Registros eletrônicos

Documentos relacionados
Mesa de debates Fiesp 27 de Maio de 2014 Cassio J M Vecchiatti

SUBSTITUTIVO ADOTADO PELA CCJC AOS PROJETOS DE LEI N os 215, E 1.589, DE 2015

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 2.126, DE 2011

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 2.126, DE O Congresso Nacional decreta: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Riscos e desafios à Internet no Brasil: um panorama da atividade legislativa sobre o assunto

Marco Civil e a Proteção de Dados Brasília, 10 de novembro de 2016

Última versão do Marco Civil da Internet - 12/02/2014

TEXTO ATUAL DO MARCO CIVIL DA INTERNET

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Quadro comparativo do Projeto de Lei da Câmara nº 21, de 2014 (nº 2.126, de 2011, na Casa de origem)

Constituição da Internet Brasileira

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

DIREITO DA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 2.126, DE Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Internet e Jurisdição: possíveis impactos do Cloud Act nas investigações criminais brasileiras

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO DECISÃO MONOCRÁTICA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS D E C I S Ã O

PROJETO DE LEI Nº, DE 2017

Buscador não é provedor de conteúdo!!! É índice de conteúdos!!!!

DECISÃO. Recebo a petição de fls. 33/34 como emenda à inicial. Ciente ainda da apresentação da mídia.

Trata-se de obrigação de fazer proposta por João Agripino da Costa Dória

Responsabilidade Civil e Internet

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Lei n , de 23 de abril de 2014 Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil

Primeira Câmara Cível

Dispensado, nos termos do art. 38 da Lei 9099/95.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores PAULO ALCIDES (Presidente sem voto), VITO GUGLIELMI E PERCIVAL NOGUEIRA.

PROJETO DE LEI Nº, DE (Do Sr. Fábio Trad)

Direito à comunicação na Sociedade da Informação. Marina Pita

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Superior Tribunal de Justiça

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 19 PARTE 2

Marcelo Pimenta * Flávio Wagner ** Diego R. Canabarro ***

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Vistos lauda 1

SENTENÇA. A decisão de fls. 83/85 concedeu parcialmente a antecipação de tutela.

O Condômino Antissocial em Debate. César Augusto Boeira da Silva

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA E DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NA RELAÇÃO DE CONSUMO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da Vara Cível do Juizado Especial Federal da Subseção Judiciária de (nome da cidade).

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Direito do Consumidor Rafael da Mota Mendonça

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

Liberdade e Privacidade na Internet. Sergio Amadeu da Silveira 13/08/2014

Superior Tribunal de Justiça

MARCO CIVIL DA INTERNET PROTEÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS E MARCAS. RODRIGO BORGES CARNEIRO rcarneiro@dannemann.com.br

Relator: Desembargador Marcus Tulio Sartorato DECISÃO MONOCRÁTICA

DECISÃO INTERLOCUTÓRIA

RECURSO DE APELAÇÃO PROVIDO.

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

20ª VARA FEDERAL CONCLUSÃO. Nesta data, faço estes autos conclusos a(o) MM. Sr(a). Dr(a). Juiz(a) da 20 a Vara Federal do Rio de Janeiro.

O MARCO CIVIL COMO EXEMPLO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo ACÓRDÃO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores MOREIRA VIEGAS (Presidente) e JAMES SIANO. São Paulo, 23 de novembro de 2016.

Manual de Direito Digital

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

OFÍCIO RECOMENDAÇÃO PR/RJ/APLO/Nº /2014 Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2014

A nova Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais

D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A

Bom dia, hoje trago um modelo de petição de auxílio reclusão previdenciário com pedido de tutela antecipada em face do INSS perante a Justiça Federal.

DIREITOS DA PERSONALIDADE

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais

SENTENÇA. Vistos. Réplica às fls. 139/141. É o relatório. DECIDO.

Minuta de Decreto Marco Civil da Internet

O Juízo deferiu a antecipação dos efeitos da tutela (fls. 384).

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº

DIREITO TRIBUTÁRIO. Concessão de Liminar e Tutela Antecipada. Prof. Marcello Leal

Número:

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA A RESPONSABILIDADE CIVIL MÉDICA

Pós-Graduação em Direito do Consumidor - Módulo II - Contrato em Espécie - Aula n. 47

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR PROJETO DE LEI Nº , DE 2014

Prof. Mariana M Neves DIREITO DO CONSUMIDOR

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores RUI CASCALDI (Presidente sem voto), CLAUDIO GODOY E AUGUSTO REZENDE.

