Hidrologia portuguesa

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1 1 2 REA r ISTA DE QUÍMICA PURA E APLICADA Hidrologia portuguesa FEI. Dr. António PerciTa Forjaz I A nossa rêde hidromineral, vista em conjunto A nossa rede hidromineral é extremamente densa e variada em relação ao território da Nação, a mais densa e variada da Europa e talvez do mundo. primeiro e único trabalho de conjunto, oficialmente elaborado, deve-se ao professor da Escola Politécnica, hoje Faculdade de Sciências de Lisboa, Agostinho Vicente Lourenço. Com mais dois colaboradores, o ilustre químico português apresentou nessa memória ( x ) (1867) o resultado das análises feitas em 50 nascentes portuguesas. Lançando os olhos para o nosso mapa hidrológico verificaremos que é sobretudo ao norte que essa rêde se adensa. As nossas principais nascentes eram aproveitadas pelos romanos e árabes como o demonstra numerosos achados arqueológicos. As primeiras análises A primeira análise química, embora rudimentar, que se fêz em Portugal é devida a Domingos Vandeli (1778). Foi realizada na água das Caldas da Rainha, efectuando o ilustre italiano os seus ensaios na Universidade de Coimbra, onde então preleccionava, transferido para lá do Colégio dos Nobres. Mas o fundador da hidroanálise nacional foi o professor de química da Politécnica, Júlio Máximo de liveira Pimentel, Visconde de Vila Maior. Localização das nascentes Mapa hidromineral No mapa junto, encontram-se assinaladas as 25 principais nascentes portuguesas continentais, não devendo esquecer-se as nascentes do Portugal Insular, principalmente as de S. Miguel (Furnas, Lombadas). (') Trabalhos preparatórios àcêrca das águas minerais do Reino, pela comissão composta dos srs. Tomáz de Carvalho, Agostinho Vicente Lourenço e J. B. Schiápa de Azevedo. Lisboa.

HIDRLGIA PRTUGUESA 73 Melqato V Montão lancora.,'bragança I Chaves r\ Taipqs 6 tvarzim Matosinhos! Foz do Douro ^ Gaia. SáíamJPCú Pirmeos K ordia. i-yl Airii \ 11 CIMBRA Riwtira da Foz LÕaLlha azaretla^tmar ViIarFot-ITioso ftri/rfoi acerei r GUARDA.frá^itIquerfd/ -Rádio; IUl^iAi/ / - A jref^ites Rainha /. 0 \ ^ -r W. e.>w,. //VJY V^lârva ^trmlt,-, ^tlisboa! kmora \ / sevi/fo V ViíTT -> M V B A D A J Z EVRA Funcheua j! Monchil MonUGordo I Melgaço; 2 Monção; 3 Caldelas; 4 Gerez; 5 Canavezes; 6 Taipas; 7 Chaves; 8 Vidago; 9 Salus; I Pedras Salgadas; II Moledo; 12 Aregos; 13 Vizela; 14 S. Vicente; 15 Entre-os-Rios; 16 S. Pedro do Sul; 17 Felgueira; 18 Rádium; 19 Luso; 2o Curia; 2t Caldas; 22 Cucos; 23 Moura; 24 Monchique; 25 Arsenal (Lisboa).

