FACULDADE DO CENTRO OESTE PINELLI HENRIQUES- FALCOPH/ BIOCURSOS PÓS GRADUAÇÃO EM PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS E PRÉ PÓSOPERATÓRIO JAQUELINE FREITAS CABRAL

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Transcrição:

FACULDADE DO CENTRO OESTE PINELLI HENRIQUES- FALCOPH/ BIOCURSOS PÓS GRADUAÇÃO EM PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS E PRÉ PÓSOPERATÓRIO JAQUELINE FREITAS CABRAL O LASER COMO RECURSO TERAPÊUTICO NO PÓS OPERATÓRIO DE DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA MANAUS AM 2016

JAQUELINE FREITAS CABRAL O LASER COMO RECURSO TERAPÊUTICO NO PÓS OPERATÓRIO DE DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação em Procedimentos Estéticos e Pré e Pós Operatório como exigência para obtenção do título de Pós Graduado em Procedimentos Estéticos e Pré e Pós Operatório Orientadora: Dayana Priscila Maia Mejia. MANAUS - AM 2016

O laser na reparação tecidual no pós operatório de Dermolipectomia: Revisão Bibliográfica Jaqueline Freitas Cabral 1 Jaquelinecabral22@hotmail.com Dayana Priscila Maia Mejia 2 Procedimentos Estéticos e Pré e Pós operatório de cirurgias Bio Cursos Resumo A cirurgia plástica vem crescendo recentemente, homens e mulheres em busca do corpo perfeito. A cirurgia de dermolipectomia (abdomiplastia) se destaca por realizar correções estéticas e funcional em casos de flacidez da musculatura, excesso de emagrecimento, gestações sucessivas, entre outros. O laser de baixa potência como recurso no processo cicatricial, vem ganhando um papel fundamental no pós operatório na ferida cirúrgica, principalmente acelerando na reparação tecidual e minimizando edemas, dores com seu efeito pró inflamatório nos comprimentos de ondas vermelhas e infravermelho. O objetivo do trabalho foi revisar os dados da literatura sobre cirurgia de dermolipectomia, o uso do laser e seus tratamentos através da literatura. De forma geral, com a pesquisa foi possível concluir que o uso do Laser ajuda no pós operatório de cirurgias de abdomiplastia e dessa forma conseguiu-se chegar aos objetivos propostos no trabalho com resultados satisfatórios, que possibilita um estudo mais detalhado para trabalhos futuros. Palavras chave: Laser; Reparação tecidual; Dermolipectomia. 1. INTRODUÇÃO A Dermolipectomia se tornou uma intervenção muito popular, essa cirurgia consiste onde se retira parte do tecido subcutâneo em excesso na região abdominal através de uma incisão supra púbica com a deslocação do umbigo e com uma plicatura na musculatura reto abdominal, podendo ser associada se necessário a uma lipoaspiração para retirada do excesso de tecido adiposo local 1. Essa técnica é indicada nos casos de considerável perca de peso, ou após a gravidez com um estiramento excessivo da pele do abdômen e a pele não ter mais capacidade de contração, e, em consequência disso, as fibras elásticas da pele foram destruídas ou os músculos abdominais são distendidos da linha central do abdômen, o que resulta em diástase com hérnia na linha média e, também, nos casos de cicatrizes retraídas e 1 Pós Graduação em Procedimentos estéticos e Pré e Pós Operatório de Cirurgias e Graduada em tecnologia em estética, beleza e Imagem Pessoal. 2 Mestre em Bioética e Direito em saúde e Especialista em Metodologia do Ensino Superior e Graduada em Fisioterapia

