CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho.

Documentos relacionados
CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho.

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA AS ORIGENS DAS GALÁXIAS. José Afonso. Maio de 2014 MÓDULO: CAOAL OG

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA O MODERNO SISTEMA SOLAR. Rui J. Agostinho.

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA SISTEMAS PLANETÁRIOS: O NOSSO E OS OUTROS. Rui J.

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS. Rui Jorge Agostinho MÓDULO CAOAL VME

Curso de Iniciação à. Astronomia e Astrofísica. Observatório Astronómico de Lisboa. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso. Janeiro e Junho de 2013

INICIAÇÃO À ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA. Rui Jorge Agostinho José Manuel Afonso

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA AS ORIGENS DAS GALÁXIAS. José Afonso MÓDULO CAOAL OG.

Nossa Estrela: O Sol. Adriana Válio Roque da Silva. Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Tópicos Especiais em Física. Vídeo-aula 5: astrofísica estelar 09/07/2011

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA PARADOXOS DA TEORIA DA RELATIVIDADE. Paulo Crawford MÓDULO CAOAL TR

Evolução Estelar. Vimos anteriormente que a formação do sistema solar se dá no momento da formação da própria estrela do sistema:

Evolução Final das Estrelas

Universidade da Madeira. Estrelas. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 05 janeiro 2015 NASA

Origem, evolução e morte das estrelas

Evolução Estelar. Introdução à Astronomia Prof. Alessandro Moisés Colegiado Acadêmico de Ciências da Natureza SBF

INICIAÇÃO ÀS OBSERVAÇÕES ASTRONÓMICAS CURSO DE OBSERVAÇÕES ASTRONÓMICAS OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA. João Nuno Retrê

Origem, evolução e morte das estrelas

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Estrelas. Rogemar A. Riffel

ESTRELAS ANÃS SUAS ORIGENS

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M

Evolução Estelar. Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP

Evolução Estelar I. Prof. Jorge Meléndez Departamento de Astronomia, IAG/USP. AGA 0205 Elementos de Astronomia 2013-B

EVOLUÇÃO ESTELAR I. Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M

Estrelas J O NAT HAN T. QUARTUCCIO I N S T I T U T O D E P E S Q U I S A S C I E N T Í F I C A S A S T R O L A B

FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO

Movimento próprio de estrelas Formação e evolução Estágios finais na evolução de estrelas Enxames

3ª Escola de Astrofísica e Gravitação do IST

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 4 03/11/2016

Origem, evolução e morte das estrelas

Evidências de formação estelar recente nebulosas de emissão excitadas pela radiação de estrelas jovens e quentes

Curso de Introdução à Astronomia e Astrofísica ESTRELAS AULA 1. Flavio D Amico estas aulas são de autoria de Hugo Vicente Capelato

O Surgimento e Desenvolvimento De Uma Anã Branca

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Estrelas. Rogério Riffel.

Evolução de Estrelas em Sistemas Binários

Estrelas binárias e estrelas variáveis

Luminosidade (L) perda de energia não são estáticas evoluem à medida que perdem energia para o espaço

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 07 de Novembro de

1.3. As estrelas e a sua evolução

O PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESTRUIÇÃO DAS ESTRELAS Instituto de Pesquisas Científicas Jonathan Tejeda Quartuccio

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA O NOVO SISTEMA SOLAR. David Luz MÓDULO CAOAL SS.

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Evolução Estelar Estágios Avancados

Estrelas (IV) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Evolução estelar. Roberto Ortiz EACH USP

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas

Estrelas (V) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Estrelas (V) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Estrelas Parte I. Victoria Rodrigues 10/05/14

Estrelas Variáveis e Aglomerados de Estrelas

ESTRELAS FORMAÇÃO, VIDA E MORTE JONATHAN T. QUARTUCCIO

Evolução Estelar. Definição: variações de temperatura superficial e luminosidade ao longo da vida de uma estrela.

