Flávio Roberto Mello Garcia* Daniele Bertol de Lara

Documentos relacionados
Flutuação populacional de moscas-das-frutas (Diptera, Tephritidae) em pomares de pessegueiro e maracujazeiro em Iraceminha, Santa Catarina

BIODIVERSIDADE DE MOSCAS-DAS-FRUTAS NO CÂMPUS DO INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE, RIO DO SUL, SANTA CATARINA

Análise Faunística de Espécies de Moscas-das-Frutas (Diptera: Tephritidae) na Região Oeste de Santa Catarina 1

ANÁLISE FAUNÍSTICA DE ESPÉCIES DE TEPHRITIDAE EM POMAR COMERCIAL DE GOIABA EM JUAZEIRO DO NORTE, CEARÁ.

Pelotas, RS Brasil Caixa Postal 354. URLL da Homepage: -

INFLUÊNCIA DE FATORES CLIMÁTICOS SOBRE MOSCAS-DAS- FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM POMARES DE PESSEGUEIRO EM PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL.

V Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí V Jornada Científica 19 a 24 de novembro de 2012

Espécies de Anastrepha (Diptera: Tephritidae) em pomares de goiaba: diversidade, flutuação populacional e fenologia do hospedeiro

FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (Diptera: Tephritidae) EM POMARES DOMÉSTICOS NO MUNICÍPIO DE PILÕES - PB Apresentação: Pôster

MONITORAMENTO E IDENTIFICAÇÃO TAXONÔMICA DE MOSCA- DAS-FRUTAS Anastrepha spp. (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM FRUTÍFERAS E CUCURBITÁCEAS

INCIDÊNCIA E FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE ANASTREPHA FRATERCULUS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM DIFERENTES FRUTÍFERAS NATIVAS NO MUNICÍPIO DE VACARIA / RS

Angela Canesin & Manoel A. Uchôa-Fernandes

Palavras-chave: Anastrepha fraterculus, flutuação populacional, Citrus deliciosa.

MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA, TEPHRITIDAE): PRIMEIRO REGISTRO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS EM PONTA GROSSA, PR ASSOCIADAS À CULTURA DO PÊSSEGO

Flutuação populacional de moscas-das-frutas em pomares de citros no oeste de Santa Catarina, Brasil

MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITOIDEA) INFESTANTES DE CATUAÍ VERMELHO E CATUAÍ AMARELO NO ESTADO DE SÃO PAULO

UMBUZEIRO (Spondias tuberosa Arruda): PLANTA NATIVA DA CAATINGA, IMPORTANTE REPOSITÓRIO NATURAL DE MOSCA-DAS-FRUTAS

Primeiro registro de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em carambola nos municípios de Teresina, Altos e Parnaíba no estado do Piauí

ANÁLISE FAUNÍSTICA E FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS- FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM BELMONTE, BAHIA 1

Ocorrência de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em mangueiras (Mangifera indica L.) em Boa Vista, Roraima

FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DAS MOSCAS DAS FRUTAS (DIPTERA : TEPHRITIDAE) EM POMAR DE GOIABEIRAS

Flávio Roberto Mello Garcia 1 Elio Corseuil 2

Estudos com moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) na Região de Ponta Grossa PR.

Análise Faunística de Moscas-das-Frutas (Diptera: Tephritidae) da Região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro 1

Análise Quantitativa e Distribuição de Populações de Espécies de Anastrepha (Diptera: Tephritidae) no Campus Luiz de Queiroz, Piracicaba, SP

USO DA ANÁLISE FAUNÍSTICA DE INSETOS NA AVALIAÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

DINÂMICA POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS-FRUTAS EM POMARES DE GOIABA NO NOROESTE DO ESPÍRITO SANTO, BRASIL.

AGRICULTURAL ENTOMOLOGY / SCIENTIFIC ARTICLE. Janaína Pereira dos Santos 1 *, Luiza Rodrigues Redaelli 2, Josué Sant Ana 2, Eduardo Rodrigues Hickel 3

DINÂMICA POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (Diptera: Tephritidae) EM POMAR DE GOIABA NO MUNICÍPIO DE JABOTICABAL SP

Revista Caatinga ISSN: X Universidade Federal Rural do Semi-Árido Brasil

REVISTA CAATINGA ISSN X UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA) Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

ÍNDICES DE CAPTURA E INFESTAÇÃO DA MOSCA DO MEDITERRÂNEO EM ACEROLA COMUM E CLONADA

MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) EM UM POMAR DE GOIABEIRA, NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO 1

PRAGAS POLÍFAGAS GERAIS

Moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) no Campus Araguatins/IFTO, Tocantins

