Número 106 Dezembro de 2011 Revista e atualizada em Janeiro de Política de Valorização do Salário Mínimo:

Documentos relacionados
Política de Valorização do Salário Mínimo: Salário mínimo de 2013 será de R$ 678,00

Nota Técnica Número 86 Janeiro de 2010 (revisada e atualizada) Política de Valorização do Salário Mínimo:

Nota Técnica Número 201 Janeiro de Salário Mínimo de 2019 é fixado em R$ 998,00

Política de Valorização do Salário Mínimo:

Política de Valorização do Salário Mínimo: valor para 2016 é fixado em R$ 880,00

Número 166 Janeiro de Política de Valorização do Salário Mínimo:

Site Sistema PED. Projeto Sistema PED 2012

Imposto de renda pessoa física: propostas para uma tributação mais justa

Imposto de renda pessoa física: propostas para uma tributação mais justa

Boletim Caged-MTE da. Indústria Química

Resultados- Junho OUTUBRO 2011

Política de Valorização do Salário Mínimo:

Política de Valorização do Salário Mínimo: Valor para 2014 será de R$ 724,00

Imposto de renda pessoa física: propostas para uma tributação mais justa

Número 75 Setembro de A geração de riqueza no setor bancário e seu impacto na renda do trabalho

Nota Técnica Número 188 Janeiro Valor de R$ 954,00 não recompõe poder de compra do Salário Mínimo

As mudanças metodológicas na PMC e PMS. Número 180 Maio

Imposto de renda pessoa física: propostas para uma tributação mais justa

Número 13 julho Geração de empregos no setor bancário diminui 83,3% em relação ao mesmo período do ano anterior

NÚMERO 12 Fevereiro 2006 NOTA TÉCNICA A CAMPANHA DO SALÁRIO MÍNIMO: RESULTADOS DA AÇÃO SINDICAL

Número 15 dezembro Geração de empregos entre janeiro e setembro no setor bancário é 84,2% inferior à observada no mesmo período do ano anterior

Boletim de Indicadores Fiscais. Estado do Maranhão. Poder Executivo 2º Quadrimestre de 2013

Qualificação Social e Profissional

Roberto Anacleto Subseção DIEESE CNTM/FS 01/08/2017

DESEMPENHO DOS BANCOS EM 2012

BOLETIM TRABALHO NO COMÉRCIO Mulher Comerciária: Trabalho e Família

Número 64 Abril de Entendendo o movimento da jornada de trabalho semanal média

Nº 57 junho de Balanço dos Pisos Salariais negociados em 2010

Ano V Nº 19 Maio de 2011

NÚMERO 8 OUT/2005 NOTA TÉCNICA. Salário Mínimo Constitucional

A negociação de reajustes salariais em meio à crise internacional. Número 83 Junho de 2009

Boletim de Indicadores Fiscais dos Estados e do Distrito Federal Poder Executivo

nº 62 agosto de 2012 Balanço das negociações dos reajustes salariais do 1º semestre de 2012

Boletim de Indicadores Fiscais dos Estados e do Distrito Federal Poder Judiciário

Número novembro de Imposto de Renda Pessoa Física: Propostas para uma Tributação Mais Justa

Imposto de Renda Pessoa Física: Propostas para uma Tributação Mais Justa

PESQUISA DE EMPREGO BANCÁRIO

Estudo Técnico nº 53/ : Remunerações da carreira do PECFAZ e outras do Poder Executivo

Boletim de Indicadores Fiscais dos Estados e do Distrito Federal 1º Quadrimestre Poder Executivo

META III TABULAÇÕES ESPECIAIS

DESEMPENHO DOS BANCOS 1º semestre de 2013

Nº 73 agosto de 2014 Balanço das negociações dos reajustes salariais do 1º semestre de 2014

Boletim de Indicadores Fiscais dos Estados e do Distrito Federal. 3º Quadrimestre Poder Judiciário

Nº 71 abril de 2014 Balanço das negociações dos reajustes salariais de 2013

PESQUISA DE EMPREGO BANCÁRIO

TAXA DE JUROS E OS LIMITES DO CRESCIMENTO

Boletim de Indicadores Fiscais dos Estados e do Distrito Federal. 3º Quadrimestre Poder Executivo