4 dolorosas que geralmente aparecem depois de Cesária, podem também ser o motivo para uma dermolipectomia abdominal 5. O profissional capacitado dispõe de alguns recursos assim como o laser, que podem ser utilizados no pós-operatório de dermolipectomia e irá depender do quadro do paciente e a fase do processo de cicatrização e reparo tecidual 2. O termo laserterapia é utilizado para demonstrar os efeitos terapêuticos do laser e pode ser substituído por uma série de outros termos tais como: bioestimulação laser, irradiação laser, terapia a laser entre outros. O laser quando aplicado corretamente, estimula a taxa de crescimento do ciclo celular, provavelmente isso ocorre devido ao aumento na vascularização e no estimulo da capacidade fibroblásticas, causando uma aceleração do ritmo mitótico quando comparado às células não submetidas ao tratamento com laser recentemente, Tune e Hode publicaram um livro de terapia à laser no qual descreve numerosas aplicações clinicas da fotomodulação laser para várias desordens médicas 3. Alguma das condições que podem ser tratadas como terapia laser inclui: alergia, asma, defeito ósseo, câncer, depressão, diabetes, desordens do sistema imune, regeneração muscular, regeneração nervosa, problemas oftalmológicos, lesões do cordão espiral, tuberculose, problemas urológicos e outras desordens aonde o laser de baixa potência vem mostrando seu poder de reparação tecidual. 2. REVISÃO DA LITERATURA Mensurar a utilidade da estética é um assunto complexo como perguntar para que sirva o conhecimento de forma geral e apesar disso, no âmbito da filosofia, a estética esta entrelaçada com outras subáreas como a metafisica e vem crescendo a cada dia, a logica, a ética e a própria teoria do conhecimento. A estética é imensamente abrangente, possibilitando discutir questões que dizem respeito a essência do que se entende por filosofia, penetrando no questionamento dos valores que conferem parâmetros ao gosto, interpretando o que está por trás das aparências, onde a construção de pressupostos estéticos se tornou ferramenta de manipulação mercadológica, política, social e ideológica: a estética assumiu uma importância ainda maior. 4 Esteticamente, o abdômen tem a sua função de contorno corporal, e suas alterações causam desconforto e implicações sociopsicológicas importantes 5.

5 Esse procedimento cirúrgico ocorre destruição dos vasos e nervos que irão causar dor, edema e alteração da sensibilidade da pele que, por conseguinte causa umas grandes lesões internas e desconforto ao paciente 1. Tais modificações ocasionam uma redefiniçao de regras corporais sendo nas ultimas gerações que contribuiu para a reformulação dos valores atuais atribuídos ao corpo 6. A cirurgia plástica foi desenvolvida como consequência do desejo pelo corpo perfeito e não da necessidade e funcionalidade 5. As cirurgias é realizada geralmente sob anestesia geral ou peridural com sedação. Na dermolipectomia, após dissecção e ressecção do excesso cutâneos, foi realizada a plicatura dos músculos retos, quando indicada, e, posteriormente, o reposicionamento do retalho dermo-adiposo por intermédio aplicação pontos isolados de adesão, e colunas a partir do limite superior da dissecção junto ao xifoide, a distância máxima de 4 cm entre eles, até a sutura das bordas da incisão. Os pontos foram aplicados transfixando a fáscia muscular da parede abdominal e a camada adiposa lamelar, com ou sem inclusão da fáscia superficial. No nível de exteriorização, o umbigo foi posicionado no plano cutâneo 7. Alguns autores relatam que as principais complicações incluem hematomas, infecções, deiscência, seroma, excesso de pele, irregularidades, depressões, aderências, fibroses, cicatrizes mal posicionadas, cicatrizes hipertróficas e queloídeanas, excesso de pele, seroma, alopecia, falta de sensibilidade e lesões motoras do nervo facial e fistula salivar, assimetria, retrações, complicações respiratórias 1,5,8. Em relação à causa das coleções liquidas subcutâneas no pós operatório de dermolopectomia, não há um fator isolado 5. Alterações cicatriciais, necrose, irregularidades da parede abdominal, elevações dos pelos pubianos, desvios laterais do umbigo e retração. Além das complicações citadas, incluem-se a hiperpigmentação cutânea (equimose), embolia gordurosa, depressões, perfuração abdominal, e complicações vasculares como trombose venosa profunda(tvp) que pode vim ocorrer em qualquer tipo de cirurgia 9. Protocolo de Tratamento Pós-Dermolipectomia O tratamento pós-operatório é dividido em três partes, as mesmas descritas a seguir: - Fase inflamatória atendimento diário: repouso com deambulação frequente de pequenas distancias, orientações quanto à postura, à maneira correta de levantar e deitar, à melhor postura para dormir, exercícios respiratórios, pressoterapia, compressão: cinta ou malha modeladora, drenagem linfática manual na área cirugiada e nos membros inferiores.

