Itália - FASCISMO - 1922/43 Benito Mussolini, o Duce Símbolo do Partido Nacional Fascista
Antecedentes Após a 1ª Guerra Mundial, a Itália passa por uma grave: Crise económica, caracterizada pela desvalorização da moeda, pela subida acentuada dos preços e pelo aparecimento de um elevado número de desempregados (foram desmobilizados 2 milhões de soldados). Agitação social, marcada por inúmeras greves, por tumultos, manifestações e ocupações de fábricas e de propriedades agrícolas pelos trabalhadores. A Itália sentia que tinha sido traída pelos Aliados, porque as suas ambições de alargamento do território não tinham sido totalmente satisfeitas no tratado de Versalhes. Em 1921, surge o Partido Nacional Fascista, que actuava com extrema violência (através dos camisas negras), culpava os partidos de esquerda da situação em que o país se encontrava e defendia um governo forte que restabelecesse a ordem e o prestígio do país. Recebeu o apoio da Burguesia, dos proprietários agrícolas e da Classe Media. Nas eleições de 1921, o PNF elegeu 35 deputados.
A tomada do poder 28 de Outubro de 1922 Mussolini, liderando milhares de camisas negras, dirige-se para Roma ( marcha sobre Roma ), exigindo a formação de um novo governo. Mussolini participando na marcha sobre Roma O rei Vitor Manuel III, temendo o início de uma guerra civil, convida Mussolini para formar governo. Em 1924, o Partido Nacional Fascista ganha as eleições, através de fraudes, intimidações e violência. A partir de então é estabelecida um regime autoritário. Vitor Manuel III
A ditadura fascista - características 1ª - Totalitarismo: os poderes executivo e legislativo estavam concentrados no chefe de governo, o Duce; o Estado controlava tudo, desde a economia à formação da juventude; Para o fascista, tudo está no Estado, nada de humano ou espiritual existe fora do Estado. Nesse sentido, o fascismo é totalitário e o Estado fascista, síntese e unidade de todo o valor, interpreta, desenvolve e dá potência à vida integral de um povo. Nem agrupamentos (partidos políticos, associações, sindicatos), nem indivíduos fora do Estado. Mussolini, A Doutrina do Fascismo, 1930 in, Vários, Temas de História 12, v.1, Porto Editora, p. 244.
O Estado controla a economiapara tornar a Itália numa grande potência económica e colonial, Mussolini: - procurou que o país atingisse a autarcia, pelo que tomou medidas para o aumento da produção agrícola (a batalha do trigo ) e industrial (do aço e construção naval); - procurou proteger a produção nacional (aumentando as taxas alfandegárias que recaiam sobre as importações); - procurou combater o desemprego através de um programa de obras públicas;
Controlo da juventude: para formar o bom fascista, os jovens italianos participavam em organizações juvenis paramilitares, onde lhes era dada formação física, militar e doutrinária, de maneira a que estivessem preparados para defender o regime e para ser obedientes e disciplinados. Filhos da Loba a partir dos 4 anos Balillas 8 aos 14 anos Vanguardistas 14 aos 18 Jovens Fascistas a partir dos 18 anos
2ª - antidemocrática, autoritária e repressiva: todos os partidos políticos foram proibidos, excepto o PNF, foi criada uma polícia política (OVRA), foi estabelecida a censura (de modo a que a imprensa e o cinema sirvam os interesses do regime) e as liberdades fundamentais passaram a ser desrespeitadas;
3ª Culto do Chefe: o Chefe, o Duce, considerado um homem excepcional, a quem se devia prestar obediência cega e seguir sem hesitações. Com as suas poses teatrais e discursos inflamados, em grandes manifestações públicas, Mussolini provocava o histerismo colectivo.
4ª - Corporativismo: foram proibidos todos os sindicatos, substituídos pelas corporações, e foi proibida a greve. 5ª - Nacionalismo: o regime considerava que os interesses da Nação estavam acima de tudo (na educação valorizam-se os grandes momentos da História Nacional e os grandes feitos do povo, nomeadamente o passado imperial romano). Cartaz de propaganda com a Loba do mito da fundação de Roma. Águia Romana, símbolo do império em cartaz de propaganda. 6ª - Imperialismo: visando restabelecer o passado gloriosos e dominador, a Itália Fascista conquistou a Etiópia (África) e interferiu nos problemas europeus, participando na Guerra Civil Espanhola (1936/39), aliouse a Hitler e mais tarde participou na 2ª Guerra Mundial.