Moscas-das-Frutas (Diptera: Tephritidae) no Semi-Árido do Rio Grande do Norte: Plantas Hospedeiras e Índices de Infestação

Comunicado 122. Técnico. Novos Registros de Anastrepha (Diptera:Tephritidae) para o Estado do Pará. ISSN Dezembro, 2007 Macapá, AP

ANÁLISE FAUNíSTICA DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA, TEPHRITIDAE) EM POMARES DE PESSEGUEIRO EM PORTO ALEGRE, RIO GRANDE DO SUL

Revista Caatinga ISSN: X Universidade Federal Rural do Semi-Árido Brasil

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

AVALIAÇÃO DE ATRATIVOS NA CAPTURA DE ADULTOS DE GRAPHOLITA MOLESTA (BUSCK, 1916) (LEPIDOPTERA: OLETREUTIDAE).

FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (Diptera: Tephritidae) ASSOCIADAS A VARIEDADES DE MANGA NO MUNICÍPIO DE JOSÉ DE FREITAS-PIAUÍ 1

- CIIC 2012 Jaguariúna, SP INFESTAÇÃO Nº onde. A avaliação da. 180 frutos foram desensacados, frutos. após frutas.

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

DINÂMICA POPULACIONAL E INCIDÊNCIA DE MOSCAS-DAS-FRUTAS E PARASITOIDES EM CULTIVARES DE PESSEGUEIROS

16 o Seminário de Iniciação Científica da EMBRAPA 16 e 17 de agosto de 2012 Embrapa Amazônia Oriental, Belém-PA

Caracterização da fauna de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) na região de Ponta Grossa, Paraná, Brasil

O uso de armadilha para captura de moscas- das-frutas em pomar de goiabeira no município de Taquarana, Alagoas, Brasil

Ciência et Praxis v. 6, n. 11, (2013)

Revista Caatinga ISSN: X Universidade Federal Rural do Semi-Árido Brasil

Análise Faunística de Moscas-das-Frutas (Diptera: Tephritidae) nas Regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro

Carlos H. Marchiori* Fábio D. Costa Otacílio M. Silva Filho

Revista Agrarian ISSN: Flutuação populacional de moscas-das-frutas em pomar de goiaba no município de Pindorama SP

FLUTUAÇÃO POPULACIONAL E ANÁLISE FAUNÍSTICA DE MOSCAS- DAS-FRUTAS

PREPARADOS HOMEOPÁTICOS PARA O MANEJO DA MOSCA-DAS- FRUTAS NA CULTURA DO PESSEGUEIRO.

Levantamento de parasitoides de moscas-das-frutas em frutíferas nativas e cultivadas no Submédio do Vale do rio São Francisco

Análise faunística e flutuação populacional de cigarrinhas (Hemiptera, Cicadellidae) em pomar cítrico no município de Chapecó, Santa Catarina

Atrativos alimentares na flutuação populacional de moscas-das-frutas e abelha irapuá

PESQUISA EM ANDAMENTO

Biodiversidade de moscas-das-frutas do gênero Anastrepha (Diptera, Tephritidae) no campus da ESALQ-USP, Piracicaba, São Paulo

EFICÁCIA DE ATRATIVOS ALIMENTARES NA CAPTURA DE MOSCAS-DAS-FRUTAS EM POMAR DE CITROS ( 1 )

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) Programa de Pós-Graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade

Categoria Trabalho Acadêmico / Resumo Expandido Eixo Temático - (Saúde, Saneamento e Meio Ambiente)

INFESTAÇÃO DE MOSCAS-DAS-FRUTAS EM VARIEDADES DE MANGA (Mangifera indica L.) NO ESTADO DE GOIÁS 1

Flutuação populacional de Anastrepha striata (Diptera: Tephritidae) em pomares comerciais de goiabeira

Moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) e seus hospedeiros no município de Quixeré, estado do Ceará, Brasil

ANÁLISE DA DISTRIBUIÇÃO DA FREQUÊNCIA DE PRECIPITAÇÃO EM DIFERENTES INTERVALOS DE CLASSES PARA ITUPORANGA SC

(Trabalho ). Recebido em: Aceito pra publicação em:

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGROECOLOGIA CURSO DE MESTRADO EM AGROECOLOGIA ALBA ALBERTINA SARMENTO MACIEL

INFLUENCIA DA TEMPERATURA NA FLUTUAÇÃO POPULACIONAL DE Grapholita molesta EM POMAR DE PESSEGUEIRO ORGÂNICO. Katiani ELI 1, Cláudio KESKE 2

EFEITO DE ATRATIVOS ALIMENTARES NA CAPTURA DA MOSCA-DAS- FRUTAS, Anastrepha fraterculus EM POMAR DE GOIABEIRA SERRANA.