Arquitetura do Universo Origem dos elementos químicos

FORMAÇÃO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS. Walter J. Maciel Departamento de Astronomia - IAG/USP

Astrobiologia Mestrado e Doutorado em Física e Astronomia Prof. Dr. Sergio Pilling Aluna: Caroline Gonçalves de Góes

Saída da Sequência Principal. Na Sequência Principal ocorre uma lenta transformação de H em He ~ 10 bilhões de ano

Massa: fator determinante para o Fim

Estrelas de baixa massa 0,25 M M 2,5 M. Estrelas de massa intermediária 2,5 M < M 12 M

Introdução à Astronomia AGA 210 Prova 3 30/11/2017

Estrelas Parte II. Victoria Rodrigues 24/05/14

A espectroscopia e as estrelas

Evolução de Estrelas de Alta Massa

PARADOXOS DA TEORIA DA RELATIVIDADE CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA. Paulo Crawford.

Evolução Estelar II. Evolução pós-sp

Formação dos elementos químicos

Estrelas (IV) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Introdução à Astrofísica. Espectroscopia. Rogemar A. Riffel

Estrelas (VI) Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP

Nascimento, vida e morte das estrelas. Alan Alves Brito Professor Adjunto

ESTRUTURA E EVOLUÇÃO ESTELAR NEBULOSAS

Quando as estrelas morrem. Amanda Goldani Rodrigues Peixoto Administração Manhã

Sol. Gastão B. Lima Neto Vera Jatenco-Pereira IAG/USP.

Para perceber porque é que os corpos quentes radiam energia é necessário perceber o que é o calor.

O Ciclo de Vida das Estrelas

Universo Competências a atingir no final da unidade

Capítulo 13 ESTRELAS VARIÁVEIS

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo

Universidade da Madeira. A escala do Universo. Grupo de Astronomia. Laurindo Sobrinho. 26 de abril de 2017

TERMODINÂMICA. Aula 3 Por que o Sol um dia expandirá?

Capítulo 12 ESTÁGIOS FINAIS DA EVOLUÇÃO ESTELAR

Universidade da Madeira. à Astronomia. Introdução. (c) 2009/2014 Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira. 1Grupo de Astronomia

Estrelas, Galáxias e Cosmologia EVOLUÇÃO ESTELAR3. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Jane C. Gregório Hetem. 3.1 Evolução das Estrelas

Universidade Federal do ABC Ensino de Astronomia UFABC 2016 Aula 12:Estrelas parte II

GAUMa Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira. O Sol. O Sol. Laurindo Sobrinho. 01 de março de 2017 SOHO, NASA, ESA

TESTE TIPO Nº1 UNIVERSO GRUPO I

Evolução de Estrelas da SP e de Baixa Massa

O que vamos estudar? O que é a Via Láctea? Sua estrutura Suas componentes

Prof. Eslley Scatena Blumenau, 31 de Outubro de

Astrofísica Geral. Tema 11: A vida das estrelas

Capítulo 12 ESTÁGIOS AVANÇADOS DA EVOLUÇÃO ESTELAR

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. O Sol. Rogério Riffel.

Alex C. Carciofi. Aula 9. O Nascimento das Estrelas Evolução Estelar

Vida das Estrelas Tópicos Gerais de Ciências da Terra Turma B. Karín Menéndez-Delmestre Observatório do Valongo

Curso de Extensão Universitária Evolução Estelar. prof. Marcos Diaz

CLASSIFICAÇÃO ESTELAR:

Transcrição:

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA NO OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME Rui Jorge Agostinho Outubro de 2017

Conteúdo Este curso destina-se a qualquer pessoa interessada em Astronomia e adapta-se muito bem a quem frequentou um curso introdutório nestes temas, por exemplo no OAL. Familiarização com noções de física básica poderá ser uma vantagem e, por isso, o curso é muito recomendado a docentes do EBS. É perfeito para pessoas ávidas de conhecimento! Venha conhecer a formação e evolução estelares numa explicação arrebatadora com o fascínio de desvendar os mistérios do universo. 1

