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Transcrição:

Cypriniformes Gilmar Baumgartner Carla Simone Pavanelli Dirceu Baumgartner Alessandro Gasparetto Bifi Tiago Debona Vitor André Frana SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros BAUMGARTNER, G., et al. Peixes do baixo rio Iguaçu [online]. Maringá: Eduem, 2012. Cypriniformes. pp. 51-56. ISBN 978-85-7628-586-1. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>. All the contents of this chapter, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution-Non Commercial-ShareAlike 3.0 Unported. Todo o conteúdo deste capítulo, exceto quando houver ressalva, é publicado sob a licença Creative Commons Atribuição - Uso Não Comercial - Partilha nos Mesmos Termos 3.0 Não adaptada. Todo el contenido de este capítulo, excepto donde se indique lo contrario, está bajo licencia de la licencia Creative Commons Reconocimento-NoComercial-CompartirIgual 3.0 Unported.

Ordem CYPRINIFORMES Com dentes ausentes nas maxilas, os representantes desta ordem geralmente possuem dentes faríngeos bem desenvolvidos. Originários do continente Asiático, onde são muito diversos, os Cypriniformes não ocorrem naturalmente na América do Sul, nem na Austrália (NELSON, 2006). O registro de seus representantes no Brasil e na bacia do rio Iguaçu, consequentemente, é oriundo sobretudo de escapes de pisciculturas, visto que algumas espécies são cultivadas no Brasil e em vários outros países.

FAMÍLIA Cyprinidae

G. Baumgartner, C. S. Pavanelli, D. Baumgartner, A. G. Bifi, T. Debona, V. A. Frana Família Cyprinidae A família Cyprinidae congrega mais de 220 gêneros e 2.420 espécies, considerada a mais ampla família de peixes de água doce do mundo. Apresentam dentes faríngeos, com uma a três séries de dentes, mas nunca mais do que oito dentes em cada série, lábios normalmente pequenos e borda superior da maxila limitada somente pela pré-maxila (NELSON, 2006). Ctenopharyngodon idella (Valenciennes, 1844) Carpa-capim Comprimento padrão 228,4 mm Região superior do corpo acinzentada. Ventre esbranquiçado ou amarelado. Sem faixas ou manchas evidentes na lateral do corpo. Nadadeiras hialinas apresentando poucos pigmentos escuros dispersos. Cabeça deprimida, sendo que a extremidade inferior do olho coincide com a horizontal que passa pela fenda bucal. Boca levemente subterminal. Altura do corpo contida 3,5 a 3,7 e do pedúnculo caudal 7,7 a 7,9 vezes no CP; comprimento da cabeça contido 2,9 a 3,4 e do pedúnculo caudal 7,3 vezes no CP. Comprimento do focinho contido 3,8 a 3,9, diâmetro orbital 4,4 a 5,1 e distância interorbital 2,0 a 2,3 vezes no CC. Maxilas sem dentes. Possui linha lateral completa com 40 escamas. Nadadeira dorsal com 9 raios, peitoral com 16 ou 17, pélvica com 8 e anal com 10 raios. Nativa do oeste asiático, esta espécie, nas fases iniciais do seu ciclo de vida, alimenta-se de pequenos crustáceos e outros invertebrados, porém, quando adultos passam a alimentar-se de vegetação aquática (SIGLER; SIGLER, 1987). Espécie não indígena do Brasil, é cultivada em tanques de piscicultura em algumas regiões, incluindo a do rio Iguaçu. Sua ocorrência na bacia é atribuída aos escapes de pisciculturas. CYPRINIFORMES 53

Peixes do baixo rio Iguaçu Cyprinus carpio Linnaeus, 1758 Carpa-comum Comprimento padrão 274,0 mm Região superior do corpo acinzentada. Ventre esbranquiçado ou amarelado. Sem faixas ou manchas evidentes na lateral do corpo. Nadadeiras hialinas apresentando poucos pigmentos escuros dispersos. Indivíduos dessa espécie podem apresentar o corpo total ou parcialmente coberto por escamas. No segundo caso, as escamas apresentam dimensões maiores e distribuem-se irregularmente sobre o corpo. Extremidade inferior do olho acima da horizontal que passa pela fenda bucal. Boca levemente subterminal, com um par de barbilhões maxilares. Altura do corpo contida 2,4 a 2,7 e do pedúnculo caudal 6,5 a 7,0 vezes no CP; comprimento da cabeça 3,2 a 3,6 e do pedúnculo caudal 6,5 a 7,9 vezes no CP. Comprimento do focinho contido 2,7 a 3,1, diâmetro orbital 3,4 a 5,1 e distância interorbital 2,6 a 3,2 vezes no CC. Maxilas sem dentes. Possui linha lateral completa, quando revestido uniformemente de escamas, com 36 a 38 escamas. Nadadeira dorsal iii+i+20 a 22 raios, peitoral com 16 a 17, pélvica com 9 e anal com i ou ii+i+6 raios. Espécie nativa da Ásia é cultivada em algumas regiões do Brasil. No rio Iguaçu, sua alimentação é constituída basicamente de vegetais superiores (HAHN; FUGI; AL- MEIDA; RUSSO; LOUREIRO, 1997), caracterizando-a como herbívora. A atividade reprodutiva ocorre em indivíduos com L 50 = 244,0 mm nos machos e L 50 = 365,0 mm nas fêmeas. No reservatório de Segredo essa atividade foi observada entre setembro e janeiro (SUZUKI; AGOSTINHO, 1997). 54 CYPRINIFORMES

