AVALIAÇÃO DE ESTACAS DE DRACENA EM DIFERENTES AMBIENTES COM E SEM HORMÔNIO AIB

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DE ESTACAS DE DRACENA EM DIFERENTES AMBIENTES COM E SEM HORMÔNIO AIB Bruno F. VIEIRA 1 ; Felipe LONARDONI 2 ; Marcell T. M. da SILVA 3 ; José M. F. CAMILO 4 ; Ariana V. SILVA 5 ; Juliano F. RANGEL 6 ; Otavio D. GIUNTI 7 RESUMO Objetivou-se avaliar o enraizamento de estacas de dracena no delineamento experimental blocos casualizados com 5 repetições (blocos), em esquema de parcelas subdivididas, compreendendo 2 ambientes na parcela (pleno sol e sombrite 50%), e utilização e não utilização de biorregulador na dose de 6.000 mg L -1 (Ácido indolbutírico - AIB). Aos 70 dias após a implantação foram analisados 20 estacas de cada parcela, avaliando o comprimento do sistema radicular e o número de brotos por estaca, concluindo que a utilização de hormônio AIB na dosagem de 6.000 mg L - 1 foi favorável ao desenvolvimento do sistema radicular e a brotação de estacas de Dracena (Dracaena fragrans) e a utilização de AIB associado à exposição das estacas em ambiente sombreado mostrou-se superior para o desenvolvimento das estacas em relação a pleno sol. 1 Muzambinho/MG - E-mail: brunofelipev@hotmail.com; 2 Muzambinho/MG - E-mail: felipe.lonardoni@gmail.com; 3 Muzambinho/MG - E-mail: marcelltsilva@hotmail.com; 4 Muzambinho/MG - E-mail: miguel.fabiano@gmail.com; 5 Muzambinho/MG - E-mail: ariana.silva@muz.ifsuldeminas.edu.br; 6 Muzambinho/MG - E-mail: juliano.rangel@muz.ifsuldeminas.edu.br; 7 Muzambinho/MG - E-mail: otavio.giunti@muz.ifsuldeminas.edu.br.

INTRODUÇÃO A floricultura atualmente vem se consolidando como um importante segmento do agronegócio brasileiro. Impulsionado pelo crescimento, a especialização e a diversificação da produção o setor de floricultura apresenta-se em fase de expansão (OSHIRO; GRAZIANO; DEMATTÊ, 2001), além da diversidade de segmentos como, por exemplo, bulbos, mudas, flores e folhagens de corte, frescas ou secas, entre outros (KIYUANA, 2004). A Dracena (Dracaena fragrans) é uma planta originária da África Oriental, Tanzânia e Zãmbia bastante cultivada em interiores por apresentar características de filtragem e limpeza do ar do ambiente onde esta instalada (ARAUJO, 2014). Apresenta-se como um arbusto de textura semi-herbácea, de folhagens ornamentais, com caules eretos e providos de folhas lanceoladas, com margens brancas ou amareladas e a parte interna da lâmina foliar verde e verde amarelo (LORENZI, 1999). É uma planta que tem seu cultivo bastante difundido por apresentar rusticidade e versatilidade se adaptando a condições de pleno sol, meia sombra ou luz difusa de acordo com o clima e a cultivar. Pode ser utilizada como arbusto isolado em vasos e ter sua arquitetura moldada por podas ou em renques servindo até de cerca viva (PATRO, 2014). A propagação vegetativa é hoje o método mais utilizado para a multiplicação da maioria das espécies de plantas ornamentais e frutíferas. Alguns fatores são responsáveis por interferir no sucesso da atividade, como por exemplo, a composição química e estrutura física do substrato (SOUZA; LOPES; FONTES, 1995), as condições de vigor e sanidade das estacas (BROWSE, 1979), e também a utilização de estimulantes hormonais. O equilíbrio hormonal que ocorre na estaca é de suma importância para o enraizamento satisfatório da nova planta (VILLA et al., 2003). O fornecimento de hormônios de forma exógena, como por exemplo, o ácido indolbutírico (AIB), é uma das alternativas mais eficientes de se ajustar esse balanço (PASQUAL, 2001). O AIB é uma auxina sintética frequentemente utilizada para induzir o enraizamento que apresenta a capacidade de acelerar o processo de enraizamento além de aumentar o número de raízes por estaca (FACHINELLO et al., 1992).