Repelência de óleo de andiroba na captura de moscas-das-frutas em pomar agroecológico de goiabeira serrana

Dentre as pragas de frutíferas na América tropical, as moscas-das-frutas são consideradas

LEVANTAMENTO POPULACIONAL DE ÁCAROS EM SERINGUEIRA (Hevea brasiliensis Muell. Agr.) EM CASSILÂNDIA/MS

AS MOSCAS-DAS-FRUTAS DO CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

NOVOS REGISTROS DE HOSPEDEIROS DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) PARA O RIO GRANDE DO SUL. Alberto Luiz Marsaro Júnior 1

FRUIT FLIES (Diptera: Tephritidae) IN IRRIGATED COFFEE PLANTATIONS IN THE NORTH OF MINAS GERAIS

NÍVEIS DE INFESTAÇÃO DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (Diptera: Tephritidae) EM POMARES DOMÉSTICOS NO MUNICÍPIO DE PILÕES - PB Apresentação: Pôster

Diversity of frugivorous flies (Tephritidae e Lonchaeidae) in three municipalities in southern Bahia

AGENTES DE CONTROLE BIOLÓGICO (ARTHROPODA) ASSOCIADOS AO CULTIVO CONVENCIONAL DE GOIABA (Psidium guajava L.) NO MUNICÍPIO DE VISTA ALEGRE DO ALTO - SP

2º Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense SICT-Sul ISSN

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

FLUTUAÇÃO POPULACIONAL E ANÁLISE FAUNÍSTICA DE CIGARRINHAS QUE OCORREM EM CAFEEIROS NO SUL DO ESTADO DE MINAS GERAIS 1

Flutuação populacional e infestação de mosca-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em função do sistema produtivo de goiaba

Diversity of Flies (Diptera: Tephritidae and Lonchaeidae) in Organic Citrus Orchards in the Vale do Rio Caí, Rio Grande do Sul, Southern Brazil

MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITOIDEA) EM UM POMAR EXPERIMENTAL NO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL: DIVERSIDADE, DINÂMICA

ENTOMOFAUNA ASSOCIADA AOS FRUTOS DO BACUPARI, Salacia crassifolia (MART.) PEYR, NOS CERRADOS DO BRASIL CENTRAL 1

Original Article. KEYWORDS: Anastrepha. Ceratitis. Fruticulture. Tephritids. Survey. INTRODUCTION

MOSCAS-DAS-FRUTAS (DIPTERA: TEPHRITIDAE) ASSOCIADAS ÀS PLANTAS HOSPEDEIRAS DO POMAR DO CAMPUS DO PICI DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

(23 a 25 de novembro 2011)

Relações interespecíficas entre parasitoides nativos de moscas-das-frutas e o braconídeo exótico Diachasmimorpha longicaudata em frutos de umbu-cajá

USO DE ARMADILHAS ALTERNATIVAS PARA O MONITORAMENTO DE ADULTOS DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (Anastrepha spp.) EM POMAR DE ACEROLA. Apresentação: Pôster

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E SAZONAL DA FAVORABILIDADE CLIMÁTICA À OCORRÊNCIA DA SARNA DA MACIEIRA NO BRASIL

INCIDÊNCIA DE INSETOS EM ÁREAS DE CULTIVO DE HORTALIÇAS PRÓXIMAS A UM SISTEMA AGROFLORESTAL NO DISTRITO FEDERAL PROJETO DE PESQUISA

Análise faunística e flutuação populacional de Moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae)

Diversidade de moscas-das-frutas, suas plantas hospedeiras e seus parasitóides nas regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro, Brasil

PROGRAMA ANALÍTICO E EMENTA DE DISCIPLINA DA PÓS GRADUAÇÃO

Palavras-chave: Gyponini, citros, análise faunística, flutuação populacional.

AGENTES DE CONTROLE BIOLÓGICO (ARTHROPODA) ASSOCIADOS AO CULTIVO CONVENCIONAL DE GOIABA (Psidium guajava L.)

