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Caracterização e Evolução da Situação - Consumos e Problemas relacionados: Tratamento. Tratamento 7 Em 03 deu-se continuidade à articulação dos vários recursos de saúde e socio sanitários, públicos e privados, de modo a melhorar as respostas às múltiplas necessidades dos utentes com problemas associados ao consumo de substâncias psicoativas 8. Antes de mais, importa fazer uma contextualização metodológica relativamente aos dados deste capítulo do Relatório. Sendo a elaboração deste Relatório uma resposta a um imperativo legal no contexto das drogas ilícitas, não estão aqui incluídos os dados relativos aos utentes que recorreram às estruturas de tratamento por problemas relacionados com o consumo de álcool. Por outro lado, em 00 entrou em funcionamento a nível nacional o Sistema de Informação Multidisciplinar (SIM), implicando migrações de dados de diferentes sistemas, alterações dos critérios de registo e ajustes progressivos no sistema, o que impõe alguma cautela na leitura evolutiva dos dados. Também os critérios de análise de dados têm-se adaptado a estas alterações e às potencialidades do SIM (por exemplo, eliminação do duplo registo), implicando mudanças nos critérios utilizados em anos anteriores. Em 03 também se alteraram algumas nomenclaturas e definições de caso de indicadores, otimizando a normalização com os critérios europeus, tendo sido, no entanto, utilizados os mesmos critérios relativamente aos dados aqui apresentados para os anos anteriores. Em relação à informação sobre os utentes em camas convencionadas da rede privada licenciada, o SICAD não possui a informação relativa aos últimos dois anos devido à alteração na orgânica das estruturas de tratamento 9, não sendo por isso aqui disponibilizada de forma autónoma, embora esteja incluída na informação disponível sobre a rede licenciada. 4 Por último, quanto à apresentação da informação, é de referir que se privilegia a perspetiva epidemiológica nacional - sem prejuízo da apresentação de dados a nível regional, com o critério geográfico de residência dos utentes e não de local das estruturas de tratamento -, uma vez que a abordagem direcionada para as atividades dos serviços consta na parte B deste Relatório. Na rede pública de tratamento da toxicodependência (ambulatório) estiveram em tratamento no ano, 8 33 utentes, inscritos como utentes com problemas relacionados com o 7 Ver o volume Anexo ao Relatório Anual 03 - A Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependências, pág. 35 à pág. 54, disponível em http://www.sicad.pt. As fontes dos dados apresentados são o Sistema de Informação Multidisciplinar (SIM) e a informação enviada ao SICAD pelas estruturas de internamento públicas e licenciadas, no âmbito das suas competências de proceder à recolha e tratamento dos dados reunidos nos serviços públicos e organizações privadas com intervenção nestas áreas. 8 Ver Parte B - Respostas e Intervenções deste Relatório. 9 A extinção do IDT,I.P. e a fusão da componente operacional da intervenção, designadamente terapêutica, nas ARS, I.P..

Relatório Anual 03 A Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependências uso de drogas e com pelo menos um evento assistencial no ano. Dos que iniciaram tratamento em 03, 54 eram utentes readmitidos e 985 eram novos utentes, ou seja, utentes que recorreram pela primeira vez às estruturas desta rede (primeiros pedidos de tratamento). Figura Utentes: em Tratamento no Ano*, Novos** e Readmitidos Rede Pública - Ambulatório (Portugal Continental) 007-03 40 000 35 000 000 3 6 33 733 33 06 3 8 9 78 9 06 8 33 5 000 Utentes 0 000 5 000 0 000 5 000 64 9 359 089 60 96 40 568 376 54 54 75 00 985 Data da recolha de informação:.º semestre de 03 (dados até 0) e.