Guia essencial de Bariloche e Villa la Angostura 1ª Edição Brasília/DF Alves de Melo 2015
MAGALHÃES, Adriana. Guia essencial de Bariloche & Villa la Angostura [online]. Brasília: Edição: Adriana Magalhães Alves de Melo. 2015. Prefixo Editorial: 920207. ISBN: 978-85-920207-0-5. E-BOOK Redação:. Revisão: Bruno Lourenço. Fotografias e Vídeos: e Bruno Lourenço. Projeto Visual, Editoração e Produção digital: Lila Lima As opiniões e informações sobre passeios, hotéis e restaurantes apresentadas no presente Guia são fruto da experiência pessoal da autora. Ela se hospedou e esteve em todos os lugares citados sem receber nenhuma forma de compensação monetária por qualquer divulgação.
3 Guia essencial de Bariloche & Villa la Angostura 1ª Edição Brasília/DF 2015
4 Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. All the contents of this work, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons-Attribution-NonCommercial -NoDerivatives 4.0 International (CC BY-NC-ND 4.0). * Todo o conteúdo deste trabalho, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial- SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0). * Todo el contenido de esta obra, excepto donde se indique lo contrario, está bajo una licencia de Creative Commons Reconocimiento- NoComercial- SinObraDerivada 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0).
5 Por que este Guia? Eu escrevi o Guia com minha experiência de oito viagens pela região da Patagônia argentina, inclusive tendo morado dois meses em Bariloche. Meu marido, Bruno Lourenço, jornalista e viajante como eu, colaborou assinando alguns artigos. Neste guia, você vai encontrar dicas comuns e essenciais sobre Bariloche e Villa la Angostura, tais como a temperatura em cada estação do ano, sobre câmbio de dinheiro, como se locomover, etc. Além disso, você vai conhecer intimamente cada uma das cidades. Dou uma geral sobre as cidades e suas peculiaridades, dicas de passeios, estação de esqui, restaurantes, hotéis e as principais atividades que podem ser feitas nesses locais e proximidades. Meu filho Leonardo (Léo), de 8 anos, também se animou a dar dicas para as crianças que visitam aquela região. Uma participação pra lá de especial com dicas sob a percepção de uma criança. Arthur, de 11 anos, que aparece em algumas fotos, nos acompanha desde sempre por aquelas "bandas", mas prefere não dar dicas. Nunca é demais informar que opiniões sobre passeios, hotéis e restaurantes refletidas aqui são fruto da minha experiência pessoal. Todos os lugares foram visitados por mim, sem nenhuma forma de compensação monetária pela sua divulgação.
6 Como navegar no guia O guia está organizado de modo a facilitar o acesso do leitor às informações que lhe interessam. Em cada tópico abordado no guia, além de compartilhar nossas impressões sobre a "terra de coração", estão listados passeios, locais para hospedagem, para alimentação e diversão. Se quiser trocar experiências sobre Bariloche e Villa la Angostura, você pode falar comigo por vários meios. Fique à vontade para curtir, seguir, adicionar, criticar, sugerir e elogiar. Contatos: e-mail: adriana@atravessarfronteiras.com.br facebook: https://www.facebook.com/atravessarfronteiras twitter: @atravessarf instagram: atravessarf youtube: https://www.youtube.com/user/amamelo1/
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m Brasília/Bariloche Distância 4.400 km Indo de avião: 8h 10min Indo de carro: 49 horas Fonte Google Maps: https:// goo.gl/maps/zzoltj3zns22
9 Apaixona-te! ( Apasiónate!) Quando eu era criança, vendo a novela Final Feliz, os mocinhos José Wilker e Natália do Vale visitavam Bariloche. As cenas do casal apaixonado brincando na neve me marcaram. Isso foi em 1982, mas Bariloche ficou passeando por meu imaginário durante muito tempo. Foi somente em 2003 que eu conheci, enfim, Bariloche, cidade que é a porta de entrada da Patagônia Argentina. Na época, havia um cartaz que dizia: Chegaste à Patagônia: apaixona-te!. Meu coração se despedaçou. Descobri minha terra, minha origem, minhas
10 entranhas naquela paisagem. Eu me apaixonei. Ainda mais quando conheci Villa la Angostura, que fica a 80km de Bariloche, percorridos numa estrada linda que margeia o Lago Nahuel Huapi. Villa la Angostura é minúscula se comparada a Bariloche, mas sua paisagem majestosa, seu centrinho lindo, seu lago maravilhoso, tudo isso me arrebatou d e uma forma ainda mais intensa. Desde aquele 2003 até 2015, estive nada menos do que oito vezes naquela região. Já virou minha casa, onde tenho amigos e encontro conhecidos na rua. Já fui no inverno, na primavera, no verão e no outono. É tudo sempre lindo! A única vez em que fui sem crianças foi a primeira, em 2003, quando eu ainda não tinha filhos. Aliás, nosso primeiro filho, Arthur, tem o selo Hecho en Patagonia daquela viagem maravilhosa. Depois disso, em todas as vezes levei minhas crianças. Bariloche e Villa la Angostura acompanham o desenvolvimento dos meus filhos. O post sobre Bariloche no meu blog Atravessar Fronteiras (www.atravessarfronteiras.com) é, de longe, o campeão de audiências. Respondo perguntas todos os dias de brasileiros interessados em conhecer a neve no destino mais procurado por nós (o apelido Brasiloche veio bem a calhar). Por isso, resolvi juntar todas essas dúvidas e tentar respondê-las neste guia. Aqui você vai conhecer detalhes daquela região, podendo organizar sua viagem da melhor maneira possível. Atenda também ao chamado e se deixe apaixonar!
