CARTILHA DE ORIENTAÇÃO SOBRE A LEGISLAÇÃO DE ESTÁGIOS. (Lei nº /2008 e Resolução CFESS 553/2008)

Documentos relacionados
CARTILHA SOBRE A NOVA LEI DO ESTÁGIO (Lei n o /08), DE ACORDO COM O MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (

Perguntas Frequentes (Lei /2008)

Principais Dúvidas Sobre o Estágio

CONSIDERANDO a Orientação Normativa nº 7, de 30 de outubro de 2008, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,

Considerando que a Faculdade Pilares está em plena reforma acadêmica que será implementada a partir de 2009 e;

ESCLARECIMENTOS SOBRE ESTÁGIO

CONTRATO DE ESTÁGIO. Lei /2008

NOVA LEI DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Instituto Superior de Tecnologia de Petrópolis - ISTCC-P. Índice

LEI No , DE 25 DE SETEMBRO DE 2008

NEC - NO V A LEI DO E STÁGI O

Perguntas Frequentes

TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO. ORGANIZAÇÃO CONCEDENTE Razão Social: Endereço: Cidade: Estado: CEP: Tel.: Supervisor Técnico do Estágio:

CAPÍTULO I - DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO

Orientação para a prática profissional - Estágio com base na Lei: de 25/09/2008

O P R E S I D E N T E D A R E P Ú B L I C A Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº , DE 25 DE SETEMBRO DE

Oportuni Soluções em Recursos Humanos. Cartilha Esclarecedorasobre a Lei do Estágio(Lei nº /2008)

DIREITO DO TRABALHO. Do trabalho em condições especiais. Estágio e aprendizagem. Parte II. Prof. Cláudio Freitas

Elaboração de Convênios Controle e acompanhamento Publicação Instrução Divulgação de vagas de estágio

RESOLUÇÃO 036/2011 CEPE/UENP

TERMO DE COMPROMISSO PARA REALIZAÇÃO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO E NÃO OBRIGATÓRIO - UFPEL INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Perguntas e Respostas Nova Cartilha Esclarecedora sobre a Lei do Estágio Lei , de 25 de Setembro de 2008

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais Campus Rio Pomba Diretoria de Extensão Seção de Estágio

Dispõe sobre o estágio de estudantes em órgãos da Administração Municipal.

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE ESTÁGIO. Núcleo de Estágios e Convênios NUCEN

ANEXO I DA PORTARIA Nº 0943, DE 26 DE SETEMBRO DE 2013 TERMO DE CONVÊNIO PARA ESTÁGIOS OBRIGATÓRIOS E NÃO OBRIGATÓRIOS

RELAÇÃO DE TRABALHO.

Perguntas e respostas sobre estágio 2017

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE ESTÁGIOS DA FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNESP CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA

NORMA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO

UniBrasil Centro Universitário

PORTARIA GD Nº 06, DE 23/04/2010

RESOLUÇÃO Nº 017 CONSUPER/2013

8. SÃO OBRIGAÇÕES DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO EM RELAÇÃO AOS EDUCANDOS:

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N , DE 25 DE SETEMBRO DE 2008.

CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO UNIDADE DE ENSINO DE LORENA REGULAMENTO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

REGULAMENTO INSTITUCIONAL Estágio Curricular

A Nova Lei Do Estágio E Suas Principais Vertentes

TERMO DE CONVÊNIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO que entre si celebram a/o

Resolução nº 014, de 06 de dezembro de 2010.

ANEXO IV DA PORTARIA Nº 0943, DE 26 DE SETEMBRO DE 2013 TERMO DE COMPROMISSO PARA ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

CONVÊNIO DE CONCESSÃO DE ESTÁGIO

ENGENHARIA CIVIL Curso de Graduação Bacharelado

São Paulo, 30 de setembro de Ofício CETEC / GRUPOS Nº825/2008. REF: Estágio Supervisionado. Prezado(s) Senhor(es)

ESTÁGIO 2012 DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO. Prof. Dr. Walter Germanovix

CONSIDERANDO o que dispõe o artigo 37 da Lei Orgânica Nacional do Ministério Público dos Estados - Lei n 8.625/93;

Prefeitura Municipal de Anagé publica:

SOBRE A LEI DO ESTÁGIO

SOBRE A LEI DO ESTÁGIO

SOBRE A LEI DO ESTÁGIO

Equipe de Elaboração: Adriana Albuquerque do Nascimento Maria do Socorro Miranda Silva Neusa Margarete Gomes Fernandes Ronaldo Meireles Martins

Colegiado do Curso de Química Grau Acadêmico Licenciatura. Regulamentação do Estágio Supervisionado I. DA CONCEITUAÇÃO

REGULAMENTO DE ESTÁGIO

Regulamento Interno de Estágio. O Colegiado Acadêmico de Tecnologia de Recursos Humanos, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, resolve:

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

ANEXO VI DA PORTARIA Nº 0943, DE 26 DE SETEMBRO DE 2013 TERMO DE COMPROMISSO PARA ESTÁGIO DE ALUNOS DO IFMG JUNTO À PRÓPRIA INSTITUIÇÃO

Edital Interno nº 24/2019, de 29 de maio de 2019 SELEÇÃO DE ESTAGIO PARA ALUNOS DO CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO.

Fundamento Legal Lei nº , de 25 de setembro de 2008.

REGIMENTO GERAL DOS ESTÁGIOS CURRICULARES DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, E DE ENSINO TÉCNICO TÍTULO I DA NATUREZA E DOS OBJETIVOS CAPÍTULO I DA NATUREZA

Cartilha. Lei de estágio /08

REGULAMENTO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO DO CURSO DE ENFERMAGEM TÍTULO I

Resolução CONSEPE:015/2015

Edital Interno 12/2019, de 13 de março de 2019 SELEÇÃO DE ESTÁGIO PARA A UNIDADE EDUCATIVA DA AGROINDÚSTRIA

TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO: ESTÁGIO OBRIGATÓRIO OU ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

1. O Estágio e educação...02

PORTARIA ICT/DTA Nº 55, de 11 de setembro de

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL MINISTÉRIO DA FEDERAL INSTITUTO

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

Resolução nº 031/2009-ConEPE-UnP Natal-RN, 16 de março de 2009.

1º O estagio faz parte do projeto pedagógico do curso, além de se integrar o itinerário formativo do educando.

MANUAL DE ESTÁGIO DÚVIDAS FREQUENTES. O que é. estágio?

MANUAL DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Serviço Público Federal Universidade Federal da Bahia Faculdade de Arquitetura Curso Noturno de Arquitetura e Urbanismo

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO

CLÁUSULA TERCEIRA BOLSA OU OUTRA FORMA DE CONTRAPRESTAÇÃO

REGULAMENTO INSTITUCIONAL DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Manual do Estagiário

PERGUNTAS FREQUENTES ESTÁGIO (Lei nº /2008 e Resolução 20/2015 CCEPE)

CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO

MANUAL DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Transcrição:

CARTILHA DE ORIENTAÇÃO SOBRE A LEGISLAÇÃO DE ESTÁGIOS (Lei nº 11.788/2008 e Resolução CFESS 553/2008) Porto Alegre/RS - 2009