A autora é pedagoga na cidade de Itaúna/MG e sempre possuiu bom nome na praça perante o comércio da referida cidade.

MARCO CIVIL DA INTERNET

(7) Agravo de Instrumento nº

RESPONSABILIDADE DOS AGENTES NO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS VI SEMINÁRIO DE PROTEÇÃO À PRIVACIDADE E AOS DADOS PESSOAIS

Comissão de Valores Mobiliários

Poder Judiciário da União Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR CARLOS ALBERTO MENDES FORTE

Transcrição:

Registros eletrônicos E-mail anônimo: josefinarobespierre32@gmail.com Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 1

Registros eletrônicos Art. 22. A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em processo judicial cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz que ordene ao responsável pela guarda o fornecimento de registros de conexão ou de registros de acesso a aplicações de internet. Parágrafo único. Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá conter, sob pena de inadmissibilidade: I - fundados indícios da ocorrência do ilícito; II - justioicativa motivada da utilidade dos registros solicitados para Oins de investigação ou instrução probatória; e III - período ao qual se referem os registros. Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 3

Guarda de registros eletrônicos Art. 13. Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de sistema autônomo respectivo o dever de manter os registros de conexão, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano, nos termos do regulamento. Art. 14. Na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, é vedado guardar os registros de acesso a aplicações de internet. Art. 15. O provedor de aplicações de internet constituído na forma de pessoa jurídica e que exerça essa atividade de forma organizada, prooissionalmente e com Oins econômicos deverá manter os respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 6 (seis) meses, nos termos do regulamento. Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 4

Guarda de registros eletrônicos Art. 10. A guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de acesso a aplicações de internet de que trata esta Lei, bem como de dados pessoais e do conteúdo de comunicações privadas, devem atender à preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das partes direta ou indiretamente envolvidas. 3 o O disposto no caput não impede o acesso aos dados cadastrais que informem qualibicação pessoal, Biliação e endereço, na forma da lei, pelas autoridades administrativas que detenham competência legal para a sua requisição. Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 5

Referências http://josemilagre.com.br/blog/sala-de-estudos/direito-tecnologico/documentos/graficopara-apuracao-judicial-de-crimes-digitais/

Procedimento de investigação Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 7

Remoção de conteúdo Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 8

Brazil is leader in removing requests of Google's content Renato Leite Monteiro

COLOCAR SLIDE COM AS PESQUISAS FEITAS APÓS O BLOQUEIO DO YOUTUBE

COLOCAR SLIDE COM AS PESQUISAS FEITAS APÓS O BLOQUEIO DO YOUTUBE

Jurisprudência Não se conceberia, por exemplo, que a ausência de ferramentas técnicas à solução de problemas em um produto novo no mercado isentaria a fabricante de providenciar alguma solução. Tal como aoirmado na instância de piso, se a Google criou um monstro indomável" é apenas a ela que devem ser imputadas eventuais consequências desastrosas geradas pela ausência de controle dos usuários de sua rede social, os quais inegavelmente fomentam o lucro da empresa. RECURSO ESPECIAL No 1.186.616 - MG (2010/0051226-3) Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 19

Jurisprudência É razoável, para evitar discriminações, a polí:ca do site, no sen:do de remover apenas mediante ordem judicial perfis que contenham imagem ou linguagem chocante ou repulsiva e sá:ra polí:ca ou social. Porém, tratando-se de a:vidade de risco - com a qual a ré aufere lucro, destaque-se -, em que qualquer pessoa pode facilmente criar falsos perfis, causando, assim, dano à honra e imagem de outrem, é caso de responsabilidade civil obje:va, nos termos do art. 927, parágrafo único, do CPC. Ou seja, se este risco é inevitável e a ré o assume, diante dos benemcios que obtém, responde pelos prejuízos. Mesmo não sendo a ré responsável pela elaboração do perfil falso e mesmo sendo o conteúdo deste inserido entre as matérias que, segundo seu estatuto, a demandada se propôs a excluir apenas mediante ordem judicial, se a parte prejudicada tomou as providências necessárias a seu alcance para evitar o dano - no caso, acionou a ferramenta "denunciar abusos " -, configura-se o dever de indenizar. APELO PROVIDO. UNÂNIME. TJ/RS, Relator: Iris Helena Medeiros Nogueira, Apelação Cível nº 70034086116, Julgado em 10/03/2010

