Alta disponibilidade utilizando Roteamento Virtual no RouterOS GUILHERME RAMIRES



Documentos relacionados
Alta disponibilidade utilizando o MikroTik RouterOS GUILHERME RAMIRES

Application Notes: VRRP. Aplicabilidade do Virtual Router Redundancy Protocol no DmSwitch

Tecnologia de Redes de Computadores - aula 5

Consulte a exposição. Qual declaração descreve corretamente como R1 irá determinar o melhor caminho para R2?

Unidade 3 Visão Geral de Equipamentos de Rede

PRIMEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS CAR. 48 Hosts Link C 6 Hosts

A camada de rede do modelo OSI

Roteamento IP & MPLS. Prof. Marcos Argachoy

Assumiu em 2002 um novo desafio profissional como empreendedor e Presidente do Teleco.

Na Figura a seguir apresento um exemplo de uma "mini-tabela" de roteamento:

Equipamentos de rede. Repetidores. Repetidores. Prof. Leandro Pykosz

Como implantar redes de alta disponibilidade e resistente a falhas com Mikrotik Estudo de Caso

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito

Redes de Computadores II

Laboratório - Visualização das tabelas de roteamento do host

Curso: Redes II (Heterogênea e Convergente) Tema da Aula: Características Roteamento

Aula-17 Interconexão de Redes IP (Internet Protocol) Prof. Dr. S. Motoyama

Arquitetura do Protocolo da Internet. Aula 05 - Protocolos de Roteamento. Prof. Esp. Camilo Brotas Ribeiro cribeiro@catolica-es.edu.

Interconexão de Redes. Aula 03 - Roteamento IP. Prof. Esp. Camilo Brotas Ribeiro cribeiro@catolica-es.edu.br

A camada de rede. A camada de rede. A camada de rede. 4.1 Introdução. 4.2 O que há dentro de um roteador

Introdução Introduç ão Rede Rede TCP/IP Roteame Rotea nto nto CIDR

Capítulo 11: NAT para IPv4

Aula 03 Regras de Segmentação e Switches

Redes de Computadores

Redes de computadores e a Internet. Capitulo 4. Capítulo. A camada de rede

Endereços Lógicos, Físicos e de Serviço

QUAL O PROCEDIMENTO PARA CONFIGURAR AS IMPRESSORAS DE REDE BROTHER EM UM SISTEMA DEC TCP / IP para VMS (UCX) Procedimento

Um sistema de comunicação necessita de um método de identificação de seus computadores. Numa rede TCP/IP, cada computador recebe um

Roteador Load-Balance / Mikrotik RB750

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUI UFPI Colégio Técnico de Teresina CTT. Professor: José Valdemir dos Reis Junior. Disciplina: Redes de Computadores II

Tabela de roteamento

Redes Overlay. Estrutura. Exemplo. Um Exemplo Histórico. Aldo Monteiro do Nascimento, Dionei Marcelo Moraes. 08 de novembro de 2006

Redes Roteadas. Estudo rápido de como implantar uma rede roteada fácil

EA080- Laboratório de Redes de Computadores Laboratório 2 Virtualização (Relatório Individual) Prof. Responsável: Mauricio Ferreira Magalhães

Load Balance / Route Policy (para series Vigor 2860 / Vigor 2925)

A máscara de sub-rede pode ser usada para dividir uma rede existente em "sub-redes". Isso pode ser feito para:

Planejamento e Projeto de Redes de Computadores. Eduardo Barrére

Curso: Redes II (Heterogênea e Convergente) Tema da Aula: Roteadores Estaticos

Entendendo como funciona o NAT

ADDRESS RESOLUTION PROTOCOL. Thiago de Almeida Correia

Aula Prática Roteador

OS endereços IP v.4 consistem em 4 octetos separados por pontos. Estes endereços foram separados

Exercícios de Revisão Edgard Jamhour. Quarto Bimestre: IPv6 e Mecanismos de Transiçao

Introdução Ligação direta Ligação direta Default

Redes de Computadores II INF-3A

Interconexão de Redes Parte 3. Prof. Dr. S. Motoyama

APOSTILA DE REDES DE COMPUTADORES PARTE - I I

Como utilizar a Função de Alta Disponibilidade (High Availability - HA).