CONCEPÇÃO DE ESTÁGIO: A Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, define o estágio como o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do estudante. O estágio integra o itinerário formativo do educando e faz parte do projeto pedagógico do curso. TIPOS DE ESTÁGIO: Estágio Obrigatório: É o estágio definido como prérequisito no projeto pedagógico do curso para aprovação e obtenção do diploma. ( 1º do art. 2º da Lei nº Estágio não obrigatório - É uma atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. ( 2º do art. 2º da Lei nº ESTÁGIO E EMPREGO O estágio pode ser considerado uma relação de emprego? Não. O estágio não caracteriza vínculo de emprego de qualquer natureza, desde que observados os requisitos legais, não sendo devidos encargos sociais, trabalhistas e previdenciários. (arts. 3º e 15 da Lei nº. CONTRATAÇÃO E HABILITAÇÃO DE ESTAGIARIO Contratação de estagiário: As pessoas jurídicas de direito privado e os órgãos da administração pública direta, autárquica e fundacional de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Também os profissionais liberais de nível superior, devidamente registrados em seus respectivos conselhos, podem oferecer estágio.l788/2008 10 Habilitação do Estagiário: Estudantes que estiverem freqüentando o ensino regular, em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. (art. 1º da Lei nº PRAZO DE DURAÇÃO DO ESTAGIO Até dois anos, para o mesmo concedente, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. (art. 11 da Lei nº 11.788, de 2008) REQUISITOS PARA CONCESSÃO DE ESTÁGIO Requisitos para concessão do estágio: O cumprimento dos incisos estabelecidos no art. 3º da Lei nº 11.788/2008: I matrícula e freqüência regular do educando público- alvo da lei; II celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino; e III compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e as previstas no termo de compromisso. O B R I G A Ç Õ E S DA C O N C E D E N T E E INSTITUIÇÃO DE ENSINO Obrigações das instituições de ensino em relação aos educandos: I celebrar termo de compromisso com o educando ou com seu representante ou assistente legal, quando ele for absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte concedente, indicando as condições de adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário escolar; II avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação cultural e profissional do educando; III indicar professor orientador da área a ser desenvolvida no estágio como responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades do estagiário; IV exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a seis meses, de relatório das atividades, do qual deverá constar visto do orientador da instituição de ensino e do supervisor da parte concedente; ( 1º do art. 3º da Lei nº 11.788, de 2008) V zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o estagiário para outro local, em caso de descumprimento de suas normas; VI elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios de seus educandos; VII comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de realização de avaliações escolares ou acadêmicas. (art. 7º da Lei nº Obrigações da parte concedente do estágio: I celebrar Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu cumprimento; II ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de aprendizagem social, profissional e cultural, observando o estabelecido na legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho; (art. 14 da Lei nº III indicar funcionário do quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até dez estagiários simultaneamente; IV contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de compromisso; V por ocasião do desligamento do estagiário,

entregar termo de realização do estágio com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho; VI manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de estágio; VII enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de seis meses, relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário. (art. 9º da Lei nº NÚMERO DE ESTAGIÁRIOS QUE A PARTE CONCEDENTE PODE CONTRATAR Quando se tratar de estudantes de ensino médio não profissionalizante, de escolas especiais e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos, o número máximo de estagiários por estabelecimento concedente será calculado em relação ao quadro de pessoal da parte concedente do estágio nas seguintes proporções: I de um a cinco empregados: um estagiário; II de seis a dez empregados: até dois estagiários; III de onze a vinte e cinco empregados: até cinco estagiários; IV acima de vinte e cinco empregados, até vinte por cento de estagiários. Observação: no caso de filiais ou vários estabelecimentos, o cálculo será realizado para cada um deles. Caso resulte em fração, poderá ser arredondado para o número inteiro imediatamente superior. (art. 17 da Lei nº VAGAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS Percentual de vagas assegurado para pessoas com deficiência: Quando se tratar de estudantes de ensino médio não profissionalizante, de escolas especiais e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos, é assegurado o percentual de dez por cento das vagas oferecidas pela parte concedente do estágio. ( 5º do art. 17 da Lei nº. D O C U M E N TA Ç Ã O N E C E S S Á R I A À COMPROVAÇÃO DA REGULARIDADE DO ESTÁGIO a) o termo de compromisso de estágio, devidamente assinado pela empresa concedente, pela instituição de ensino e pelo aluno; b) o certificado individual de seguro de acidentes pessoais; c) comprovação da regularidade da situação escolar do estudante; d) comprovante de pagamento da bolsa ou equivalente e do auxílio-transporte; e) verificação da compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. TERMO DE COMPROMISSO DE ESTÁGIO Termo de Compromisso: O Termo de Compromisso é um acordo tripartite celebrado entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino, prevendo as condições de adequação do estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário escolar. Devem constar no Termo de Compromisso todas as cláusulas que nortearão o contrato de estágio, tais como: a) dados de identificação das partes, inclusive cargo e função do supervisor do estágio da parte concedente e do orientador da instituição de ensino; b) as responsabilidades de cada uma das partes; c) objetivo do estágio; d) definição da área do estágio; e) plano de atividades com vigência; (parágrafo único do art. 7º da Lei nº ; f) a jornada de atividades do estagiário; g) a definição do intervalo na jornada diária; h) vigência do Termo; i) motivos de rescisão; j) concessão do recesso dentro do período de vigência do Termo; k) valor da bolsa, nos termos do art. 12 da Lei nº 11.788/2008; 11.788/2008 18 l) valor do auxílio-transporte, nos termos do art. 12 da Lei nº 11.788/2008; m) concessão de benefícios, nos termos do 1º do art. 12 da Lei nº 11.788/2008; n) o número da apólice e a companhia de seguros. Rescisão do Termo de Compromisso: O Termo de Compromisso pode ser rescindido unilateralmente pelas partes e a qualquer momento. PENALIDADE PREVISTA PARA A PARTE CONCEDENTE QUANDO REINCIDIR NO DESCUMPRIMENTO DA LEI Nº 11.788/2008 A concedente ficará impedida de receber estagiários por dois anos, contados da data da decisão definitiva do processo administrativo correspondente, limitando-se a penalidade ao estabelecimento em que foi cometida a irregularidade. ( 1º do art. 15 da Lei nº DÚVIDAS MAIS FREQUENTES: Ausências do estagiário: Poderão ser descontadas, pois a remuneração da bolsa-estágio pressupõe o cumprimento das atividades previstas no Termo de Compromisso do Estágio. Ausências eventuais, devidamente justificadas, poderão ser objeto de entendimento entre as partes (poderão ou não gerar desconto). Ausências constantes,

