ACORDO DE EMPRESA A.E.

Documentos relacionados
A NOSSA PROPOSTA. Capítulo I Âmbito e Vigência

Área, Âmbito e Vigência. Cláusula 1ª Âmbito de Aplicação. Cláusula 2ª Vigência. Cláusula 3ª Denúncia de Sobrevigência

NOTA JUSTIFICATIVA. A Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, que aprovou a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas,

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 22 de outubro de Série. Número 159

NORMAS TÉCNICAS PARA OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTO DA ASSIDUIDADE NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

NORMAS TÉCNICAS PARA OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTO DA ASSIDUIDADE NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

Acordo colectivo de trabalho n.º 3/2010

REGULAMENTO INTERNO DE HORÁRIO DE TRABALHO. CAPÍTULO I Disposições gerais

PROPOSTA DE REGULAMENTO INTERNO REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO E DISCIPLINA DO TRABALHO MÉDICO. Capítulo I. Objeto, âmbito e definições. Artigo 1.

Deliberação n.º 1556/2002

REGULAMENTO DO HORÁRIO DE TRABALHO DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA CAPÍTULO I. Princípios Gerais

REGULAMENTO DE HORÁRIO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA PRESIDÊNCIA E SERVIÇOS DE ACÇÃO SOCIAL DO INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

REGULAMENTO DO HORÁRIO DE TRABAHO DO PESSOAL DA JUNTA DE FREGUESIA DE S. SEBASTIÃO

REGULAMENTO DE ASSIDUIDADE DOS TRABALHADORES TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS QUE PRESTAM SERVIÇO NO IST. CAPÍTULO I Disposições Gerais. Artigo 1.

Acordo colectivo de trabalho n.º 9/2011

Regulamento Interno de Duração e Organização do Tempo de Trabalho no IPCB

PROPOSTA DE ACORDO COLETIVO DE ENTIDADE EMPREGADORA PÚBLICA PARA O MUNICÍPIO DE MATOSINHOS

PARTE E Diário da República, 2.ª série N.º de outubro de 2013 ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DE COIMBRA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

JORNAL OFICIAL. Suplemento. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Sexta-feira, 1 de março de Série. Número 27

Projeto de Regulamento Interno de Duração e Organização do Tempo de Trabalho no Instituto Politécnico de Lisboa

REGULAMENTO INTERNO DO PERÍODO DE FUNCIONAMENTO E HORÁRIO DE TRABALHO DO LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA E GEOLOGIA LNEG, I.P.

CAPÍTULO I Disposições Gerais. Artigo 1.º Âmbito

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO, ATENDIMENTO E HORÁRIO DE TRABALHO DA CÂMARA MUNICIPAL DE MOURÃO. Nota Justificativa

REGULAMENTO DE HORÁRIO DE TRABALHO DO IDE, IP-RAM CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS. Artigo 1.º. Objeto

REGULAMENTO INTERNO DO HORÁRIO DE TRABALHO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Sexta-feira, 29 de abril de Série. Número 76

CAPÍTULO I. Disposições gerais

Sindicaliza um colega!

4744 Diário da República, 2.ª série N.º 26 8 de fevereiro de 2016

Acordo coletivo de trabalho n.º /2015

Regulamento Interno de Duração e Organização do Tempo de Trabalho na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Município de Ferreira do Zêzere

AC. EM CÂMARA (02) ACORDO COLECTIVO COM ENTIDADE EMPREGADORA PÚBLICA. CAPÍTULO I Área, Âmbito e Vigência. Cláusula 1.ª Âmbito de aplicação

Regulamento do Horário de Trabalho

2 Número de maio de O período normal de funcionamento inicia-se às 8 horas e termina às 19 horas. SECRETARIA REGIONAL DA SAÚDE

PROPOSTA DE REGULAMENTO DE HORÁRIO DOS TRABALHADORES TÉCNICOS E ADMINISTRATIVOS DA FMV-ULISBOA CAPÍTULO I. Disposições Gerais. Artigo 1.º.

