A Catalogação no Brasil
Década de 30 1934: Primeiro código de catalogação: Regras bibliográficas: ensaios de consolidação Autoria de Jorge Duarte Ribeiro. Entrada por nomes de pessoas 1936: Primeiro curso regular de catalogação, baseado no código da ALA (American Library Association) em São Paulo e coordenado por Rubens Borba de Moraes e Adelpha Silva Figueiredo. 1938: Fundação da APB Associação Paulista de Bibliotecários. 2
Década de 40 1941: APB publica as Regras gerais de catalogação e redação de fichas. DASP: Institui uma comissão responsável por desenvolver o projeto de um código de catalogação nacional, resultando nas Normas para organização de um catálogo dicionário de livros e periódicos sem receptividade por parte dos bibliotecários acostumados com a ALA e Vaticana. DASP: Departamento Administrativo do Serviço Público. 3
Maria Luiza da Cunha, pós-graduada na Universidade de Columbia, publica o trabalho: Normas brasileiras: um problema na catalogação ressaltando que o problema brasileiro na descrição bibliográfica resulta de três aspectos: Tratamento inadequado. Inexistência de um código nacional de catalogação. Imprecisão e contradições das fontes bibliográficas e ausência de bibliografias correntes ao assunto. 4
Constituição do Serviço de Intercambio de catalogação SIC Divulgação e normalização da ficha padrão 7,5 X 12,5 cm. Inovação dos processos técnicos e introdução da catalogação na fonte em âmbito não comercial, incentivados pela carioca Lydia de Queiroz Sambaquy. 5
Década de 50 Expansão dos cursos de biblioteconomia e fortalecimento do movimento associativo. 1951: Conferência sobre o desenvolvimento dos serviços de bibliotecas públicas na América Latina promovida pela UNESCO e OEA em São Paulo. 1953: 1º Congresso de Bibliotecas do Distrito Federal promovido pela Biblioteca Municipal de Rio de Janeiro 6
1954: 1º CBBD Recife : Edson Nery apresenta o trabalho: Normas Brasileiras de Catalogação, entrada de autores coletivos e nomes brasileiros Que suscita o debate sobre a entrada pelos nomes brasileiros. Recomendações finais: criação de um código de catalogação brasileiro. criação no INL, de uma comissão de especialistas em catalogação composta por professores e profissionais. escolha de entrada por nomes brasileiros e portugueses, com base em critérios universalmente aceitos ao respeito da vontade do autor, o uso local e a tradição literária. 1959: Criação da FEBAB : Fed.Bras.de Assoc.de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições. 7
Década de 60 1960: 23º Conferência Geral da FID. Rio de Janeiro, é criada a Comissão Brasileira de Catalogação. 1969: Tradução do AACR, inicia-se declínio no uso do Código da Vaticana. 8
Década de 70 Com a propagação da automação e a divulgação do projeto MARC, o SIC automatiza suas atividades e desenvolve o Projeto CALCO baseado no modelo desenvolvido pela Library of Congress. Em 1973 surge a Rede Bibliodata / CALCO. Catalogação Legível por Computador Com a adesão da Biblioteca Nacional, o CALCO se formaliza como formato nacional para processamento e intercâmbio dos registros bibliográficos. 1972: o IBBD cria um grupo para uniformizar normas de catalogação adotadas pelo próprio instituto, pela B.N. e INL, além de se movimentar juntamente com a ABEED para uniformizar o ensino da catalogação nos cursos. 9
1975: No 8º CBBD é aprovada a adoção da entrada pela última parte do sobrenome do autor, decisão subsidiada pelo estudo das regras do AACR. 1976: IBBD é transformado em IBICT. 10
Década de 80 1983-1984: Escritório CALCO Grupo formado pelo IBICT, elabora o manual Formato de Intercâmbio CALCO, iniciando estudos para adaptação do formato às características do UNIMARC e CCF. 1988: Publicação pela ABNT da NBR10523 Entrada para nomes de língua portuguesa em registros bibliográficos- colabora na uniformização dessas entradas. 11
Catalogação na Década de 1980 12
Década de 90 As tecnologias da informação consolidam a catalogação cooperativa. O objeto da representação desloca-se do material bibliográfico para o usuário, o enfoque é o conteúdo, a história da obra e suas relações. 1994-1996: Fim da rede CALCO, início do uso do MARC21 13
1996: associação das bibliotecas brasileiras, em especial as universitárias à OCLC, maior consórcio de bibliotecas do mundo, dedicada a prestar serviços bibliotecários computadorizados e de pesquisa. OCLC: Online Computer Library Center. Os novos suportes (CD-ROM, disquetes e documentos eletrônicos) trazem a necessidade de se continuar discutindo o padrão de descrição. Estabelecimento do padrão Dublin Core (derivado do MARC) para descrição de recursos eletrônicos e de recuperação e acesso à informação na internet. 14
Catalogação na Década de1990 15
Década de 2000-2007 A Internet possibilita dispor o serviço de acesso remoto aos registros bibliográficos. Padrão Brasileiro de Metadados de Teses e Dissertações da BDTD (Biblioteca digital de Teses e Dissertações), gerenciada pelo IBICT: missão de viabilizar a criação de um consórcio de publicações eletrônicas que facilite localizar e disponibilizar a pesquisa científica produzida no Brasil. 16
Catalogação de 2000 a 2007 17
Referências CAMPELLO, Bernadete.Introdução ao controle bibliográfico. 2.ed. Brasília: Briquet de Lemos / Livros.2006 BAPTISTA, Dulce Maria. O Impacto dos metadados na representação descritiva. Revista ACB:Biblioteconomia em Santa Catarina Florianópolis,v.12,p.177-190,jul./dez.,2007. MODESTO, Fernando. Panorama da catalogação no Brasil: Da década de 1930 aos primeiros anos do Século XXI. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, XXII, 2007, Brasília. Anais Eletrônicos... Brasília: 2007. Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/fmodesto/textos/2007panoramacatalogaca o.pdf>. Acesso em: 09 out. 2008. 18