PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO SECRETARIA DO TRIBUNAL PLENO TRIBUNAL PLENO RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 27/2012 O PLENO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA DÉCIMA NONA REGIÃO, no uso de suas atribuições legais e regimentais; CONSIDERANDO a resolução Nº 40/2007, do Conselho Superior da Justiça do Trabalho; CONSIDERANDO a resolução Nº 133/2011, do Conselho Nacional de Justiça, especialmente o art. 1º, alínea f ; e CONSIDERANDO que há necessidade de formalização da escala de férias dos magistrados e visando o melhor desempenho e organização dos trabalhos, RESOLVEU CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1.º Esta resolução disciplina a concessão de férias e o pagamento das vantagens pecuniárias delas decorrentes aos magistrados do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região. Art. 2.º O magistrado de primeiro e segundo graus do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região terá direito a sessenta dias de férias a cada ano de efetivo exercício, contínuos ou divididos em dois períodos iguais. Parágrafo único. As férias individuais não podem fracionar-se em períodos inferiores a trinta dias e somente podem acumular-se por imperiosa necessidade do serviço e pelo máximo de dois meses (LC n. 35, art. 67, 1º). CAPÍTULO II DAS FÉRIAS SEÇÃO I DA MARCAÇÃO Art. 3.º As férias dos juízes serão organizadas em escalas anuais e submetidas à aprovação do Tribunal Pleno, com observância nos arts. 197 e 198, do Regimento Interno.
1.º O Presidente do Tribunal ouvirá os interessados no período de 1º a 30 de outubro e a Seção de Magistrados providenciará, até a primeira quinzena de novembro, a elaboração da escala a vigorar no ano seguinte. cada ano. 2.º A Seção de Magistrados publicará a escala até o dia 20 de dezembro de 3.º É obrigatória a marcação de sessenta dias de férias por ano. 4.º Em caso de omissão do magistrado quanto ao disposto no 3º deste artigo, será ele instado a supri-la no prazo de dez dias; não o fazendo, as férias serão marcadas, de ofício, pelo Presidente do Tribunal. 5.º O juiz titular de Vara do Trabalho e o juiz do trabalho substituto em exercício na mesma vara não poderão gozar férias em período concomitante. 6.º Não havendo consenso entre os juízes titulares e substitutos nos períodos de férias, na forma prevista nos parágrafos anteriores, prevalecerá um período de férias indicado pelos respectivos titulares, invertendo-se a preferência em favor dos respectivos substitutos em relação ao segundo período. 7.º Na hipótese de zoneamento, em havendo reunidos mais de dois magistrados atuando em unidades, os integrantes gozarão férias em períodos distintos, observando a escolha prevista no art. 6º, 3º, da resolução Administrativa nº 7/2009. Art. 4.º As férias dos desembargadores serão organizadas em escalas anuais e submetidas à aprovação do Tribunal Pleno, com observância no art. 200, do Regimento Interno. Parágrafo único. Os requerimentos que versem sobre a concessão de férias dos desembargadores, relativos aos períodos do ano seguinte, deverão ser feitos de 1º de julho a 31 de agosto de cada ano. Art. 5.º No caso de magistrado convocado para desempenhar funções no Tribunal Pleno, por períodos ininterruptos iguais ou superiores a um ano, as férias serão organizadas e aprovadas com observância do disposto no art. 200, do Regimento Interno. 1.º Às férias de que trata o caput deste artigo aplica-se o disposto no 3º do art. 3º e no 3º do art. 7º desta resolução. SEÇÃO II DO INTERSTÍCIO Art. 6.º Serão exigidos doze meses de exercício no cargo para o primeiro período aquisitivo de férias, independentemente da averbação de tempo de serviço anterior, não sendo exigido qualquer interstício para os períodos aquisitivos de férias subsequentes ao primeiro. 1.º Os períodos concessivos subsequentes ao primeiro se darão entre os meses de janeiro a dezembro de cada ano.