º semestre de 04 (dados 03). *Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de drogas e com pelo menos um evento assistencial no ano. **Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de drogas que recorreram pela primeira vez às estruturas desta rede (primeiros pedidos de tratamento). Em 00 entrou em funcionamento a nível nacional o Sistema de Informação Multidisciplinar (SIM), implicando migrações de dados de diferentes sistemas, alterações dos critérios de registo e ajustes progressivos no sistema, o que impõe cautelas na leitura evolutiva dos dados. Não obstante as consequentes alterações dos critérios de análise de dados face à informação publicada até 0, foram utilizados os mesmos critérios relativamente aos dados aqui apresentados para os anos anteriores. Fonte: Administrações Regionais de Saúde, I.P. / Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências: DMI DEI 007 008 009 00 0 0 03 Utentes em Tratamento no Ano Novos Utentes Utentes Readmitidos 4 Apesar das cautelas a ter na leitura evolutiva dos dados, constata-se desde 009 uma tendência para o decréscimo do número de utentes em tratamento. Em contrapartida, regista- -se nos últimos quatro anos uma tendência para o aumento de novos utentes, cerca de metade dos quais tendo como droga principal a cannabis, o que poderá refletir a maior articulação dos vários serviços interventores com vista a adequar as respostas às necessidades específicas de acompanhamento, em termos de cuidados de saúde, desta população. Relativamente aos readmitidos, a tendência para um maior número destes do que de novos utentes a partir de 00 e contrariamente aos anos anteriores, poderá em parte refletir as alterações já referidas no sistema de registo de dados. No entanto, o valor registado em 03 foi o mais baixo dos últimos quatro anos. Em 03, estiveram integrados 6 40 utentes em programas terapêuticos com agonistas opiáceos 3, 0 63 só em metadona, 555 só em buprenorfina e 36 em metadona e buprenorfina. 00 foi o ano em que o SIM entrou em funcionamento a nível nacional e a inversão da tendência neste ano poderá refletir os ajustamentos dos registos a nível nacional (por exemplo, as junções de processos, bem como outros procedimentos de registo de utentes que entretanto têm vindo a ser otimizados). 3 Com pelo menos uma toma de metadona ou uma receita de buprenorfina no ano. Existe um subregisto dos utentes em programa de metadona no SIM por parte de algumas Equipas de Tratamento (em particular na ARS e Vale do Tejo e ARS Alentejo).

Caracterização e Evolução da Situação - Consumos e Problemas relacionados: Tratamento Os utentes em tratamento em 03 no contexto desta rede pública eram, à data do início do tratamento, maioritariamente residentes nos distritos do (%), (%), (0%) e (9%), verificando-se também proporções relevantes na maioria dos distritos do norte litoral. As taxas mais elevadas de utentes por habitantes de 5-64 anos verificaram-se nos distritos de, e. Figura 5 - Utentes em Tratamento no Ano*, segundo a Residência** Rede Pública - Ambulatório (Portugal Continental) 9 03 Números absolutos % Taxas por 00 000 habitantes na faixa etária 5-64 anos 467 Braga Vila Real 4 Braga Vila Real Vila Real 680 457 490 6 Braga 85 358 65 6 505 574 55 706 070 965 7 638 Guarda 78 499 69 35 535 7 6 5 3 0 4 Guarda 0 3-6 7-45 400 358 344 493 400 7 Guarda 575 853 95 43 386-3 - 400 40-505 506-853 R.A. Açores 8 R.A. Madeira R.A. Açores 0 R.A. Madeira 0 R.A. Açores 5 R.A. Madeira *Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de drogas e com pelo menos um evento assistencial no ano. **Desconhece-se o local de residência de 403 indivíduos. Fonte: Administrações Regionais de Saúde, I. P. / : DMI DEI 43 Em relação aos que iniciaram tratamento em 03, os novos utentes eram predominantemente residentes nos distritos de (%), do (8%) e de (0%), seguindo-se-lhes (7%), (7%) e (6%). As taxas mais elevadas de novos utentes por habitantes de 5-64 anos verificaram-se nos distritos de,, e. Quanto aos utentes readmitidos, residiam sobretudo nos distritos de (%) e (7%), seguindo-se-lhes (8%), Braga (8%) e (7%). As taxas mais elevadas de utentes readmitidos em 03 por habitantes de 5-64 anos verificaram-se nos distritos de,, e.

