Avaliação da casca de banana como potencial biossorvente natural na remoção de cobre da água (1).

Documentos relacionados
Avaliação da farinha da casca de banana como adsorvente para Al 3+

Utilização de lama vermelha tratada com peróxido de BLUE 19

EFEITO DA TEMPERATURA DE GASEIFICAÇÃO DE BIOMASSA NA ADSORÇÃO DE CORANTE REATIVO

BIOSSORÇÃO EM EFLUENTES TÊXTEIS UTILIZANDO-SE CASCAS DE MARACUJÁ MODIFICADAS EMPREGANDO PLANEJAMENTO FATORIAL

Resumo. Luciana de Jesus Barros; Layne Sousa dos Santos. Orientadores: Elba Gomes dos Santos, Luiz Antônio Magalhães Pontes

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais Campus Barbacena.

ESTUDO DE ADSORÇÃO DE COBRE II UTILIZANDO CASCA DE ABACAXI COMO BIOMASSA ADSORVENTE

4. Materiais e métodos

ESTUDO DA ADSORÇÃO DO CORANTE BÁSICO AZUL DE METILENO POR CASCAS DE Eucalyptus grandis LIXIVIADAS

UTILIZAÇÃO DE ADSORVENTE NATURAL DA AMAZÔNIA COMO BIOADSORVENTE PARA REMOÇÃO DE METAIS EM SOLUÇÕES AQUOSAS

4 Materiais e Métodos

TÍTULO: CASCA DE BANANA UTILIZADA NA REMOÇÃO DE FERRO EM SOLUÇÃO AQUOSA ATRAVÉS DE COLUNA DE LEITO FIXO

CORANTE REATIVO VERMELHO REMAZOL RGB EM CARVÃO ATIVADO COMERCIAL E LODO GASEIFICADO PROVENIENTE DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTE TÊXTIL

UTILIZAÇÃO DA LAMA VERMELHA PARA TRATAMENTO DE EFLUENTES TÊXTEIS COM ELEVADA CARGA DE CORANTE REATIVO

VIABILIDADE DO USO DA CASCA DE BANANA COMO ADSORVENTE DE ÍONS DE URÂNIO

4 MATERIAIS E MÉTODOS

Desenvolvimento de um método

4. Materiais e Métodos 4.1. Preparo da biomassa

ESTUDO DA CINÉTICA E DAS ISOTERMAS DE ADSORÇÃO DE U PELO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR

BIOSSORÇÃO DE ZINCO E COBRE UTILIZANDO SALVINIA SP.

UTILIZAÇÃO DO BAGAÇO DA CANA DE AÇÚCAR COMO ADSORVENTE PARA REMOÇÃO DO ÓLEO DA ÁGUA PRODUZIDA

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DO CARVÃO VEGETAL NA ADSORÇÃO DE PETRÓLEO EM TOLUENO

INVESTIGAÇÃO DOS POSSÍVEIS SÍTIOS DE ADSORÇÃO DE Cd +2 E Hg +2 EM SOLUÇÃO AQUOSA

ADSORÇÃO DOS CORANTES AZUL REATIVO CI 222 E AZUL ÁCIDO CI 260 COM RESÍDUOS SÓLIDOS AGRÍCOLAS E LODO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES.

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE A DIATOMITA E VERMICULITA NO PROCESSO DE ADSORÇÃO VISANDO APLICAÇÃO NO TRATAMENTO DE ÁGUAS PRODUZIDAS

UTILIZAÇÃO DA FULIGEM DE BAGAÇO DE CANA-DE- AÇÚCAR COMO ADSORVENTE DE POLUENTES ORGÂNICOS

4 Materiais e métodos

DETERMINAÇÃO DE FERRO TOTAL EM SUPLEMENTOS ALIMENTARES POR ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR

Prática de Ensino de Química e Bioquímica

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1Comprimento de onda do corante Telon Violet

II-090 UTILIZAÇÃO DE PÓ DE CASCA DE COCO COMO BIOADSORVENTE PARA REMOÇÃO DOS CORANTES VERMELHO CONGO E AZUL DIRETO DE EFLUENTES

USO DE RESÍDUOS TRATADOS PARA ADSORÇÃO DO CORANTE AZUL BRILHANTE REMAZOL EM EFLUENTE SINTÉTICO

Uso de vermiculita revestida com quitosana como agente adsorvente dos íons sintéticos de chumbo (Pb ++ )