Estudo Técnico: Evolução do ICMS no Estado do Rio Grande do Norte no período

Nº 64 março de 2013 Balanço das negociações dos reajustes salariais de 2012

Balanço das negociações dos reajustes salariais em 2007

PESQUISA DE EMPREGO BANCÁRIO

Pesquisas de Orçamentos Familiares POF:

Combustíveis e seus reajustes. Número 19 abril 2006 NOTA TÉCNICA

nº 86 junho de 2018 Balanço das negociações dos reajustes salariais de 2017

Boletim de Indicadores Fiscais dos Estados e do Distrito Federal Poder Judiciário 2º Quadrimestre

Número 45 Junho de 2007 Edição Revista e Atualizada (dez/07) O fator previdenciário e os trabalhadores

A OCUPAÇÃO NO COMÉRCIO NO FINAL DO ANO

13 o salário deve injetar R$ 84,8 bilhões na economia

CAMPANHA SALARIAL PERSPECTIVAS PARA Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios

Mercado de Trabalho Formal do Recife

R$ 131 bilhões devem ser injetados na economia a título de 13º salário

Nota Técnica Número 133 março O Mercado de Trabalho Formal Brasileiro

Nota Técnica Número 03 fevereiro 2013

nº 85 outubro de 2017 Balanço das negociações dos reajustes salariais do 1º semestre de 2017

Nº 59 março de Balanço das negociações dos reajustes salariais em 2011

Boletim informativo do Mercado de Trabalho Formal de Osasco. Novembro de 2010

Número 34 Setembro de As medidas governamentais para a habitação

Pagamento do 13 o salário deve injetar em torno de R$ 78 bi na economia

Mercado de Trabalho Formal do Recife

Nº 69 agosto de 2013 Balanço das negociações dos reajustes salariais do primeiro semestre de 2013

R$ 143 bilhões devem ser injetados na economia a título de 13º salário

Março de 2016 Número 155. Inflação: comportamento dos preços administrados na vida das famílias paulistanas

13 o salário deve injetar R$ 102 bilhões na economia

A reforma tributária e a renúncia fiscal aos bancos. Número 72 Agosto de 2008

R$ 143 bilhões devem ser injetados na economia a título de 13º salário

R$ 173 bilhões devem ser injetados na economia a título de 13º salário

ANUÁRIO DO SISTEMA PÚBLICO DE EMPREGO, TRABALHO E RENDA. Mercado de Trabalho

PESQUISA DE EMPREGO BANCÁRIO

Salário Mínimo: trajetória recente

Nota Técnica de Subsídio para negociação com Tribunal de Justiça de MS

Estudo Técnico nº 164/2014: Proposta de custeio da CAPESAÚDE 1

Número 22 Maio 2006 NOTA TÉCNICA AS RELAÇÕES DE TRABALHO NO SETOR PÚBLICO: RATIFICAÇÃO DA CONVENÇÃO 151 E RESOLUÇÃO 159 DA OIT

SS CNTM - FS. Boletim Setorial. Desempenho do Setor Automotivo. Produção de autoveículos, máquinas agrícolas e rodoviárias. 07 de Agosto de 2017

Terceirização e precarização das condições de trabalho

Mercado de Trabalho Formal do Recife

Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 211,2 bilhões na economia do país

PESQUISA DE EMPREGO BANCÁRIO

nº 81 setembro de 2016

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DA BAHIA

Número 116 Outubro de O mercado de trabalho formal brasileiro Resultados da Rais 2011

Boletim informativo do Mercado de Trabalho Formal de Manaus. Setembro 2011

13º salário deve injetar R$ 196,7 bilhões na economia em 2016

Boletim informativo do Mercado de Trabalho Formal de Osasco

Boletim de Indicadores Fiscais dos Estados e do Distrito Federal Poder Judiciário

Notas sobre o Salário Mínimo e imposto de renda. Número 17 março 2006 NOTA TÉCNICA

Nota Técnica Número 195 Julho de A alta dos preços do gás de cozinha e o impacto para os trabalhadores

CAMPANHA SALARIAL PERSPECTIVAS PARA 2011 DIEESE

1º semestre de Juros elevados, desvalorização cambial e inflação em alta levam a lucros recordes. Rede Bancários

nº 83 março de 2017 Balanço das negociações dos reajustes salariais de 2016

nº 80 abril de 2016 Balanço das negociações dos reajustes salariais de 2015

Transcrição:

Número 106 Dezembro de 2011 Revista e atualizada em Janeiro de 2012 Política de Valorização do Salário Mínimo: Considerações sobre o valor a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2012

Breve Histórico da Campanha de Valorização do Salário Mínimo Em 2004, as Centrais Sindicais, por meio de movimento unitário, lançaram a campanha de valorização do salário mínimo. Nesta campanha, foram realizadas três marchas conjuntas em Brasília com o objetivo de fortalecer a opinião dos poderes Executivo e Legislativo acerca da importância social e econômica da proposta de valorização do salário mínimo. Como resultados dessas marchas, o salário mínimo, em maio de 2005, passou de R$ 260,00 para R$ 300,00. Em abril de 2006, foi elevado para R$ 350,00, e, em abril de 2007, corrigido para R$ 380,00. Em março de 2008, o salário mínimo foi alterado para R$ 415,00 e, em fevereiro de 2009, o valor ficou em R$ 465,00. Em janeiro de 2010, o valor do piso salarial do país passou a R$ 510,00, resultando em aumento real de 6,02%. Em 2011, o salário mínimo foi corrigido em janeiro para R$ 540,00 e o reajuste foi completado em março, quando passou para R$ 545,00. Também como resultado dessas negociações, foi acordado, em 2007, uma política permanente de valorização do salário mínimo até 2023. Essa política tem como critérios o repasse da inflação do período entre as correções, o aumento real pela variação do PIB, além da antecipação da data-base de revisão - a cada ano - até ser fixada em janeiro, o que aconteceu em 2010. A política prevê que, em janeiro de 2012, o reajuste reponha a inflação segundo o INPC de 2011, mais a variação do PIB de 2010. Como o crescimento do Produto Interno Bruto em 2010 foi, em dado ainda provisório, de 7,5%, a revisão do piso deverá incorporar esta variação mais a inflação medida pelo INPC. O salário mínimo de 1º de janeiro de 2012 Para se avaliar a aplicação da Política de Valorização de Salário Mínimo, que prevê revisão anual pelo INPC do ano (6,08%) mais a variação do PIB (7,5%), deve se considerar o valor de R$ 545,00 como sendo aquele que está baseado nos critérios da política de valorização do salário mínimo do ano passado 1. Desta forma, aplicando-se as variações (INPC e PIB), que acumuladas representam 14,04%, chega-se ao valor de R$ 621,50, que foi arredondado para, resultando em aumento real de 7,59%. Esta correção respeita as regras acordadas pela política de valorização do salário mínimo, levando em conta o resultado preliminar de 7,5% para a variação do PIB em 2010, e 6,08% do INPC em 2011. 2 1 O valor do salário mínimode R$ 545,00, teve vigência a partir de 01/03/11, pois inicialmente foi fixado em R$540,00 a partir de 01/01/11. 2 Os valores do salário mínimo observados em 2011 podem gerar diferentes referências de data-base no cálculo da política de valorização do salário mínimo. O valor de, representa 14,13% sobre o valor nominal que vigorou em 01/março/2011. Neste intervalo (março e dezembro de 2011), o INPC registrou variação de 4,53%. Assim, o ganho real neste período representaria 9,18%. Esta diferença deve-se tão somente à mudança de base de comparação entre janeiro e março de 2011, quando o salário mínimo não registrou ganho real. Política de Valorização do Salário Mínimo 2

