Clipping produzido pelo Instituto de Políticas Públicas de Segurança da Fundação Santo André INSEFUSA 02/05/2006 Prisão frustra plano de resgate na cadeia de Avaré Jornal da Tarde/Diário de São Paulo, 02 de maio de 2006 - Um homem foi preso, no início da noite de ontem, na Rodovia Castelo Branco, próximo à Marginal do Tietê, transportando armamento pesado que seria usado num resgate de presos na cadeia de Avaré, no Interior do Estado de São Paulo; - Com o criminoso foram encontrados fuzis, granadas de mão e até granadas antitanque; - Todo o armamento estava dentro do porta-malas de um veículo que, segundo a polícia, era dublê e blindado; - A operação foi realizada pela Delegacia de Roubo a Bancos do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic) em conjunto com o Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assalto (Garra); - Ao ser interceptado no km 14 da Rodovia Castelo Branco, o motorista não teve tempo de reagir; - Ele foi preso e levado para a sede do Deic, em Santana, na Zona Norte, onde passou a noite prestando depoimento; - Dois Centros de Detenção Provisória (CDP) foram alvos de rebeliões, ontem, no Estado de São Paulo; - Em Campinas, no interior, seis presos, com duas armas de fogo e uma granada, conseguiram fugir pela porta da frente do presídio; - Um detento foi recapturado. Os que não conseguiram escapar fizeram nove reféns e deram início ao motim; - Em Guarulhos, na Grande São Paulo, uma tentativa frustrada de fuga deu origem à revolta dos detentos; - Onze agentes penitenciários foram rendidos pelos rebelados armados com uma pistola 6.35 e uma arma falsa construída com caixa de fósforos; - Os diretores das unidades negociaram e os presos concordaram em se entregar; - Ninguém ficou ferido; - Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), neste ano foram registrados 37 motins e rebeliões nos presídios do Estado de São Paulo; - O número diverge do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp), que totaliza 50 rebeliões, com 462 agentes penitenciários reféns.
Feriado registra três policiais mortos em 24 horas Jornal da Tarde/Folha de São Paulo, 02 de maio de 2006 - Um policial militar, um policial civil e um guarda civil municipal foram assassinados em crimes ocorridos entre a noite de anteontem e a madrugada de ontem; - Em outra ação, um sargento ficou ferido; - Os crimes ocorreram em circunstâncias e bairros diferentes; - A Secretaria de Segurança Pública descarta relação entre os acontecimentos e atentados do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que age nos presídios paulistas; - O policial militar Carlos da Silva Cardoso, de 31 anos, foi executado com tiros de fuzil quando deixava uma padaria onde fazia bico como segurança, na Rua Prof. Dário Ribeiro, na Casa Verde, Zona Norte de São Paulo; - Por volta das 22h30, quando aproximou-se do seu Opala, o policial foi cercado por três homens; - Ele usava colete, mas a maioria dos tiros o atingiram na cabeça; - O policial ainda tentou reagir, mas não teve tempo; - 37 cápsulas foram encontradas deflagradas no local; - Marcas de tiros no muro e na calçada indicam que ele foi atingido também depois da queda; - A Polícia Militar diz que o número exato de disparos só será conhecido após conclusão da perícia; - Nenhum criminoso foi preso; - Outro crime envolvendo um policial militar ocorreu no Jardim Umarizal, Zona Sul de São Paulo; - No Jabaquara, Zona Sul da capital paulista, um policial civil foi assassinado dentro de um bar localizado na Rua General Otávio Salema, 135; - Mário Torres Filho, de 44 anos, era carcereiro e as motivações do crime ainda são desconhecidas; - Em Guarulhos, três homens invadiram um posto da Guarda Civil Municipal que fica na piscina pública da Rua dos Jesuítas. Dois guardas faziam a vigilância do local. O guarda-civil Elias Francisco Silva, de 40 anos, reagiu e foi assassinado com quatro tiros. Crime milionário nas esteiras dos aeroportos Jornal da Tarde, 02 de maio de 2006 - O crescimento do furto de bagagens nos aeroportos do País está tirando o sossego dos usuários do transporte aéreo; - O delito, que antes ocorria nos saguões, balcões de check-in (embarque), cafés e restaurantes, invadiu as áreas restritas dos aeroportos, onde somente funcionários das companhias aéreas têm acesso, e acontece depois que as malas são despachadas; - Imaginando que seus pertences estão seguros, o passageiro é surpreendido quando vê a mala arrombada na esteira ou quando procura pelo objeto sumido no destino final;
