LIÇÃO 12 O ENVOLVIMENTO E A GRATIDÃO. Texto: Neemias 11 e 12. Aquele que esquece a linguagem da gratidão nunca pode estar de bem com a felicidade. (C. Neil Strait) Jerusalém vivia um novo tempo e para que a cidade se tornasse confiável, equilibrada e segura, foi necessário promover o que o comentário bíblico Broadman chamou de uma repopulação e reedificação de toda a área (11.1). A cidade tinha quase tudo, os muros estavam restaurados, mas ainda faltava o elemento mais importante, Os habitantes (7.4). Os líderes do povo e a maioria do pessoal que trabalhava no Templo já habitavam em Jerusalém por ser a capital e a cidade santa. Mas, havia a necessidade de outras classes de cidadãos. Um grupo foi selecionado por sorteio onde uma pessoa em cada dez seria forçada a habitar na cidade. Outros se ofereceram voluntariamente e por isso foram abençoados (V.2) pelo povo. Eles mereceram louvor especial, porque era um grande sacrifício abandonar lares já estabelecidos, para edificar novos na cidade restaurada. Uma parte dos líderes morava em outras cidades de Judá (V.3). Porque não havia gente em Jerusalém? Charles Swindoll no livro Liderança em tempos de crise fez algumas considerações sobre a ausência de habitantes na cidade: Em primeiro lugar, a cidade permanecera sem muros durante cento e sessenta anos (...). Jerusalém não era mais do que um montão de ruínas, um enorme depósito de lixo. Se você morasse ali, ficaria a mercê de todos os inimigos. O que o povo fizera então? Construíram casas espaçosas e bem mobiliadas nos subúrbios. A maioria dos judeus se olvidara da vida urbana. A Outra razão para ausência de habitantes era o fato de que, se mudassem para a cidade, teriam muito trabalho a fazer, pois havia entulho, pedras e tocos por toda parte.
Os grupos de trabalho (11.4-24). O capítulo 11.4 a 36 revela a complexa estrutura existente em Jerusalém naquele momento. Pessoas de várias classes que viviam dentro e fora da cidade trabalhavam com muita dedicação. Eis alguns destaques: Os chefes da tribo de Judá e Benjamim (4-9). Os chefes no meio dos sacerdotes e os chefes Levitas (10-17). Os Porteiros (7-9). Os que prestavam serviço ao templo e o administrador (V.10-24). Os lideres religiosos (12.1-26). Neemias destacou alguns nomes. A vitória que eles estavam prestes a celebrar havia sido construída durante um longo tempo. O registro genealógico mostra que seus os líderes religiosos eram legítimos. Isso para eles era sinônimo de segurança. A dedicação dos muros de Jerusalém (12.27-47). O povo se reuniu para celebrar. O muro havia sido reconstruído com o auxílio do Senhor (6.16). A cidade vivia um novo tempo. Mesmo sabendo que ainda havia muito que fazer, os judeus resolveram fazer um grande ato de dedicação. Eles estavam alegres e conscientes que a fonte da alegria era o Senhor (8.10). O texto revela alguns detalhes desta grande celebração: Foi uma celebração voluntária (V.27). Houve um cerimonial de purificação (V.30). Dois grandes coros foram designados para darem graças (V.31). O 1 tendo Esdras à frente (V.32-37). O 2 foi acompanhado por Neemias (V. 38-39). Eles estavam contentes. Os sons festivos podiam ser ouvidos de longe (V.43). Eles fizeram momentos de dedicação de vidas e ofertaram (V.44-47). Lições para os nossos dias.