Transcrição:

Biotemas, 19 (3): 65-70, setembro de 2006 Novas ocorrências de corais azooxantelados no sul do Brasil ISSN 0103-1643 65 Análise faunística e flutuação populacional de moscas-das-frutas (Diptera, Tephritidae) em pomar cítrico no município de Dionísio Cerqueira, Santa Catarina Flávio Roberto Mello Garcia* Daniele Bertol de Lara UNILASALLE, Setor de Pós-graduação Strictu Sensu e Pesquisa Av. Victor Barreto, 2288, CEP 92010-000, Canoas, RS *Autor para correspondência frmg@unilasalle.edu.br Submetido em 04/10/2005 Aceito para publicação em 09/03/2006 Resumo Com o objetivo de conhecer as espécies de moscas-das-frutas e sua flutuação, e de caracterizar pomar de citros em Dionísio Cerqueira com relação às espécies de tefritídeos, realizou-se este trabalho de dinâmica populacional em um pomar no período de setembro/2003 a agosto/2004. O levantamento foi feito utilizandose armadilhas caça-moscas do tipo McPhail com glicose invertida a 10%. Na caracterização do pomar foram calculados os índices de abundância, constância, dominância, freqüência e diversidade. O maior nível populacional de Anastrepha fraterculus foi em março e abril. Nenhuma das variáveis climáticas analisadas correlacionou com as capturas de A. fraterculus e A. grandis. As fêmeas coletadas pertencem a sete espécies e dois gêneros. Anastrepha fraterculus foi à espécie mais abundante, constante, e, podendo ser considerada como pre. O índice de diversidade para o pomar foi de 1,09. Unitermos: Anastrepha, Blepharoneura, ecologia, análise faunística Abstract Faunistic analyses and population fluctuation of fruit flies in a citric orchard in Dionisio Cerqueira, Santa Catarina, Brazil. With the objective of identifying the species of fruit flies and their fluctuation, and to characterize a citrus orchard in Dionísio Cerqueira in relation to the species of tephritids, this work of population dynamics was carried out in the period of September to August 2004. The survey was made using flytraps of the McPhail type with 10% inverted glucose. In the characterization of this orchard, the indices for abundance, constancy, dominance, frequency and diversity were calculated. The highest population level of Anastrepha fraterculus was in March and April. None of the analyzed climatic variables correlated with the captures of A. fraterculus and A. grandis. The collected females belonged to seven species and two genera. Anastrepha fraterculus was the most abundant, constant, frequent and dominant species, and was therefore considered as predominant. The index of diversity for the orchard was 1.09. Key words: Anastrepha, Blepharoneura, ecology, faunistic analyses

66 F. R. M. Garcia e D. B. de Lara Introdução Nacionalmente, o estado de Santa Catarina destaca-se como um grande produtor de frutas, especialmente as de clima temperado (Nora et al., 2000). O cultivo de citros também é expressivo, notadamente no oeste do Estado. O Estado de Santa Catarina possui 70 espécies de moscas-das-frutas assinaladas, representando 9,76% das 717 espécies de tefritídeos referidas para a Região Neotropical (Garcia, 2002, Garcia et al., 2002). Isso se constitui num fator preocupante, pois além de aumentar os custos da produção, afeta a qualidade final do produto, em razão das s aplicações de inseticidas para seu controle e perdas na produção (Nora et al., 2000). As informações sobre análise faunística de tefritídeos são escassas na literatura e limitam-se a alguns trabalhos realizados no Brasil (Canal et al., 1998). Até o momento em Santa Catarina foi apenas realizado um único trabalho abrangendo quatro municípios do Oeste de Santa Catarina (Garcia et al., 2003a). Este estudo teve como objetivos: inventariar as espécies de moscas-das-frutas ocorrentes em pomar cítrico no município de Dionísio Cerqueira SC; verificar a flutuação populacional das moscas-das-frutas; correlacionar os fatores climáticos com os níveis populacionais da praga e caracterizar a comunidade de tefritídeos em um pomar cítrico no município de Dionísio Cerqueira, através de análise faunística. Material e Métodos Coletas A pesquisa foi realizada no município de Dionísio Cerqueira (26º15 S, 53º38 W) região Oeste do Estado de Santa Catarina. Com uma área de 379,3 km 2, seu clima é temperado, com temperatura média entre 18 ºC e 36 ºC e precipitação anual de 1.700 a 2.000mm, estando a 830m acima do nível do mar (Prefeitura Municipal de Dionísio Cerqueira, 1989). Para coleta de adultos foram instaladas armadilhas caça-moscas do tipo McPhail em um pomar comercial de laranja (Citrus sinensis) cv. Valência e cv. Rubi, sem tratamento fitossanitário, com 1,5 ha, seis anos de idade, localizado no Sítio da Família Meier, Linha Toldo Alto, Dionísio Cerqueira SC. Foram instaladas seis armadilhas a uma distância de 10m uma da outra, com 200ml de solução aquosa de glicose invertida a 10% como atrativo (Garcia et al., 1999), colocadas a uma altura de aproximadamente 1,5m, dentro da copa das árvores. Os tefritídeos foram coletados de setembro/2003 a agosto/2004. Durante esse período, foram realizadas visitas semanais ao pomar para troca da solução atrativa e coleta dos tefritídeos, os quais foram retirados através da filtragem da solução das armadilhas, sendo colocados em frascos etiquetados, contendo álcool 70% e levados ao laboratório para posterior sexagem, contagem e identificação. Identificação A identificação das moscas-das-frutas foi feita através das chaves de Zucchi (2000). Para tanto, as moscas foram colocadas ventralmente em uma lâmina sob microscópio estereoscópico e, com auxílio de dois estiletes, foi extrovertido o acúleo. Sobre este se colocou uma gota de glicerina para o exame sob aumento de 40 ou 100 vezes. Análises Foram feitas anotações sobre a fenologia do vegetal, tais como: época de floração e maturação dos frutos. Estas informações serviram como comparativo entre a fenologia da planta e a flutuação populacional dos tefritídeos. Os dados das coletas de adultos foram utilizados para estudo de flutuação populacional e análise de regressão múltipla com os fatores meteorológicos através do programa Microstat para o número de moscas coletadas mensalmente. Os fatores meteorológicos representados por precipitação pluviométrica em milímetros, temperatura máxima, temperatura média e temperatura mínima em graus Celsius, umidade relativa do ar em porcentagem e velocidade média do vento em metros por segundo para cada semana, foram obtidos do CLIMERH Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina do Departamento de Tecnologia da Informação Meteorológica, da Estação Meteorológica Experimental do município de São Miguel do Oeste, SC, a partir dos quais foram calculadas as médias mensais.

