PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA

Documentos relacionados
Igreja, sacramento de salvação: a comunidade cristã como testemunha e continuadora da salvação de Cristo no mundo

Julio Cesar dos Santos. A Imagem de Deus no Ser Humano, Segundo a Teologia de Emil Brunner: Um ser relacional e responsável diante de Deus

Cláudia Nascimento de Oliveira. A EXPERIÊNCIA DE DEUS A Ação Salvífica de Deus e o Agir Humano na Perspectiva de Karl Rahner

Ângela Cristina Germine Pinto Caldeira. A Revelação de Jesus Cristo como sentido e plenitude do mistério do ser humano. Dissertação de Mestrado

Lucas Soares dos Santos. O Espírito e a Esperança: Dissertação de Mestrado

A esperança cristã Fundamentos e reflexões na teologia de Jürgen Moltmann

O Metodismo na Cidade do Rio de Janeiro. Uma abordagem teológico-pastoral a partir do pensamento eclesiológico de Dietrich Bonhoeffer

Josias da Costa Júnior. O Espírito criador. A ecologia na teologia trinitária de Jürgen Moltmann. Tese de Doutorado

Valtemario Silva Frazão Junior. Calcedônia Ontem e Hoje. Dissertação de Mestrado

A eternidade na obra de Jorge Luis Borges

Sandro dos Santos Gomes. As novas comunidades católicas: rumo a uma cidadania renovada? Dissertação de Mestrado

As provas da existência de Deus nas Meditações Metafísicas de René Descartes

Matheus Leite Tavares. Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus A autodoação do discípulo na hermenêutica da esperança cristã

Heidegger e a relação homem-técnica-natureza na crise ambiental contemporânea

Teologia Sistemática

CHAMADOS A VIVER EM COMUNHÃO MEMBROS DE UM SÓ CORPO EM CRISTO JESUS (1COR 12,12)

Fernanda Lo Bianco Esteves. Imagens de redenção: o colecionador benjaminiano e a fotografia enquanto promessa de felicidade. Dissertação de Mestrado

Metáforas para linguagem no Curso de Saussure

Gabriela Fagundes Dunhofer. A Origem da Obra de Arte. Heidegger e a crítica da representação. Dissertação de Mestrado

O Mercado Religioso e o Crescimento dos Evangélicos na Cidade do Rio de Janeiro

Plano de ação e formação para Catequistas

1. Introdução. Dehoniane, 1970, pp

Teologia Sistemática

O Conhecimento humano como expressão da Vontade

A estética como nova forma de conhecimento em Nietzsche

Ivan Luiz Gonçalves Pinto. O Progresso da Ciência e o Anarquismo Epistemológico de Karl Paul Feyerabend

Conselho Arquidiocesano de Pastoral

IONALDO PEREIRA DA SILVA. Santo, a partir da leitura de Atos 1,6-8

Ana Maria Camelo Campos. Observando a conexão afetiva em crianças autistas. Dissertação de Mestrado

1- ASSUNTO: Curso de liturgia na Paróquia Santo Antônio

Oração Inicial: Leitura: Lucas 22, 7-20.

Considerações sobre o Afeto em Psicanálise

JOSÉ DE ANCHIETA: O homem, sua letra e seu engajamento

Selmo Gliksman. A ética do sobre-humano. Tese de doutorado

Sandra Maria Costa Viola. O trabalho de luto e a experiência analítica: transitoriedade e contingência. Dissertação de Mestrado

Rebecca Coscarelli Cardoso Bastos

A ressurreição de Jesus a partir de Andrés Torres Queiruga

A trajetória da Igreja Local de Campos no Pós Concílio Estudo Teológico Pastoral sobre os seus atuais desafios e exigências

A Individuação Como Fenômeno Estético: Arte, Corpo e Linguagem no Jovem Nietzsche

Uma Igreja Cristocêntrica, Diaconal e Koinônica: estudo teológico-pastoral sobre o Metodismo na Cidade do Rio de Janeiro.