1 1 2 REA r ISTA DE QUÍMICA PURA E APLICADA Crenoterapia policrenatismc da rica e densa hidrologia nacional permite uma diferenciação terapêutica profunda das nossas nascentes entre si. A especificidade de cada unidade hidromineralógica é, tanto quanto possível, determinável e sê-lo há cada vez mais pelo progresso que se está realizando na técnica físico-química. Doenças das vias respiratórias: Taipas, Vizela, Caldas da Saúde, Caldas de Canavezes, Entre-os- -Rios (Tôrre), S. Vicente. Doenças de fígado : j Gerez, Rádio.) Doenças dos intes- \ Unos; Vidago, Salus, I Pedras Salgadas, Fel- í gueira. J Reumatismo, gota, etc.: Monção, Gerez, Caldas de Moledo, Caldas de Aregos, S. Pedro do Sul, Moura, Felgeira, Caldas da Rainha, Arsenal Doenças de pele: Taipas, Vizela, Moledo, Canavezes, Felgucira, Luso, Cucos, Caldas. Doenças do coração e arterioscleiyse: Curia, S. Pedro do Sul, Rádio. I Doenças do estômago: Melgaço, Caldelas, Vidago, Salusr Pedras Salgadas, Moura. ( Doenças dos rins e bacia: Curia, Rádio. besidade, diabetes, sífilis, etc,: Melgaço, Vizela, Moledo, Caldas da Rainha. Para cada doença a sua cura de águas Efectivamente a consideração da actividade e da fugacidade dos iões; das constantes dieléctricas; da acidez actual, PH ; dos iões, iões esfiectroquínácos, que formam o cortejo da mineralização

HIDRLGIA PRTUGUESA 75 secundária, verdadeiros catalizadores no metabolismo orgânico; dos núcleos radioactivos de constituição; dos gases raros, etc., etc., tende a fazer da hidroquímica um dos mais importantes ramos da farmacologia moderna Geoquímica maior número das nascentes portuguesas de água mineral encontram-se nos chamados terrenos antigos, ou seja, no conjunto das rochas eruptivas do norte do país e das formações paleozóicas que aquelas atravessavam. A proporção, das nascentes cenozóicas, mesozóicas e paleozóicas, é, aproximadamente, representada pelos C Nascentes nos terrenos cenozóicos M»»» mesozóicos A»»» antigos Biotam muitas das nossas águas minerais em diaclases graníticas (Pedras, Salus Vidago, Gerez, Caldelas, Alardo, Entre-os-Rios, Vizela, etc ), sendo estas, geralmente águas profundas, juvenis; outras ocorrem em terrenos sedimentares constituindo no cretácico, no jurássico e no triásico lençóis freáticos (Caldas da Rainha, Curia, Cucos, Santa Marta, etc.). Há nascentes no manto basáltico de Lisboa (São Marçal, em eiras) e atê nos terrenos de aluvião (Arsenal, Monte Real, em Leiria, Amieira). Radio-actividade e sulfuração Baseando-se principalmente nos estudos feitos em Luchon, no império do enxofre, o conhecido hidrólogo francês Lepape emite a hipótese de que a radio-actividade das nascentes varia na razão in-

1 1 2 REA r ISTA DE QUÍMICA PURA E APLICADA Ti J CD cu bc U CX IA <u 4-> C ct3 C in <3 ( [ iod -lã) 398 onpissh Birneisduiax 8 o. w r i U " ir 95 <. -- - CU «- K X X S W g. U to o 09 W X U U -W"' â D U 2. S3 v ÇJ b X a ; W Ò U U U U Cfl Cfi te. U ^o «oo»- ro «I : ~ ««N <N \Õ I r (?»u-> "» f. I C^ s ^ o" f S «t «o ~ n * S f> f) f N f)w) oo w> fl f) M «M f tn ro m ró d 00 K ro -t N ^ f f) f) fl M M M W M CJ f) K) M W o W o U^ Q «h CJ C oaidçosoub 33>pU I/) (/> to d <H r f»h ««U-) TÍ- R N H i-tooo o" IN» ro 00 -I I - N 0. o* o" o" U1 a * Siuqo 'o8i (8 uid I) apepiap^say TN. N N N Ihv M v rf- «i W N «M N f r id H N ro N. N C N Ht «M CJ 3 h U I tf! S-H -a a (J)Il joe^ ssunaoiaiiujiiui) UpBJJ 09 U f- Z «u as < Z M I M I I! «30 ü. B Ê ~ =