Relatório Anual 03 A Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependências 473 Figura 6 - Utentes que Iniciaram Tratamento no Ano, segundo a Residência* Rede Pública - Ambulatório (Portugal Continental) 03 Novos Utentes** Números absolutos % Taxas por 00 000 habitantes na faixa etária 5-64 anos 7 Braga Vila Real Vila Real 85 Braga Vila Real 88 4 4 Braga 5 3 348 5 8 8 64 Guarda 3 Guarda 9 6 Guarda 7 6 0 55 78 75 94 9 6 9 40 3 4 4 0 7 0 - - 4 5-7 8-33 8 9 7 35 5 9 49 37-5 - 8 9-35 36-85 R.A. Açores 3 R.A. Madeira R.A. Açores 0 R.A. Madeira 0 R.A. Açores R.A. Madeira 44 *Desconhece-se o local de residência de 8 indivíduos. **Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de drogas que recorreram pela primeira vez às estruturas desta rede (primeiros pedidos de tratamento). 83 69 8 58 Utentes Readmitidos Números absolutos % Taxas por 00 000 habitantes na faixa etária 5-64 anos 7 Braga Vila Real Vila Real 8 66 40 Braga Vila Real 8 Braga 8 3 36 38 7 9 46 8 Guarda Guarda 0 6 0 Guarda 0 5 84 646 5 4 8 4 7 0-6 7-45 37 7 3 3 8 56 6 0-0 - 9-3 3-56 R.A. Açores 0 R.A. Madeira 0 R.A. Açores 0 R.A. Madeira 0 R.A. Açores 0 R.A. Madeira 0 *Desconhece-se o local de residência de indivíduos. Fonte: Administrações Regionais de Saúde, I. P. / : DMI DEI

Caracterização e Evolução da Situação - Consumos e Problemas relacionados: Tratamento Em 03, nas redes pública e licenciada 3, registaram-se 63 internamentos em Unidades de Desabituação (535 em públicas e 96 em licenciadas), 55% dos quais por problemas relacionados com o uso de drogas 33. O número de internamentos em Comunidades Terapêuticas foi de 3534 (7 em públicas e 3407 em licenciadas), 7% por problemas relacionados com o uso de drogas 34. Figura 7 - Utentes em Tratamento em Unidade de Desabituação e Comunidade Terapêutica, segundo o Ano: Total e % por problemas de uso de drogas* 5000 Redes Pública e Licenciada (Portugal Continental), 009-03 4500 445 4375 4000 3500 3996 3640 3407 00 Utentes 500 000 500 000 500 0 644 84% 03 489 8% 957 86% 8% 557 6% 8 67% 475 55% 96 7% 535 53% 7 34 7 96 87% 84% 75% 6% 54% 85% 009 00 0 0 03 009 00 0 0 03 8% 79% 77% 77% 7% * Os valores absolutos referem-se ao total de internamentos nestas estruturas e os percentuais aos internamentos por problemas relacionados com o uso de drogas (base %: casos com informação sobre as dependências/patologias). Dados das estruturas licenciadas: os dados de 0 foram atualizados com a informação recebida até 3/03/04; os dados de 03 são passíveis de atualização no próximo ano, com a inclusão de informação recebida até 3/03/05. Fonte: Unidades Licenciadas / Administrações Regionais de Saúde, I.P. / Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências: DMI DEI De um modo geral, o número total de internamentos em e públicas tem-se mantido estável nos últimos quatro anos, vindo no entanto a descer a proporção de internamentos por problemas relacionados com o uso de drogas. A nível da rede licenciada, nos últimos quatro anos, constata-se uma diminuição do número total de internamentos em e, bem como descidas nas proporções de internamentos por problemas relacionados com o uso de drogas. 45 Relativamente à caracterização dos consumos dos utentes que recorreram em 03 a estas estruturas de tratamento 35 por problemas relacionados com o uso de drogas, constata-se que, no ambulatório, a heroína continua a ser a substância principal mais referida pelos utentes em tratamento no ano (8%). A nível dos que iniciaram tratamento em 03, tal ocorreu também com os utentes readmitidos (77%), mas não com os novos utentes, em que a cannabis surgiu como a substância principal mais referida (49%). 3 Os dados de 03 das estruturas licenciadas são passíveis de atualização no próximo ano, com a inclusão de informação recebida até 3/03/05. Base % : casos com informação sobre as dependências/patologias. 33 45% por problemas relacionados com o consumo de álcool e 0.4 % relacionados com outras dependências/patologias. 34 7% por problemas relacionados com o consumo de álcool e % relacionados com outras dependências/patologias. 35 Estruturas de ambulatório da rede pública - Centros de Respostas Integradas (CRI) - em que se diferenciam os utentes em tratamento no ano, os novos utentes e os utentes readmitidos, Unidades de Desabituação e Comunidades Terapêuticas das redes pública e licenciada.

