No passado recente, quando falávamos em tetos lembrávamos sempre dos tetos como um revestimento da laje ou como um rebaixo para criar uma bossa, deixando-o com linhas menos retas. Passado alguns anos, com a necessidade do design diferenciado aliado ao desempenho dos sistemas, o drywall tornou-se cada vez mais presente nas construções brasileiras. Além do design, a estética diferenciada é possível em virtude das chapas de gesso possuírem diferentes perfurações, que também garantem diferentes níveis de absorção acústica. Aliando a estética ao design, surge uma infinidade de possibilidades que proporciona aos projetistas a criação de diferentes formas curvas, sancas, iluminação, tetos flutuantes - todos com desempenho acústico, se necessário. Outra característica das chapas perfuradas de alguns fabricantes é a propriedade de neutralização de odores devido à composição das mesmas.
1. Execução de teto: Quando usar os perfis tabica, guia e cantoneira nos tetos? Os perfis tabica, guia e cantoneira têm a função não só de ligação entre o sistema de teto em drywall e a parede da edificação, como também auxiliam no nivelamento da estruturação do teto. O perfil tabica é muito utilizado arquitetonicamente quando se quer deixar o ambiente mais leve. Ele possibilita uma aparência de teto flutuante em virtude de não haver o encontro da chapa com a parede. Perfil tabica Detalhe executivo teto com tabica Foto: Teto executado com tabica
Já a tabica perfurada, além da característica acima, pode auxiliar no retorno do ar condicionado quando o mesmo é feito através do plenum. Perfil tabica perfurada Outra função das tabicas é que por manterem afastadas as chapas de gesso da parede, ajudam a evitar o aparecimento de trincas em relação à dilatação, movimentação da estrutura e demais vibrações que venham a ocorrer em virtude de outros fatores. Já os perfis guia e cantoneira são utilizados nos sistemas de teto quando se deseja o encontro entre a parede e as chapas de gesso do teto. Perfil Guia U 20x30 Perfil cantoneira 25x30 Detalhe executivo teto com Guia 30x20
Utilizando a criatividade, é possível fazer diferentes trabalhos nos tetos. Abaixo alguns exemplos de sancas e respectivos detalhes:
Teto flutuante Juntas de Dilatação Conforme a Norma ABNT NBR 15758 2, para tetos de gesso monolítico há necessidade em realizar junta de dilatação em casos como a área ser maior que 225m 2 ou 15m corridos ou também no local onde tenha a junta de dilatação da estrutura da edificação. Sendo assim, a mesma deve ser feita conforme o detalhe abaixo. Fixação de cargas em tetos
Fixação de carga leve Tipo de esforço Carga máxima Tipo de fixador Buchas basculantes 1 chapa de gesso Arrancamento 3Kg Ex: Toggler bolt Hilti Até 3Kg KS4 - Fischer Quando necessitamos fixar cargas em sistemas de tetos em drywall, devemos verificar o peso do objeto a ser fixado e o tipo de fixador a ser utilizado. Em tetos devido ao esforço de arranchamento, os fixadores devem ser do tipo basculante e o peso do objeto deve ser de no máximo 3Kg. Neste caso, a fixação pode ser feita tanto na chapa de gesso quanto nos perfis da estrutura do teto. Quando há necessidade de instalação de luminária e no local de posicionamento da mesma passa um perfil estrutural do sistema de teto, o instalador deve ter o cuidado de realizar o reforço da estrutura. Este reforço deve ser feito acrescentando nas extremidades do perfil seccionado o suporte nivelador. Perfil seccionado
Muitas vezes há necessidade de realizar visitas ao entreforro para acesso a uma instalação dumper, registro, etc. Neste caso, como o teto é monolítico, é preciso recorrer à instalação de uma tampa de inspeção para que se possa acessar o entreforro. Tampa Inspeção Quando há necessidade de instalação de tampas de inspeção, em um teto unidirecional, o procedimento é semelhante ao visto quando instalamos as luminárias. Porém, como fazer quando temos o sistema bidirecional? Como a modulação entre os perfis da estrutura do teto pode ser menor que a dimensão da tampa de inspeção, haverá a necessidade de seccionar um ou mais perfis estruturais do teto. Porém, havendo essa necessidade, deveremos realizar com critério. No caso abaixo, trata-se de um teto bi- direcional ao qual foi necessário o corte de um perfil estrutural secundário. Devido a isso, foi necessário o reforço com outro perfil ao qual foi fixado o perfil primário através do suporte de conexão rápida.
Já neste, foi necessário o corte de dois perfis estruturais secundários e, devido os mesmos serem seccionados, foi necessário o reforço com outros perfis a os quais foram fixados o perfil primário através do suporte de conexão rápida. Para cargas maiores que 3kg, deverá haver uma estrutura auxiliar cuja fixação não deve ser feita no sistema estrutural do teto. Na maior parte das vezes, a fixação da estrutura auxiliar ocorre na laje, mas também pode ser prevista uma estrutura auxiliar independente da estrutura do teto que possa sustentar o objeto a ser instalado.
Da mesma maneira que para cargas maiores que 3kg, quando necessitamos a instalação de ventiladores de teto, que além do peso tem a movimentação, para a fixação do mesmo também deverá haver uma estrutura auxiliar, cuja fixação não deve ser feita no sistema estrutural do teto.