Objectivos e Estrutura do Curso As estrelas são estruturas básicas que suportam a vida. Fazem a história do universo que inclui a produção dos átomos da tabela periódica. Os elementos para além do hélio, sintetizados nas estrelas, permitem o aparecimento posterior de planetas com materiais sólidos e ricos nos átomos fundamentais à vida como o carbono, o azoto e o oxigénio que, com o hidrogénio, formam a base de todos os aminoácidos. Por outro lado, a evolução até aos organismos complexos necessita de estabilidade de condições físicas na ordem dos milhares de milhões de anos, que só as estrelas podem garantir. Contudo, há uma enorme diversidade delas e nem todas reúnem as condições adequadas. Conhecer as estrelas é entender as fases que atravessam, caracterizadas por instabilidades, fases de rutura e explosivas como super e hipernovas. Segue-se a última fase, em objetos colapsados e densos como anãs brancas, estrelas de neutrões e buracos negros, que apagam a vida à sua volta. É saber-se que há estrelas a nascer frias demais e outras tão brilhantes e violentas que emitem radiação X e partículas altamente energéticas em ventos estelares fortíssimos, que nascem em grupos de muitos milhares e evoluem em interação mútua... Que condições existem para sustentar a vida no universo, a muito longo prazo? Tudo isto será apresentado, explicado, debatido, com o fascínio de desvendar os mistérios deste universo onde habitamos. Aulas: O curso é constituído por 4 aulas de 2,5h cada, aos sábados entre as 10:00 e as 12:30, que decorrem no Edifício Leste do OAL. Não haverá alteração do horário e dias das aulas. Contudo, se por razão de força maior for combinada uma substituição, esta será também informada por email aos participantes. Propina: Inscrições: o valor total é de 80e pagos no acto de inscrição. são exclusivamente efectuadas na página web http://oal.ul.pt/educacao-e-divulgacao/cursos-de-astronomia-e-astrofisica/ Contactos: Suzana Ferreira, cursos@oal.ul.pt (secretariado). Edifício Leste, Observatório Astronómico de Lisboa Tapada da Ajuda 1349-018 Lisboa Tel.: (+351) 21 361 67 34 Fax: (+351) 21 361 67 52 (http://oal.ul.pt/inicio/localizacao-e-como-chegar/) Curso de A&A, Out/2017: Vida e Morte das Estrelas 2

Programa do Curso Aula n o 1 O QUE É UMA ESTRELA A Formação Estelar O ambiente galáctico: nuvens moleculares. A formação em grupo: distribuição de massas. Características Físicas de uma Estrela A condição fundamental: equilíbrio hidrostático. A temperatura T e a composição química µ do gás. A auto força gravítica. A Produção e o Balanço Energético Nucleossíntese: cadeias p p, 3α e CNO. Energética das reações nucleares. Transporte de energia: processos radiativo e convectivo. Aula n o 2 ESTRUTURA ESTELAR, LUMINOSIDADE E O TEMPO DE VIDA A Radiação Electromagnética Distribuição dos fotões pelas energias: lei de Planck. Luminosidade da estrela. Fluxo e magnitude. O que é a fotosfera. A Estrutura Estelar das Camadas Superiores O campo magnético e as manchas. A coroa e sua dinâmica. Radiação corpuscular: o vento solar. A Estabilidade na Sequência Principal (SP) O diagrama de Hertzsprung Russel (H-R). A importância da massa inicial da estrela. Gigantes azuis e perda acelerada de massa. Curso de A&A, Out/2017: Vida e Morte das Estrelas 3

Aula n o 3 A INSTABILIDADE E A EVOLUÇÃO PÓS-SP A Fase de Gigante Vermelha A ignição do hélio. Consequências. A exaustão do hélio e a queima do carbono. A morte em Nebulosa planetária. Características das Anãs Brancas A matéria em estado degenerado. Limite de Chandrasekhar: 1,44 M. As Supernovas do tipo I. Estrelas Pulsantes e Variáveis O mecanismo responsável. As supergigantes Cefeidas. As gigantes do tipo RR-Lira. Aula n o 4 ESTÁGIOS FINAIS DAS ESTRELAS DE GRANDE MASSA Estrelas de Grande Massa e Evolução Final A temperatura da fusão nuclear seguinte. A estrutura interna destas estrelas. As Supernovas tipo II: razões e consequências. As Hipernovas e as explosões de raios-γ. Estrelas de Neutrões A força gravítica à superfície. Composição e densidade média. Pulsares: o campo magnético e a emissão de radiação. Buracos Negros A força gravítica e o limite de Schwarzschild. Massa mínima. Efeitos de aceleração nas imediações. Deteção de buracos negros e os BNs galácticos. Rui Jorge Agostinho (Professor e Investigador da FCUL IA) Curso de A&A, Out/2017: Vida e Morte das Estrelas 4