Adsorção de Azul de Metileno em Fibras de Algodão

4. MATERIAIS E MÉTODOS

Adsorção do corante Rodamina B de soluções aquosas por zeólita sintética de cinzas pesadas de carvão

SAÚDE AMBIENTAL: POLUENTES EMERGENTES

II ESTUDOS DE ADSORÇÃO PARA REMOÇÃO DE URÂNIO EM MEIO NÍTRICO USANDO UM BIOSSORVENTE

PURIFICAÇÃO DO BIODIESEL PELA ADSORÇÃO COM FÉCULA DE MANDIOCA

UTILIZAÇÃO DA FARINHA DA CASCA DE LARANJA COMO BIOADSORVENTE EM EFLUENTES TÊXTEIS

6 Metodologia experimental

UTILIZAÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA NATURAL PARA TRATAMENTO DE EFLUENTE TÊXTIL

MF-431.R-1 - MÉTODO TURBIDIMÉTRICO PARA DETERMINAÇÃO DE SULFATO

ANÁLISE DE ADSORVENTES NATURAIS EMPREGADOS NA REMOÇÃO DE METAIS PESADOS PARA O TRATAMENTO DE EFLUENTES

3. Metais Ambiente e Vida. A Cor nos Complexos Dulce Campos

REMOÇÃO DE COR DE SOLUÇÃO AQUOSA POR ADSORÇÃO UTILIZANDO PÓ DE SERRAGEM DE PINUS sp.

TRATAMENTO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS CONTENDO METAIS PESADOS

Aula Prática - 1 Obtenção de Dados Cinéticos para projeto de reator

ESTUDO DA REMOÇÃO DE CORANTES REATIVOS PELO PROCESSO DE ADSORÇÃO USANDO ARGILA CHOCOBOFE IN NATURA

Por que razão devemos comer fruta? Determinação da capacidade antioxidante da pêra abacate.

APLICAÇÃO DE BIOADSORVENTE DE CASCA DE COCO VERDE PARA O TRATAMENTO DE EFLUENTES OLEOSOS

ESTUDO DA ADSORÇÃO DO CARBENDAZIM EM BANANA.

4. Reagentes e Metodologia Analítica

4. Resultados e Discussão

DESCONTAMINAÇÃO DE CORPOS D ÁGUA UTILIZANDO MESOCARPO DE COCO EM SISTEMA DE LEITO DIFERENCIAL, VISANDO A REMOÇÃO DE DERIVADOS DE PETRÓLEO

ANÁLISE DA VARIAÇÃO DA SOLUBILIDADE DE ALFA- TOCOFEROL COM A TEMPERATURA EM MISTURA ETANOL+ÁGUA

Aula 13 PRÁTICA 03 ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR NO UV VIS: LEI DE BEER. Elisangela de Andrade Passos

Nanopartículas de Prata e. Curva de Calibração da Curcumina

ESTUDO AVALIATIVO DA CAPACIDADE DE ADSORÇÃO DO METAL PESADO CHUMBO (II) EM VERMICULITA REVESTIDA COM QUITOSANA

EFEITO DE DIFERENTES TEMPERATURAS DE PIRÓLISE DA BORRA DE CAFÉ NO TRATAMENTO DE EFLUENTES CONTAMINADOS PELO PESTICIDA THIAMETHOXAM

II CAPACIDADE DE ADSORÇÃO DO CORANTE REATIVO AZUL 5G EM CASCA DE ARROZ E CASCA DE SOJA COMO BIOSSORVENTES

Estudo da adsorção de níquel e zinco por meio de carvão de osso de boi

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CURSO DE QUÍMICA

QUI624 2ª PROVA 33 PONTOS - 14/06/2010

ADSORÇÃO DE COBRE EM SOLUÇÃO AQUOSA UTILIZANDO FARINHA DE TAPIOCA RESUMO

BIOTECNOLOGIA AMBIENTAL: ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA CAPTACAO DE ESPECIES METÁLICAS CONTIDAS EM MEIOS AQUOSOS UTILIZANDO BIOSSORVENTES HIDROFOBICOS