2.º O interstício de que trata o caput deste artigo também será exigido para os magistrados de segundo grau advindos do quinto constitucional em relação ao primeiro período aquisitivo, sendo dispensado para os períodos subsequentes. SEÇÃO III DO GOZO Art. 7.º As férias poderão ser acumuladas, de ofício, por necessidade do serviço e até o máximo de dois meses. 1.º Só é permitida a acumulação de férias por absoluta necessidade do serviço, devendo ser justificada perante o Tribunal, presumindo-se a necessidade de serviço em relação aos cargos de Presidente, Vice-Presidente e Juiz Auxiliar da Presidência. 2.º O magistrado no exercício da Presidência da AMATRA XIX terá direito à acumulação de férias quando comprovado que o gozo das mesmas gerará prejuízo ao serviço em razão do afastamento do seu substituto legal. 3.º Excepcionalmente, as férias que até a data da publicação da presente resolução tenham sido acumuladas além do limite previsto no caput serão consideradas por necessidade do serviço para todos os efeitos legais. 4.º As férias acumuladas na forma do parágrafo anterior deverão ser indenizadas, salvo se o magistrado requerer, no prazo de trinta dias, a contar da publicação desta resolução, o gozo destas em período que não poderá ser objeto de adiamento, exceto por motivo de doença. SEÇÃO IV DA ALTERAÇÃO Art. 8.º Após a publicação da escala de férias a que alude o art. 3º desta resolução, poderá ocorrer alteração por interesse da administração ou do magistrado, devendo a justificativa ser submetida à apreciação do Tribunal. 1.º O prazo para alteração da escala de férias por interesse pessoal do magistrado será de, no mínimo, trinta dias antes da data de início das férias. 2.º A alteração das férias por interesse da administração poderá dar-se por ato do Presidente do Tribunal, ad referendum do Tribunal. 3.º É dispensada a observância do prazo previsto nos parágrafos anteriores nas seguintes hipóteses: I licença para tratamento da própria saúde; II - licença para tratamento da saúde de pessoa da família; III licença à gestante e à adotante; IV licença paternidade; V - afastamento por motivo de falecimento do cônjuge, companheiro, ascendente, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos.
SEÇÃO V DA INTERRUPÇÃO Art. 9.º As férias poderão ser interrompidas a critério do Presidente do Tribunal: a) de ofício, por necessidade de serviço; e b) por interesse pessoal do magistrado, observado o disposto no art. 15, 7º e 8º, desta resolução, em caso de acumulação. 1.º Na hipótese da letra a, a interrupção das férias deverá ser formalizada por ato convocatório motivado, do qual deverá ter ciência o magistrado afetado. 2.º Na hipótese da letra b, o magistrado deverá indicar, por ocasião do pedido de interrupção, o período de gozo do saldo remanescente. 3.º No caso de licença para tratamento da própria saúde concedida antes do início das férias, estas serão remarcadas para o primeiro dia útil após o término da licença, se outra data não houver sido requerida pelo magistrado. 4.º Não haverá interrupção do período de férias quando, durante a sua fruição, houver a ocorrência de hipóteses que ensejariam as licenças e afastamentos elencados no art. 8º, 3º, itens II, III, IV e V, desta resolução. CAPÍTULO III DA REMUNERAÇÃO DAS FÉRIAS Art. 10. Por ocasião das férias, o magistrado tem direito ao adicional de férias e, opcionalmente, à antecipação do subsídio mensal correspondente e da parcela do 13º salário. 1.º Na hipótese de o magistrado exercer cargo que implique a percepção de verba de representação, será esta considerada para fins de cálculo do adicional de férias. 2.