Moscas-das-frutas em Dionísio Cerqueira, SC 67 A medida faunística de constância foi determinada para cada espécie na cultura estudada, através da equação de Silveira Neto et al. (1976). As espécies foram agrupadas em: espécies constantes, presentes em mais de 50% das coletas; espécies acessórias, presentes em 25 a 50% das coletas e espécies acidentais, presentes em menos de 25% das coletas. A freqüência foi determinada através da porcentagem de indivíduos de cada espécie, em relação ao total de adultos de moscas-das-frutas obtidas com armadilhas, classificadas em pouco s, s e muito s (Thomazini e Thomazini, 2002). Para calcular a abundância das populações foi empregada uma medida de dispersão, determinando-se o desvio padrão, erro padrão da média e intervalo de confiança da média (I.C.), ao nível de 1% e 5% de probabilidade utilizando-se a distribuição em t, definindo-se as seguintes classes: rara, dispersa, comum, abundante e muito abundante (Arrigoni, 1984). Foi determinada a dominância das espécies para o local e período de coleta. As espécies foram consideradas s quando os valores de freqüência foram superiores ao limite calculado pela equação proposta por Sakagami e Laroca (1967) apud Silva (1993). Calculou-se o índice de diversidade para cada espécie coletada, através da equação proposta por Margalef (1951) apud Silveira Neto et al. (1976). Resultados e Discussão No período de amostragem de 52 semanas, obtevese 345 moscas coletadas, pertencentes a sete espécies:, Anastrepha dissimilis Stone, 1942 com 1,16%, Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) com 32,17%, Anastrepha grandis (Macquart, 1846) com 14,78%, Anastrepha obliqua (Macquart, 1835) com 0,29%, Anastrepha pseudoparallela (Loew, 1873) com 1,16%, Anastrepha sororcula Zucchi, 1979 com 0,29%, e Blepharoneura sp. com 22,03%, sendo 28,12% de Anastrepha spp. (machos). Dentre as espécies coletadas, A. grandis e A. pseudoparallela não apresentam o citros como hospedeiro, atacando especificamente frutas de Cucurbitaceae e Passifloraceae, respectivamente (Zucchi, 2000). O mesmo acontece com A. sororcula e A. obliqua, que tem como hospedeiras preferenciais frutas de Anacardiaceaee Myrtaceae; A. dissimilis que prefere Passifloraceae; e Blepharoneura sp. que tem como hospedeiras flores masculinas ou femininas, frutas, semente ou haste de plantas de Cucurbitaceae (Condon e Norrbom., 1999). A coleta dessas moscas deve-se a presença de plantas hospedeiras próximas ou nos arredores do pomar. Dentre os tefritídeos, A. fraterculus foi à espécie com o maior número de exemplares coletados. Segundo Malavasi et al. (2000), esta espécie é uma praga primária da maior importância na Argentina, Uruguai, estados do sul e sudeste do Brasil, sendo que nestes locais concentram-se as medidas de controle e as maiores perdas. Através de análise de estatística descritiva chegaram-se às classificações para cada espécie coletada, apresentada na tabela 1. TABELA 1 Análise faunística de fêmeas de moscasdas-frutas capturadas em armadilhas tipo McPhail em um pomar do município de Dionísio Cerqueira, SC, de setembro de 2003 a agosto de 2004. Espécies A. dissimilis Rara A. fraterculus A. grandis Abundância Freqüência Constância Dominância abundante abundante A. obliqua Rara A. pseudoparallela Rara A. sororcula Rara Blepharoneura sp. Índice de diversidade (α) abundante 1,09 Constante Acessória Acessória Dominante Dominante Dominante Constatou-se que A. fraterculus foi constante, A. grandis e Blepharoneura sp. foram acessórias, e A. dissimilis, A. pseudoparallela, A. sororcula e A. obliqua foram acidentais. Anastrepha fraterculus foi à espécie mais abundante, constante, e, podendo ser consi-