Relatório Anual 03 A Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependências Também entre os utentes das Unidades de Desabituação a heroína foi a droga principal mais referida (66% nas públicas e 69% nas licenciadas), mas, nas Comunidades Terapêuticas tal ocorreu a nível das licenciadas (4%) mas não das públicas, em que a droga principal mais referida foi a cocaína (6%). Quadro 3 - Consumos dos Utentes em Tratamento da Toxicodependência*, por Tipo de Estrutura Redes Pública e Licenciada (Portugal Continental) 03 Estrutura / Rede Utentes em A mbulató rio Utentes Utentes na Rede P ública Unidades Desab. Comunidades Terap. C o nsumo s a) Em T ratamento A no N o vo s R eadmitido s P úblicas Licenciadas b) P úblicas Licenciadas b) Heroína 8,7% 5,7% 76,5% 65,5% 69,% 3,% 4,9% Substância Cocaína 6,9% 7,3% 9,3% 0,3% 7,3% 60,9% 7,5% Principal Cannabis 7,0% 48,7% 8,%,3% 7,4% 7,% 3,6% Consumo de Longo da Vida 36,4% 9,0% 34,% 59,3% 45,0% 36,8% 38,5% Droga Injetada Nos Últimos M eses 6,9% 3,4% 5,4% 5,0% 8,8% 9,%,8% Partilha M aterial Consumo Longo da Vida Qualquer M at. Cons. Droga injetada c) 8,4% 35,4% 8,5% 50,6% 39,3% 36,4% 60,4% Material Cons. de Droga não Injetada,4%,0% 3,8% 4,0% 37,9% 40,3% 45,3% N o s Último s M eses Qualquer M at. Cons. Droga injetada c) 7,%,5% 6,%,8% 0,0% 8,% 33,8% Material Cons. de Droga não Injetada 8,3% 0,4% 8,6%,8% 5,0%,6% 9,6% Data da recolha de informação:.º semestre de 04. * Utentes que recorreram a tratamento por problemas relacionados com o uso de drogas. No caso das estruturas de internamento, este critério foi aplicado pela primeira em vez em 03, exigindo cautelas na leitura comparativa com os dados publicados em anos anteriores (que se reportavam a todos os utentes internados nestas estruturas, incluindo outras dependências/patologias). a) Nas variáveis consideradas, apenas se referem às categorias com maior relevância percentual. b) Os dados são passíveis de atualização no próximo ano, com a inclusão de informação recebida até 3/03/05. c) Os valores reportam-se aos subgrupos de injetores no período em referência. Para os utentes em ambulatório refere-se apenas à partilha de agulhas/seringas. Fonte: Unidades Licenciadas / Administrações Regionais de Saúde, I.P. / Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências: DMI DEI Figura 8 Utentes que Iniciaram Tratamento no Ano: Substância Principal, segundo o Ano 00% 90% 80% 9 3 Novos Utentes* e Utentes Readmitidos Rede Pública - Ambulatório (Portugal Continental), 007-03 7 9 0 8 4 3 4 4 4 4 6 6 3 3 6 5 7 5 6 8 7 7 3 3 6 9 46 70% 3 3 3 38 49 60% 5 50% 40% % 0% 0% 65 6 65 65 5 8 34 7 6 89 87 88 87 83 83 77 0% 007 008 009 00 0 0 03 007 008 009 00 0 0 03 Novos Utentes Heroína Cocaína Cannabis Outras Utentes Readmitidos *Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de drogas que recorreram pela primeira vez às estruturas desta rede (primeiros pedidos de tratamento). Fonte: Administrações Regionais de Saúde, I.P. / : DMI DEI

Caracterização e Evolução da Situação - Consumos e Problemas relacionados: Tratamento A análise da evolução das substâncias principais dos utentes que iniciaram tratamento no ano evidencia, nos últimos três anos por comparação com os anos anteriores, uma tendência de aumento nas proporções de novos utentes que referem a cannabis e a cocaína como substâncias principais. Entre os utentes readmitidos a heroína mantém-se com proporções elevadas, registando-se no entanto, nos últimos três anos, um ligeiro decréscimo a favor da cocaína e da cannabis. Quanto ao consumo de droga injetada, com exceção dos novos utentes em ambulatório, as prevalências ao longo da vida variaram entre os 34% e 59% e