Remo Mannarino Filho. O método das divisões: a última proposta dialética de Platão. Dissertação de mestrado

Uma morada: linguagem e poesia em Heidegger

Fabio Pereira das Neves

Alexandra de Almeida. A noção de sublime em Kant e a questão da comoção na arte. Dissertação de Mestrado

Cala a boca já morreu. Quem manda aqui sou eu? Uma reflexão sobre a produção cultural da juventude contemporânea no universo das novas mídias

Augusto Seibel Machado. A questão das embalagens e sua relação com a sustentabilidade. Dissertação de Mestrado

Atos de fala, atos falhos: uma aproximação entre as teorias linguísticas de Austin e de Wittgenstein e a psicanálise de Freud e Lacan

DIAS GOMES E ROQUE SANTEIRO Telenovela, saturnais e desfile de carnaval eletrônico

Thatty de Aguiar Castello Branco. O Maravilhoso e o Fantástico na Literatura Infantil de Monteiro Lobato. Dissertação de Mestrado

Análise e Avaliação do Equity Premium Puzzle no Mercado Acionário Brasileiro sob diferentes Contextos Econômicos

Cesar Augusto Kuzma. Tese de Doutorado

Teologia do Mistério: Aspectos bíblico-patrísticos, teológico-litúrgicos e magisteriais

Gerenciamento de projetos no âmbito da Economia Criativa Um estudo de caso das Incubadoras Rio Criativo

Frederico João Bertrand Cavalcante de Oliveira

Considerações sobre a flutuação no emprego do subjuntivo em contextos orais do Português do Brasil

Maria Jandira Cortes de Novais Lima

Jaqueline Engelmann. Teoria da Definição. Das definições reais às definições predicativas. Tese de Doutorado

Certeza não é verdade Romance policial e experiência urbana

ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO CALENDÁRIO ARQUIDIOCESANO DE PASTORAL 2017

Gilda Alves Batista. Relações Raciais e Educação: Uma análise do Programa Políticas da Cor na Educação Brasileira (PPCOR) Dissertação de Mestrado

Renato Matoso Ribeiro Gomes Brandão. O Problema da Falsidade no Discurso. Ontologia e Linguagem em Parmênides e Platão. Dissertação de Mestrado

Adriano Pereira Bastos. O Compasso do Poder na Balada da Praia dos Cães, de José Cardoso Pires. Dissertação de Mestrado

Edilma Soares da Silva. Crianças e Relações Familiares Experiência de uma Assistente Social em um Centro Social. Dissertação de Mestrado

Bruno Loureiro Rezende. Um Framework para a Automação de Testes com Linguagens de Especificação Configuráveis DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

Mônica Nogueira de Assis. Cancioneiro Transgressor Um estudo sobre a poética da canção em Renato Russo e Cazuza. Dissertação de Mestrado

Emanuel Mello Mattos de Castro. O Perspectivismo em Deleuze. Dissertação de Mestrado

Marcos Antonio da Silva Filho

JANEIRO Tríduo da Festa de São Paulo Apóstolo

Cláudia Assumpção Gonzaga. Paulo Coelho em cena: a construção do escritor pop star. Dissertação de Mestrado

É possível uma sociedade sem culpa? O lugar da culpabilidade nos processos de subjetivação

Thomaz Estrella de Bettencourt. Tempo e Espaço em Kant. As representações do tempo e do espaço dentro do contexto do sistema crítico de Kant

EM RESUMO, QUE LUZES NOS TRAZ O DOCUMENTO DE APARECIDA?

O desejo de transformação em Casa na Duna, de Carlos de Oliveira

Ana Paula Carvalho Moraes Salomão. Trabalho Infantil: análise da percepção das famílias e crianças envolvidas. Dissertação de Mestrado

A INTERNET E A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DOS SURDOS NO BRASIL: UMA EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO EM UM MEIO EXCLUDENTE

Martín Ugarteche Fernández. A metáfora em Santo Tomás de Aquino e Paul Ricoeur. Dissertação de Mestrado

Oposição do pretérito perfeito simples (PPS) e pretérito perfeito composto (PPC) nas Cartas de Vieira

Uma investigação reflexiva sobre uma abordagem de ensino-aprendizagem baseada em gêneros discursivos: o caso de turma 601

Patrícia Teixeira de Sá

Variação semântica nas construções adverbiais temporais introduzidas por quando na língua portuguesa

Rachel Nigro. Charles Taylor As Fontes Morais do Self Moderno. Dissertação de Mestrado

Alceu Amoroso Lima: Cultura, Religião e Vida Literária

Francisco Taunay Costa Ribeiro. Vjing: A Comunicação das Imagens e a Interação Homem-Imagem. Dissertação de Mestrado

Jaci de Fátima Souza Candiotto. A Teologia feminista e seus giros hermenêuticos: Reinterpretações de Deus, do ser humano e da criação

Sándor Ferenczi: entre os limites da clínica e as experimentações técnicas

MENSAGEM. «La liturgie, sommet et source de la miséricorde» A liturgia cume e fonte da misericórdia Fátima de Julho 2016