6 - Fase proliferativa atendimento diário: repouso com deambulação frequente de pequenas, compressão: cinta ou malha modeladora, exercícios respiratórios, mobilização suave do tecido conjuntivo, ultrasom de 3MHZ, orientações sensoriais na área cirurgiada por meio de massagem suave proprioceptiva feita pelo próprio paciente, microcorrentes, alta frequência, magnetoterapia, led ou laser em caso de processo de sofrimento da pele com possível necrose futura ou casos de deiscência, drenagem linfática manual na área cirurgiada e nos membros inferiores. - Fase de remodelação atendimento diário: exercícios respiratórios associados a exercício membros superiores, compressão: cinta ou malhas, pequenas caminhadas após 45 dias, mobilização do tecido conjuntivo, ultrassom de 3MHZ, vacuoterapia/ endermoterapia/ (se necessário em caso de fibrose), radiofrequência (é necessário em caso de fibrose ou flacidez cutânea tardia), drenagem linfática manual na área cirurgiada e nos membros inferiores 5. Laser no processos de reparação tecidual O primeiro cuidado com o laser e a preocupação com em relação a biossegurança, a luz ao olho nu pode vir a danificar a retina com sua radiação, por isso faz-se necessário o uso do óculos de proteção indicado para cada tipo de radiação do laser, além de utilização de luvas de procedimentos para que o paciente e o profissional não seja contaminado 10. Existem diversos mecanismos pelos quais o laser de baixa potência pode induzi a atividade mitótica dos fibroblastos básica (FGFb) que constitui um polipeptídio multifuncional, secretado pelos próprios fibroblastos, com capacidade para induzir não somente a proliferação, mas também a diferenciação fibroblástica, e afeta as células imunes que secretam citosina e outros fatores regulatório do crescimento para fibroblastos, estudos in vitro mostra que o laser de baixa potência usando células macrofágica sob a radiação do laser, células liberam fatores solúveis que promovem a proliferação, maturação e locomoção dos fibroblastos através da matriz influenciada pelo laser de baixar potência 11. Diversos estudos têm demostrado que a seleção de parâmetros ópticos, como o comprimento de ondas e a dose de energia da luz laser, são capazes de estimular diferentes aspectos do processo de cicatrização, como a proliferação celular e a síntese de colágeno. Há evidencias de que a concentração colagênica é um fator determinante para a qualidade da cicatriz. Em adição, tem sido escrito que a colagenogênese é influenciada por uma relação inversamente proporcional entre o comprimento de onda e a densidade energética.

7 Aplicando o laser de baixa potência em direção a um determinando tecido é precedido pelo espectro de emissão da luz, campo visível ou infravermelho considerando assim o grau de absorção tecidual para cada comprimento de onda 14. O laser usado de pontualmente mantendo a distância de 1cm da pele, pois podendo respeitar os aspectos físicos da retração e absorção da luz, impedindo ao máximo sua reflexão induzindo assim a fotobioestimulação que trabalha buscando normalizar o tecido da lesão 14.Ainda, a baixa potência não produz nenhum efeito térmico considerável e suas reações são basicamente de fotobioestimulação celular, como o laser e o LED 14. A incorporação do laser como instrumento terapêutico tem sido acompanhada na área biomédica desde 1960, e foi um dos primeiros experimentos publicados sobre efeito do laser de baixa potência desde 1983, através da irrigação de laser HeNe (Hélio-Neonio) sobre feridas de ratos durante 14 dias corridos 19. 3. METODOLOGIA Foram pesquisados artigos científicos nacionais e internacionais selecionados a partir de consultas as bases de dados do Scielo (Scientific Eletronic library online). Foram descritores Physical therapy, Fototerapia (Phototherapy), Livros, Revistas Cientificas, uns referenciais antigo, mas ainda com a mesma relevância da atualidade, teses de mestrados e estudos de caso, no período da pesquisa 1997 a 2014. A revisão da literatura foi feita do dia 10 outubro de 2015 a 30 de maio 2016. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os presentes estudos foram realizados com o objetivo de demonstrar a importância do profissional de Estética, a forma como tem atuado de maneira satisfatória na prevenção e tratamento de complicações de pós-operatório que resultam em sequelas que comprometam o resultado final da cirurgia plástica. A cicatrização tecidual é um processo complexo que envolve atividade local e sistêmica do organismo. A ação terapêutica do laser na cicatrização também é bastante complexa, induzindo efeitos locais e sistêmicos; tróficos e regenerativos; anti-inflamatórios e antálgicos. Sendo assim, Borges (2010) ressalta que é de extrema necessidade a interação entre os componentes da equipe médica para que o planejamento e a interação sejam feitos da melhor maneira possível. Devendo a equipe multidisciplinar conhecer profundamente a técnica

