessoa. Geralmente é óbvio quando os boletins são invalidados intencionalmente, porque vários boletins aparecem com uma mesma impressão digital ou marca no mesmo lugar. A lei eleitoral recentemente aprovada proíbe a existência de tinta na assembleia de voto durante a contagem, o que irá reduzir este problema, mas não vai eliminá-lo. No passado, os procedimentos da CNE tornaram impossível processar criminalmente os autores das fraudes, pelo que sugerimos uma pequena mudança na forma como os votos inválidos (nulos) são tratados. O facto de todos os boletins de voto inválidos (nulos) serem enviados para Maputo para serem verificados pela CNE pode proporcionar uma oportunidade para detectar esta fraude e punir os responsáveis. Entretanto, os actuais procedimentos da CNE não permitem que isso aconteça. A CNE que V. Excia dirige actualmente, decidiu, através da deliberação número 62/CNE/2013 de 11 de Outubro, que "a reapreciação dos votos é feita autarquia por autarquia local, sem distinção das mesas". O agrupamento dos boletins por autarquia é correcto para a requalificação, porém, inadequado quando se pretende penalizar os actos de fraude, uma vez que quando são identificados casos de invalidação intencional, já não é possível identificar a assembleia onde o facto aconteceu, sendo, portanto, impossível processar essa má conduta. Desta feita, no lugar de unir todos os votos nulos por autarquia, sugerimos que a CNE os agrupe separadamente por assembleia de voto. Este procedimento permitirá detectar boletins de voto invalidados da mesma forma e a CNE pode separá-los para investigar se houve ou intenção de invalidar. No caso de utilização do dedo, por via das impressões digitais, será possível identificar a pessoa que cometeu a fraude e processá-la criminalmente, o que contribuiria sobremaneira para desencorajar a má conduta dos membros das mesas de voto, que só mancha a credibilidade dos órgãos eleitorais e dos processos eleitorais no país. Sem mais, agradecemos a vossa colaboração e aproveitamos o ensejo para desejar os nossos votos de bom trabalho nesta árdua tarefa de garantir eleições transparentes, livres e justas. Maputo, aos 13 de Novembro de 2013 O Director Executivo Adriano Nuvunga Eleições Autárquicas 2013, Boletim sobre o processo político em Moçambique- Número EA44-17 de Novembro 4

Boletim sobre o processo político em Moçambique Editor: Joseph Hanlon (j.hanlon@open.ac.uk) Editor Adjunto: Adriano Nuvunga Chefe de redação: Fatima Mimbire Repórter: Anchieta Maquitela O material pode ser reproduzido livremente, mencionando a fonte. Publicado por CIP e AWEPA: CIP, Centro de Integridade Pública, Rua Frente de Libertação de Moçambique (ex-pereira do Lago), 354, r/c (CP 3266) Maputo www.cip.org.mz cip@cip.org.mz Tel: +258 21 492 335, 823 016 391, 843 890 584 AWEPA, the European Parliamentarians with Africa, Rua Licenciado Coutinho 77 (CP 2648) Maputo awepa@awepa.org.mz Tel: +258 21 418 603, 21 418 608, 21 418 626 Eleições Autárquicas 2013, Boletim sobre o processo político em Moçambique- Número EA44-17 de Novembro 5