Arquitetura de Rede de Computadores

Preparando um esquema de endereçamento de sua rede

Unidade 2.4 Endereçamento IP

Fundamentos de Redes de Computadores. Elementos de Redes Locais

Faculdade INED Curso Superior de Tecnologia: R d es e Comput d a ores Bibliografia da disciplina Endereçamento IP Bibliografia Obrigatória

Troubleshooting em rede básica

** Distance Vector - Trabalha com a métrica de Salto(HOP),. O protocolo que implementa o Distance Vector é o RIP.!

MUM Brasil Autenticação através de MPLS/VPLS. Eduardo Braum. Fernando Klabunde

REDES DE COMPUTADORES - I UNI-ANHANGUERA. CURSO DE ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS PROF. MARCIO BALIAN

Endereçamento IP. Rede 2 Roteador 2 1

Redes de Computadores II

Fault-Tolerant Virtual Private Networks Within an Autonomous System

Pacote (Datagrama) IP

Tuneis PPPoE em Provedores de Internet. Mikrotik User Meeting em Salvador/BA Brasil 11 e 12 de Novembro de 2010

Curso de extensão em Administração de sistemas GNU/Linux: redes e serviços

Objetivo: Criar redes locais virtuais (VLANs) usando switches e computadores

Configuração de VLANS em ambientes CISCO

Encaminhamento IP. Entrega Directa e Indirecta de Datagramas Tabela de Encaminhamento

Capítulo 5: Roteamento Inter-VLANS

Redes e Conectividade

1. Explicando Roteamento um exemplo prático. Através da análise de uns exemplos simples será possível compreender como o roteamento funciona.

Centro Tecnológico de Eletroeletrônica César Rodrigues. Atividade Avaliativa

Capítulo 5. A camada de rede

Wireless WDS Mesh com MIKROTIK

QoS através de túneis TE. MUM Brasil São Paulo Novembro/2011. Sérgio Souza

$!! % &' $! ( ! ) * +!,! - .! / 0!, 1,//0 0 0 / / 0! ! " #!

Cap 01 - Conceitos Básicos de Rede (Kurose)

Roteamento Estático (2)

Redes de Computadores II. Professor Airton Ribeiro de Sousa

CAMADA DE REDE. UD 2 Aula 3 Professor João Carneiro Arquitetura de Redes 1º e 2º Semestres UNIPLAN

Redes de Computadores

Protocolo OSPF. O p e n S h o r t e s t P at h F i r s t. E s pec i a li s ta

MULTIPLOS LINKS DE INTERNET, BALANCEAMENTO DE TRÁFEGO E GERENCIAMENTO DE FALHAS

Roteamento e Comutação

Título da Proposta: Modificação Alocação e designação inicial de endereços IPv4

REDES PARA TODOS RIP. Renê Furtado Felix.

Diego Ragazzi

REDES DE COMPUTADORES Prof. Ricardo Rodrigues Barcelar

O Protocolo IP (2) Prof. José Gonçalves Pereira Filho Departamento de Informática

CCNA 2 Conceitos Básicos de Roteadores e Roteamento. Capítulo 7 - Protocolo de Roteamento de Vetor de Distância

REDES DE COMPUTADORES - I UNI-ANHANGUERA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS PROF.

FTIN Formação Técnica em Informática Módulo de Administração de Servidores de Rede AULA 02. Prof. Gabriel Silva

Rede de Computadores

MPLS. Multi Protocol Label Switching

Capítulo 9 - Conjunto de Protocolos TCP/IP e Endereçamento. Associação dos Instrutores NetAcademy - Julho de Página

Redes de Computadores I Conceitos Básicos

Roteamento e Comutação

Voltar. Placas de rede

Protocolos de roteamento RIP e OSPF

Transcrição:

Alta disponibilidade utilizando Roteamento Virtual no RouterOS GUILHERME RAMIRES

Nome: Guilherme M. Ramires Analista de Sistemas Pós-Graduado em Tecnologia e Gerenciamento de Redes de Computadores CEO da Link Point Internet Membro da equipe de treinadores da Lancore Networks Mikrotik Consultant desde 2009 Mikrotik Training Partner desde 2010 2

Indice Introdução Técnicas e protocolos para alta disponibilidade Roteamento Virtual Exemplos Considerações finais 3

Introdução Alta disponibilidade é a capacidade que o sistema tem de se moldar as mudanças de estados fisicos ou lógicos de forma a manter o fluxo de dados. É possível implementar esta alta disponibilidade no Router OS através de diversos parametros, tecnicas ou protocolos como por exemplo: Bonding, Roteamento estático, Roteamento Dinâmico, VRRP, etc 4

Introdução Cont Todos estes recursos podem ser utilizados simultaneamente ou de forma isolada. Entretanto em muitos casos será necessário a utilização de todos para se prover alta disponibilidade. A utilização isolada dos recursos citados anteriormente não é capaz de prover alta disponibilidade de forma satisfatória. 5

Topologia comun ISP 1 Somente um ISP Somente um gateway LAN Rede sem roteamento 6

Topologia recomendada OSPF RIP BGP ISP 1 BGP ISP 2 Pelo menos dois ISP`s Vários gateways LAN Rede roteada / segmentada 7

Técnicas e protocolos para alta disponibilidade Bonding Roteamento estático Roteamento dinâmico Roteamento virtual (VRRP) 8

Bonding O bonding funciona com a interligação de duas ou mais interfaces com o intuito de agregar links ou para utilização na forma de link master e backup. Entrentando em alguns casos o failover chega a demorar 20 segundos para se recuperar. 9