O reajuste do salário mínimo desde 2002 Em 2003, ainda sem uma política definida para correção do salário mínimo nos anos seguintes, o reajuste foi de 20,00%, frente a uma inflação acumulada de 18,54%, o que correspondeu a um aumento real de 1,23%. No segundo, a elevação foi de 8,33%, enquanto o INPC acumulou 7,06%. Em 2005, o salário mínimo foi corrigido em 15,38%, contra uma inflação de 6,61%. Em 2006, a inflação foi de 3,21% e o reajuste ficou em 16,67%, com aumento real de 13,04%. Em abril de 2007, para elevação do INPC entre maio/2006 e março/2007 de 3,30%, o salário teve uma variação de 8,57%, o que representou aumento real do salário mínimo de 5,1%. Em 2008, o salário mínimo foi reajustado, em fevereiro, em 9,21%, enquanto a inflação ficou em 4,98%, correspondendo a um aumento real de 4,03%. Com o valor de R$ 465,00 em 1º de fevereiro de 2009, o ganho real entre 2008 e 2009 foi de 5,79%. Em 2010, com valor de R$ 510,00, o ganho real acumulado no período atingiu 6,02%, resultante de uma variação nominal de 9,68%, contra inflação de 3,45%. Em 2011, com o reajuste total de 6,86%, o aumento real ficou em 0,37%. Com o valor de, que passa a vigorar neste mês de janeiro, o piso acumula um ganho real desde 2002 de 65,95%, como demonstrado na Tabela 1. Período TABELA 1 Reajuste do Salário Mínimo 2003-2012 Salário Mínimo Reajuste Nominal INPC- IBGE R$ % % % Aumento Real Abril de 2002 200,00 Abril de 2003 240,00 20,0 18,54 1,23 Maio de 2004 260,00 8,33 7,06 1,19 Maio de 2005 300,00 15,38 6,61 8,23 Abril de 2006 350,00 16,67 3,21 13,04 Abril de 2007 380,00 8,57 3,30 5,10 Março de 2008 415,00 9,21 4,98 4,03 Fevereiro de 2009 465,00 12,05 5,92 5,79 Janeiro de 2010 510,00 9,68 3,45 6,02 Janeiro de 2011 (1) 545,00 6,86 6,47 0,37 Janeiro de 2012 622,00 14,13 6,08 7,59 Total período - 211,00 87,40 65,95 Nota: (1) Os valores do salário mínimo observados em 2011 podem gerar diferentes referências de data-base no cálculo da política de valorização do salário mínimo. O valor de, representa 14,13% sobre o valor nominal que vigorou em 01/março/2011. Neste intervalo (março e dezembro de 2011), o INPC registrou variação de 4,53%. Assim, o ganho real neste período representaria 9,18%. Esta diferença deve-se tão somente à mudança de base de comparação entre janeiro e março de 2011, quando o salário mínimo não registrou ganho real. O Gráfico 1 mostra estes resultados para o salário mínimo nos anos recentes. Política de Valorização do Salário Mínimo 3

GRÁFICO 1 Aumentos Reais no Salário Mínimo 2003-2012 em % GRÁFICO 2 Salário Mínimo em valores constantes de Janeiro/2012 Política de Valorização do Salário Mínimo 4

Quais os impactos da elevação do salário mínimo na economia? Estima-se que: 48 milhões de pessoas têm rendimento referenciado no salário mínimo. R$ 47 bilhões será o incremento de renda na economia. R$ 22,9 bilhões correspondem ao incremento na arrecadação tributária sobre o consumo. Tipo TABELA 2 Impacto anual decorrente do aumento do salário mínimo em R$ 77,00 Número de Valor Adicional da Arrecadação Tributária Pessoas (mil) Renda Anual - R$ (b) Adicional R$ (c) Beneficiários do INSS (a) 19.771 19.790.759.989 9.657.890.875 Empregados 13.820 13.833.726.907 6.750.858.731 Conta-própria 8.718 8.055.436.620 3.931.053.071 Trabalhadores Domésticos 5.083 5.087.794.712 2.482.843.819 Empregadores 203 187.769.736 91.631.631 Total 47.595 46.955.487.964 22.914.278.126 Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2009 (Tabela 4.22); Ministério da Previdência e Assistência Social. Boletim Estatístico da Previdência Social - novembro de 2011 Obs: (a) Refere-se ao impacto para trabalhadores, empregadores e beneficiários da Previdência Social que recebem até 1 salário mínimo; (b) Considerando 13 remunerações/ano para beneficiários do INSS, empregados e trabalhadores domésticos; (c) Considerando tributação média sobre consumo de 48,8 %. Este valor é indicado na publicação Ipea - Comunicado da Presidência nº 22, de 30/06/2009, como a carga incidente sobre a renda familiar até 2 SM Qual é a importância do salário mínimo nas administrações públicas? No setor público, o número de trabalhadores que ganha até 1 salário mínimo é pouco expressivo nas administrações federal e estaduais. Nas administrações municipais, a participação destes trabalhadores é maior, especialmente na região Nordeste (Tabela 3). Quando se observa o impacto do aumento de 14,13% sobre o salário mínimo na massa de remuneração dos trabalhadores do setor público, verifica-se a mesma tendência: maior impacto nas administrações municipais no Nordeste e Norte (Tabela 4). Política de Valorização do Salário Mínimo 5