no entanto, poderão gerar a iniciativa da parte concedente para a rescisão antecipada do contrato. Auxílio-transporte: É uma concessão pela instituição concedente de recursos financeiros para auxiliar nas despesas de deslocamento do estagiário ao local de estágio e seu retorno, sendo opcional quando se tratar de estágio obrigatório e compulsório quando estágio não obrigatório. Essa antecipação pode ser substituída por transporte próprio da empresa, sendo que ambas as alternativas deverão constar do Termo de Compromisso. Benefícios ao estagiário: A empresa poderá voluntariamente conceder aos estagiários outros benefícios, tais como: alimentação, acesso a plano de saúde, dentre outros, sem descaracterizar a natureza do estágio. ( 1º do art. 12 da Lei nº 11.788, de 2008)lha Esclarecedora re a Lei do/2008 16 Bolsa-estágio ou equivalente: Essa é uma obrigação legal da concedente do estágio, a quem cabe definir o valor e a forma de pagamento. Concessão dos descansos durante a jornada do estágio: As partes devem regular a questão de comum acordo no Termo de Compromisso de Estágio. Recomenda-se a observância de período suficiente à preservação da higidez física e mental do estagiário e respeito aos padrões de horário de alimentação lanches, almoço e jantar. O período de intervalo não é computado na jornada. Dias de prova: Se a instituição de ensino adotar verificações de aprendizagem periódicas ou finais, nos períodos de avaliação, a carga horária do estágio será reduzida à metade, segundo o estipulado no Termo de Compromisso de Estágio. Nesse caso, a instituição de ensino deverá comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de realização de avaliações escolares ou acadêmicas. ( 2º do art. 10 da Lei nº Duração da jornada diária de estágio: Segundo a lei vigente, a jornada do estagiário será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente (a empresa) e o aluno ou seu representante legal (em caso de menores de 18 anos) e deverá constar do Termo de Compromisso de Estágio. Deverá ser compatível com as atividades escolares e respeitar os seguintes limites: a) quatro horas diárias e vinte horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; b) seis horas diárias e trinta horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular; c) oito horas diárias e quarenta horas semanais, no caso de cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, desde que esteja previsto no projeto pedagógico do curso e da instituição de ensino. (art. 10 da Lei nº 11.788/ 2008) Recesso ao estagiário: Considerando que o estágio poderá ter duração de até 24 meses, e no caso de pessoa com deficiência não há limite legal estabelecido, entendese que dentro de cada período de 12 meses o estagiário deverá ter um recesso de 30 dias, que poderá ser concedido em período contínuo ou fracionado, conforme estabelecido no Termo de Compromisso. O recesso será concedido, preferencialmente, durante o período de férias escolares e de forma proporcional em contratos com duração inferior a 12 meses. (art. 13 da Lei nº Cartitágio Lei nº 11.788/2008 Recesso remunerado: Sempre que o estagiário receber bolsa ou outra forma de contraprestação. ( 1º do art. 13 da Lei nº Remuneração do Estágio: Para o estágio não obrigatório é compulsória a concessão de bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, bem como a concessão do auxílio-transporte. Para o estágio obrigatório, a concessão de bolsa ou outra forma de contraprestação e auxílio-transporte é facultativa. (art. 12 da Lei nº Seguro contra acidentes pessoais: A cobertura deve abranger acidentes pessoais ocorridos com o estudante durante o período de vigência do estágio, 24 horas/dia, no território nacional. Cobre morte ou invalidez permanente, total ou parcial, provocadas por acidente. O valor da indenização deve constar do Certificado Individual de Seguro de Acidentes Pessoais e deve ser compatível com os valores de mercado. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: BRASIL. Cartilha esclarecedora sobre a lei do estágio: lei nº 11.788/2008 Brasília: MTE, BRASIL, Lei nº 11.788/2008. Brasília, 2008 sobre a Lei do Estágio SPPE, DPJ, CGPI, 2008. 22 p. Lei nº 11.788/2008 A RESOLUÇÃO DO CFESS Nº 533/2008, que regulamenta a supervisão direta em Serviço Social, reafirma aspectos contidos na legislação federal de estágios e na legislação profissional, assim como coloca exigências particulares para o estágio nessa área. A seguir