68 F. R. M. Garcia e D. B. de Lara derada como pre no pomar estudado, seguida por A. grandis e Blepharoneura sp., respectivamente. Resultados semelhantes foram obtidos por Hickel e Ducroquet (1993, 1994), Garcia et al. (1999) e Nora et al. (2000), todavia nenhum desses autores realizou análise faunística. Nas análises faunísticas realizadas no Brasil, A. fraterculus está associada aos maiores índices, sendo, no norte de Minas Gerais (Canal et al., 1998), pre no Recôncavo Baiano (Nascimento et al., 1983), constante e em três municípios do estado de São Paulo (Arrigoni, 1984), e em quatro municípios do estado do Amazonas (Silva, 1993) e em um município do Mato Grosso do Sul (Uchôa-Fernandes, 1999). Segundo Malavasi et al. (2000), A. grandis tem sua importância relacionada aos aspectos quarentenários da produção de melão do que efetivamente de perdas no campo, e sua ocorrência no pomar estudado deve-se a grande quantidade de cucurbitáceas nas proximidades do pomar. As demais espécies encontradas (A. dissimilis, A. pseudoparallela, A. sororcula e A. obliqua) foram acidentais, pouco s e raras, o que se deve ao fato de não possuírem o citros como hospedeiro. Sua ocorrência sugere que existam plantas hospedeiras nos arredores do pomar. As sete espécies de moscas-das-frutas amostradas para o município, correspondem ao índice de diversidade de 1,09. Esse valor é menor que o índice encontrado por Garcia et al. (2003a) para pomares dos municípios de Chapecó (2,0), Cunha Porã (1,5) e Xanxerê (1,1); e maior para o índice de São Carlos (0,9). Esta variação de diversidade pode ser causada pela atuação intensa de fatores limitantes e da competição interespecífica, fazendo com que espécies mais comuns aumentem suas populações e as espécies raras apresentem baixo nível populacional (Silveira Neto et al., 1976). Em Goiás, o índice foi de 1,5 para 18 espécies de moscas-das-frutas (Veloso et al., 1994); no norte de Minas Gerais variou de 1,2 a 2,3 para 21 espécies (Canal et al., 1998), e para Mato Grosso do Sul foi de 3,2 para 26 espécies (Uchôa-Fernandes, 1999). De modo geral, a espécie pre tem sido a mesma nos vários locais onde foram realizados estudos faunísticos. Entretanto, a importância dessas espécies varia de local para local devido à fenologia das plantas e os picos populacionais das moscas (Canal et al., 1998). Na figura 1, observa-se a flutuação populacional de A. grandis, A. fraterculus e Blepharoneura sp. durante o período de coleta. Anastrepha fraterculus esteve presente durante todo o período de amostragem. Segundo Nora et al. (2000), a grande diversidade de plantas hospedeiras nativas e cultivadas em Santa Catarina, com diferentes épocas de frutificação, facilitam a reprodução sucessiva de A. fraterculus durante o ano todo. Anastrepha fraterculus apresentou pico populacional nos meses de março e abril, diferindo do resultado obtido por Garcia et al., (2003b), onde o pico populacional de A. fraterculus no pomar de laranjeira, em São Carlos, foi em fevereiro e junho. FIGURA 1: Flutuação populacional de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) coletadas com armadilhas tipo McPhail em um pomar do município de Dionísio Cerqueira, SC, de setembro de 2003 a agosto de 2004.