1 Titulação Complexométrica com EDTA (Volumetria de Complexação com EDTA)

TÍTULO: O USO DE ARGILOMINERAIS COMO UMA NOVA ALTERNATIVA PARA O TRATAMENTO DE CHORUME

BIOSSORVENTE: UMA OPÇÃO ALTERNATIVA PARA O TRATAMENTO DE RESÍDUO RADIOATIVO

Prática 10 Determinação da constante de equilíbrio entre íons Fe 3+ e SCN -

REMOÇÃO DO CORANTE TÊXTIL VIOLETA REATIVO 5 DE SOLUÇÕES AQUOSAS UTILIZANDO FIBRA DE COCO NAS FORMAS BRUTA E ATIVADA

TÍTULO: UTILIZAÇÃO DO LODO GALVÂNICO NA CONSTRUÇÃO CIVIL CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DO GRANDE ABC

Química FUVEST ETAPA. Resposta QUESTÃO 1 QUESTÃO 2

AVALIAÇÃO DO PODER ADSORTIVO DA PALMA FORRAGEIRA (Opuntia tuna Mill) SEM CASCA PARA USO NA REMOÇÃO DE GASOLINA COMUM EM CORPOS D'ÁGUA

Tratamento de Efluentes da Indústria Têxtil por Adsorção em Materiais de Baixo Custo

ESTUDO DA ADSORÇÃO DE CHUMBO UTILIZANDO COMO ADSORVENTE BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR ATIVADO

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE ADSORTIVA DA SÍLICA DERIVADA DA CASCA DE ARROZ UTILIZANDO O CORANTE AZUL DE METILENO

FARMACOPEIA MERCOSUL: MÉTODO GERAL PARA FORMALDEÍDO RESIDUAL

Influência da agitação para remoção dos íons tóxicos manganês, ferro e zinco com polissacarídeos de Hymeneae courbaril em amostras sinteticas

X Congresso Brasileiro de Engenharia Química Iniciação Científica

Lista de Exercício 2ª TVC Química Analítica V Teoria (1º Sem 2016). Obs.: Entregar antes da 2ª TVC.

Remoção de ferro e manganês em água com CFN. Limoeiro do Norte Bolsista da FUNCAP

BIOSSORÇÃO DE IÓNS NÍQUEL EM ALGA MARINHA SARGASSUM SP. LIVRE E IMOBILIZADA EM ALGINATO

REMOÇÃO DE METAIS PESADOS POR PROCESSOS DE BIOFLOTAÇÃO E BIOSSORÇÃO Aluno: Mariana Soares Knust Orientador: Mauricio Leonardo Torem

BIOSSORÇÃO DE CORANTE CATIÔNICO UTILIZANDO O BAGAÇO DE MALTE

ELABORAÇÃO E APLICAÇÃO DE PROCESSO ADSORTIVO UTILIZANDO A CFN NA REMOÇÃO DE FERRO E MANGANÊS

Determinação de Cobalto, Cobre, Ferro, Magnésio, Manganês e Zinco em alimentos para animais por F AAS

BIOSSORÇÃO DO ÍON CU 2+ EM LEITO FLUIDIZADO PELA LEVEDURA SACCHAROMYCES CEREVISIAE IMOBILIZADA EM QUITOSANA

Graduação em Biotecnologia Disciplina de Proteômica. Caroline Rizzi Doutoranda em Biotecnologia -UFPel

A avaliação da eficiência da zeólita na remoção do íon amônio numa solução sintética

ICTR 2004 CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM RESÍDUOS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Costão do Santinho Florianópolis Santa Catarina

BIOSSORÇÃO DO CORANTE TÊXTIL AZUL 5G UTILIZANDO O BAGAÇO DE MALTE

DESENVOLVIMENTO DE BIOADSORVENTE A PARTIR DA VAGEM SECA DO FEIJÃO

VIABILIDADE TÉCNICA DA REGENERAÇÃO DE COAGULANTE POR VIA ÁCIDA A PARTIR DO LODO DA ETA DE UMA INDÚSTRIA DE CORANTES

Bioadsorção com serradura de pinheiro de poluentes presentes em águas

PRODUÇÃO DE CARVÃO ATIVADO A PARTIR DA CASCA DE CAFÉ

Laboratório de Análise Instrumental

ESTUDO TERMODINÂMICO DA REMOÇÃO DO CORANTE AZUL 5G POR ARGILA BENTONITA SÓDICA NATURAL

Química Fascículo 06 Elisabeth Pontes Araújo Elizabeth Loureiro Zink José Ricardo Lemes de Almeida

Transcrição:

Avaliação da casca de banana como potencial biossorvente natural na remoção de cobre da água (1). Janaína Beatriz Toniello Vieira (2) ; Bruna Felipe da Silva (2). (1) Trabalho executado com recursos disponibilizados pelas autoras e pelo Instituto Federal de Santa Catarina. (2) Estudante; Instituto Federal de Santa Catarina; Lages, Santa Catarina; beatriztoniello@gmail.com; (2) Estudante; Instituto Federal de Santa Catarina; Lages; Santa Catarina. RESUMO: As formas para remoção de metais de efluente tem sido muito estudado durante décadas. Os métodos mais comuns, geralmente são complexos, custam caro e não se mostram tão eficazes. Este trabalho tem por objetivo estudar a capacidade da casca de banana em remover o cobre da água. A escolha deste metal deve se ao fato que o cobre é muito utilizado no nosso cotidiano e também é importante para as atividades metabólicas dos seres vivos, porém em quantidades elevadas se torna nocivo. A determinação será feira através de espectrofotometria UV-visível e espera-se que a casca de banana se apresente como um bom biossorvente deste metal. Palavra Chave: Biossorção, casca de banana, cobre INTRODUÇÃO Muito se tem discutido, recentemente, acerca das formas de retirada de metais dos efluentes, pois seu retorno à natureza pode ser nocivo devido aos metais nele presentes. Um dos processos utilizados é o de adsorção onde geralmente são utilizados adsorventes sintéticos. Entretanto, a maioria dos produtos do mercado que são eficientes são caros para utilização em grande escala. Cogita-se, com muita frequência, a possibilidade do uso de biossorvente natural como forma alternativa e de baixo custo para a retirada de metais do efluente O uso da casca da banana, como biossorvente de metais pesados através do processo de adsorção, possui diversas vantagens sobre os biossorventes sintéticos. Uma das principais é que não possuem valor comercial expressivo, por serem resíduos da agroindústria e domiciliar, além de ser uma fonte renovável e ser encontrada em uma apreciável quantidade. Dentre os metais, que são adsorvidos pela casca da banana, destacam-se: o Cu (Cobre) que em altas concentrações, pode causar uma disfunção genética conhecida como Doença de Wilson. Nos doentes de Wilson, ocorre a bioacumulação do metal, esse excesso faz com que o cobre ataque o fígado e o cérebro, provocando hepatite e sintomas neurológicos e psiquiátrico. O objetivo deste estudo é avaliar a capacidade da casca da banana como biossorvente de Cobre (Cu) na remoção deste, da água. O interesse por esse estudo se deve ao fato da disponibilidade do resíduo e também da sua capacidade de adsorção. METODOLOGIA As cascas de banana foram secas em estufa, da marca Lucadema em temperatura de 60 C por 24 horas seguido de 100 C por 48 horas e após trituradas em almofariz e pistilo de porcelana. Foi processado então o peneiramento para a separação e utilização das partículas entre 60 e 100 mesh. Foi preparada solução aquosa do metal Cobre (Cu 2+ ) de concentração e 1000 mg L -1 e ajustado para ph 5,0. Uma solução de NH4OH na concentração de 5,7 mol L -1 foi preparada para utilização como complexante de íons cobre II. Para a construção da curva de calibração externa para o cobre II, foram preparadas a partir da diluição da solução estoque de 1000 mg L -1 nas concentrações de 20, 40, 100, 200 e 400 mg L -1. Para tanto, foram transferidos 4 ml das soluções diluídas para cubetas de plástico, seguida da adição de 400 ul da solução

5,7 mol L -1 de NH4OH para produção da cor. Posteriormente as soluções foram lidas em espectrofotômetro de UV-vis em 610 nm. O processo de biossorção foi realizado com o auxílio de um agitador magnético em 180 rpm, Foram pesados 100 mg da casca da banana em cada erlenmeyer e adicionados 25 ml das soluções de Cu 2+ em concentrações de 100, 200 e 1000 mg L -1 e mantidos sobre agitação por 2 horas. Após o período de agitação a amostra permaneceu em repouso por 10 minutos para a sedimentação das partículas do adsorvente. Retirou-se 4 ml do sobrenadante, com o auxílio de uma micropipeta para uma cubeta de plástico e adicionou-se 400 ul de (solução NH4OH 5,7 mol L -1 ), para o desenvolvimento de cor. Em seguida determinou-se a absorbância da amostra em 610 nm. Posteriormente a quantidade do Cu 2+ foi determinada através da equação da curva de calibração externa. O processo foi realizado em triplicata para cada concentração para avaliação do desvio padrão. Também foram realizados testes variando a quantidade de adsorvente, no caso 200 mg. I. RESULTADOS E DISCUSSÃO A figura 1 mostra a curva externa de cobre II construída a partir da diluição em 20,40,100,200 e 400 mg da solução de 1000 mg. A partir da equação da curva foi possível calcular a concentração após a biossorção. Figura 1 Curva de calibração externa para cobre II. A figura 2 mostra os resultados dos testes em concentrações de 100, 200 e 1000 mg L -1, em duas horas de tempo de contato com 100 mg de biossorvente. Pode-se observar que os valores adsorvidos aumentam conforme a concentração, 84,7 ± 9,5; 118,4 ± 11,3 e 148,9 ± 15,41 mg L -1 respectivamente. Considera-se que que a cada 100 mg do adsorvente foi capaz de adsorver em média 117,2 ± 32,1 mg L -1 de cobre em solução..