Informação aos Associados nº 13.V3

C Â M A R A M U N I C I P A L D E P O N T E D A B A R C A

NORMAS TÉCNICAS PARA OPERACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA DE REGISTO DA ASSIDUIDADE NA UNIVERSIDADE DE AVEIRO

Acordo coletivo de entidade empregadora pública para o Município de Lisboa. Preâmbulo

Proposta de Acordo Coletivo de Entidade Empregadora Pública para a AT Autoridade Tributária e Aduaneira

REGULAMENTO DE HORÁRIO DE TRABALHO DO IPS

Regulamento Interno de Funcionamento, Atendimento e Horário de Trabalho da Câmara Municipal de Rio Maior

Regulamentos HORÁRIO DE TRABALHO NA U.PORTO

REGULAMENTO DE HORÁRIO DE TRABALHO DO IPS

Regulamento Interno de Duração e Organização do Horário de Trabalho

CAPÍTULO I Objeto, Âmbito e Princípios Gerais. Artigo 1.º Lei habilitante. Artigo 2.º Objeto. Artigo 3.º Âmbito de aplicação

Diário da República, 2.ª série N.º de dezembro de Área, âmbito e vigência. CAPÍTULO II Duração e organização do tempo de trabalho

Município de Alfândega da Fé Câmara Municipal

REGULAMENTO INTERNO DE HORÁRIOS DE TRABALHO E CONTROLO DE ASSIDUIDADE DOS SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE ÁGUA E SANEAMENTO DE TOMAR

MUNICÍPIO DE BARRANCOS CÂMARA MUNICIPAL

REGULAMENTO INTERNO DE HORÁRIOS DE TRABALHO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VENDAS NOVAS

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO, ATENDIMENTO E HORÁRIO DE TRABALHO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VIDIGUEIRA

Acordo colectivo de trabalho n.º 1/2009

2013/12/23 O Presidente, Prof. Doutor João Alberto Sobrinho Teixeira ANEXO

PREÂMBULO. Contraproposta UMinho-ACEP

Sexta-feira, 18 de julho de 2014 RELAÇÕES DE TRABALHO. Acordo Coletivo de Trabalho n.º 1/2014: Acordo Coletivo de Trabalho n.

O prazo para entrega de sugestões termina no dia 26 de dezembro de 2016.

Diário da República, 2.ª série N.º de novembro de CAPÍTULO III Disposições Finais

Regulamento de Horário de Trabalho. Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa. Autorizado em Conselho de Administração

REGULAMENTO INTERNO DE DURAÇÃO, HORÁRIO DE TRABALHO E CONTROLO DE ASSIDUIDADE E PONTUALIDADE DOS TRABALHADORES DA CÂMARA MUNICIPAL DE TAVIRA

NEGOCIAÇÃO DO ACEP COM A UNIVERSIDADE DE COIMBRA

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO, ATENDIMENTO E HORÁRIOS DE TRABALHO DO MUNICÍPIO DE MÉRTOLA. Nota Justificativa

Regulamento interno de funcionamento, atendimento e horário de trabalho do Município da Covilhã.

Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário - CGTP-IN RESPOSTA DO SNTSF À PROPOSTA DA ADMINISTRAÇÃO DA EMEF

Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO LABORAL DOS SERVIÇOS DA CÂMARA MUNICIPAL

PARTE J3 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS Diário da República, 2.ª série N.º de novembro de 2014 MUNICÍPIO DE VILA FRANCA DE XIRA

22654 Diário da República, 2.ª série N.º de outubro de 2017

ACORDO COLETIVO DE ENTIDADE EMPREGADORA PÚBLICA

11426 Diário da República, 2.ª série N.º 66 5 de abril de 2016

20874 Diário da República, 2.ª série N.º de julho de 2016

Diário da República, 2.ª série N.º 8 13 de janeiro de CAPÍTULO I Âmbito e Vigência. CAPÍTULO III Disposições Finais

REGULAMENTO INTERNO DOS HORÁRIOS DE TRABALHO DA CÂMARA MUNICIPAL DE ESPINHO

Diário da República, 2.ª série N.º de fevereiro de CAPÍTULO VI. Divulgação CAPÍTULO VII. Participação dos trabalhadores

Regime das Condições de Prestação e de Disciplina do Trabalho da Autoridade Reguladora para a Comunicação Social

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quinta-feira, 16 de junho de Série. Número 105

Diário da República, 2.ª série N.º de fevereiro de

Regras e Princípios Gerais em Matéria de Duração e Horário de Trabalho na Administração Pública

Terça-feira, 16 de dezembro de 2014 RELAÇÕES DE TRABALHO. Direção Regional do Trabalho. Regulamentação do Trabalho. Despachos:

DIREITOS E DEVERES DA PARENTALIDADE

37354 Diário da República, 2.ª série N.º de dezembro de 2015

Diário da República, 2.ª série N.º 43 2 de março de CAPÍTULO IV Disposições finais. CAPÍTULO I Área, âmbito e vigência

1150 Diário da República, 2.ª série N.º 7 12 de janeiro de 2016

Diário da República, 2.ª série N.º de maio de MUNICÍPIO DA FIGUEIRA DA FOZ MUNICÍPIO DO ENTRONCAMENTO

1 - Devem ser gozados em continuidade o descanso semanal obrigatório e um período de onze horas correspondente ao descanso diário estabelecido no

21316 Diário da República, 2.ª série N.º de setembro de 2017

PARTE J3 FINANÇAS Diário da República, 2.ª série N.º de janeiro de CAPÍTULO I Área, Âmbito e Vigência

PARTE J3 MINISTÉRIO DAS FINANÇAS. Diário da República, 2.ª série N.º de agosto de CAPÍTULO V Formação complementar

Regimes de trabalho REGIMES DE TRABALHO. Posted on 23 Outubro, 2016.

Regulamento Interno de Horários de Trabalho e de Controlo de Assiduidade dos Trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Castelo Branco

ÍNDICE. ÍNDICE... 1 Nota Justificativa... 4 CAPÍTULO I... 5 DISPOSIÇÕES GERAIS... 5 SECÇÃO I PRINCIPIOS GERAIS... 5

Diário da República, 2.ª série N.º 8 13 de janeiro de CAPÍTULO IV Disposições Finais. CAPÍTULO I Área, Âmbito e Vigência

Duração e organização do tempo de trabalho

Diário da República, 2.ª série N.º de novembro de CAPÍTULO I Área, Âmbito e Vigência

MUNICIPIO DE CELORICO DE BASTO CÂMARA MUNICIPAL REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA NO DIA 3 DE FEVEREIRO N.º 3/2014

Diário da República, 2.ª série N.º de junho de CAPÍTULO III Disposições Finais

Leis do Trabalho. Tudo o que precisa de saber, 3.ª EDIÇÃO. Atualização online II

PARTE J3 FINANÇAS. Diário da República, 2.ª série N.º de outubro de CAPÍTULO II Duração e organização do tempo de trabalho

Área científica. Tipo

Transcrição:

ACORDO DE EMPRESA A.E. O QUE JÁ TINHA SIDO ACORDADO ENTRE O SINDICATO E A UNIVERSIDADE Nota: A Universidade de Aveiro rompe as negociações pelo facto do Sindicato não aceitar incluir neste A.E. o Horário Concentrado, a Adaptabilidade e o Banco de Horas ------------------------ CAPITULO I DISPOSIÇÔES GERAIS Clausula 1.ª (Âmbito de Aplicação) 1 O presente Acordo de Empresa, adiante designado por AE, obriga, por um lado, a Universidade de Aveiro, enquanto fundação pública com regime de direito privado, adiante designada por entidade empregadora e, por outro, o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro, adiante designado por STFPSC, aplicando-se aos trabalhadores em regime de contrato individual de trabalho de direito privado que exerçam funções na entidade empregadora. 2- Os trabalhadores em regime de contrato de trabalho de direito privado que exerçam funções na entidade empregadora e que não sejam filiados no sindicato subscritor podem aderir ao presente acordo coletivo nos termos previsto no artigo 497.º do Código de Trabalho. 3- O Acordo aplica-se, ainda, a todos os trabalhadores da entidade empregadora que durante a vigência do mesmo venham a adquirir a qualidade jurídica prevista no número 1. 4 Para efeitos do disposto na alínea g) do artigo 492.º do Código de Trabalho, serão abrangidos pelo presente AE cerca de 450 trabalhadores. Cláusula 2.ª (Vigência e denúncia) 1 O presente AE entra em vigor 5 dias depois da sua publicação no Boletim de Trabalho e Emprego e tem a vigência de um ano, renovando-se, sucessivamente, por iguais períodos. 2 A denúncia, a sobrevigência e a cessação deste AE seguem os trâmites legais previstos no Código de Trabalho.