as prevalências nos últimos meses entre os 5% e 5%, apresentando os utentes das públicas as prevalências mais elevadas. Entre os novos utentes em ambulatório, em que como se viu a substância predominante é a cannabis, as prevalências de consumo de droga injetada foram bastante inferiores, na ordem dos 9% ao longo da vida e 3% nos últimos meses. Como se pode constatar, de um modo geral, as proporções de utentes com consumos recentes (últimos meses) de droga injetada diminuem para menos de metade quando comparadas com as de utentes com consumos ao longo da vida, indiciando alterações relevantes nos comportamentos de consumo. A análise da evolução ao longo dos últimos anos destes comportamentos de consumo evidencia descidas das prevalências dos consumos recentes de droga injetada quer entre os novos utentes, quer entre os utentes readmitidos no ambulatório da rede pública 36. Figura 9 Utentes que Iniciaram Tratamento no Ano: Consumo de Droga Injetada nos Últimos Meses, segundo o Ano 35 Novos Utentes* e Utentes Readmitidos Rede Pública - Ambulatório (Portugal Continental), 007-03 5 0 % 5 0 5 9 7 4 4 4 0 7 3 8 7 9 6 5 0 3 47 0 007 008 009 00 0 0 03 Total Novos Utentes Utentes Readmitidos *Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de drogas que recorreram pela primeira vez às estruturas desta rede (primeiros pedidos de tratamento). Fonte: Administrações Regionais de Saúde, I.P. / : DMI DEI De um modo geral, esta tendência de diminuição dos consumos recentes de droga injetada é também evidente entre os utentes das e 37. 36 No caso dos utentes em ambulatório que não iniciaram tratamento no ano, importa chamar a atenção para o facto dos comportamentos relativos aos consumos recentes (sejam consumos de drogas por via endovenosa ou partilha de material de consumo) não corresponderem necessariamente aos últimos meses, uma vez que a informação é recolhida à data de início do tratamento. 37 SICAD (04 a), SICAD (04 b).

Relatório Anual 03 A Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependências Relativamente às proporções de partilha de material de consumo de droga injetada 38 entre os subgrupos de injetores das estruturas consideradas, entre 8% e 60% de injetores partilharam este tipo de material ao longo da vida. Nos últimos meses, estas proporções variaram entre os 0% e 34%, surgindo a mais elevada entre os injetores das licenciadas. Como se pode constatar, as proporções de injetores com comportamentos recentes de partilha deste tipo de material diminuem bastante quando comparadas às de injetores com essas práticas ao longo da vida, indiciando alterações relevantes nestes comportamentos. Quanto à partilha de material de consumo de droga não injetada, as proporções de utentes com essas práticas ao longo da vida variaram entre os % e 45%, e nos últimos meses entre os 8% e %, apresentando os utentes das licenciadas as proporções mais elevadas. A análise das características sociodemográficas dos utentes que recorreram em 03 às diferentes estruturas de tratamento da toxicodependência evidencia que, continuam a ser na sua maioria do sexo masculino (74% a 88%), com idades entre os 35-44 anos (% a 5%) e 5-34 anos (8% a 44%), variando as idades médias entre os e 40 anos. Quadro 4 Socio demografia dos Utentes em Tratamento da Toxicodependência*, por Tipo de Estrutura Redes Pública e Licenciada (Portugal Continental) 03 Estrutura / Rede Utentes em A mbulató rio Utentes Utentes na R ede P ública Unidades D esab. b) C o munidades T erap. b) C aract. So cio demo gráfica a) Em T ratamento no A no Novos R eadmitido s P úblicas Licenciadas c) P úblicas Licenciadas c) 48 Sexo Masculino 83,9% 84,6% 87,9% 8,% 87,7% 73,9% Grupo 5-34 anos 8,% 35,% 9,3% 3,% 8,8% 43,5% Etário 35-44 anos 44,9%,0% 46,8% 5,3% 46,3% 37,7% Idade Média 40 40 39 40 35 N acio nalidade Portuguesa 95,3% 9,5% 97,8% 96,7% 95,% 00,0% Estado Solteiro 59,3% 69,% 59,3% 48,0% 60,3% 66,7% C ivil Casado / União de Facto 7,4% 0,9% 5,5% 7,7% 0,5%,6% Só c/ família de origem 46,9% 56,5% 4,4% 40,3% 44,4% 48,5% Situação Sozinho 3,3% 7,3% 6,7%,% 0,8%,% C o abitação Só c/ companheiro,8% 8,7%,5%,0% 6,9% 4,4% Só c/ companheiro e filhos 3,% 0,4%,3% 0,%,5% 4,4% N í vel < 3.