apresentamos os principais aspectos dessa Resolução e orientação da fiscalização do CRESS. TIPOS DE ESTÁGIO A Resolução reafirma a caracterização de estágio definida na legislação federal. - Estágio curricular obrigatório: o estabelecido nas diretrizes curriculares da ABEPSS e no Parecer CNE/CES 15/2002, que deverá constar no projeto pedagógico e na política de estágio da instituição de ensino superior, de forma a garantir maior qualidade à formação profissional. - O estágio não obrigatório:definido na lei 11.788, de 25 de setembro de 2008, deverá ocorrer nas condições definidas na referida lei e na presente Resolução. RESPONSABILIDADES DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO NA ABERTURA DE CAMPOS DE ESTÁGIO - As Unidades de Ensino, por meio dos coordenadores de curso, coordenadores de estágio e/ou outro profissional de serviço social responsável nas respectivas instituições pela abertura de campo de estágio (obrigatório e não obrigatório), em conformidade com a exigência determinada pelo artigo 14 da Lei 8662/1993, terão prazo de 30 (trinta) dias, a partir do início de cada semestre letivo, para encaminhar aos Conselhos Regionais de Serviço Social de sua jurisdição, comunicação formal e escrita, indicando: I - Campos credenciados, bem como seus respectivos endereços e contatos; II - Nome e número de registro no CRESS dos profissionais responsáveis pela supervisão acadêmica e de campo; III - Nome do estagiário e semestre em que está matriculado. A abertura de campos/vagas ao longo do semestre/ano letivo deverá ser comunicada ao CRESS até 15 (quinze) dias após sua abertura. (Art. 1, Parágrafo 3º, da Resolução 553, CFESS, de 2008). - O não cumprimento do prazo e dessas exigências ensejará aplicação da penalidade de multa à Unidade de Ensino, no valor de 1 a 5 vezes a anuidade de pessoa física vigente, nos termos do parágrafo primeiro do artigo 16 da Lei 8662/1993. RESPONSABILIDADES DO SUPERVISOR DE CAMPO - Cabe a este supervisor averiguar se o campo de estágio está dentro da área do Serviço Social, se garante as condições necessárias para que o posterior exercício profissional seja desempenhado com qualidade e competência técnica e ética e se as atividades desenvolvidas no campo de estágio correspondem às atribuições e competências específicas previstas nos artigos 4 ºe 5 º da Lei 8662/1993. SUPERVISÃO DIRETA - A supervisão direta de estágio em Serviço Social é atividade privativa do assistente social, em pleno gozo dos seus direitos profissionais, devidamente inscrito no CRESS de sua área de ação. - A conjugação entre a atividade de aprendizado desenvolvida pelo aluno no campo de estágio, sob o acompanhamento direto do supervisor de campo e a orientação e avaliação a serem efetivadas pelo supervisor vinculado a instituição de ensino, resulta na supervisão direta. - A supervisão direta de estágio em Serviço Social estabelece-se na relação entre unidade acadêmica e instituição pública ou privada que recebe o estudante. - A Resolução define como supervisor de campo o assistente social da instituição do campo de estágio e como supervisor acadêmico o assistente social professor da instituição de ensino. - Requisitos básicos para supervisão, a serem assegurados pela instituição campo de estágio: espaço físico adequado, sigilo profissional, equipamentos necessários, disponibilidade do supervisor de campo para acompanhamento presencial da atividade de aprendizagem, dentre outros requisitos, nos termos da Resolução CFESS nº 493/2006, que dispõe sobre as condições éticas e técnicas do exercício profissional do assistente social. PLANO DE ESTÁGIO A realização do estágio deve ser orientada por um plano de estágio, o qual deve elaborado, no início de cada semestre, conjuntamente com os alunos e supervisor de campo. Este deve conter os papéis, funções, atribuições e dinâmica processual da supervisão. Cabe ressaltar que as atividades a serem exercidas no estágio, previstas do plano, devem corresponder às atribuições e competências específicas da profissão, previstas nos artigos 4 ºe 5 º da Lei 8662/1993. O plano de estágio, subscrito por supervisor de campo e acadêmico, bem como pelo estagiário, deve ser mantido na instituição. NÚMERO DE ESTAGIÁRIOS QUE O SUPERVISOR DE CAMPO PODE SUPERVISIONAR - A definição do número de estagiários a serem supervisionados deve levar em conta a carga horária do supervisor de campo, as peculiaridades do campo de estágio e a complexidade das atividades profissionais, sendo que o limite máximo não deverá exceder 1 (um) estagiário para cada 10 (dez) horas semanais de trabalho. - O desempenho de atividade profissional de supervisão direta de estágio, suas condições, bem como a capaci-