º A contribuição previdenciária para o Plano de Seguridade Social do Servidor Público não incidirá sobre o adicional de férias. Art. 11. O pagamento da remuneração das férias, bem como do respectivo adicional, será efetuado em até dois dias antes do início do gozo, devendo constar, preferencialmente, da folha de pagamento do mês anterior. Art. 12. A devolução da antecipação de férias ocorrerá no mês subsequente ao início do gozo. Art. 13. Se houver reajuste, revisão ou qualquer acréscimo na remuneração do magistrado, deverão ser observadas as seguintes regras: I sendo as férias marcadas para período que abranja mais de um mês, as vantagens de que trata o art. 10 desta resolução serão pagas proporcionalmente aos dias de férias gozados em cada mês, considerando-se a data em que passou a vigorar o reajuste, revisão ou acréscimo remuneratório;
II havendo impossibilidade de inclusão do reajuste, revisão ou acréscimo remuneratório no prazo previsto no art. 11 desta resolução, a diferença será incluída na folha de pagamento do mês subsequente; III no caso de parcelamento das férias, será paga, em cada etapa, na proporção dos dias a serem gozados, a diferença do subsídio vigente à época; IV por ocasião do gozo do saldo de férias interrompidas, será devida, proporcionalmente aos dias a serem gozados, a diferença decorrente do aumento do subsídio do magistrado. Art. 14. A alteração do período de gozo das férias implica a suspensão do pagamento das respectivas vantagens pecuniárias. Parágrafo único. Caso já tenha recebido as vantagens referidas no caput deste artigo, o magistrado deverá devolvê-las integralmente, no prazo de cinco dias úteis contados da data do crédito ou do deferimento da alteração, se esta ocorrer em data posterior à do crédito, salvo nas seguintes hipóteses: I alteração da escala de férias por necessidade do serviço; e II interrupção do gozo das férias. CAPÍTULO IV DA INDENIZAÇÃO DE FÉRIAS Art. 15. É devida aos magistrados indenização de férias não gozadas, por absoluta necessidade do serviço, após o acúmulo de dois períodos. 1.º Nos casos de promoção ao Tribunal (2ª Instância) ou superior, de aposentadoria de magistrado e de extinção do vínculo estatutário por qualquer forma, é devida indenização de férias integrais ou proporcionais. 2.º Em qualquer hipótese, as férias, convertidas em pecúnia ou não, serão devidas com o adicional de 1/3, nos termos dos arts. 7º, XVII, e 39, 3º, ambos da Constituição Federal, e da Súmula n. 328 do STF. 3.º Em relação às férias não gozadas por necessidade do serviço, estando o magistrado em atividade, não corre prazo prescricional. 4.º A indenização das férias convertidas em pecúnia tem como base de cálculo o valor do subsídio do mês de pagamento, sem correção ou juros. 5.º As férias eventualmente acumuladas na forma do caput na data da resolução nº 133, do CNJ, serão indenizadas mediante requerimento do interessado, respeitada a disponibilidade orçamentária. 6.º Não terá direito à indenização de férias acumuladas o magistrado que requerer a acumulação por motivos de ordem pessoal.
7.º As férias acumuladas na forma do parágrafo anterior deverão ser obrigatoriamente gozadas no período concessivo subsequente, com a designação do período de gozo correspondente. Art. 16. Sobre a indenização de férias não incidirá desconto a título de Imposto de Renda Retido na Fonte e de contribuição para o Plano de Seguridade Social do Servidor Público. CAPÍTULO V DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 17. Os casos omissos serão decididos pelo Tribunal Pleno. Art. 18. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Tomaram parte na sessão os Exmºs Srs. Desembargadores João Leite de Arruda Alencar, Pedro Inácio da Silva, Antonio Adrualdo Alcoforado Catão, Jorge Bastos da Nova Moreira, Eliane Arôxa Pereira Barbosa e Severino Rodrigues dos Santos, Presidente do Tribunal. Publique-se no D.E.J.T. e no B.I. Sala das Sessões, 12 de setembro de 2012. Original assinado SEVERINO RODRIGUES DOS SANTOS Desembargador Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Décima Nona Região