CAPITULO II DURAÇÃO E ORGANIZAÇÂO DO TEMPO DE TRABALHO Cláusula 3.ª (Período Normal de Trabalho) 1- Os trabalhadores da entidade empregadora estão sujeitos aos limites máximos dos períodos normais de trabalho diário e semanal aplicável aos trabalhadores que exercem funções públicas, sem prejuízo da existência de regimes legalmente estabelecidos de duração semanal inferior, previstos no presente Acordo ou da prestação de trabalho extraordinário; 2 Sem prejuízo do disposto noutras disposições deste AE, ou no Código de Trabalho, o período normal de trabalho diário será interrompido por um intervalo para refeição, ou descanso, não inferior a uma hora nem superior a duas horas, não podendo os trabalhadores prestar mais de cinco horas seguidas de trabalho. 3 Os trabalhadores têm direito a um dia de descanso semanal obrigatório, acrescido de um dia de descanso semanal complementar que, sempre que possível, devem coincidir com o domingo e o sábado, respetivamente. 4 Os trabalhadores que efetuem trabalho aos fins-de-semana têm direito a gozar como dias de descanso semanal, pelo menos, um fim-de-semana completo em cada mês (Universidade contrapõe propõe: em cada 5 semanas e Sindicato: em cada 4 semanas) de trabalho efetivo. Clausula 4.ª (Horário de Trabalho) 1- Horário de trabalho é a determinação das horas de início e de termo do período normal de trabalho diário ou dos respetivos limites, bem como dos intervalos de descanso e do descanso semanal. 2- Compete à entidade empregadora a determinação e organização dos horários de trabalho aplicáveis em cada uma das suas Unidades e Serviços, nos termos legal e regulamentarmente estatuídos. 3- Havendo trabalhadores que pertençam ao mesmo agregado familiar, a fixação dos horários de trabalho deverá tomar em conta esse facto. 4- A alteração que implique um acréscimo de despesas para o trabalhador confere direito a compensação económica. (Pendente. Sindicato insiste neste ponto) Cláusula 5.ª (Modalidades de Horário de Trabalho) 1- Sem prejuízo de outras modalidades legalmente previstas, são adotadas as seguintes modalidades de horário de trabalho:

- Horário rígido; - Horário desfasado; - Jornada contínua; - Trabalho por turnos. - Horário flexível; 2- Podem ainda ser autorizados horários específicos, por despacho do órgão com competência para o efeito, ouvido o responsável do serviço onde o interessado exerce funções, para as situações legalmente consagradas, nomeadamente trabalhadoresestudantes, trabalhadores com responsabilidade familiares, trabalhadores portadores de deficiência, ou sempre que outras circunstâncias relevantes devidamente fundamentadas o justifiquem Cláusula 6ª (Horário Rígido) 1 A modalidade de horário rígido consiste naquela, ou naquelas que, exigindo o cumprimento da duração semanal de trabalho, se reparte por dois períodos diários, com hora de entrada e de saída fixas, separadas por um intervalo de descanso, com duração não superior a 2 horas nem inferior a 1 hora, nos seguintes termos: Período da manhã - das 09H00 às 12H30; Período da tarde - das 14H00 às 17H30. 2- Pode ser fixado por Despacho Reitoral, um horário rígido diferente do previsto no número anterior nomeadamente com períodos de início e de fim diferentes e período de descanso diferentes, desde que sejam respeitados o limite de 35h semanais e 7h diárias e com período de descanso não inferior a 30 minutos e não superior a 2h; 3- Para os serviços da Entidade empregadora que funcionam de segunda-feira a domingo, o horário rígido é fixado mediante proposta do dirigente respetivo, consoantes as necessidades da entidade empregadora; 4- O superior hierárquico pode, excecionalmente, relevar o atraso de entrada ou antecipação do registo de saída, de quinze minutos, devendo ser compensado no próprio dia da mesma semana, por forma a que no final do mês seja cumprido o número total de horas a que o trabalhador está obrigado. Cláusula 7ª (Horário Desfasado) 1- Na modalidade de horário desfasado, embora mantendo-se inalterado o período normal de trabalho diário, pode estabelecer-se, serviço a serviço, para determinado