Moscas-das-frutas em Dionísio Cerqueira, SC 69 O pico populacional de A. fraterculus coincide com a época de maturação da cv. Rubi, servindo de repositório da população. Porém, segundo Garcia et. (2003b) e Raga et al. (1996) os picos populacionais de moscas-das-frutas em pomares cítricos variam de um ano para outro e entre pomares em um mesmo ano, não apresentando picos bem definidos. As moscas-das-frutas estiveram presentes em todas as estações do ano, tendo maior ocorrência na primavera e no verão, concordando com os dados obtidos por Salles (1991), Garcia e Corseuil (1998a, b) e Garcia et al. (2003b). Os resultados mostraram que nenhuma das variáveis analisadas correlacionou com as capturas de A. fraterculus e A. grandis (Tabela 2), diferindo daqueles obtidos por Garcia e Corseuil (1998/99), Garcia et al. (2003b) e Uramoto (2004). Isto se deve, possivelmente, ao baixo número de espécimes coletados. TABELA 2 Coeficientes de regressão (Cr) e coeficientes de determinação parcial (r 2 ) obtidos através de regressão múltipla, para o número de espécimes de Anastrepha fraterculus e Anastrepha grandis capturadas com armadilhas tipo McPhail em um pomar do município de Dionísio Cerqueira, SC, em função dos fatores climáticos. (Setembro de 2003 a agosto de 2004). Fatores Anastrepha fraterculus Anastrepha grandis Cr r 2 Cr r 2 Precipitação -0,20 0,00 31,98 0,33 Temperatura máxima 2,58 0,01 17,96 0,04 Temperatura média -26,44 0,23 0,55 0,05 Temperatura mínima 36,00 0,36-45,06 0,20 Umidade Relativa do ar -0,91 0,30-0,39 0,01 Velocidade do vento 1,95 0,01 0,83 0,02 Constante 126,5-85,95 Probabilidade 0,51 0,59 Os resultados obtidos no estudo conduzido em um pomar no município de Dionísio Cerqueira SC, no período de setembro de 2003 a agosto de 2004, permitem concluir que: há um total de sete espécies na área estudada; o maior nível populacional é o de A. fraterculus, seguido por Blepharoneura sp. e A. grandis; o pico populacional de A. fraterculus coincide com a época de maturação da cv. Rubi; a análise das relações entre as variáveis climáticas e a flutuação populacional mostrou que nenhuma das variáveis analisadas correlacionou com as capturas de A. fraterculus e A. grandis; Anastrepha fraterculus é a espécie mais abundante, constante, e ; Anastrepha dissimilis, A. pseudoparallela, A. sororcula e A. obliqua foram acidentais, pouco s e raras, o que deve-se ao fato de não possuírem o citros como hospedeiro. Referências Arrigoni, E. B. 1984. Dinâmica populacional de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em três regiões do Estado de São Paulo. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, Brasil, 165 pp. Canal, N. A. D.; Alvarenga, C. D.; Zucchi, R. A. 1998. Análise faunística de espécies de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em Minas Gerais. Scientia Agrícola, 55 (1): 15-24. Condon, M. A.; Norrbom, A. N. 1999. Behavior of flies in the genus Blepharoneura (Blepharoneurinae). In: Aluja, M. & Norbom, A. L. (Ed.). Fruit flies (Tephritidae), phylogeny and evolution of behavior. CRC Press, New York, USA, 968 pp. Garcia, F. R. M. 2002. Ocorrência de moscas-das-frutas (Diptera, Tephritidae) de Santa Catarina, Brasil. Acta Ambiental Catarinense, 1 (2): 81-83. Garcia, F. R. M.; Campos, J. V.; Corseuil, E. 1999. Avaliação de atrativos na captura de adultos de Anastrepha fraterculus (Wied., 1830) (Diptera, Tephritidae). Biociências, 7 (1): 43-50. Garcia, F. R. M.; Campos, J. V.; Corseuil, E. 2002. Lista documentada das moscas-das-frutas (Diptera, Tephritidae) de Santa Catarina, Brasil. Biociências, 10 (1): 139-148. Garcia, F. R. M.; Campos, J. V.; Corseuil, E. 2003a. Análise faunística de espécies de moscas-das-frutas (Diptera, Tephritidae) na Região Oeste de Santa Catarina. Neotropical Entomology, 32 (3): 420-425. Garcia, F. R. M.; Campos, J. V.; Corseuil, E. 2003b. Flutuação populacional de Anastrepha fraterculus (Wiedemann, 1830) (Diptera, Tephritidae) na Região Oeste de Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Entomologia, 47 (3): 415-420. Garcia, F. R. M.; Corseuil, E. 1998a. Análise faunística de moscasdas-frutas (Diptera, Tephritidae) em pomares de pessegueiro em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Zoologia, 15 (4): 1111-1117. Garcia, F. R. M.; Corseuil, E. 1998b. Flutuação populacional de Anastrepha fraterculus (Wiedemann) e Ceratitis capitata