bmigurira /»7.44 - Furnas (Cald.as Gr.d')... - í 403 Gerex (Bica).' 14,96 _ f 27322 Gríchões. 16,27! 354«Lombadas Luso 22,3 J Marco de Canavezes (L. 28) 1,76 2976 Moledo 1 2.05 3469 Monchique (S. João).... 0,86 i Monfortinho S.87 I Monte Jesus 3.08 Monte Reai 2,56 : 403 Moura 0,25 Pedras Salgadas J+.S 363 Pedrogãos I.24 Pôça - 8,36 - Rádio (Chão da Pena).. 69,48 1,2 X I 8 37136 Salir.. 0,88 Salus 22,17 485 áanta Marta 8,19 196 São Marçal 1 6.75 2112 São Martinho ilo Pòrto. 0,8 ; São Pedro do SuI São Vicente 3.43 : 1636 Serra do Bouro 8,07 306 Suriaipas 0,66 7600 Verride... 2,42 1938 Vidago (1) 12.77 191 Vila Verde 2,94 ; Vizela (Médico) i 2692 *

I I 30" \» I 45 I 1.3336 1 980,1 j 0,008.1.3333 i 420,7 I 0,030, 1.3333 - ; 0,002 1.3333 270,2 I 0,030 i 1.3332 35 >3 j 0,020" : 1.3333 37 I 310,6 j 0,035 1.3333 200 0,015 I 1.3333 170,6 i I 0,040 i 1.3336 190,2 I 200,5 ; 0,220 ; 1.3348 14 o i... '7 >5 j 0,202 ' 270 j 0,010 '.3333 180 0,105 I - - 200,4 0,156 1.3345 i5.4 0,200 I.3J34 170,2 0,030 1.3334 180 690 0,025 1.3336 180 0,095 1.3340 0,010 1.3332 180 0,025 1.3333 140,8 0,330 1.3343 I6,5 0,020 1.3329 140,8 0,050 1.3335 3i.4 0.3s* \ vcomiy pao^v 2.013 \ ISHV (C 3 )" 0,276 : (C a H)" (F)' 0,042 (C 3 H)" (V)' 0,225 (C a Hi' (Si 3 )" 0,042 (C 8 H)' (Cl)' (Si : V 0,300 (SH)' (Na) 0,250 (SH)' (Na)- _ ' (SH)' (C 3 H) (Na)- 0,332 (SH)' (Na)- 0,474 (C a H)' 2,520 (S 4 )" (SH)' 0,520 (Cl)' (Mg)" 2,330 (C 3 H)' 0,416 (C a H)' 3,865 (C 3 H)' (Cl)' 0,055 (C 3 II)' (Si 1 V 1,887 (C 3 H)' (Ci)' 3,228 (C 3 H)' 3.644 (Cl)' (N 3 )' 0,364 (C 3 H)' (Cl)' (C 3 H)' 0,329 (SH)' (Cl)' (Na)- 0,456 (SH)' (Na)- 3.5 '6 (S 4 )" (Mg) 0,124 (C 3 H)' (Si s )" 0,430 (C ii H)' 4,592 (C 3 H)' (Na)' 0,336 (C 3 H)' 0,340 (SH)' (Na)-

1 1 2 REA r ISTA DE QUÍMICA PURA E APLICADA versa da respectiva sulfuração. Considerando as variações destas duas características hidroquímicas nalgumas das mais importantes nascentes portuguesas, Entre-os-Rios (Torre), S. Vicente, Arsenalj Caldas da Saúde e Caldas da Rainha, traduzimos no gráfico seguinte os resultados a que se chega: ftâdiodctividâde Su/furâÇdo Temperdturd Da inspecção dêste gráfico resulta que entre a Torre e S. Vicente o princípio de Lepape se confirma (ambas as nascentes são no granito). Considerando S. Vicente e o Arsenal (esta nascente nas aluviões do Tejo) nota-se.im abaixamento paralelo nas duas curvas características. Dum modo geral, para nascentes nas mesmas condições geológicas, e, particularmente, no mesmo perímetro, o princípio de Lepape aplica-se; em caso contrário, não.