Coleção Chamados à Vida Chamados À Vida, Chamados À Vida Em Jesus Cristo,

Ipseidade e alteridade em Heidegger e Kierkegaard

Da sublimação à idealização: implicações psíquicas das transformações no mundo do trabalho

Carolina Bertassoni dos Santos. Natalidade e Política: Hannah Arendt leitora de Agostinho. Dissertação de Mestrado

Bases do Comprometimento da Geração Y em uma Empresa Pública: um estudo de caso

OPERADORES LOGÍSTICOS E SEUS CLIENTES: UM ESTUDO EMPÍRICO

Renata Renovato Martins. A Retórica de Górgias - Considerações sobre o Górgias de Platão e sobre o Górgias histórico. Dissertação de Mestrado

Mariana Figueiredo de Castro Pereira

Beatriz Soares de Araujo Ferreira. Um estudo sobre as conexões afetivas no autismo

Teologia na perspectiva das relações de gênero: A contribuição da hermenêutica bíblica

Transcrição:

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO Fantico Nonato Silva Borges A ÍNDOLE ESCATOLÓGICA DA IGREJA. Um estudo do já e do ainda não à luz do sétimo capítulo da Lumen gentium. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Teologia do Departamento de Teologia do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC- Rio. Aprovada pela comissão Examinadora abaixo assinalada. Orientadora: Prof. a Jenura Clotilde Boff Rio de Janeiro Setembro de 2010

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO Fantico Nonato Silva Borges A Índole Escatológica da Igreja. Um estudo do já e do ainda não à luz do sétimo capítulo da Lumen gentium. Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Teologia do Departamento de Teologia do Centro de Teologia e Ciências Humanas da PUC- Rio. Aprovada pela comissão Examinadora abaixo assinalada. Prof. a Jenura Clotilde Boff Orientadora Departamento de Teologia PUC-Rio Prof. a Eva Aparecida Rezende de Moraes Departamento de Teologia PUC-Rio Prof. Antonio José Costa ISTA RJ Prof. Paulo Fernando Carneiro de Andrade Coordenador Setorial de Pós-Graduação e Pesquisa do Centro de Teologia e Ciências Humanas PUC-Rio Rio de Janeiro, 01 de Setembro de 2010

Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem autorização da universidade, do autor e da orientadora. Fantico Nonato Silva Borges Possui Graduação em Ciências Religiosas pela Universidade Vale do Acaraú (2008). Graduação em Filosofia pela Faculdade de Fortaleza (2000). Graduação em Teologia pelo Instituto Regional de Formação Presbiteral em Belém do Pará (2005). Reitor do Seminário Maior de Filosofia da Congregação da Missão. Participou de diversos congressos na área de filosofia e teologia. Professor de teologia no Instituto Diocesano de Ensino Superior em Tianguá-Ce. Assessor de Catequese da Região Metropolitana da III da Arquidiocese de Fortaleza. Pároco da Paróquia de Santo Antônio em Fortaleza. Borges, Fantico Nonato Silva Ficha Catalográfica A índole escatológica da Igreja: o já e o ainda não da plenitude da nossa salvação, à luz do sétimo capítulo da Lumen gentium / Fantico Nonato Silva Borges, CM; Orientadora: Jenura Clothilde Boff. 2010. V., 193 f.: il. ; 29,7cm Dissertação (Mestrado em Teologia) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2010. Inclui bibliografia 1. Teologia teses. 2. Índole escatológica. 3. Linguagem sacramental. 4. Igreja. 5. Concílio Vaticano II. 6. Consumação final. 7. Reino de Deus. 8.Esperança cristã. 9. Plenitude. 10. Escatologia. I. Boff Lina II. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Teologia. III. Titulo. CDD:200

Para minha mãe Valdeglace e à madrinha Maria de Fátima Martins, sempre presentes na minha vida