Figura 2 Quantidade em mg L -1 de cobre adsorvido nas concentrações de 100, 200 e 1000 mg L -1 para 100 mg de adsorvente de casca de banana. Na figura 3 observa-se que a biossorção independe da quantidade do biossorvente (100 ou 200 mg) quando testado com solução de 200 mg L -1 de cobre. No entanto, para a solução mais diluída observamos menor quantidade adsorvida (30,9 ± 8,7 mg L -1 ). Esta diminuição pode estar atrelada à erro experimental, ou ainda que o acréscimo do biossorvente aumenta a cor amarelada da solução podendo interferir assim nos resultados.

Figura 3 Comparação dos valores adsorvidos das soluções de 100 e 200 mg em 100 e 200 mg de biossorvente. CONCLUSÕES Os resultados dos testes realizados para a avaliação da casca de banana como biossorvente para a remoção de cobre comprovam a eficácia do material. Em concentrações de 100, 200 e 1000 mg L -1, com 2 horas de tempo de contato, foi adsorvido, em média 52,88% do cobre contido nas soluções. A eficácia do material independe da quantidade do mesmo, já que os resultados não demonstram diferenças significativas quando a concentração de cobre testada foi de 200 mg L -1 Um dos aspectos mais promissores do estudo e que além de apresentar baixíssimo custo, ser natural, abundante e biodegradável, a casca de banana é considerada um resíduo portanto torna-se uma opção alternativa e respeita o desenvolvimento sustentável. AGRADECIMENTOS As autoras agradecem ao Profº Dr. Marcel Piovezan pelo apoio e orientação durante a realização da pesquisa. REFERÊNCIAS ALFAYA, Antônio A. S. et al., Farinha da casca da banana: um biossorvente para metais de baixo custo. Sociedade Brasileira de Química. Disponível em: <http://sec.sbq.org.br/cdrom/32ra/resumos/t0837-1.pdf> Acesso em: 25 de novembro de 2014 BONIOLO, Milena. Biossorção de urânio nas cascas de bananas. Disponível em: <http://pelicano.ipen.br/posg30/textocompleto/milena%20rodrigues%20boniolo_m.pdf> Acesso em 25 de novembro de 2014

TV CULTURA. Desperdício de biomassas residuais na Grande São Paulo. Disponível em: <http:www.tvcultura.com.br/caminhos / 15desperdicio / desperdíciol.htm>. Acesso em 25 de novembro 2014. CRUZ. Maria Aparecida Rodrigues Fróes da. Utilização da Casca de Banana como Biossorvente. Dissertação de Pós-Graduação Universidade Estadual de Londrina. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.uel.br/ document/?code=vtls000149514 > Acesso em 24 de março de 2015. Lee, J., D. Química Inorgânica, não tão concisa. Editora Edgard Blücher LTDA, 2001 NASCIMENTO, Jessica. Adsorção e Biossorção Alternativas na Remoção de Toxinas. Portal de Artigos Ciências e Tecnologia. Disponível em: <http://ciencia.me/chcho> Acesso em: 24 de março de 2015. JÚNIOR. Armando Miguel. Cobre carência e excesso. Portal Medicina Geriátrica: Geriatria e Gerontologia. Disponível em: < http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/11/12/ion-cobre-carencia-eexcesso/> Acesso em 13 de abril de 2015 SANTOS, Luís Ricardo do. Cobre. Portal InfoEscola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/cobre/> Acesso em 24 de março de 2014.