Fundamentos sobre. Universidade Federal do Rio de Janeiro - IM/DCC & NCE. Antonio G. Thomé Sala AEP/1033. Processamento de Imagens

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Transcrição:

Universidade Federal do Rio de Janeiro - IM/DCC & NCE Fundamentos sobre Processamento de Imagens Antonio G. Thomé thome@nce.ufrj.br Sala AEP/1033

Sumário do Curso Introdução Ambientação com o MatLab Aquisição e Representação da Imagem Digital Tratamento da Imagem Noções sobre Segmentação de Imagens Noções sobre Extração de Características e Descrição Noções sobre Reconhecimento e Interpretação 2

Bibliografia Processamento de Imagens Digitais Rafael C. Gonzalez e Richard E. Woods Editora Edgard Blücher Ltda. Image Processing Toolbox 2 para Matlab 5 ou 6 3

Dinâmica do Curso Aulas teóricas Aulas e Exercícios de Laboratório Listas de Exercícios Individual e em Duplas Trabalhos em Dupla Apresentação em sala Critérios de Avaliação Uma prova Parcial Prova Final 4

INTRODUÇÃO O Que é Processamento de de Imagens A Visão Humana A Formação da da Imagem O Espectro Eletromagnético Aplicações de de Processamento de de Imagens 5

Processamento Digital de Imagens Consiste da manipulação de uma imagem através de algoritmos implementados em computador de modo que a entrada e a saída do processo sejam imagens ou informações extraídas da imagem. Jfg ff tf Ffdd ff 6

Visão Humana (*) cones 6 a 7M bastonetes 75 a 150M 7 Sistema biológico que permite ao homem interpretar a variação da radiação eletromagnética dentro do espectro visível.

A Visão e a Imagem A visão é um processo biológico que possibilita diversas categorias de animais a perceberem o mundo a sua volta através da percepção e da interpretação de imagens. Através da visão o ser humano é capaz de processar e interpretar, em frações de segundos, inúmeros estímulos e imensa quantidade de informações. A visão, como dom da natureza, motiva e desafia o homem na busca de técnicas e de dispositivos capazes de ampliar ainda mais esta capacidade. A utilização da imagem na forma digital torna possível o seu processamento computacional e a melhoria da sua qualidade. 8

Formação da Imagem no Olho Humano 15m 2,5mm centro focal do cristalino 9 100m 17mm 15m 100m = 17 x mm

Formação da Imagem na Máquina Fotográfica... na câmara fotográfica As dimensões do diafragma definem a nitidez e o plano focal.... no olho humano a luz proveniente do exterior é projetada no plano da retina formando a imagem; a projeção se dá através de uma lente (cristalino) que muda de dimensões para ajustar a distância focal; depois de ter atravessado a córnea e a lente, o olho adapta a forma da lente para focar objetos mais distantes (lente mais plana) ou mais próximos (lente mais curva). 10

Equipamentos para Captura da Imagem Máquinas Digitais Nas máquinas digitais, no lugar do filme, as imagens são capturadas por um CCD (Charge Coupled Device), um dispositivo ótico que detecta energia luminosa e codifica em impulsos eletrônicos correspondentes(da mesma forma que um scanner) e grava em cartões de memória. Depois, basta liga-se ao microcomputador e descarrega-se as imagens que podem ser visualizadas imediatamente 11

Equipamentos para Captura da Imagem Scanners Atualmente são mais encontrados 2 padrões de tecnologia: CCD (charge coupled device) ou CIS (Contact Image Sensor). Basicamente CCD é a captura através de dispositivo ótico como as copiadoras, e CIS é através de elementos digitais, por led, como as câmeras digitais. Os scanners no padrão CCD são maiores, mais pesados, mais sensíveis, e os de padrão CIS são mais finos, leves e poucos elementos móveis. Em termos de qualidade normalmente os scanners que utilizam tecnologia CCD apresentam melhor qualidade de captura do que os que utilizam tecnologia CIS, porém são equipamentos mais pesados, maiores, mais caros e mais sensíveis. 12

Outros Equipamentos para Captura da Imagem Filmadora Digitais Equipamentos Médicos 13

O Espectro Eletromagnético Luz Visível composto por ondas eletromagnéticas de diferentes comprimentos λ; a luz visível é uma faixa ínfima do espectro; quanto menor o λ, mais retilínea a propagação da onda; as ondas vão desde muito longas (baixas freqüências), que são as ondas de rádio, passando pelas ondas infravermelhas e de luz visível até chegar a comprimentos muito curtos (freqüências muito altas) raios gama e raios X. 14

Luz Visível - O Prisma de Cores 15 O detector humano (olho-cérebro) percebe o branco como uma vasta mistura de freqüências normalmente com energias semelhantes em cada intervalo de freqüências. A Luz Branca é constituída pela combinação de todas as cores (freqüências) do espectro visível. As freqüências mais baixas (comprimentos de onda mais longos) produzem a cor vermelha enquanto que as freqüências mais altas (comprimentos de onda mais curtos) produzem a cor violeta.

Luz Visível Cor Vermelho Laranja Amarelo Verde Azul Violeta Comprimento de onda (nm) 780-622 622-597 597-577 577-492 492-455 455-390 Frequência (10 12 Hz) 384-482 482-503 503-520 520-610 610-659 659-769 A radiação visível vai aproximadamente de 384x10 12 Hz (para o vermelho) até cerca de 769x10 12 Hz (para o violeta). Os comprimentos de onda no intervalo da luz visível, transmitem uma sensação de cor associada com cada um deles. 16

Espaços de Cores Blue Cyan Magenta Red B Black R G níveis de cinza luminância Yellow White Green Espaço RGB mais comum origem a cor preta (ausência) (aditivo) Espaço CMY complementar origem a cor branca (subtrativo) 17

Espaços de Cores green yellow cyan blue S H white red magenta V=0 (black) Espaço HSV H hue (matiz) S saturation (saturação) V value (luminância) 18

Espaços de Cores Em vídeo digital os espaços mais usados são: RGB e YCbCr Y = 0. 257R Cr = 0. 439R Cb = 0. 148R + 0. 504G 0. 368G 0. 291G + 0. 098B 0. 071B + 0. 439B + 16 + 128 + 128 (*) Cb e Cr crominância (matiz e saturação) RGB p/ Cinza Y = 0. 3R + 0. 59G + 0. 11B 19