grupo ou grupos de pessoal e sem possibilidade de opção, horas fixas diferentes de entrada e de saída. 2- Havendo conveniência de serviço, é permitida a modalidade de horário desfasado, designadamente nos setores ou serviços em que, pela natureza das suas funções, seja necessário uma assistência permanente a outros serviços, com períodos de funcionamento muito dilatados. 3- O horário desfasado é aplicável mediante proposta fundamentada dos responsáveis dos serviços ao dirigente máximo da entidade, ou ao dirigente em quem esta competência tenha sido delegada, ouvido o delegado sindical. 4- O estabelecimento do horário desfasado e a distribuição dos trabalhadores pelos respetivos serviços compete, após cumprimento dos pressupostos previstos no presente AE, ao dirigente do respetivo serviço, desde que tenha competência delegada para o efeito. Cláusula 8ª (Jornada Contínua) 1 A jornada contínua consiste na prestação ininterrupta de trabalho, salvo um período de descanso, nunca superior a trinta minutos, que, para todos os efeitos, se considera tempo de trabalho. 2- A jornada contínua deve ocupar, predominantemente, um dos períodos do dia e determina uma redução de (sindicato propõe: nunca inferior a meia-hora) (Universidade insiste em: meia-hora) de trabalho ao período normal diário de trabalho estipulado nos termos do disposto na Cláusula 3ª deste AE (Período Normal de Trabalho). 3 A jornada contínua poderá ser adotada nos casos legal e regulamentarmente previstos, designadamente: a) Trabalhador progenitor com filhos até à idade de doze anos, ou, independentemente da idade, com deficiência ou doença crónica; b) Trabalhador adotante, nas mesmas condições dos trabalhadores progenitores; c) Trabalhador que, substituindo-se aos progenitores, tenha a seu cargo neto com idade inferior a 12 anos; d) Trabalhador adotante, ou tutor, ou pessoa a quem foi deferida a confiança judicial ou administrativa do menor, bem como o cônjuge ou a pessoa em união de facto com qualquer daqueles ou com progenitor, desde que viva em comunhão de mesa e habitação com o menor; e) Trabalhador estudante; f) No interesse do trabalhador, sempre que outras circunstâncias relevantes, devidamente fundamentadas, o justifiquem; g) No interesse do serviço, quando devidamente fundamentado.

Cláusula 9ª (Trabalho por Turnos) 1- O trabalho por turnos consiste na organização do trabalho em equipa em que os trabalhadores ocupam sucessivamente os mesmos postos de trabalho, a um determinado ritmo, incluindo o rotativo, contínuo ou descontínuo, podendo executar o trabalho a horas diferentes num dado período de dias ou de semanas. 2 Devem ser organizados turnos quando o período de funcionamento ultrapasse os limites máximos do período normal de trabalho. 3 A prestação de trabalho por turnos deve obedecer às seguintes regras:. Os turnos são rotativos, estando o respetivo pessoal sujeito à sua variação regular;. As interrupções destinadas a repouso ou refeição, quando não superiores a 30 minutos, consideram-se incluídas no período de trabalho;. Os turnos devem, quando possível, ser organizados de acordo com os interesses e as preferências manifestadas pelos trabalhadores;. Na medida do possível será proporcionado aos trabalhadores que pertençam ao mesmo agregado familiar, o descanso semanal nos mesmos dias. 5- Os turnos no regime de laboração contínua e dos trabalhadores que assegurem serviços que não possam ser interrompidos, nomeadamente pessoal assistente operacional afeto a serviços de vigilância, transporte, tratamento de sistemas eletrónicos de segurança, devem ser organizados de modo a que aos trabalhadores de cada turno seja concedido, pelo menos, dois dias de descanso em cada período de sete dias. Cláusula 10ª (Horário Flexível) 1 Horário flexível é aquele que permite ao trabalhador gerir os seus tempos de trabalho, escolhendo as horas de entrada e de saída, sem prejuízo do cumprimento dos períodos de trabalho correspondentes às plataformas fixas. 2 As plataformas fixas do horário flexível são: a) Período da manhã das 10horas às 12horas b) Período da tarde das 14horas e 30 minutos às 16 horas e 30 minutos 3- Podem ser fixadas outras plataformas fixas por conveniência do serviço, ou para trabalhadores com filhos menores de 12 anos ou, independentemente da idade, filhos com deficiência ou doença crónica desde que solicitadas e autorizadas; 4- A Adoção do horário flexível está sujeito às seguintes regras:. A flexibilidade não pode afetar o regular e eficaz funcionamento das Unidades e Serviços, especialmente no que respeita às relações com o público;

