Abertura sábado 30 de julho, 2016 11-15h Exposição 31 de julho - 22 de setembro, 2016 seg - sex > 10-19h sáb > 11-15h Galeria Nara Roesler Rio de Janeiro Rua Redentor 241 Ipanema + 55 21 3591 0052 rio@nararoesler.com.br nararoesler.com.br
Paulo Bruscky: rec/rio A Galeria Nara Roesler Rio de Janeiro tem o prazer de anunciar a abertura da exposição rec/rio, apresentando mais de 90 obras de Paulo Bruscky. Sendo a terceira exposição de Bruscky na Galeria Nara Roesler e a primeira em nosso espaço no Rio de Janeiro, rec/rio terá três núcleos: trabalhos propostos para a cidade do Rio, mas nunca realizados, trabalhos criados no Rio e trabalhos produzidos especialmente para a exposição na Galeria Nara Roesler Rio de Janeiro. Um pioneiro da arte-xerox, da arte postal e da fax art, Paulo Bruscky, surgiu na cena brasileira no final da década de 1960, num dos períodos mais pesados de repressão política no país. Apesar do clima político adverso, ele enfrentou as estruturas autoritárias, realizando happenings e intervenções e expandindo as fronteiras da experimentação com humor e trocadilhos. Bruscky, como ele mesmo diz, nunca pediu permissão ao governo para fazer arte. Mesmo quando a consequência de sua atitude era a prisão. Embora muitos de seus projetos tenham vencido importantes competições, eles quase sempre eram censurados. rec/rio apresenta mais de 50 dessas propostas criadas para a cidade do Rio. Algumas delas foram realizadas, como Fogueira de gelo, concluída durante a edição de 2010 da Bienal de São Paulo, mas a maioria permanece inacabada. Em resposta a isso, a Galeria Nara Roesler está produzindo, pela primeira vez, a obra Tiro ao alvo. Proposta em 1971, durante o I Salão de Arte da Eletrobrás, a obra consistia em espelhos que refletiam uma luz que, por sua vez, se projetava e acionava um rádio como resultado final. Tiro ao alvo só pode ser ativada pelo público, ao brincar a tradicional brincadeira de criança, de onde o trabalho empresta seu nome. Conhecido por sua participação ativa no movimento internacional da arte postal e pelas relações dinâmicas que estabeleceu com artistas internacionais, entre eles membros dos movimentos Fluxus e Gutai em Nova York, Europa e Japão, Bruscky é um artista que sempre se comunicou com o mundo. Em rec/rio, ele traz à galeria obras que foram criadas no ar. Durante viagens ao Rio e pensando no Rio. Uma espécie de comunicação consigo mesmo. Poema para VoAR é um poema em que dois aviões são soldados em um só. A sua comunicação também se estenderá a população do Rio por meio de um dos seus famosos anúncios de classificados, que será publicado no dia 30 de julho de 2016 no Jornal O Globo, e que as pessoas poderão trazer à galeria para ser assinado por Bruscky no dia da abertura. Sempre contemporâneo, mas nunca óbvio em seu processo e criação, Bruscky nos brinda com um nó no status quo, como nas selfies dos seus pés, em Pés de Bruscky I e II, ou em suas pinturas feitas com estalinhos/biribinhas (traques II). rec/rio traz ao Rio velhas lembranças e novos trabalhos, novamente conferindo profundidade e multiplicidade de camadas ao conjunto da obra do artista, que já abarca mais de quarenta e cinco anos e reflete, ao mesmo tempo, um envolvimento com uma estrutura artística local e com uma rede global filtrados e registrados por Bruscky em livros de artista, intervenções urbanas, performances, poemas visuais, registros em Super-8, classificados de jornal e esculturas ready-made. O artista transita por diversas mídias e frequentemente usa seu entorno como matéria-prima, o que faz com que seja impossível abordar sua produção como um conjunto unificado de obras. Pelo contrário, no cerne da prática de Bruscky há uma poética da experimentação, uma versatilidade de mídias e um interesse por processos de circulação e distribuição que se recusa a se ater a um só meio, forma ou movimento.