Roteamento Estático Neste ponto o roteamento estático é infinitamente mais veloz, entretanto a utilização exclusiva desse recurso torna o gerenciamento muito mais complexo e sujeito a falhas humanas. 10

Roteamento Dinâmico O problema do roteamento estático é solucionado utilizando protocolos de Roteamento Dinâmico(RIP, OSPF, MME, BGP, etc ) Os protocolos de roteamento dinâmico são capazes de comunicar mudanças de topologia e conforme seus algoritmos, as tabelas de roteamento são modificadas. 11

VRRP 12 O Virtual Router Redundancy Protocol ( VRRP ) é um protocolo de rede que prevê a atribuição automática de roteadores disponíveis para os hosts participantes. Isso aumenta a disponibilidade e a confiabilidade dos caminhos de roteamento através da seleção de gateways default de forma automática. O protocolo consegue isso através da criação de roteadores virtuais, que são uma representação abstrata de múltiplos roteadores, ou seja, roteadores master e backup, agindo como um grupo. O gateway padrão de um host participante é atribuído ao roteador virtual em vez de um roteador físico.

VRRP Se o roteador físico que faz o roteamento de pacotes em nome do roteador virtual falhar, outro roteador físico é selecionado automaticamente para substituí-lo. O roteador físico que faz o encaminhamento de pacotes em um determinado momento é chamado de roteador master. 13

VRRP Mikrotik implementa VRRP conforme as RFC 5798 e RFC 3768, portanto, pode ser usado em redes Ethernet, MPLS, IPv4 e IPv6. O VRRP fornece informações sobre o estado de um roteador, e não as rotas processadas e trocadas por esse roteador. Normalmente em redes LANs, utilizamos protocolos de roteamento dinâmico como o OSPF e RIP. Porém nem sempre só a utilização desses protocolos é suficiente para prover redundância de forma eficiente. Esses protocolos modificam a tabela de roteamento de forma dinâmica e isso as vezes leva um tempo elevado para ocorrer. 14

Implementação Um roteador virtual deve usar 00-00-5E-00-01-XX como o seu MAC. O último byte do endereço (XX) é o identificador Router Virtual (VRID), que é diferente para cada roteador virtual na rede. Este endereço é usado por apenas um roteador físico de cada vez, e ele irá responder com este endereço MAC quando uma solicitação ARP é enviado para o endereço IP do roteador virtual. Roteadores físicos dentro do roteador virtual devem se comunicar usando pacotes multicast com endereço IP 224.0.0.18. 15

Implementação Cont Roteadores têm uma prioridade entre 1-255 e o roteador com a maior prioridade será o master. Quando uma retirada planejada de um roteador master está para acontecer, sua prioridade pode ser reduzida, o que significa um roteador de backup irá antecipar-se o status do roteador master ao invés de ter que esperar o tempo de espera expirar. Isso reduz o período de buraco negro. 16

Exemplo #1 17 A implementação da VRRP é relativamente simples. Alguns parametros avançados podem ser ajustados para se atingir alguns resultados esperados como por exemplo: Se você quiser que o Roteador R1 seja sempre o mestre é necessário que sua prioridade seja maior que o de R2 e que a opção Preampetable Mode esteja como yes.

Conf. do Exemplo #1 Para o Router R1: /interface vrrp add interface=ether1 vrid=49 priority=150 /ip address add address=192.168.1.1/24 interface=ether1 /ip address add address=192.168.1.254/32 interface=vrrp1 Para o Router R2: /interface vrrp add interface=ether1 vrid=49 priority=100 /ip address add address=192.168.1.2/24 interface=ether1 /ip address add address=192.168.1.254/32 interface=vrrp1 18

Exemplo #2 É possivel fazer balanceamento de carga utilizando VRRP. Neste caso é necessário criar 2 grupos de roteadores virtuais. 19

Conf. do Exemplo #2 Para o Router R1: /ip address add address=192.168.1.1/24 interface=ether1 /interface vrrp add interface=ether1 vrid=49 priority=150 /interface vrrp add interface=ether1 vrid=77 priority=100 /ip address add address=192.168.1.253/32 interface=vrrp1 /ip address add address=192.168.1.254/32 interface=vrrp2 Para o Router R2: /ip address add address=192.168.1.2/24 interface=ether1 /interface vrrp add interface=ether1 vrid=49 priority=100 /interface vrrp add interface=ether1 vrid=77 priority=150 /ip address add address=192.168.1.253/32 interface=vrrp1 /ip address add address=192.168.1.254/32 interface=vrrp2 20

Considerações Finais Podemos concluir que um único recurso de redundância de forma isolada não tem efeito satisfatório. Entretanto a coperação multua de todas estas técnicas nos permite prover um serviço de alta disponibilidade. Todos estes recursos utilizados nesta apresentação estão disponiveis no Router OS. 21

OBRIGADO!! Guilherme Ramires guilhermeramires@gmail.com 22