G. Baumgartner, C. S. Pavanelli, D. Baumgartner, A. G. Bifi, T. Debona, V. A. Frana Chave para espécies de Hypophthalmichthys Baseada em Kolar, Chapman, Courtenay, Housel, Willians, Jennyngs (2005). 1. Olhos em posição lateral, mas pouco visíveis em vista ventral; quilha ventral iniciando bem anteriormente, quase no istmo; rastros branquiais finos, longos e fundidos, conferindo um aspecto esponjoso... H. molitrix 1. Olhos em posição lateral, mas ventralmente orientados, muito visíveis em vista ventral; quilha ventral iniciando na região entre a origem das nadadeiras pélvicas; rastros branquiais finos e longos, mas não fundidos... H. nobilis Hypophthalmichthys molitrix (Valenciennes, 1844) Carpa-prateada Comprimento padrão 179,7 mm Região superior do corpo acinzentada, esverdeada ou castanho-escura, mais escura sobre a cabeça. Ventre esbranquiçado ou amarelado. Sem faixas ou manchas evidentes na lateral do corpo dos adultos. Nadadeiras de coloração variável desde hialinas a com muitos pigmentos escuros dispersos, sendo que a base da nadadeira caudal é mais escura do que as extremidades. Olhos laterais, pouco visualisados em vista ventral. Altura do corpo contida 3,4 e do pedúnculo caudal 7,8 vezes do CP; comprimento da cabeça contido 2,8 e do pedúnculo caudal 7,3 vezes no CP. Comprimento do focinho contido 3,5, diâmetro orbital 5,6 e distância interorbital 2,8 vezes no CC. Maxilas sem dentes. Possui linha lateral completa com 97 a 102* escamas. Nadadeira dorsal com 9 raios, peitoral com 18, pélvica com 8 e anal com 15 raios. Espécie não indígena do Brasil, é cultivada em tanques de piscicultura em algumas regiões, incluindo a do rio Iguaçu. Sua ocorrência na bacia é atribuída aos escapes de pisciculturas. *Etnier e Starnes (1993) CYPRINIFORMES 55

Peixes do baixo rio Iguaçu Hypophthalmichthys nobilis (Richardson, 1845) Carpa-cabeçuda, carpa-cabeça-grande Comprimento padrão 193,8 mm Região superior do corpo acinzentada, esverdeada ou castanho-escura, mais escura sobre a cabeça. Ventre esbranquiçado ou amarelado. Pintas acinzentadas numerosas, às vezes pouco conspícuas, visualizadas em exemplares recém coletados. Nadadeiras com muitos pigmentos escuros dispersos. Apresentam pigmentos escuros por todo o corpo e nadadeiras. Olhos laterais com orientação ventral, podendo ser visualizados em vista ventral. Altura do corpo contida 3,2 a 3,7 e do pedúnculo caudal 7,9 a 10,4 vezes no CP; comprimento da cabeça contido 3,0 a 3,2 e do pedúnculo caudal 5,4 a 6,8 vezes no CP. Comprimento do focinho contido 3,4 a 3,9, diâmetro orbital 5,4 a 7,5 e distância interorbital 2,1 a 2,4 vezes no CC. Maxilas sem dentes. Possui linha lateral completa com 91 a 103* escamas. Nadadeira dorsal com 9 raios, peitoral com 20, pélvica com 9 e anal com 15 raios. Considerada um dos grandes filtradores de águas interiores, essa espécie apresenta seus rastros branquiais altamente especializados, com capacidade de reter partículas com tamanho de 4 mícrons (ETNIER; STARNES, 1993). Espécie não indígena do Brasil, é cultivada em tanques de piscicultura em algumas regiões, incluindo a do rio Iguaçu. Sua ocorrência na bacia é atribuída aos escapes de pisciculturas. *Etnier e Starnes (1993) 56 CYPRINIFORMES