Modos de vida no município de Paraty Barra Grande

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Transcrição:

Modos de vida no município de Paraty Barra Grande Resultados gerais Janeiro 2011 Projeto Community-based resource management and food security in coastal Brazil (Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP) Coordenação da etapa sobre modos de vida: Natalia Hanazaki (Universidade Federal de Santa Catarina) Equipe de campo: Laura Cavechia, Mariana Giraldi, Luciana Araujo, Ivan Martins, Fernanda Bueloni, Rodrigo de Freitas, Luziana Silva, Carlos Idrobo, Lydia Carpenter, Nivaldo Peroni, Natalia Hanazaki Dados coletados entre 28/06 e 10/07/2010 Este relatório contém alguns dos resultados das entrevistas realizadas em diferentes comunidades do município de Paraty, RJ, dentro do subprojeto sobre modos de vida e segurança alimentar (Projeto Community-based resource management and food security in coastal Brazil ). São resultados de entrevistas feitas com uma amostra das unidades domiciliares e representam apenas um retrato de alguns aspectos dos modos de vida locais. É importante destacar que este retrato é parcial e possui todas as limitações de entrevistas que são feitas num curto período de tempo. Entretanto, é de nossa intenção partilhar esses resultados com as comunidades onde o estudo foi feito, e esse é o intuito deste documento. Número de residências estimado: 318 Número de entrevistas realizadas: 76 População total amostrada através das entrevistas: 309 pessoas (150 homens e 159 mulheres) Duração média da entrevista: 23 minutos 1. Sobre as unidade familiares As famílias da maioria das unidades domiciliares vivem na comunidade entre menos de um ano e 85 anos, sendo que a média é de 24,83 anos de residência da família na comunidade (Figura 1). O chefe da família é do sexo masculino em 44% das 76 unidades domiciliares entrevistadas, em 23% é do sexo feminino, em 9% são ambos e em 24% das entrevistas não houve resposta para esta pergunta. O número médio de pessoas por casa é de 4,07 pessoas (Figura 2). Mais de 50% das pessoas residentes nas casas onde foram feitas entrevistas não concluiu o 1º grau; por outro lado quase 15% das pessoas concluíram o 2º grau, sendo que alguns possuem ensino superior (Figura 3). Entre 309 pessoas residentes nas unidades domiciliares entrevistadas, 2 pessoas em idade escolar (para o ensino obrigatório) não frequentam a escola. As pessoas que geram renda nas unidades domiciliares correspondem a 58% da população amostrada através das entrevistas (Figura 4), considerando também que 27,2% da população tem idade menor que 16 anos (Figura 5). A aposentadoria e a construção civil são as principais atividades econômicas nas unidades familiares de Barra Grande (Figura 6), seguidas pela agricultura. Outras atividades freqüentes também são o trabalho como diarista e atividades diversas na categoria outros (Figura 7; respostas a partir de uma lista de alternativas), que denotam uma grande diversificação de atividades na comunidade e que incluem os trabalhos na construção civil (ajudante de obra, servente, pedreiro, marceneiro, carpinteiro), motorista, autônomo, plantio de palmito e coco, pensionista, piscicultura, mecânico, fisioterapeuta, músico, aluguel de casa. 1

Figura 1. Há quanto tempo a sua família vive nesta comunidade? (respostas de 76 unidades domiciliares, Barra Grande) Figura 2. Quantas pessoas vivem na sua casa? (respostas de 76 unidades domiciliares, Barra Grande) Figura 3. Escolaridade (n=298 pessoas, Barra Grande) 2

Figura 4. Número de pessoas que geram renda (n=309, Barra Grande) Figura 5. Pirâmide etária (n=309 pessoas, Barra Grande) 3

