Material de Palestra Religiões e Preces Palestra 016 RELIGIÕES E PRECES 016 WILSON DA CUNHA 1
Todas as religiões recomendam o exercício e a prática em torno da prece. Mas os séculos passam e nós permanecemos com essa consciência repetitiva. Sim. Temos necessidade da prece. Assim passaram-se os séculos e nós, permanecendo nessa inércia em torno do entendimento em relação ao alcance da prece. Entretanto no final do século retrasado, o mundo começa a ter condições de entender a promessa de Jesus, quando disse: Eu vou, mas na época oportuna rogarei ao Pai e Ele enviará o espírito do senhor para relembrar tudo aquilo que tenho dito, e acrescentar o que não pude dizer, em virtude da falta de condição de entendimento. Hoje no nível em que se encontra a Doutrina dos Espíritos, o mundo superior se movimenta nos instruindo em todos os setores da necessidade humana. Sendo a prece, o nosso objetivo do momento, vamos buscar informações oferecidas por intermédio de iluminadas figuras venerandas da espiritualidade superior, para que o nosso, entendimentos não permaneça no limite até então oferecido pelas religiões, ou seja: Temos Necessidades da Prece. Joana de Ângelis, a veneranda discípula de Jesus diz: Orando, elevar-te-ás, e na energia da prece receberás tudo quanto se te tornarás necessário para prosseguires lutando e lograres a vitória. O venerando espírito, Apolônio de Tyana oferece a sua contribuição para o nosso entendimento em torno da prece. RELIGIÕES E PRECES 016 WILSON DA CUNHA 2
Sinto-me extasiado ao contemplar o nosso globo terrestre, emitindo luzes que se elevam da sua superfície como se fossem pequenas labaredas de fogo que se perdem nos céus. Essas chamas acesas, essas centelhas luminosas, esses raios de poder, são as preces das pessoas na Terra. Legiões de entidades espirituais treinadas e orientadas a atendêlas, o fazem, preferencialmente, àquelas ditas com fé e sinceridade. Quando demonstramos grande necessidade, ou quando oramos por outras pessoas, os feixes luminosos se projetam diretamente sobre nós e são imediatamente visíveis. Não existe prece mais poderosa do que a dos pais pedindo por seus filhos. Essas são as orações mais puras, devido ao intenso desejo e, às vezes, desespero. A mãe, principalmente, tem a capacidade de dar seu coração aos filhos e implorar fervorosamente por eles a Deus. Contudo, todos nós podemos alcançar Deus com nossas preces. Telesino, cônsul romano, interrogando Apolônio, lhe perguntou: Quando vos aproximais dos altares, qual a vossa prece? Peço aos deuses que reine a justiça, que as leis sejam respeitadas, que os sábios sejam pobres, e os outros se enriqueçam, mas por caminhos honestos. Devemos confiar no poder de Deus para que sejamos atendidos em nossas preces. Ele conhece as nossas dificuldades e aguarda o convite para ajudar-nos, porém, limitado à nossa própria lei e à nossa vontade. RELIGIÕES E PRECES 016 WILSON DA CUNHA 3
A prece nos dá a sensação de que não estamos carregando sozinho o nosso fardo - de que não estamos sós. Poucos, dentre nós são tão fortes que possam carregar os seus fardos mais pesados - os seus angustiosos problemas íntimos - sozinhos. As nossas preocupações são, às vezes, de natureza tão íntima, que não podemos discuti-las nem mesmo com os nossos parentes e amigos mais chegados. Então, a prece é a resposta. Qualquer psiquiatra nos dirá que, quando nos achamos deprimidos tensos, angustiados nos fará, bem contar a outra pessoa as nossas dificuldades. Quando não pudermos desabafar com ninguém, sempre o podemos fazer com Deus. A prece é a forma mais poderosa de energia que podemos gerar. Por que, pois, não usá-la? - por que ficarmos a discutir definições, quando os poderes misteriosos da natureza se encarregam de nós? Se você não tem uma religião ou, mesmo, tenha abandonado à sua, suplique ao Deus, Todo-Poderoso que renove a sua fé. E recite esta breve oração escrita, há oito séculos, por São Francisco de Assis. Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz. Onde há ódio, permiti que eu, semeie amor. Onde há individual injúria, perdão. Onde há dúvida, fé. Onde há desespero, esperança. Onde há trevas, luz. Onde há tristeza, alegria. RELIGIÕES E PRECES 016 WILSON DA CUNHA 4
Ó Divino Mestre, fazei com que eu não procure tanto ser consolado, como consolar, ser amado como amar, pois é dando que se recebe, é perdoando que somos perdoados, é morrendo que nascemos para a Vida Eterna. Vocês gostaram das informações de Apolônio de Tyana? Acredito que sim! Mas uma coisa deve ficar registrada; de que se não existisse o consolador prometido por Jesus, ou seja o espiritismo, não teríamos essa luz em torno do entendimento da prece. Tudo porque não fechamos as portas para as manifestações do além. Aqueles que fecharam estão ficando limitados em si mesmo. RELIGIÕES E PRECES 016 WILSON DA CUNHA 5