º Ciclo 57,6% 39,9% 57,0% 3,5% 53,4% 3,% Ensino 3.º Ciclo 6,3% 33,6% 5,% 38,9% 6,0% 4,6% Situação Empregado 40,3% 3,0% 34,0% 9,4% 7,9% 4,7% P rofissional Desempregado 48,7% 45,7% 54,5% 6,4% 73,% 77,9% Estudante / F. Profissional 4,3% 4,9% 3,6%,6%..,9% 85,5% 3,4% 35,9% 35 94,6% 70,7% 4,% 44,6%,9% 6,4% 4,6% 36,% 34,6% 8,3% 57,0% 7,6% Data da recolha de informação:.º semestre de 04. * Utentes que recorreram a tratamento por problemas relacionados com o uso de drogas. No caso das estruturas de internamento, este critério foi aplicado pela primeira em vez em 03, exigindo cautelas na leitura comparativa com os dados publicados em anos anteriores (que se reportavam a todos os utentes internados nestas estruturas, incluindo outras dependências/patologias). a) Nas variáveis consideradas, apenas se referem as categorias com maior relevância percentual. b) Os dados são passíveis de atualização no próximo ano, com a inclusão de informação recebida até 3/03/05. Fonte: Unidades Licenciadas / Administrações Regionais de Saúde, I.P. / Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências: DMI DEI Continuam a ser predominantemente indivíduos de nacionalidade portuguesa (93% a 00%) e solteiros (48% a 7%). A maioria vive com familiares, predominando uma vez mais a coabitação só com a família de origem (40% a 57%) ou só com a família constituída (9% a 5%). 38 No caso dos utentes em ambulatório, a partilha de material de consumo de droga injetada reporta-se apenas à partilha de agulhas/seringas, contrariamente aos utentes das outras estruturas, cuja informação respeita a qualquer material deste tipo de consumo.

Caracterização e Evolução da Situação - Consumos e Problemas relacionados: Tratamento De um modo geral, continuam a ser populações com baixas habilitações literárias (3% a 58% não completaram o 3.º ciclo do ensino básico) e situações laborais precárias (46% a 78% estavam desempregados). A análise da evolução da distribuição por grupo etário dos utentes que iniciaram tratamento ao longo dos últimos anos evidencia, sobretudo nos quatro últimos anos, aumentos nas proporções de novos utentes em idades jovens, verificando-se em contrapartida, um progressivo envelhecimento dos utentes readmitidos. Figura - Utentes que Iniciaram Tratamento no Ano, segundo o Ano, por Grupo Etário 00% 90% 80% 70% 60% 50% 40% % 0% 0% 0% Novos Utentes* e Utentes Readmitidos Rede Pública - Ambulatório (Portugal Continental), 007-03 0 4 5 4 0 5 5 9 7 6 8 5 9 6 6 5 3 7 8 8 5 0 8 4 5 6 5 6 9 8 7 7 9 7 0 0 7 7 7 5 0 3 7 0 6 34 3 3 6 4 8 9 6 6 4 4 5 3 4 3 5 007 008 009 00 0 0 03 007 008 009 00 0 0 03 Utentes Novos Utentes Readmitidos anos 5-9 anos -34 anos 35-39 anos 40-44 anos 45 anos *Utentes inscritos com problemas relacionados com o uso de drogas que recorreram pela primeira vez às estruturas desta rede (primeiros pedidos de tratamento). Fonte: Administrações Regionais de Saúde, I.P. / Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências: DMI DEI Tendo em consideração esta heterogeneidade dos perfis demográficos e de consumo dos utentes em tratamento, torna-se essencial reforçar a diversificação das respostas e continuar a apostar nas intervenções preventivas de comportamentos de consumo de risco. 49