Figura 6 Atividade econômica principal da unidade domiciliar (n=76 unidades domiciliares, Barra Grande) Figura 7 Outras atividades da unidade domiciliar (n=232 respostas, Barra Grande) 2. Sobre a pesca Na Barra Grande, entre as 76 unidades domiciliares entrevistadas, a pesca está presente em apenas 18% delas (14 unidades domiciliares). Comparando com 6 outras comunidades onde o mesmo levantamento foi efetuado (Tarituba, Praia Grande, Ilha do araújo, Trindade, Praia do Sono e Ponta Negra), Barra Grande é aquela com a menor proporção de pescadores. Foram recolhidas informações específicas sobre a pesca para até três pescadores residentes 4

em cada unidade familiar, totalizando 21 pessoas que praticam a pesca, sendo 13 homens e 8 mulheres. Entre essas 21 unidades domiciliares que praticam atividades pesqueiras, 5 delas (36%) possuem barco e 3 (21%) possuem motor. A maioria dos pescadores na Barra Grande começou a pescar durante sua infância ou adolescência (Figura 8), e atualmente pratica a atividade raramente (Figura 9). A maioria dos pescadores considera-se pescador artesanal (Figura 10) e é pescador em tempo parcial ou pescador esporádico (Figura 11). Os pescadores decidem pescar devido à fatores diversos, como a tradição familiar, dicas de amigos ou parentes, a necessidade para o consumo do pescado, para ajudar parentes, e por diversão ou lazer. O pescado capturado nas unidades domiciliares que praticam a pesca é destinado principalmente para o consumo local (Figura 13). Figura 8 Idade em que começou a pescar (n=19 pescadores, Barra Grande) Figura 9 Frequência da atividade de pesca (n=21 pescadores, Barra Grande) 5

Figura 10 Percepção dos pescadores sobre o tipo de pesca praticada (n=21 pescadores, Barra Grande) Figura 11 Classificação do tipo de pesca praticada, feita pelo entrevistador com base nas respostas (n=21 pescadores, Barra Grande) Figura 12 Tomada de decisão na pesca (n=21 pescadores, Barra Grande) 6

Figura 13 Destino da captura da pesca (n=14 unidades domiciliares, Barra Grande) 3. Produção de alimentos e segurança alimentar Em Barra Grande, 28% (n=21) das 76 unidades domiciliares possui roça e 30% (23) não possui. As demais não souberam responder. A produção de alimentos ocorre em todas as unidades domiciliares de Barra Grande (Figura 14), sendo esta direcionada para o autoconsumo e para a venda, com exceção das plantas medicinais que não são vendidas. Em algumas unidades domiciliares há a produção exclusiva para a venda de produtos como banana, mandioca brava e frutas. O pescado produzido é direcionado principalmente para o autoconsumo, sendo também vendido em apenas 4 das 26 unidades familiares que mencionaram produzi-lo. Para a maior parte da unidades domiciliares, o peixe é consumido apenas uma vez por semana, ou ainda com menor frequência (Figura 15). Em caso de escassez de alimento produzido localmente, a maioria das unidades domiciliares sempre pode comprar alimentos (Figura 16). Apenas 18% das unidades domiciliares tiveram escassez de alimentos no último ano (Figura 17). As trocas de alimentos no último mês declaradas pelas unidades domiciliares (Figura 18) podem ser alternativas nesses poucos casos de escassez. A maioria das unidades domiciliares considera seu consumo de alimentos entre bom e regular (Figura 19), sendo importante destacar que os extremos também foram citados (ótimo e ruim). 7

Figura 14 Alimentos produzidos (n=76 unidades domiciliares, Barra Grande) Figura 15 Frequência de consumo de peixe (n=76 unidades domiciliares, Barra Grande) Figura 16 Alternativas para as ocasiões em que há escassez de alimentos produzidos no local (n=65 unidades domiciliares, Barra Grande) 8

Figura 17 Unidades domiciliares que tiveram falta de algum alimento no último ano (n=76 unidades domiciliares, Barra Grande) Figura 18 Troca de alimentos no último mês (n=76 unidades domiciliares, Barra Grande) Figura 19 Qualidade percebida do consumo de alimentos (n=76 unidades domiciliares, Barra Grande) 9