Região TABELA 3 Emprego no Setor Público por Faixa de Remuneração Brasil e Grandes Regiões Até R$ 545,00 Serviço Público Federal Mais de R$ 545,00 a Acima de (em %) Total (1) Norte 0,97 0,63 94,38 100,00 Nordeste 1,22 0,57 94,28 100,00 Sudeste 0,66 0,52 94,73 100,00 Sul 0,25 0,17 96,92 100,00 Centro-Oeste 1,31 0,32 96,35 100,00 Total 0,97 0,43 95,42 100,00 Valor absoluto Região 9.198 4.111 904.549 947.936 Até R$ 545,00 Serviço Público Estadual Mais de R$ 545,00 a Acima de Total (1) Norte 6,11 2,70 86,45 100,00 Nordeste 5,76 5,42 86,35 100,00 Sudeste 4,28 1,89 89,51 100,00 Sul 0,93 1,38 96,43 100,00 Centro-Oeste 3,62 0,87 90,45 100,00 Total 4,40 2,66 89,28 100,00 Valor absoluto Região 154.314 93.377 3.132.822 3.508.835 Até R$ 545,00 Serviço Público Municipal Mais de R$ 545,00 a Acima de Total (1) Norte 17,90 10,13 65,48 100,00 Nordeste 22,65 10,99 61,31 100,00 Sudeste 5,83 5,64 85,00 100,00 Sul 4,05 4,55 88,37 100,00 Centro-Oeste 8,76 8,77 77,61 100,00 Total 12,33 7,84 75,52 100,00 Valor absoluto 609.243 387.756 3.732.987 4.942.967 Fonte: MTE. Rais 2010 Nota: 1) Inclui os vínculos sem informação de salário Política de Valorização do Salário Mínimo 6

Região TABELA 4 Impacto do Reajuste do SM para na Folha Total Brasil e Grandes Regiões Até R$ 545,00 Serviço Público Federal Mais de 545,00 a Total Norte 0,03% 0,00% 0,03% Nordeste 0,03% 0,00% 0,03% Sudeste 0,02% 0,00% 0,02% Sul 0,01% 0,00% 0,01% Centro-Oeste 0,03% 0,00% 0,03% Total 0,02% 0,00% 0,03% Região Até R$ 545,00 Serviço Público Estadual Mais de 545,00 a Total Norte 0,32% 0,03% 0,35% Nordeste 0,32% 0,07% 0,39% Sudeste 0,41% 0,03% 0,44% Sul 0,05% 0,01% 0,06% Centro-Oeste 0,17% 0,01% 0,18% Total 0,30% 0,03% 0,33% Região Até R$ 545,00 Serviço Público Municipal Mais de 545,00 a Total Norte 1,80% 0,32% 2,11% Nordeste 2,86% 0,37% 3,23% Sudeste 0,44% 0,10% 0,54% Sul 0,30% 0,08% 0,38% Centro-Oeste 0,75% 0,20% 0,95% Total 1,10% 0,18% 1,28% Fonte: MTE. Rais 2010 Qual o impacto do aumento nas contas da Previdência? O peso relativo da massa de benefícios equivalentes a 1 salário mínimo é de 46% e corresponde a 68,2% do total de beneficiários. O acréscimo de cada R$ 1,00 no salário mínimo tem um impacto estimado de R$ 257 milhões ao ano sobre a folha de benefícios da Previdência Social. Assim, o impacto do aumento para (variação de R$ 77,00) significará custo adicional ao ano de cerca de R$ 19,8 bilhões. Política de Valorização do Salário Mínimo 7