Agradecimentos Aos Professores e Coordenadores do Departamento de Teologia da PUC- Rio, que muito me auxiliaram no amadurecimento na elaboração desta pesquisa, por seu compromisso cotidiano no encaminhamento dos temas e desafios relacionados à missão evangelizadora no mundo atual. À CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal e Nível Superior, pelo incentivo à pesquisa e apoio financeiro graça ao qual este trabalho foi aprofundado e concluído. À minha orientadora, Prof a. Lina Boff, pelo magnífico apoio e confiança depositada, pela dedicação e zelo no acompanhamento de todas as etapas desta pesquisa, pelo estímulo e ânimo que foram oferecidos no decorrer deste trabalho e, sobretudo, pela orientação séria e amiga nas correções dos textos elaborados. Às secretárias e colaboradoras, Denise Bandeira e Jussara Maria Gonçalves de Oliveira, pela atenção e empenho ao longo de todo processo de formação, elaboração e conclusão desta dissertação. Agradecimento muito especial ao meus superiores da Congregação da Missão Província de Fortaleza, Pe. Fernando Barbosa dos Santos, Pe. Ari Alves dos Santos, Pe. Evaldo Carvalho e aos demais Conselheiros provinciais, pelo incentivo e a oportunidade de continuar os estudos teológicos. Aos meus formandos da casa de Formação Filosófica Pe. São João Gabriel Perboyre, em Fortaleza, pelo compreensão e incentivo na fé, sobretudo naquelas horas mais difíceis da redação e formatação da pesquisa. Por fim, graças sejam dadas ao Senhor meu Deus, por tudo que tem feito em minha vida, pelas bênçãos que em cada dia recebo, mesmo sem merecer. Sem esses dons vindos do céu, não teria sido possível a conclusão desta dissertação.

Resumo Borges, Fantico Nonato Silva, CM. Boff, Jenura Clotilde. A ÍNDOLE ESCATOLÓGICA DA IGREJA. Um estudo do já e do ainda não à luz do sétimo capítulo da Lumen gentium. Rio de Janeiro, 2010, 193p. Dissertação de Mestrado Departamento de Teologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. A índole escatológica da Igreja, como reflexão teológica, é muito pertinente, visto que trata da relação entre a estrutura visível da Igreja e aquela realidade pensada como meta última da atividade eclesial. A escatologia do Vaticano II trouxe à tona essa reflexão, quando salientou que a tensão escatológica entre o já e o ainda não faz parte da natureza do Novo Povo de Deus, e que, por isso mesmo, a Igreja é sinal e instrumento desta plenitude da esperança no meio da humanidade. Sendo um sinal, ela se torna, para o mundo, sacramento visível da unidade de gênero humano, com Deus e consigo mesma. Nossa pesquisa deseja enfocar a posição do Concílio Vaticano II acerca dessa situação-missão da Igreja, pois, para os Padres conciliares, a salvação prometida pelo Senhor já começou em Cristo, mas ainda não se consumou, porque o tempo da restauração de todas as coisas dar-se-á somente quando tudo estiver no Pai pelo Filho no Espírito. Então, neste instante, o homem e com ele toda a criação chegará à sua restauração final. Enquanto isso não acontecer, a Igreja é impelida a levar adiante a obra de santificação da humanidade, como missão imputada por Cristo na unidade do Espírito Santo. Esse trabalho quer, portanto, demonstrar como essa salvação de Cristo continua por meio da ação eclesial, que instrui seus filhos sobre o sentido da vida temporal, enquanto esperança dos bens futuros e compromisso com o Reino de Deus. Palavras-chave Índole Escatológica; Igreja, Restauração de tudo em Cristo; Natureza última da Igrej; o já e o ainda não da esperança cristã; Plenitude da Esperança; Salvação; Ressurreição; Vaticano II; Tensão Escatológica.

ABSTRACT Borges, Fantico Nonato Silva; Boff, Jenura Clotilde. The eschatological nature of the Church: the "already" and "not yet" the fullness of our salvation, a reflection from the seventh chapter of Lumen Gentium. Rio de Janeiro, 2010, 193p. Master's Thesis Departamento de Teologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. The eschatological nature of the Church as theological reflection, it is very relevant, since it is the relationship between the visible structure of the Church and that dream reality as the ultimate goal of ecclesial activity. The eschatological nature of Vatican II brought up this discussion when he emphasized that the eschatological tension between the "already" and "not yet" is in the nature of the new people of God, and that, therefore, the Church is sign and instrument of fullness of Hope in the midst of humanity. As a sign, it becomes the world visible sacrament of the unity of mankind with God and with herself. Our research focuses on the position of Vatican II about the situation, the Church's mission, as for the Fathers, the salvation promised by the Lord "already" begun in Christ, but "not yet" consummated, because the time of the restoration of all things give will be only when all; the man and with him the whole creation reach its final restoration in Christ. In the meantime the church is compelled to carry on the work of sanctification of humanity as mission charged by Christ in the unity of the Holy Spirit. This work therefore want to show how the salvation of Christ continues through the action of the Church, instructing their children about the meaning of temporal life, as hope of eternal life and commitment to the Kingdom of God. Keywords Nature; Eschatological; Church; Restoration of all things in Christ; the ultimate nature of the Church ;already" and "not yet" of Christian hope; Fullness of Hope; Salvation; Resurrection; Vatican II; eschatological tension.