4. Qualidade de vida, microeconomia e futuro A qualidade de vida percebida pelas unidades domiciliares está entre razoável e boa (Figura 20), não havendo nenhuma unidade domiciliar que tivesse considerado sua qualidade de vida como ruim. Entretanto, a qualidade de vida comparada com as outras unidades domiciliares da comunidade (Figura 21) mostra que, apesar da maioria das unidades domiciliares considerarem que estão na média, os extremos também são percebidos na comunidade. Quando foi perguntado sobre o que os entrevistados gostariam de melhorar (Figura 22), a maioria das respostas referiu-se à saúde, moradia, educação, dinheiro e diversão/lazer. Com relação à pergunta sobre três prioridades de investimento no caso de possuírem mais dinheiro (Figura 23), as principais respostas foram relacionadas à melhorias na infraestrutura da casa e investimentos na educação, além de outras respostas. Nos casos em que foi perguntado por quê a pesca não estava entre as prioridades de investimento (Figura 24), 45 respostas referiramse à falta de tradição na atividade. Na categoria outros, apareceram respostas relacionadas a não ser uma atividade atrativa, não ter acesso a esta atividade, a ser muito perigoso, a preferir a agricultura, à incerteza da pesca, ao medo, à falta de interesse, ao fato de praticar a atividade somente por lazer, e ao fato de ser muito complicado obter autorização. Indicadores microeconômicos, como a existência de empréstimos nos últimos dois anos (Figura 25) e a existência de dívidas (Figura 26) indicam que, em geral, as unidades domiciliares entrevistadas não tem o hábito de contrair dívidas. Destaca-se o fato de que apenas duas unidades domiciliares possuem empréstimo do PRONAF (Programa BB Aqüicultura e Pesca), direcionado para a pesca artesanal. Nas perguntas relacionadas ao futuro, as principais atividades desejadas incluem a agricultura, ficar em casa e atividades relacionadas ao turismo (Figura 27), incluindo outras atividades como trabalhar como autônomo, morar em uma área boa para pesca, caseiro, ter saúde, cozinheira, marceneiro, faxina, bombeiro hidráulico, voltar a estudar, viajar e passear, ser músico, professor. Em relação aos desejos de futuro para os filhos destacam-se respostas na categoria outros, onde predomina o estudo, o trabalho e a saúde. Para aqueles que responderam sobre o que gostariam que seus filhos fizessem no futuro, foi perguntado o que impediria essa realização (Figura 28). Entre as alternativas oferecidas, a falta de boa educação e a falta de emprego local foram lembradas por poucos entrevistados. É importante destacar que em 21 respostas (entre as 71 respostas dadas), não há impedimentos para a realização do futuro desejado. Entre as respostas na categorias outros, estão a falta de dinheiro, o custo da universidade, a falta de incentivo político, falta de força de vontade, falta de infra-estrutura, problemas familiares, medo, drogas, violência, e o fato de trabalhar em vez de estudar. 10

Figura 20 Percepção sobre a qualidade de vida (n=72 unidades domiciliares, Barra Grande) Figura 21 Qualidade de vida comparada com as outras unidades domiciliares da comunidade (n=73 unidades domiciliares, Barra Grande) Figura 22 Respostas à pergunta Pensando na sua família, quais questões você gostaria de melhorar? (n=76 entrevistas, 201 respostas, Barra Grande) 11

Figura 23 Respostas à pergunta Se você tivesse mais dinheiro, quais seriam as três principais prioridades para você? (n=76 entrevistas, Barra Grande) Figura 24 Respostas à pergunta Se a pesca não é uma prioridade da pergunta anterior, por quê você não investiria na pesca? (n=72 entrevistas, Barra Grande) 12

Figura 25 Respostas à pergunta: Você emprestou dinheiro nos últimos dois anos? (n=76 unidades domiciliares, Barra Grande) Figura 26 Respostas à pergunta: Você tem alguma dívida atualmente? (n=76 unidades domiciliares, Barra Grande) 13

Figura 27 - Pensando no futuro: respostas às perguntas Que atividades você gostaria de estar fazendo nos próximos anos? (n=135 respostas, Barra Grande) e O que você gostaria que seus filhos fizessem no futuro? (n=89 respostas, Barra Grande) Figura 28 - Pensando no futuro: restrições para a realização do futuro dos filhos, para os entrevistados que responderam a pergunta O que você gostaria que seus filhos fizessem no futuro? (n=71 respostas, Barra Grande) 14