Seleção de obras Tiro ao alvo, 1971/2016 madeira, espelho, pvc e rádio dimensões variáveis Mala I, 1974/2001 objeto/intervenção urbana 30 x 50 x 15 cm aprox. Fogueira de gelo, 1974 fotografia 22,5 x 18 cm Projeto Escultura de gelo, 1986 xerox e caneta sobre papel 25,3 x 20,5 cm Abra e Cheire a primeira lembraça é arte/ VII Salão de Verão, 1975 técnica mista 13,5 x 8,5 cm Arte Classificada/Composição aurorial Arte Especial, 1976 tinta vermelha de caneta hidrográfica sobre folha de jornal 57.5 x 37.3 cm Armadilha - VI Salão Nacional de Artes Plásticas/Instalação, 1981 colagem sobre papel 29.5 x 21 cm IV Salão Nacional de Artes Plásticas INAP/FUNARTE/ telegramarte: comunicado a distancia ideias viajando livres, 1981 datilografia sobre papel 18.1 x 20 cm IV Salão Nacional de Artes Plásticas INAP/FUNARTE / arte do meu tempo vg tenho pressa, 1981 datilografia sobre papel 18.1 x 20 cm IV Salão Nacional de Artes Plásticas INAP/FUNARTE / telegrama, 1981 datilografia sobre papel 10 x 13,5 cm IV Salão Nacional de Artes Plásticas INAP/FUNARTE/ Carta, 1981 datilografia sobre papel 17.2 x 22 cm VI Salão Nacional de Artes Plásticas - INAP/FUNARTE / Etiqueta A, B e C, 1983 MDF 59 x 49 cm VI Salão Nacional de Artes Plásticas - INAP/FUNARTE / Etiqueta B, 1983 MDF 59 x 49 cm VI Salão Nacional de Artes Plásticas - INAP/FUNARTE / Etiqueta C, 1983 MDF 59 x 49 cm Arquivo, 1983 colagem e carimbo sobre envelope 24 x 32 cm Quadro de força, déc. 80 colagem e carimbo sobre envelope 24 x 33 cm Entre ar condicionado, déc. 80 colagem e carimbo sobre envelope 24 x 33 cm Poema para voar I, 1990 fotografia e nanquim sobre papel 29,8 x 21 cm Palarva, 1992 caixa de papelão, papel cortado e ovo de pedra semi-preciosa 32 x 25,5 cm Agora - Agora Rio de Janeiro, 2002 termômetro -- ed. PA -- 22,5 x 5 cm Termômetro, 2002 14 termômetros -- ed. PA -- 22,5 x 5 cm Poema para voar, 2005 colagem sobre papel 21 x 29,7 cm Atenção - cuidado com o o vão entre o trem e a palavra, 2005 colagem e carimbo on paper 29.7 x 21 cm Registros de Viagens #27, 2009 carimbo sobre papel 16,5 x 26 cm Registros de Viagens #28, 2009 carimbo sobre papel 16,5 x 26 cm Registros de Viagens #22, 2009 carimbo 5 x 10 x 7 cm Arte Classificada, Rio de Janeiro, 2010 anúncio em jornal 46 x 33 cm Quebra-cabeças (escada rolante para o céu), 2009-2010 impressão jato de tinta sobre papel algodão sobre pvc 100 x 66 cm Traques I, 2011 carvão sobre tela 37 x 32 x 4 cm Traques II, 2011 papel sobre tela 37 x 32 x 4 cm Livro desmiolado, 2014 livro de artista 32 x 26 x 6,5 cm Não recebemos cheques, 2014 madeira e plástico 56 x 56 cm DNA da poesia, 2015 37 canudos de papel, madeira e borracha 35 x 25 x 25 cm Silêncio - Homenagem a Tunga (O silêncio de Tunga é maior que o grito de Munch), 2016 colagem sobre papel 38 x 26 cm Escultura dos Desenhos Imaginários, 2016 nanquim e borracha sobre papelão 30,5 x 22,5 cm Paisagem com chuva, 1973/2016 papel 25 x 36 cm
Tiro ao alvo, 1971/2016 madeira, espelho, pvc e rádio (detalhe) -- dimensões variáveis A proposta para o I Salão de Artes da Eletrobrás, 1971, foi recusada. No catálogo da exposição, o crítico de Arte Walmir Ayala, nos chama de Visionários Atávicos. Que honra! Mala I, 1974/2001 objeto/intervenção urbana -- 30 x 50 x 15 cm aprox.
