Jesus nasceu com a natureza de Adão, depois da queda, igual à nossa com propensões más, e uma vez que Ele foi vitorioso tendo uma natureza como a nossa, também nós podemos ter a vitória perfeita sobre o pecado.
Jesus era verdadeiramente homem, mas sem propensões para o mal, igual à Adão antes da queda. Colocam mais ênfase no papel de Jesus como substituto justificador do que no Seu exemplo para o vencedor.
Até 1957, houve no adventismo um forte consenso que a humanidade de Jesus era igual à de uma pessoa após a queda de Adão (visão pós-queda).
Mas já durante este período se notava uma oposição a este conceito pósqueda, especialmente nos meados dos anos 1890 como mostrou George Knight em seu livro From 1888 to Apostasy, págs. 132-140
A principal causa de um acalorado debate sobre a humanidade de Jesus foi a publicação do livro Seventh-day Adventists Answer Questions on Doctrine, em 1957, que defendeu a posição pré-queda.
M. L. Andreasen teve uma carreira longa e produtiva como um respeitadíssimo ministro, escritor e professor. Defensor da posição pós-queda, reagiu tão agressivamente contra a publicação do Questions on Doctrine, a ponto de ele perder sua credencial.
Em anos posteriores a 1957, Andreasen teve admiradores e oponentes, que alimentaram acirrados debates que continuam até hoje.
Um grupo diz que Jesus tomou uma natureza igual à nossa.
Portanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito condenou Deus, na carne, o pecado,... Romanos 8:3
Antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornandose em semelhança de homem; e reconhecido em figura humana,... Filipenses 2:7
Visto, pois, que os filhos têm participação comum da carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou,... Pois ele, evidentemente, não socorre anjos, mas socorre a descendência de Abraão. Por isso mesmo, convinha que, em todas as cousas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote... Hebreus 2: 14, 16-17
Outro grupo salienta a singularidade de Jesus, fazendo-o diferente de nós e igual à Adão antes da queda.
Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fossemos feitos justiça de Deus. II Coríntios 5:21
Sabeis também que ele se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado. I João 3:5
Já não falarei muito convosco, porque aí vem o príncipe do mundo; e ele nada tem em mim;... S. João 14:30 Quem dentre vós me convence de pecado? S. João 8: 46
Um grupo declara que Jesus veio em nossa semelhança carnal. Outro grupo afirma que Jesus não conheceu pecado. São contraditórios? São complementares?
ADÃO JESUS NÓS = Sem pendor para o mal =/ =/ Efeitos do pecado Humanidade degenerada =
Deveria tomar a Sua posição à frente da humanidade, tomando a natureza mas não a pecaminosidade do homem. E. G. W. Signs of the Times, 20/05/1901
Cristo devia redimir, em nossa humanidade, a falha de Adão. Quando este (Adão) fora vencido pelo tentador, entretanto, não tinha sobre si nenhum dos efeitos do pecado. Encontrava-se na pujança da perfeita varonilidade, possuindo o pleno vigor da mente e do corpo. Achavase circundado das glórias do Éden, e em comunicação diária com seres celestiais....
Não assim quanto a Jesus, quando penetrou no deserto para medir-se com Satanás. Por quatro mil anos estivera a raça a decrescer em forças físicas, vigor mental e moral; e Cristo tomou sobre Si as fraquezas da humanidade degenerada. Unicamente assim podia salvar o homem das profundezas de sua degradação. D. T. N., pág. 117
Como podia Jesus ser tentado em tudo como nós somos? Ele não leva uma aparente vantagem sobre nós?
Nunca, de maneira nenhuma, deixe a mais leve impressão sobre as mentes humanas de que qualquer mácula ou inclinação para a corrupção repousou sobre Cristo, [esta frase se refere à natureza com a qual Cristo veio ao mundo, em claro contraste com a natureza com que nascem os corrompidos seres humanos] ou que Ele de qualquer forma cedeu à corrupção [parece referir-se aos atos/ações] E. G. W. SDABC 5: 1. 128 1. 129
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Hebreus 4:15
Se Jesus não tinha propensões pecaminosas inatas como nós, como pode Heb. 4:15 dizer que Jesus foi tentado em tudo como nós? Foram as tentações de Jesus iguais às nossas? Não levava Ele alguma vantagem sobre nós?
PRIMEIRO era impossível Jesus ter sido tentado com cada tentação que cada pessoa enfrenta.
SEGUNDO era desnecessário Jesus sofrer cada tentação que vem a cada pessoas. Jesus necessitava apenas vencer a tentação onde Adão caíra
Jesus não necessitava nem mesmo ter propensões pecaminosas inatas com as quais nós nascemos. Ele necessitava apenas vencer onde Adão caíra e nas condições de Adão.
A acusação de Satanás é que Adão e Eva não eram capazes de guardar a lei antes da queda. Satanás apontava o pecado de adão como prova de que a lei de Deus era injusta, e não podia ser obedecida. D.T.N., pág. 117
Terceiro Mesmo sem tendências más inatas, Jesus poderia ter sido tentado como nós. Como?
Enquanto o diabo apela às nossas más inclinações, a Jesus o diabo apelava às Suas boas inclinações. Apelando para coisas nobres o diabo tentava desviar a Jesus do plano de Deus.
À luz do que foi dito pode-se sugerir que Hebreus 4:15 quer dizer que em essência foi Jesus tentado em tudo como nós, mas as formas ou maneiras são diferentes.
Essência ou foco: Independência Formas variadas hoje: Negar a Deus para ganhar subsistência. Transgredir o sábado por um salário melhor. Transgredir o sábado por estudo (título) Casar com infiel.
Essência ou foco: Super-dependência Formas : Expor-nos desnecessariamente em situações perigosas. Não tomar as devidas precauções médicas. Esperar receber as bênçãos de Deus, sem fazer a nossa parte.
Essência ou foco: Trocar a lealdade a Deus por prazer, posses, poder.
PRIMEIRO: Jesus nunca cedeu a uma tentação, por isso sentiu a força total de cada tentação de Satanás.
Segundo: Deus não permite sermos tentados além de nossas possibilidades. Mas Jesus teve tentações que não foram comuns ao homem.
Não veio sobre vós tentação, senão humana, mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar. I Cor. 10:13
A força de Suas tentações estava na possibilidade de usar Sua total divindade para resistir aos ardis de Satanás.
A principal tentação para Cristo foi a mesma de todos os seres humanos: o desejo de andar sozinho e depender de si mesmo, em vez do poder divino.