Um olhar mais detalhado nos capítulos 11 e 12 revelarão algumas lições preciosas para a nossa caminhada ministerial. 1) A continuidade da obra dependerá de servos - vimos que alguns foram obrigados a fixar residência em Jerusalém enquanto que outros foram espontaneamente. Aquelas pessoas pagaram um alto preço. Tiveram que sair da zona de conforto e por isso, foram abençoadas. Precisamos de pessoas nas igrejas que demonstrem a mesma disposição na hora de exercer o ministério ou contribuir com uma ação de Deus na vida da igreja. Nesta parte do livro de Neemias temos uma noção do grande número de pessoas que estiveram envolvidas naquele projeto. Deus foi o comandante, Neemias o líder entre o povo e muitas pessoas, a maioria anônimos, trabalharam pela reconstrução de Jerusalém. Jesus nos ensinou em João 13.1-17 que a ferramenta mais eficaz do líder espiritual é a disposição em servir e na maioria das vezes sem aparecer. Infelizmente temos que concordar com 1 C. Gene Wilkes autor evangélico norte-americano, conferencista na área de liderança, que disse: As mesas principais substituíram a toalha e a bacia de lavar como símbolos de liderança entre o povo de Deus. Para fazermos a diferença precisaremos nos humilhar diante de Deus para cumprirmos nossa missão, colocando em segundo plano os nossos interesses pessoais. Trabalhamos para agradar a Deus e não em busca dos aplausos das pessoas. Os aplausos dos homens não significam muita coisa para Deus. O Senhor tem uma visão bem diferente (I Sam. 16,7). Ele não está à procura do popular ele está à procura do fiel (Jo 4.23). Honra legítima é aquela que vem de Deus! (Luc 14.7-11). Fazemos parte de um projeto que visa a eternidade. Hoje somos nós, amanhã serão outros e até a volta de Cristo a igreja militante viverá esta realidade. Um servo passando o bastão para outro servo e o Deus soberano salvando vidas e sendo glorificado. 2) Somos um corpo Eles estavam divididos em vários grupos de trabalho. Devemos proceder da mesma maneira. A maioria dos cristãos infelizmente 1 WILKES, C. Gene. O último degrau da liderança. Mundo Cristão. São Paulo.2000.
não conhece o padrão bíblico para o funcionamento da igreja. 2 Darrel W. Robinson afirmou: Tal como um corpo humano, uma igreja tem uma determinada quantidade de tempo, energia e capacidade. Se se tornar desorientada por confusão, não poderá se concentrar na missão de Jesus. Se sua energia se consumir em ataques negativos de membros a membros, não restará poder para executar a missão de Jesus de alcançar o mundo perdido. A igreja é um corpo desafiado a viver em unidade na diversidade. Não somos nem melhores e nem piores apenas diferentes uns dos outros. Pastores, diáconos, demais líderes, membros e congregados se completam (I Coríntios 12.12-31). Em tudo e em todas as posições deve prevalecer o amor. O amor funcionará como um nutriente que manterá o corpo saudável. Quando falta o amor a Deus e ao próximo, surgem às enfermidades no corpo. Lembremos sempre que todos são importantes. 3) Gratidão marca de um povo transformado Eles agradeceram ao Senhor as bênçãos recebidas. Precisamos agradecer a Deus por tudo o que Ele tem feito e por aquilo que ainda irá fazer. O som daquele povo foi um som da alegria. A cidade ouvia os brados de jubilo em função da grande vitória. Segundo o escritor evangélico inglês 3 J. Blanchard: Deus nunca recebe gratidão mais apropriada por sua bondade do que ver em seus filhos uma vida piedosa. Nossos atos revelam o quanto somos gratos ao Senhor. Podemos agradecer enquanto oramos, cantamos, dizimamos e servimos. Quando testemunhamos estamos falando acerca da divida que Cristo pagou em nosso lugar. É uma das maiores provas de nossa gratidão. Precisamos exercitar a arte da gratidão. O mundo já conhece o povo que reclama, eles precisam conhecer o povo que proclama as maravilhas de Deus. As futuras gerações precisam ouvir sobre o que Deus já fez para que confiem em Deus naquilo que ainda irá fazer (Dt. 6.5-9). MOMENTO ESPECIAL PARA A CLASSE? 2 ROBINSON, Darrel W. Vida total da igreja. JUERP. Rio de Janeiro. 2001. 3 BLANCHARD, John. Pérolas para a vida. Edições Vida Nova. São Paulo. 1984.
1) Cada aluno deverá relatar um motivo pelo qual estará agradecendo a Deus no momento. Após todos cantarão um Cântico de gratidão seguido de uma oração. 2) Separe um momento para orar pelo funcionamento da igreja. Ore pela comunhão e pelo bom funcionamento dos ministérios. Peça a Deus um coração de servo. LEITURA DIÁRIA: Segunda Salmo 100. Terça I Samuel 2.1-10. Quarta Êxodo 15.1-19. Quinta Lucas 1.46-55. Sexta Lucas 22.7-20. Sábado Salmo 150. Domingo Colossenses 3.16-17