Fogueira de gelo, 1974 fotografia -- 22,5 x 18 cm Projeto Escultura de gelo, 1986 xerox e caneta sobre papel -- 25,3 x 20,5 cm Participou do I Salão Global de Pernambuco Abra e Cheire a primeira lembraça é arte / VII Salão de Verão, 1975 técnica mista -- 13,5 x 8,5 cm Cópia em off-set da etiqueta da ficha de inscriçáo do VII Salão de Verão, em saco plástico, contendo cheiro de ervas do mercado público de São José - Recife.
Arte classificada / Composição aurorial Arte Especial, 1976 tinta vermelha de caneta hidrográfica sobre folha de jornal -- 57.5 x 37.3 cm Armadilha VI Salão Nacional de Artes Plásticas/ Instalação, 1981 colagem sobre papel -- 29,5 x 21 cm
IV Salão Nacional de Artes Plásticas INAP/FUNARTE/ telegramarte: comunicado a distancia ideias viajando livres, 1981 datilografia sobre papel -- 18.1 x 20 cm IV Salão Nacional de Artes Plásticas INAP/FUNARTE / arte do meu tempo vg tenho pressa, 1981 datilografia sobre papel -- 17,2 x 22 cm IV Salão Nacional de Artes Plásticas INAP/FUNARTE / telegrama, 1981 datilografia sobre papel -- 10 x 13,5 cm IV Salão Nacional de Artes Plásticas INAP/FUNARTE/ Carta, 1981 datilografia sobre papel-- 17.2 x 22 cm Essa foi a primeira proposta de arte correio enviada para um salão. Foi recusada. Tenho orgulho de ser o artista mais recusado do Brasil.
VI Salão Nacional de Artes Plásticas - INAP/FUNARTE / Etiqueta A, 1983 MDF -- 59 x 49 cm VI Salão Nacional de Artes Plásticas - INAP/FUNARTE / Etiqueta B, 1983 MDF -- 59 x 49 cm VI Salão Nacional de Artes Plásticas - INAP/FUNARTE / Etiqueta C, 1983 MDF -- 59 x 49 cm Obra recusada no VI Salão Nacional de Artes Plásticas. A etiqueta, em vez de servir para identificar o trabalho, torna-se a própria obra.
Arquivo, 1983 colagem e carimbo sobre envelope -- 24 x 32 cm Quadro de força, déc. 80 colagem e carimbo sobre envelope -- 24 x 33 cm Entre ar condicionado, déc. 80 colagem e carimbo sobre envelope -- 24 x 33 cm Os adesivos que dão títulos aos envelopes de arte correio, foram comprados em uma papelaria no Catete, Rio de Janeiro, na década de 80.
Poema para voar I, 1990 fotografia e nanquim sobre papel -- 29,8 x 21 cm Palarva, 1992 caixa de papelão, papel cortado e ovo de pedra semi-preciosa -- 32 x 25,5 cm
Agora - Agora Rio de Janeiro, 2002 termômetro -- ed. PA -- 22,5 x 5 cm Termômetro, 2002 14 termômetros -- ed. PA -- 22,5 x 5 cm
Poema para voar, 2005 colagem e lápis sobre papel -- 21 x 29,7 cm O desenho é um desdobramento do poema (Poema para voar, 2005) feito em um vôo Recife - Rio de Janeiro, utilizando tudo o que tem escrito dentro do avião e em suas asas. Atenção - cuidado com o o vão entre o trem e a palavra, 2005 colagem e carimbo on paper-- 29.7 x 21 cm
Registros de Viagens #27, 2009 carimbo sobre papel -- 16,5 x 26 cm Registros de Viagens #28, 2009 carimbo sobre papel -- 16,5 x 26 cm Registros de Viagens #22, 2009 carimbo -- 5 x 10 x 7 cm
Quebra-cabeças (escada rolante para o céu), 2009-2010 (esquerda) impressão jato de tinta sobre papel algodão sobre pvc -- 100 x 66 cm As duas obras fizeram parte da exposição individual Entreimagens, nas Cavalariças da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, com curadoria de Adolfo Montejo Navas, em 2010. Arte Classificada Rio, de Janeiro a Dezembro, 2010 (direita) anúncio em jornal -- 46 x 33 cm A fotografia foi tirada pelo artista na saída do metrô do Catete, bairro do Rio de Janeiro. O anúncio aparece em vermelho para significar a eterna violência da cidade.