. O cumprimento da duração do trabalho deve ser aferido mensalmente;. A aplicação desta modalidade de horário não afasta o cumprimento da duração mínima do intervalo de descanso.. A aplicação desta modalidade não dispensa a comparência às reuniões de trabalho que se realizem fora das horas consagradas nas plataformas fixas. (A Universidade propõe que este item continue com o seguinte texto: bem como a presença para assegurar o desenvolvimento das atividades regulares e normais do serviço, sempre que tal seja previamente determinado pelo superior hierárquico ) (O Sindicato propõe que esta parte do texto seja retirada ou, não seja considerada como uma situação excecional por decisão do superior hierárquico) 5- Mediante autorização prévia do superior hierárquico, o eventual saldo positivo apurado no final do mês, que ocorra por motivo de anormal acumulação de serviço ou de tarefa excecional e que não tenha sido possível compensar no próprio mês, pode ser considerado como crédito a ser utilizado no mês seguinte até ao máximo de período igual à duração média diária do trabalho. 6- O crédito previsto no número anterior não pode ser gozado por inteiro e não pode, em caso algum, afetar o regular e eficaz funcionamento do serviço. 7- O saldo de tempo negativo mensal dá lugar à marcação de meia falta por cada período igual ou inferior à metade da duração média diária de trabalho, que devem ser justificados nos termos das disposições legais aplicáveis. 6 As faltas a que se refere o n.º 7 desta cláusula reportam-se ao último dia ou dias do período de aferição a que o débito respeita. 7 O disposto nesta cláusula não isenta o trabalhador do dever de assiduidade, sem prejuízo da aplicação de especiais regras da sua verificação previstas em Regulamento Interno. Cláusula 11ª (Meia-jornada) (Retirada. A Universidade não pretende que este regime seja aplicado aos trabalhadores de direito privado) Clausula 12ª (Horários Específicos) Por iniciativa de qualquer das partes, e precedido de despacho do Dirigente máximo do Serviço, podem ser afixados horários de trabalho específicos, a tempo parcial ou com flexibilidade, designadamente: a) Nas situações previstas na Lei aplicável à proteção na parentalidade; b) No caso do trabalhador-estudante;

c) Quando haja lugar a autorização para a modalidade do horário fundamentadamente requerida. d) A requerimento do trabalhador e por decisão do Reitor, podem ainda ser afixados horários de trabalho específicos, nomeadamente nos casos legal e regulamentarmente previstos, ou em situações excecionais, devidamente fundamentadas e casuisticamente apreciadas Cláusula 13ª (Trabalho a tempo parcial) 1-Por acordo entre o trabalhador e a UA, o período normal de trabalho semanal pode ser inferior ao estabelecido na cláusula 3ª. 2-O trabalho a tempo parcial pode ser prestado em todos ou alguns dias da semana sem prejuízo do descanso semanal, devendo o número de dias de trabalho ser afixado por acordo. 3- Por Despacho Reitoral, mediante proposta ou parecer favorável do dirigente da unidade orgânica ou serviço onde o trabalhador ocupa o seu posto de trabalho, devidamente fundamentado, pode ser definido o trabalho a tempo parcial, desde que observados os condicionalismos legais. 4-O acordo ao regime de trabalho a tempo parcial é concebido tendo em conta as seguintes situações preferenciais, nos termos do previsto no artigo 152º do Código de Trabalho: a) Trabalhadores com responsabilidades familiares; b) Trabalhadores com capacidade de trabalho reduzida; c) Pessoa com deficiência ou doença crónica; d) Trabalhadores que frequentem estabelecimentos de ensino médio ou superior. 5- O trabalhador a tempo parcial tem direito à remuneração base prevista na lei, em proporção do respetivo período normal de trabalho semanal Cláusula 14ª (Isenção de Horário) Para além dos casos previstos no nº 1 do artigo 218.º do Código de Trabalho ou noutras disposições legais eventualmente aplicáveis, podem gozar de isenção de horário, mediante celebração de acordo escrito com a entidade empregadora, os trabalhadores integrados nas seguintes carreiras e categorias: a) Técnico Superior; b) Encarregado Geral Operacional;