- De janeiro a 10 de março, a Polícia Civil registrou 35 furtos de bagagens nos aeroportos de Congonhas e Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo; - Em dezembro de 2005, Congonhas notificou dois casos; - Em janeiro deste ano ocorreram seis e, em fevereiro, houve nove; - Se compararmos o mês de dezembro ao de fevereiro, há aí um aumento de 350% no número de ocorrências; - Nos casos reclamados, os ladrões foram seletivos. Roubaram principalmente câmeras digitais, ipods, notebooks e jóias; - Segundo estatísticas da Secretaria de Segurança Pública, a maioria das vítimas vem do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba; - A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) afirma que a total responsabilidade da bagagem é da companhia aérea, conforme prevê os artigos 233 e 234 do Código Brasileiro de Aeronáutica; - Cabe à companhia aérea ressarcir o usuário em casos de prejuízo; - A suspeita é de que os delitos sejam cometidos por funcionários das próprias operadoras ou terceirizados contratados para o transporte de bagagens da esteira do balcão de embarque até o porão da aeronave ou vice-versa. É nesse caminho que as malas são arrombadas e os produtos furtados; - O que ninguém sabe ainda é onde o crime acontece: se na cidade de origem, onde a bagagem fica por mais tempo no pátio das aeronaves, ou na de destino, onde as malas são diretamente depositadas na esteira do desembarque; - A incógnita é resultado da falta de investigação; - A Polícia Civil registra a queixa, mas não investiga o crime, alegando que ele ocorreu em área restrita do aeroporto e que, por isso, além da dificuldade da apuração, a atribuição é da Polícia Federal; - Já a PF informa que sua competência é apurar crimes federais e os ocorridos dentro das aeronaves ou de navios; - Enquanto as Polícias Civil e Federal se enfrentam no jogo de empurra, os ladrões ficam impunes e livres para novos crimes e as vítimas sem seus preciosos bens. Bandido mata turista no litoral paulista Jornal da Tarde/Folha de São Paulo, 02 de maio de 2006 - O adolescente Murilo Henrique Guirlli Chagas, de 15 anos, caminhava pela Avenida Castelo Branco, em Cidade Ocean, na Praia Grande, por volta das 15h30 de ontem, quando foi abordado por um homem armado que lhe pediu a máquina fotográfica digital que carregava; - Como o rapaz demorou para entregar o equipamento, o assaltante atirou; - Socorrido, Murilo, que morava em São Manoel, no interior de São Paulo, e passava o feriado na cidade, não resistiu e morreu.
Quadrilha é presa com 4 toneladas de maconha Jornal da Tarde/Folha de São Paulo, 02 de maio de 2006 - A Polícia Federal apreendeu, na madrugada de anteontem, 4 toneladas de maconha e prendeu cinco pessoas; - Inicialmente, foram detidos três suspeitos em um restaurante no km 15 da Rodovia dos Imigrantes, em Diadema; - Eles levaram a polícia a um depósito no Jardim Pedreira, na Zona Sul de São Paulo, onde estava a droga; - Além da maconha, os policiais apreenderam 10 kg de haxixe, 10 kg de cocaína, cigarros contrabandeados, dois carros e um caminhão. STF pode adiar julgamento de jornalista assassino Diário de São Paulo/Folha de São Paulo, 02 de maio de 2006 - O destino do jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves deverá ser traçado ainda hoje; - Está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF) julgar o recurso da defesa do réu confesso, acusado de matar a ex-namorada, a também jornalista Sandra Gomide, em 2000, em um haras na cidade de Ibiúna; - O recurso tentará livra-lo do julgamento pelo Tribunal do Júri, marcado para esta 4ª feira (03); - Esta é a terceira vez que a defesa de Pimenta Neves entra com recurso para protelar ainda mais o julgamento; - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia reconsiderado uma decisão anterior e determinado o prosseguimento do julgamento, amanhã, na 1ª Vara do Júri de Ibiúna, a 64 Km da capital paulista. Assaltos subiram no mês da ação do Exército no Rio Folha de São Paulo, 01 de maio de 2006 - A presença de tropas do Exército em favelas do Rio de Janeiro, durante 11 dias em março, não provocou reduções significativas nos dez principais índices de criminalidade no Estado do Rio; - Alguns itens tiveram aumento e as quedas não ultrapassaram os 13%; - De acordo com as estatísticas divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública, em março, ocorreram no Rio 3.499 roubos a transeuntes, o maior índice mensal desde 1991, quando a pasta começou a divulgar mensalmente as estatísticas, um aumento de 21,7% em relação a março de 2005, que registrou 2.876 ocorrências; - O número de homicídios teve uma pequena queda; - Já os de roubo e furto de veículos e latrocínios (roubo seguido de morte) mantiveram-se estáveis;
- Das áreas em que o Exército atuou, apenas a região do complexo de favelas da Maré (zona norte) apresentou reduções um pouco maiores em alguns itens, como o número de roubos e furtos de veículos, que caíram 26%, e os registros de homicídios, que tiveram queda de 6%; - No complexo do Alemão (zona norte), também ocupado por militares, ocorreu o contrário: houve um pequeno aumento no número de roubos e furtos de veículos. Os assassinatos ficaram estáveis; - Segundo a Secretaria, em março aconteceram 4.990 roubos e furtos de veículos no Estado, 20 a mais do que no mesmo período do ano passado, o que representa um acréscimo de 0,4%; - Os casos de homicídios dolosos (quando há a intenção de matar) tiveram uma pequena redução. Foram 607 este ano, contra 682 no ano passado -11% de queda; - Já os latrocínios somaram 23 neste ano e 26 em 2005, um decréscimo de apenas 11,5%; - Outros itens também apresentaram, em março, reduções pequenas em relação a 2005; - É o caso, por exemplo, dos registros de roubos a residências. Houve 159 no ano passado e 143 neste ano, logo, uma diminuição de 10%; - O número de roubos em coletivos também caiu, mas pouco. Foram 594 ocorrências em março, contra 647 no mesmo período do ano passado (- 8,2%). Metade dos professores já foi xingada por alunos Folha de São Paulo, 01 de maio de 2006 - Em uma aula de ciências na 8ª série de uma escola municipal na Vila Prudente (zona leste de São Paulo), o professor José Jacinto dos Santos Júnior, 55, percebeu que era alvo de piadas e até de ofensas proferidas por Pedro (nome fictício), 17; - Questionando o conteúdo ensinado, o estudante saiu da sala, sem pedir permissão; - Como tais indisciplinas eram constantes, Santos Júnior pôs em prática uma medida previamente acertada com seu coordenador pedagógico: trancar a porta da sala, com Pedro do lado de fora, para mostrar à direção que ele não permanecia nas aulas; - O estudante não gostou da medida e começou a chutar a porta, aos berros; - A tensão na vida escolar, bem como outras formas de violência, foi estudada pela Unesco, MEC e Observatório de Violência nas Escolas e gerou o livro "Cotidiano das Escolas: Entre Violências"; - Uma das conclusões do trabalho é que as escolas não apenas refletem a violência que acontece fora delas, mas também produzem a sua própria; - A análise foi feita em seis capitais do país, entre elas São Paulo, envolvendo 13 mil alunos de colégios públicos; - A pesquisa mostrou que 47% dos professores ou funcionários já foram xingados por alunos e que 51% dos estudantes consideram o clima na escola ruim, péssimo ou mais ou menos; - Um agravante detectado pela pesquisa é que, quando esses casos acontecem, a escola é a última a saber;
- "Essa violência no cotidiano da escola, que acontece por meio de agressões verbais, xingamentos e das próprias relações sociais, tem graves conseqüências. Como o aluno vai aprender num clima escolar como esse, em que existe uma banalização completa da incivilidade?", afirma a socióloga Miriam Abramovay, coordenadora da pesquisa; - "Quanto mais há xingamentos na escola, maior a probabilidade de haver agressão física", constata Miriam; - Para a socióloga Ana Paula Corti, assessora da ONG Ação Educativa, a falta de estrutura das escolas, tanto físicas quanto pedagógicas, explica a geração de violência nesses locais; - "Se o que está sendo oferecido e ensinado não fazem sentido para o aluno, ele se desinteressa. Assim, a relação entre as pessoas fica desgastada", afirma Corti. Acesse: www.fsa.br/insefusa