8 cirúrgica, a fisiopatologia envolvida no pós-operatório, assim como ter noções básicas do papel do outro profissional para que cada um assuma responsavelmente a função que lhe é inerente. A absorção de luz de laser de baixa intensidade pelos sistemas biológicos e de natureza puramente não coerente (isto é, fotobiológica), ao nível celular, todas as respostas biológicas possíveis são determinadas pela absorção de luz com a molécula fotoaceptora 12. É nítido a relação entre o tempo de recuperação no pós-operatório de quem recebe um tratamento pós-operatório por um profissional especializado, com os que não recebem este tipo de tratamento, uma vez que irá interferir na recuperação mais rápida e saudável e menos dolorosa na cirugia 1. A ação do laser após uma lesão da pele possibilita a angiogênese, estimulo da mitose celular, regulação dos fibroblastos, normalizando a produção de fibras elásticas e colágenas, impedindo a ocorrência de quelóides, hipertrofias e alargamentos. Os protocolos propostos nas intervenções pós-cirúrgicas devem considerar a fase do processo inflamatório 15. Descrição de 2 propostas de tratamento com laser de baixa potência e seus principais resultados: Com tratamento descrito, HeNe com energia de 4J/cm 2 aplicado de 12 segundos por pontos da ferida no modo continuo, 5mW, comprimento de onda de 632,8nm e área de raio do laser de 0.015 cm 2, os resultados obtidos segunda a pesquisa foi o aumento de colágeno tipo III, diminuição do infiltrado inflamatório e resolução precoce da fase inflamatória das feridas 15. Comprimento de 670nm e irradiados durante 10 dias consecutivos sobre lesão a cutânea, o resultado obtido nessa pesquisa a dose de 4J cm 2 diferiu significativamente das demais quando ao processo de reepitelização 16. Dentre os tratamentos utilizados na recuperação tecidual a literatura mostra que o laser promove a neoformação vascular e proliferação celular como, dos fibroblastos por exemplo que são células importantes no caso do processo de cicatrização 17. Percebendo diferentes respostas inflamatórias com número elevados de células polimorfonucleares na primeira horas, segundo pela diminuição dos níveis no 3º dia póstratamento, após o uso de terapia laser (670nm, 9 mw, 4Jcm 2, 124s) 18. Para cicatrização tecidual deve estar na faixa de 6 a 8Jcm 2 atuando conjuntamente ao processo inflamatório, pois a aplicação do laser contribui para a cicatrização e reparo injuriado, com um efeito antioxidante e de estimulação e aumento do radical da enzimas superóxido dismutase (SOD). Favorecendo, portanto a regulação do metabolismo celular 20.

9 5. CONCLUSÃO Diante dessa necessidade, das vantagens atribuídas ao laser e das limitações apresentadas pelas pesquisas já realizadas, sugere-se que mais estudos busquem os efeitos do laser terapêutico sobre a cicatrização de lesões cutâneas, por meio de protocolos mais padronizados, com critérios de avaliação e inclusão rigorosos e utilizando modelos humanos. A opção terapêutica com laser de baixa potência pode ser uma boa alternativa, já que conforme os achados descritos, o laser é capaz de promover um processo cicatricial mais rápido e de melhor qualidade, acelerando a proliferação celular, aumentando a vascularização e otimizando a organização do colágeno, e contendo propriedades anti-inflamatórias, analgésica de aceleração da cicatrização, assim podendo proporcionar um pós operatório mas confortável ao paciente, possibilitando a redução de medicamentos. É importante destacar que intervir precocemente no processo cicatricial de lesões cutâneas, evita sérias complicações que estão associadas à esse tipo lesão. 6. REFERÊNCIAS 1. SOARES, Rafaella Galdino. Drenagem linfática manual como coadjuvante no pós operatório de abdominoplastia. Revista Presciência, 2012. 2. SILVA RMV, Martins ALMS, Maciel SLCF, Resende RARC, Meyer PF. Protocolo fisioterapêutico para o pós-operatório de abdominoplastia. Ver Ter Man.2012;10(49):294-9. 3. TUNER J, Hode L. Laser Therapy: Clinical practice and scientific background. Tallinn: Prima Book. 2008. 4. ADORNO, T.Teoria da Estética. Lisboa Martins Fontes, Bayer, R História e os problemas da Estética. São Paulo. Martins Fontes 2001. 5. BORGES, Fabio S. Dermato-Funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo Phorte, 2011. 6. BÔAS, Luana Michele da Silva Vila. Beleza e cirurgia estética: representações sociais de estudantes. (Dissertação de mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2012.

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