Qual a distribuição dos ocupados que recebem salário mínimo nas regiões? A distribuição dos ocupados por faixa de salário mínimo nas diversas regiões brasileiras pode ser vista na Tabela 5: TABELA 5 Distribuição % dos ocupados, por faixa de rendimento em todos os trabalhos Brasil e Grandes Regiões - 2010 Com rendimento até 2 S.M. Regiões Mais de 2 S.M. Total Absoluto Até 1 S.M. Mais de 1 a 2 S.M. Total Norte 63,2 27,0 90,2 9,8 Nordeste 73,8 19,3 93,2 6,8 Sudeste 39,5 41,9 81,4 18,6 Sul 37,8 44,0 81,8 18,2 Centro-Oeste 45,5 37,5 82,9 17,1 Brasil 50,6 34,8 85,4 14,6 Fonte: IBGE. Censo 2010 Obs: Exclui os sem rendimento e sem declaração Qual a relação entre salário mínimo e cesta básica? 6.213.625 23.654.626 37.545.325 13.968.346 6.541.664 87.923.586 Com o valor do salário mínimo em e a cesta básica de janeiro estimada em R$ 276,31 (mesmo valor de novembro/2011), estima-se que o salário mínimo terá então um poder de compra equivalente a 2,24 cestas básicas (cesta básica calculada pelo DIEESE, para indicar o valor do Salário Mínimo Necessário). Na série histórica da relação entre as médias do salário mínimo anual e da cesta básica anual verifica-se que: A quantidade de 2,24 Cestas Básicas é a maior registrada desde 1979. Política de Valorização do Salário Mínimo 8

TABELA 6 Quantidade de cestas básicas adquiridas com um salário mínimo São Paulo 1995-2012 Ano (1) Relação Salário Mínimo / Cesta Básica 1995 1,02 1996 1,14 1997 1,23 1998 1,22 1999 1,25 2000 1,28 2001 1,37 2002 1,42 2003 1,38 2004 1,47 2005 1,60 2006 1,91 2007 1,93 2008 1,74 2009 2,01 2010 2,06 2011 (*) 2,03 jan/2012 (*) 2,24 Fonte: DIEESE Nota: 1) médias anuais da cesta básica de São Paulo e salário mínimo GRÁFICO 3 Quantidade de cestas básicas adquiridas pelo salário mínimo 1995-2012 (*) Fonte: DIEESE Nota: * estimativa para janeiro/2012 Política de Valorização do Salário Mínimo 9

Considerando a série histórica do salário mínimo e trazendo os valores médios anuais para reais de 1º de janeiro de 2012 (deflacionados por projeção do ICV- estrato inferior), o valor de R$ 622,00, em 1º de janeiro de 2012, será o maior valor real da série das médias anuais desde 1984. GRÁFICO 4 Salário Mínimo Real Médio Anual em R$ de 01/01/2012 Política de Valorização do Salário Mínimo 10

Rua Aurora, 957 1º andar CEP 05001-900 São Paulo, SP Telefone (11) 3874-5366 / fax (11) 3874-5394 E-mail: en@dieese.org.br www.dieese.org.br Presidente: Zenaide Honório Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo - SP Vice-presidente: Josinaldo José de Barros Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Materiais Elétricos de Guarulhos Arujá Mairiporã e Santa Isabel - SP Secretário: Pedro Celso Rosa Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Máquinas Mecânicas de Material Elétrico de Veículos e Peças Automotivas da Grande Curitiba - PR Diretor Executivo: Alberto Soares da Silva Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de Campinas - SP Diretora Executiva: Ana Tércia Sanches Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo Osasco e Região - SP Diretor Executivo: Antônio de Sousa Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de Osasco e Região - SP Diretor Executivo: José Carlos Souza Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Energia Elétrica de São Paulo - SP Diretor Executivo: João Vicente Silva Cayres Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - SP Diretora Executiva: Mara Luzia Feltes Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramentos Perícias Informações Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul - RS Diretora Executiva: Maria das Graças de Oliveira Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Estado de Pernambuco - PE Diretor Executivo: Paulo de Tarso Guedes de Brito Costa Sindicato dos Eletricitários da Bahia - BA Diretor Executivo: Roberto Alves da Silva Federação dos Trabalhadores em Serviços de Asseio e Conservação Ambiental Urbana e Áreas Verdes do Estado de São Paulo - SP Diretor Executivo: Luis Carlos de Oliveira Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo Mogi das Cruzes e Região - SP Direção técnica Clemente Ganz Lúcio diretor técnico Ademir Figueiredo coordenador de estudos e desenvolvimento José Silvestre Prado de Oliveira coordenador de relações sindicais Nelson Karam coordenador de educação Rosana de Freitas coordenadora administrativa e financeira Equipe técnica Ilmar Ferreira Silva Ademir Figueiredo Política de Valorização do Salário Mínimo 11