Cláusula 15ª (Trabalho Noturno) Considera-se trabalho em período noturno, o trabalho realizado de acordo com o que for aplicável aos trabalhadores que exercem funções públicas. Cláusula 16ª (Limites do Trabalho Suplementar) Retirado, porque a Universidade considera que obsta o que estiver no Código de Trabalho Cláusula 17ª (Dispensa de Serviço) - Pendente (Universidade recusa, bastando o que consta no regulamento interno, para poderem alterar ou retirar a qualquer momento) (Sindicato insiste que seja expresso o texto que consta no Regulamento Interno, porque qualquer alteração futura só através de negociação coletiva) Proposta do Sindicato versus Regulamento Interno: 1-Independentemente da modalidade de horário pode ser autorizado pelo superior hierárquico, mediante pedido devidamente fundamentado, um crédito para ausências até ao limite de quatro horas mensais, sujeito a compensação, desde que no final do mês seja cumprido o número total de horas a que o trabalhador está obrigado; 2-É concedida a dispensa de serviço ao trabalhador no dia do seu aniversário natalício; 3-As dispensas ao serviço, bem como as tolerâncias de ponto, são consideradas prestação de serviço efetivo, para todos os efeitos legais Cláusula 18ª (Registo da pontualidade e da assiduidade) As normas relativas à verificação dos deveres, registo e controlo da pontualidade e da assiduidade constam de regulamentos internos da entidade empregadora. Cláusula 19ª (Mapas de horário de trabalho) Em todos os locais de trabalho deve ser afixado, os respetivos mapas de horário de trabalho, com antecedência mínima de uma semana antes da entrada em vigor, elaborado de acordo com as disposições legais.

Cláusula 20ª (Divulgação obrigatória) Do presente AE deve ser dado conhecimento a todos os trabalhadores incluídos no âmbito definido no n.º 1 da Cláusula 1.ª, mediante a sua publicação na página da internet da entidade empregadora e afixação em locais visíveis aos trabalhadores. CAPITULO III COMISSÃO PARITÁRIA Cláusula 21ª (Constituição) 1- É constituída uma comissão paritária formada por dois representantes de cada uma das partes outorgantes da presente convenção. 2- Por cada representante efectivo será designado um suplente para desempenho de funções em caso de ausência do efectivo. 3- Cada uma das partes indicará por escrito à outra, nos 30 dias subsequentes à publicação desta convenção, os membros efectivos e suplentes por si designados, considerando-se a comissão paritária constituída logo após esta indicação. 4- A comissão paritária funcionará enquanto estiver em vigor a presente convenção, podendo qualquer dos contraentes, em qualquer altura, substituir os membros que nomeou, mediante comunicação escrita à outra parte. Cláusula 22ª (Funcionamento) 1- A comissão paritária funcionará em local a determinar pelas partes. 2- A comissão paritária reúne a pedido de qualquer das partes mediante convocatória a enviar com a antecedência mínima de 15 dias de que conste o dia, hora e agenda de trabalhos, cabendo o secretariado à parte que convocar a reunião. 3- No final da reunião será lavrada e assinada a respectiva acta. 4- As partes podem fazer-se assessorar nas reuniões da comissão. Cláusula 23ª (Competências) 1- Compete à comissão paritária interpretar e integrar o disposto nesta convenção.

Cláusula 24ª (Deliberações) 1- A comissão paritária só poderá deliberar desde que estejam presentes dois membros de cada uma das partes. 2- As deliberações da comissão são tomadas por unanimidade e passam a fazer parte integrante da presente convenção, logo que publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego. CAPITULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS Cláusula 25ª (Direito Subsidiário) Todas as matérias não expressamente previstas no presente AE são reguladas pelas normas laborais em vigor a cada momento. A Universidade propôs ainda acrescentar 3 cláusulas sobre: - Horário Concentrado Recusado pelo Sindicato (significa que a Universidade pode aumentar o horário diário até mais 4 horas/dia de modo a concentrar as 35h em 4 dias ou em menos dias. Mas não é o trabalhador quem gere este tempo) - Adaptabilidade Recusado pelo Sindicato (significa que pode aumentar o horário até mais 4 horas/dia e até às 60h/semana, havendo dias e semanas de menos horário para se aferir a média das 35h semanais. Mas não é o trabalhador quem gere este tempo) - Banco de Horas Recusado pelo Sindicato (significa que a Universidade pode aumentar o horário diário até mais 4 horas/dia, até 60h/semana e 180/ano, cuja compensação é por tempo equivalente. E não é o trabalhador quem gere este tempo) Atenção: A aplicação destas modalidades também tem implicações, podendo substituir na prática, na feitura e compensação de horas extraordinárias.