Jurisprudência DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR. INTERNET. RELAÇÃO DE CONSUMO. INCIDÊNCIA DO CDC. GRATUIDADE DO SERVIÇO. INDIFERENÇA. PROVEDOR DE CONTEÚDO. FISCALIZAÇÃO PRÉVIA DO TEOR DAS INFORMAÇÕES POSTADAS NO SITE PELOS USUÁRIOS. DESNECESSIDADE. MENSAGEM DE CONTEÚDO OFENSIVO. DANO MORAL. RISCO INERENTE AO NEGÓCIO. INEXISTÊNCIA. CIÊNCIA DA EXISTÊNCIA DE CONTEÚDO ILÍCITO. RETIRADA IMEDIATA DO AR. DEVER. DISPONIBILIZAÇÃO DE MEIOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE CADA USUÁRIO. DEVER. REGISTRO DO NÚMERO DE IP. SUFICIÊNCIA. 3. A Oiscalização prévia, pelo provedor de conteúdo, do teor das informações postadas na web por cada usuário não é atividade intrínseca ao serviço prestado, de modo que não se pode reputar defeituoso, nos termos do art. 14 do CDC, o site que não examina e Oiltra os dados e imagens nele inseridos. 4. O dano moral decorrente de mensagens com conteúdo ofensivo inseridas no site pelo usuário não constitui risco inerente à atividade dos provedores de conteúdo, de modo que não se lhes aplica a responsabilidade objetiva prevista no art. 927, parágrafo único, do CC 02. RECURSO ESPECIAL Nº 1.193.764 - SP (2010 0084512-0) Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 22

Do not shoot the messenger!!! Pode o carteiro ler o conteúdo da carta? No Brasil, existe vedação por lei proibindo o carteiro de ler o conteúdo da carta; E se não houvesse, poderia ele ler? Não é inerente à atividade do carteiro ler previamente o conteúdo das cartas; Renato Leite Monteiro A única função do carteiro é entregar a mensagem do remetente ao destinatário. rmonteiro@opiceblum.com.br 23

Regulação Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 28

Responsabilidade do Intermediário Art. 19. Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial especíoica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário. Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 30

Remoção de conteúdo 1 o A ordem judicial de que trata o caput deverá conter, sob pena de nulidade, identioicação clara e especíoica do conteúdo apontado como infringente, que permita a localização inequívoca do material. URL Hash IdentiOicador único Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 31

URL e Nomes de Domínio Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 32

URL e Nomes de Domínio Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 33

URL e Nomes de Domínio Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 34

Territorialidade: União Europeia; Aplicação: serviços de pesquisa na União Europeia; Critérios: Informação imprecisa; e Informação inadequada; e Informação irrelevante; e Informação excessiva.

Enunciado 531 da VI Jornada de Direito Civil, promovida pelo Conselho da Justiça Federal (CJF): a tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade da informação inclui o direito ao esquecimento.

Direito ao Esquecimento A ideia de um direito ao esquecimento ganha ainda mais visibilidade mas também se torna mais complexa quando aplicada à internet, ambiente que, por excelência, não esquece o que nele é divulgado e pereniza tanto informações honoráveis quanto aviltantes à pessoa do noticiado, sendo desnecessário lembrar o alcance potencializado de divulgação próprio desse cyberespaço. Até agora, tem-se mostrado inerente à internet mas não exclusivamente a ela, a existência de um resíduo informacional que supera a contemporaneidade da notícia e, por vezes, pode ser, no mínimo, desconfortável àquele que é noticiado. Recursos especiais nºs. 1.334.097/RJ e 1.335.153/RJ, Quarta Turma, Relator Ministro Luis Felipe Salomão, julgados em 28 de maio de 2013.

Responsabilidade do Intermediário Art. 21. O provedor de aplicações de internet que disponibilize conteúdo gerado por terceiros será responsabilizado subsidiariamente pela violação da intimidade decorrente da divulgação, sem autorização de seus participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento de notioicação pelo participante ou seu representante legal, deixar de promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço, a indisponibilização desse conteúdo. Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 43

Responsabilidade do Intermediário 3 o As causas que versem sobre ressarcimento por danos decorrentes de conteúdos disponibilizados na internet relacionados à honra, à reputação ou a direitos de personalidade, bem como sobre a indisponibilização desses conteúdos por provedores de aplicações de internet, poderão ser apresentadas perante os juizados especiais. Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 44

Responsabilidade do Intermediário 4 o O juiz, inclusive no procedimento previsto no 3o, poderá antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, existindo prova inequívoca do fato e considerado o interesse da coletividade na disponibilização do conteúdo na internet, desde que presentes os requisitos de verossimilhança da alegação do autor e de fundado receio de dano irreparável ou de dioícil reparação. Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 45

Livros Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 46

Livros Renato Leite Monteiro rmonteiro@opiceblum.com.br 47