Traques I, 2011 carvão sobre tela -- 37 x 32 x 4 cm Traques II, 2011 papel sobre tela -- 37 x 32 x 4 cm Obras produzidas para a 1a exposição individual do artista em uma galeria do Rio de Janeiro.
Livro desmiolado, 2014 livro de artista -- 32 x 26 x 6,5 cm Não recebemos cheques, 2014 madeira e plástico -- 56 x 56 cm
DNA da poesia, 2015 37 canudos de papel, madeira e borracha --35 x 25 x 25 cm Obra produzida para a 1 a exposição individual do artista em uma galeria no Rio de Janeiro.
Silêncio - Homenagem a Tunga (O silêncio de Tunga é maior que o grito de Munch), 2016 colagem sobre papel -- 38 x 26 cm Obra feita em homenagem a Tunga, para a exposição rec/rio. Escultura dos Desenhos Imaginários, 2016 nanquim e borracha sobre papelão -- 30.5 x 22.5 cm Obra produzida para a 1 a exposição individual do artista em uma galeria no Rio de Janeiro.
Paisagem com chuva, 1973/2016 papel -- 25 x 36 cm Em parceria com o fotógrafo cego Eugen Bavcar. Todos os trabalhos desta série (Chuvaisagem, Cartão da Chuva, Gravusenho Chuvado e Lavoisier) surgiram em decorrência da inundação ocorrida no atelier do artista, devido as fortes chuvas, durante dois dias, no mês de junho de 2016, no Recife. O surgimento dessas obras transformou a tristeza em alegria e, por isso, o artista resolveu que deveriam fazer parte da exposição no Rio de Janeiro. A intervenção do artista foi o aproveitamento do acaso, sempre presente em sua obra/trajetória. sobre Paulo Bruscky Paulo Bruscky nasceu em 1949, em Recife, onde reside e produz. Participou das 16ª, 20ª, 26ª e 29ª edições da Bienal de São Paulo, Brasil (1981, 1989, 2004, 2010); da 10ª Bienal de Havana, Cuba (2009), entre outras bienais, além de coletivas como Trienal Poli/Gráfica de San Juan, Porto Rico (2012); Sistemas, Acciones y Procesos, na Fundación Proa, em Buenos Aires, Argentina (2011); Cine a Contracorriente, no Centro de Cultura Contemporánea de Barcelona, Espanha (2010); e Panorama dos Panoramas, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, Brasil (2008). Suas mais recentes mostras solo são: Arte Correio, no Centro Cultural dos Correios, em Recife (2011); Paulo Bruscky Uma obra sem original, no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte (2010); e Poiesis Contexto e Limiar, na Galeria Nara Roesler, em São Paulo (2009), todas no Brasil. Obras suas integram acervos como os de: Tate Modern, em Londres, Reino Unido; Museu de Arte Moderna de São Paulo e Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, ambos no Brasil; Museu d Art Contemporani de Barcelona, Espanha; Museu de Arte Moderna de Amsterdã, Holanda, entre outros.
Paulo Bruscky é representado pela Galeria Nara Roesler. são paulo -- avenida europa 655 -- jardim europa 01449-001 -- são paulo sp brasil -- t 55 (11) 2039 5454 rio de janeiro -- rua redentor 241 -- ipanema 22421-030 -- rio de janeiro rj brasil -- t 55 (21) 3591 0052 new york 47 w 28th st 2nd floor -- 10001 new york ny usa -- t 1 (646) 791 0426