Relatório Anual 03 A Situação do País em Matéria de Drogas e Toxicodependências Contexto Prisional 39 Em 03, no contexto das estruturas de tratamento da toxicodependência da responsabilidade do sistema prisional, persiste a tendência de decréscimo verificada nos últimos na capacidade dos Programas de Tratamento Orientados para a Abstinência, tendência que reflete a procura destes Programas por parte da população reclusa. Em 03 estiveram integrados 85 reclusos nos Programas de Tratamento Orientados para a Abstinência, representando o valor mais baixo desde a década anterior e reforçando a tendência de decréscimo verificada no anterior ciclo estratégico 005-0. Quadro 5 - Utentes em Programas de Tratamento em Estruturas dos Estabelecimentos Prisionais* 03 e variações relativas a 0 / 00 / 007 P rogramas de Tratamento 03 % -3 0-3 07-3 Programas de Tratamento Orientados para Abstinência 85 00,0-4,0 -,9-4,5 Unidades Liv res de Drogas 85 00,0-4,0 -,9-4,5 3 Dez.03 % 3 Dez. -3 3 Dez. 0-3 3 Dez. 07-3 Programas Farmacológicos 466 00,0-7,0-7,5 7,4 Programas Terapêuticos c/ Agonistas Opiáceos 435 93,3-3,5-3,9 4, Programas Terapêuticos c/ Antagonistas Opiáceos 3 6,7-38,0-48,3-65,9 * Programas cuja coordenação é da responsabilidade dos estabelecimentos prisionais. A 3//03, para além dos dados constantes no quadro, estavam também em programas farmacológicos 63 reclusos em articulação com as estruturas da rede pública da toxicodependência (meio livre prescrição e acompanhamento pelos técnicos das ET) e 55 noutras estruturas das Regiões Autónomas. Nessa data, existiam ainda 94 reclusos em outras unidades / programas de tratamento da toxicodependência. Fonte: Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais / : DMI DEI A 3//03 estavam integrados 466 reclusos em Programas Farmacológicos da responsabilidade dos estabelecimentos prisionais, 435 dos quais com agonistas opiáceos e 3 com antagonistas opiáceos, valores um pouco inferiores aos registados em 0. É de referir no entanto que, ao longo do ciclo estratégico 005-0, e sobretudo a partir de 50 009 40, verificou-se um aumento no número de reclusos em Programas Farmacológicos, seja da responsabilidade dos estabelecimentos prisionais, seja em articulação com outras estruturas de tratamento em meio livre. Por último, é ainda de mencionar que a 3//03, para além dos reclusos inseridos em programas farmacológicos ou orientados para a abstinência (ULD), existiam 94 reclusos em outras unidades / programas de tratamento da toxicodependência, que têm vindo a surgir face às necessidades específicas de acompanhamento, em termos de cuidados de saúde, desta população reclusa. 39 A fonte dos dados apresentados é a informação enviada pela Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais ao SICAD, no âmbito das suas competências de proceder à recolha e tratamento dos dados reunidos nos serviços públicos e organizações privadas com intervenção nestas áreas. 40 O aumento de utentes em programas com agonistas opiáceos ocorrido sobretudo a partir de 009, pode refletir uma tomada de decisão baseada na evidência científica, uma vez que neste ano foi publicado um estudo (Fernandes & Silva, 009) sobre o impacto destes tratamentos na gestão e controle dos reclusos consumidores de opiáceos e no próprio ambiente prisional, cujas conclusões apontavam para a importância do seu papel - enquanto recurso importante para a saúde e bem-estar dos reclusos e enquanto instrumento da gestão do conflito social e potenciador do ideal reinsersor -, e para a pertinência do seu alargamento no contexto prisional.