Antes de ir 11 O que você deve pensar antes de ir a Bariloche e Villa la Angostura? O idioma não é problema, já que somos os turistas estrangeiros mais frequentes por aquelas bandas, quase todo mundo que trabalha com serviços e comércio fala português (no mínimo um portunhol básico). Em uma semana dá para conhecer muita coisa, mas eu sempre prefiro ir com mais tempo, para aproveitar com calma a atmosfera do lugar. Geralmente passo duas semanas. Se for no inverno, já faça uma programação de compra de pelo menos um bom casaco aqui no Brasil, porque não dá nem para sair do aeroporto sem estar agasalhado (e no aeroporto não tem lojinhas de roupas). O clima Em Bariloche e Villa la Angostura faz frio quase o ano todo. Lembre-se que você está na Patagônia, ok? Tirando o verão, que Patagônia argentina em dois momentos: Dia de praia no Lago Correntoso, em Villa la Angostura, em janeiro de 2015, e a neve no Cerro Otto, Bariloche, em julho de 2011
12 coincide com o nosso, de dezembro a março, você provavelmente vai sentir mais frio do que calor em Bariloche. Em qualquer estação, é importante levar um casaco forte, porque em qualquer momento a temperatura pode cair bastante. Eu já peguei neve nas montanhas em pleno Natal em Bariloche. Já fui para lá em janeiro, março, abril, julho, setembro, outubro, novembro e dezembro, ou seja, todas as estações do ano. Posso te dizer que em janeiro, é verão. Sim, você pode usar roupa de banho nas praias do Nahuel Huapi, sair só de casaquinho leve à noite. Em março ainda se aproveita um pouco do clima quente. Mas é sempre bom levar um bom casaco, mesmo que não seja inverno. Em uma das minhas viagens, em dezembro, quase verão, pegamos neve nas montanhas e passamos uma semana inteira com mínima de 5 graus. Tudo bem, era uma frente fria, mas aconteceu. No verão, o sol se põe por volta das 10h da noite. Uma delícia para quem quer aproveitar o dia. Eu adoro!
Eu vou ver a neve? A grande dúvida das pessoas que vão visitar Bariloche e Villa la Angostura é: vou ver neve? Vou brincar, comer, guerrear com neve? Eu sempre procuro responder: vamos por partes. Bariloche fica na Patagônia argentina. O inverno de lá coincide com o nosso, ou seja, começa em junho e vai até setembro. Mas isso não é garantia que em junho haja neve suficiente para esquiar. Aliás, a melhor época para ter garantia de neve é final de julho, e o mês de agosto inteiro. Isso se você quiser esquiar. Mas provavelmente a partir de maio já haverá neve nas montanhas, suficiente para você matar sua vontade de fazer guerra de bola de neve ou fazer um boneco de neve. E coloque uma coisa em mente: a natureza é imprevisível. Isso são apenas probabilidades. Sempre costumo verificar as webcams localizadas na montanha e no centro de Bariloche. Assim dá para ver o tanto de neve que acumulou nos últimos dias. Faça isso também nos dias anteriores à sua viagem. Sugiro o site: 13 http://bariloche.org/ camaras-en-vivo-bariloche
14 O que vestir Outra dúvida que sempre bate nos brasileiros que vão àquela região é com a roupa. Provavelmente, a ansiedade sobre o que vestir existe quando a pessoa nunca esteve na neve e não tem noção de que roupa aguenta o frio. A primeira coisa que eu digo: se você for esquiar, brincar na neve, fazer esquibunda, TEM que ter roupas e sapatos impermeáveis. Caso contrário, a brincadeira acaba em meia hora, quando você está congelando porque está todo molhado. No centro de Bariloche e Villa la Angostura existem muitas lojas de aluguel de roupa de neve. Arthur e Leo brincando na neve em Bariloche ( julho de 2011)
Você pode alugar por diária e também pela semana ou vários dias, garimpando um desconto. É superimportante alugar também a bota. Já vi gente andando de bota de salto na montanha nevada (!!!). Bota de couro que não seja impermeável não resolve nada se você for brincar na neve. Ela também deixa passar água. Investir em meias e luvas boas também é legal, mesmo se for só para alugar. Quando as extremidades ficam congeladas, a diversão acaba, lembre disso. No inverno, meias-calças, camisa segunda pele, gorro, cachecol e luva são indispensáveis, até mesmo para passear na cidade. Isso porque as temperaturas baixíssimas do inverno (que podem chegar perfeitamente a 15 graus negativos) ficam somadas ao vento cortante que vem do lago. Prepare-se bem! Nas lojas de departamento brasileiras, há algumas boas opções para comprar casacos, geralmente de maio a julho. E lá mesmo, em Bariloche e Villa, há várias lojas onde você pode se abastacer dos melhores casacos para aguentar o frio. Nas demais estações, sempre é importante levar um casaco bom para lá, mesmo no verão, no caso de bater uma frente fria. Cambiando dinheiro A Argentina tem um câmbio oficial, definido pelo governo, e um paralelo, que eles chamam de blue. A diferença é gritante. No final de setembro de 2015, um turista numa casa de câmbio na Calle Florida, em Buenos Aires, trocaria um dólar por algo em torno de 9,30 pesos. Em Bariloche, Villa La Angostura ou San Martin de Los Andes, numa casa legal de câmbio ele consegue um pouco mais, 9,50. Se as notas forem pequenas, de dez dólares para baixo. Mas se as notas forem graúdas, de 100, mesmo os estabelecimentos 15