Tendo como base essas informações, objetivou-se avaliar o desenvolvimento de estacas de Dracena (Dracaena fragrans) em ambiente sombreado e a pleno sol com e sem a adição de AIB. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no Laboratório de Produção e Pesquisa de Jardinagem e Paisagismo do IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho, no período de setembro a novembro de 2014. O município de Muzambinho esta localizado a 21º 20 59,94 S e 46º 31 34,82 W, com 1013,82 metros de média de altitude, sendo o clima da região classificado como tropical de altitude (Cwb), segundo Köppen, com temperatura média anual de 18ºC e precipitação média anual de 1605 mm. Utilizou-se o delineamento experimental blocos casualizados com 5 repetições (blocos), em esquema de parcelas subdivididas, compreendendo 2 ambientes na parcela (pleno sol e sombrite 50%), e utilização e não utilização de biorregulador na dose de 6.000 mg L -1 (Ácido indolbutírico). Foram coletadas estacas lenhosas de aproximadamente 15 centímetros de comprimento a partir de plantas de Dracena instaladas no Campus. As estacas tratadas com hormônio tiveram sua parte basal embebidas em solução na dose de 6.000 mg L -1 por 10 segundos, sendo todas as estacas enterradas a aproximadamente 2/3 dentro de saquinhos plásticos com substrato de casca de Pinus. Aos 70 dias após a implantação foram analisados 20 estacas de cada parcela, avaliando o comprimento do sistema radicular e o número de brotos por estaca. Os resultados foram avaliados por meio de análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5% pelo programa estatístico SISVAR (FERREIRA, 2000). RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir dos testes de média (Tabela 1), observa-se que o comprimento do sistema radicular e o número de brotos por estaca são afetados pelos tratamentos, sendo os maiores valores encontrados em ambiente sombreado associado com a adição de hormônio.

Tabela 1. Análise de desdobramento dos ambientes dentro das doses de AIB de estacas de dracena. Muzambinho, 2014. Tratamentos Média das Variáveis Ambiente Dose de AIB Comprimento (mg L -1 ) Raízes (cm) Número de Brotos Sombreado 0 7,2 ba 0,8 ba 6000 13,5 aa 1,6 aa Pleno Sol 0 3,6 bb 0,2 bb 6000 11,3 ab 0,6 ab Média 8,9 0,8 Médias seguidas por letras distintas diferem entre si, pelo teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade. Letras minúsculas indicam as diferenças entre as doses de AIB para um mesmo ambiente e letras maiúsculas indicam as diferentes em relação ao ambiente para uma mesma dose de AIB. As avaliações do AIB em ambiente sombreado e a pleno sol indicaram que a utilização do hormônio na dose de 6.000 mg L -1 apresentou resultados estatisticamente superiores, ao nível de 5 % de significância, enquanto que para o ambiente em diferentes doses de AIB demostraram que as estacas submetidas a pleno sol apresentaram resultados inferiores (Tabela 1). Pois, conforme Araujo (2014), a dracena é uma planta de interior que gosta de muito calor e luz, mas está deve ser filtrada. Assim, o sombrite 50% foi a melhor opção em comparação ao pleno sol para a formação de mudas de dracena. CONCLUSÕES A utilização de hormônio AIB na dosagem de 6.000 mg L -1 foi favorável ao desenvolvimento do sistema radicular e a brotação de estacas de Dracena (Dracaena fragrans). A utilização de AIB associado à exposição das estacas em ambiente sombreado mostrou-se superior para o desenvolvimento das estacas em relação a pleno sol. REFERÊNCIAS ARAUJO, A. Dracaena Fragrans - Plantas de interior taxonomicamente complexas. Disponível em: <http://www.plantas-interior.com/2010/08/plantas-deinterior-taxionomicamente.html>. Acesso em: 02 dez. 2014. BROWSE, P. M. A propagação das plantas. Lisboa: Europa - América, 1979, 228p.

FACHINELLO, J. C.; HOFFMANN, A; NACHTIGAL, J. C.; KERSTEN, E.; FORTES, G. R. de L. Propagação de plantas frutíferas de clima temperado. 2. ed. Pelotas: UFPel, 1995. 179p. FERREIRA, D. F. SISVAR: sistema de análise de variância, Versão 3.04, Lavras/DEX, 2000. KIYUNA, I. Floricultura: Como incrementar as exportações. Agroanalysis. São Paulo: FGV, v.24, n.11, p. 22-23, nov. 2004 KÖPPEN, W. Climatologia: con um estúdio de los climas de la Tierra. México: Fondo de Cultura Economica, 1948. 478p. LORENZI, H.; SOUZA, H. M. de. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. 2ª ed. revisado e ampliado. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 1999. 1088p. OSHIRO, L.; GRAZIANO, T. T.; DEMATTÊ, M. E. S. P. Comercialização e produção de folhagem ornamental de corte no estado de São Paulo. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, Campinas, v.7, n.1, p.1-8, 2001. PASQUAL, M.; CHALFUN, N. N. J.; RAMOS, J. D; ALE, M. R. do; SILVA, C. R. de R. e. Fruticultura Comercial: propagação de plantas frutíferas. Lavras: UFLA/FAEPE, 2001. 137p. PATRO, R. Dracena - Dracaena fragrans. 2014. Disponível em: <http://www.jardineiro.net/plantas/dracena-dracaena-fragrans.html>. Acesso em: 02 dez. 2014. SOUZA, M. M. DE; LOPES, L. C.; FONTES, L. E. F. Avaliação de substratos para o cultivo de Crisântemo (Chrysanthemum morifolium Ramat., Compositae) White Polaris em Vasos. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, Campinas, v.1, n.2, p.71-77, 1995. VILLA, F.; PIO, R.; CHALFUN, N. N. J.; GONTIJIO, T. C. A.; DUTRA, L. F. Propagação de amoreira-preta utilizando estacas lenhosas. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.27, n.4, p.829-834, ago. 2003.