70 F. R. M. Garcia e D. B. de Lara (Wiedemann) em pomares de pessegueiro em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Zoologia, 15 (1): 153-158. Garcia, F. R. M.; Corseuil, E. 1998/1999. Influência de fatores climáticos sobre moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em pomares de pessegueiro em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Revista da Faculdade de Zootecnia, Veterinária e Agronomia, 5/6 (1): 71-75. Hickel, E. R.; Ducroquet, J-P. H. 1993. Flutuação populacional de espécies de Anastrepha sp. (Diptera: Tephritidae) relacionadas com a fenologia de frutificação do pêssego e ameixa em Santa Catarina. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, 22 (3): 591-596. Hickel, E. R.; Ducroquet, J-P. H. 1994. Ocorrência de mosca das frutas Anastrepha fraterculus em frutas de goiabeira serrana. Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, 23 (2): 311-315. Malavasi, A.; Zucchi, R. A.; Sugayama, R. L. 2000. Biogeografia. In: Malavasi, A. & Zucchi, R. A. (Ed.). Moscas-das-frutas de importância econômica no Brasil: conhecimento básico e aplicado. Holos Editora, Ribeirão Preto, Brasil, p. 93-98. Nascimento, A. S.; Zucchi, R. A.; Silveira Neto, S. 1983. Dinâmica populacional das moscas-das-frutas do gênero Anastrepha (Dip.: Tephritidae) no Recôncavo Baiano. III. Análise faunística. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 18 (4): 319-328. Nora, I.; Hickel, E. R.; Prando, H. F. 2000. Moscas-das-frutas nos estados brasileiros: Santa Catarina. In: Malavasi, A. & Zucchi, R. A. (Ed.). Moscas-das-frutas de importância econômica no Brasil: conhecimento básico e aplicado. Holos Editora, Ribeirão Preto, Brasil, p. 271-275. Prefeitura Municipal de Dionísio Cerqueira. 1989. Porto Seco Dionísio Cerqueira: a rota da integração do mercado comum latinoamericano. Grafisul, Dionísio Cerqueira, Brasil, 12 pp. Raga, A.; Souza Filho, M. F.; Arthur, V.; Martins, A. L. M. 1996. Dinâmica populacional de adultos de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em pomar de citros de Presidente Prudente, SP. Arquivos do Instituto Biológico, 63 (2): 23-28. Salles, L.A.B. 1991. Moscas-das-frutas Anastrepha fraterculus (Wied., 1830): Bioecologia e controle. EMBRAPA CNPFT, Pelotas, Brasil, 16 pp. Silva, N. M. da. 1993. Levantamento e análise faunística de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em quatro locais do Estado do Amazonas. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, Brasil, 152 pp. Silveira Neto, S.; Nakano, O.; Barbin, D.; Villa Nova, N. A. 1976. Manual de ecologia dos insetos. Agronômica Ceres, Piracicaba, Brasil, 419 pp. Thomazini, M. J.; Thomazini, A. P. de B. W. 2002. Diversidade de abelhas (Hymenoptera: Apoidea) em inflorescências de Piper hispidinervum (C.D.C.). Neotropical Entomology, 31 (1): 27-34. Uchôa-Fernandes, M. A. 1999. Biodiversidade de moscas frugívoras (Diptera: Tephritoidae), seus frutos hospedeiro e parasitóides (Hymenoptera) em áreas de cerrado do Estado de Mato Grosso do Sul. Tese de Doutorado, Universidade de São Paulo, Brasil, 104 pp. Uramoto, K. 2002. Biodiversidade de mosca-das-frutas do gênero Anastrepha (Diptera, Tephritidae) no campus Luiz de Queiroz, Piracicaba, São Paulo. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, Brasil, 96 pp. Veloso, V. R. S; Fernandes, P. M.; Rocha, M. R.; Queiroz, M. V.; Silva, R. M. R. 1994. Armadilha para monitoramento e controle das moscas-das-frutas Anastrepha spp. e Ceratitis capitata (Wied.). Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, 23 (3): 488-493. Zucchi, R. A. 2000. Taxonomia. In: Malavasi, A. & Zucchi, R. A. (Ed.). Moscas-das-frutas de importância econômica no Brasil: conhecimento básico e aplicado. Holos Editora, Ribeirão Preto, Brasil, p.13-24.