Sumário 1. Introdução 11 2. Alguns aspectos relevantes do sétimo capítulo da Lumen gentium 16 2.1. Lumen gentium: superação do esquema apologéticojuridicista da Igreja 18 2.1.2. O itinerário da inclusão da escatologia na Lumen gentium 19 2.1. 3. Por que um capítulo de escatologia na Constituição sobre a Igreja 22 2. 2. A linguagem simbólica do sétimo capítulo da Lumen gentium 24 2.2. 1. A Igreja, uma realidade essencialmente sacramental 27 2.2.2. A mediação dos sinais sacramentais 30 2.2.3. O Memorial como sinal escatológico para o ser humano 33 2.3. A esperança como princípio hermenêutico no sétimo capítulo da Lumen gentium 35 2.3.1. O fundamento da esperança cristã no sétimo capítulo da Lumen gentium 36 2.3.2. O princípio hermenêutico da esperança 38 2.3.2.1. No centro da esperança, está a vinda do reino 41 2.3.2.2. O Espírito Santo no coração da esperança cristã 42 2.3.2.3. A esperança cristã no horizonte da história humana 44 2.4. Conceituando o já e o ainda não 45 2.5. Conclusão 47 3. A teologia do sétimo capítulo à luz do já e do ainda não da plenitude da salvação 49 3.1. A Igreja peregrina em busca da sua consumação 51

3.1.1. A santidade na Igreja implica o já e o ainda não da promessa final 52 3.1.2. O ainda não da Igreja peregrina sugere o serviço humilde da verdade 54 3.2. Cristo: centro da perfeição de todas as coisas 56 3.2.1. A primazia de Cristo diante de toda realidade 58 3.2.2. Em Cristo, a salvação esperada já começou 61 3.2.3. Jesus Cristo, levantado, atraiu para si toda a realidade 63 3.3. A consumação do mundo material e a restauração do ser humano 65 3.3.1. O fim do ser humano em Cristo 68 3.4. A Igreja, como sinal da íntima união com Deus e da unidade de todo gênero humano 71 3.5. O já e o ainda não da salvação implicam responsabilidades em nossa existência cristã 74 3.6. Viver na liberdade de filhos e filhas de Deus 77 3.7. Comunhão da Igreja celeste com a Igreja peregrina 79 3.7.1. A Comunhão nos bens espirituais entre os cristãos 83 3.7.2. Comunhão na mesma caridade de Cristo 87 3.7.3. A liturgia: espaço da comunhão entre todos os fiéis 89 3.7.3.1. A dimensão escatológica do já do ainda não na liturgia 91 3.7.3.2. A dimensão escatológica da celebração litúrgica, à luz do já e do ainda não da plenitude da salvação 96 3.8. A relação entre a Igreja peregrina e a Igreja celeste 99 3.8.1. A memória dos fiéis que vivem na Igreja celeste 104 3.8.2. A dimensão escatológica do culto aos santos 108 3.9. Conclusão 112 4. O dinamismo do já e do ainda não na Igreja peregrina 114 4.1. A tensão diante do já e do ainda não, como caráter essencial da índole escatológica da Igreja peregrina 115

4.1.1. A tensão escatológica do já e do ainda não na vida cristã 117 4.2. Viver já em Cristo a vida nova 119 4.2.1. A santidade como marca fundamental da vida cristã 120 4.3. A realidade já iniciada implica a índole escatológica em cada fiel 122 4.3.1. O ainda não da plenitude da esperança provoca a índole escatológica em cada fiel 126 4.4. A tensão escatológica do já e do "ainda não na Igreja 130 4.4.1. O já iniciado da plenitude da salvação implica a índole escatológica da Igreja 132 4.4.2. O ainda não da plenitude implica a índole escatológica da Igreja 135 4.5. A Eucaristia como sinal escatológico entre o já e o ainda não da plenitude da salvação 138 4.5.1. O banquete eucarístico pressupõe a Ceia final no Reino definitivo 140 4.5.2. A eucaristia implica a íntima união com Cristo 145 4.6. Conclusão 148 5. O já e o ainda não da plenitude da esperança na práxis da Igreja e no mundo 150 5.1. A Igreja como sinal antecipatório do Reino escatológico 152 5.2. O já e o ainda não da plenitude da salvação na práxis cristã: o novo céu e a nova terra na superação de uma visão unilateral 157 5.3. A esperança escatológica como esperança para os últimos 161 5.4. A renovação escatológica do mundo 165 5.5. A promoção da paz como sinal da nova terra 169 5.6. Conclusão 171 6. Considerações finais 173 7. Bibliografia 177