dade de estudantes a serem supervisionados, nos termos dos parâmetros técnicos e éticos do Serviço Social, é prerrogativa do profissional assistente social, na hipótese de não haver qualquer convenção ou acordo escrito que estabeleça tal obrigação em sua relação de trabalho. QUEM PODE SUPERVISIONAR O ESTAGIÁRIO DE SERVIÇO SOCIAL - A supervisão direta de estágio de Serviço Social deve ser realizada por assistente social funcionário do quadro de pessoal da instituição em que se ocorre o estágio, em conformidade com o disposto no inciso III do artigo 9º da lei 11.788, de 25 de setembro de 2008, na mesma instituição e no mesmo local onde o estagiário executa suas atividades de aprendizado, assegurando seu acompanhamento sistemático, contínuo e permanente, de forma a orientá-lo adequadamente. - A não efetivação das condições previstas na supervisão direta caracteriza situação irregular, sujeitando os envolvidos à apuração de sua responsabilidade ética, através dos procedimentos processuais previstos pelo Código Processual de Ética, garantindo-se o direito de defesa e do contraditório. - A atividade do estagiário sem o cumprimento do requisito previsto poderá se caracterizar em exercício ilegal de profissão regulamentada, conforme previsto no artigo 47, da Lei de Contravenções Penais, que será apurada pela autoridade policial competente, mediante representação a esta ou ao Ministério Público. ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR DE CAMPO E ACADÊMICO Supervisor de campo: - Apresentar projeto de trabalho à unidade de ensino incluindo sua proposta de supervisão, no momento de abertura do campo de estágio. - Manter cópia do plano de estágio, devidamente subscrito pelos supervisores e estagiários, no local de realização do mesmo. - Realizar inserção, acompanhamento, orientação e avaliação do estudante no campo de estágio em conformidade com o plano de estágio. - Supervisor acadêmico: - Orientar o estagiário e avaliar seu aprendizado, visando a qualificação do aluno durante o processo de formação e a aprendizagem das dimensões técnicooperativas, teórico-metodológicas e ético-políticas da profissão. - Supervisor acadêmico, Supervisor de Campo e Estagiário: - Aos supervisores acadêmico e estagiário cabe a construção do plano de estágio onde constem os papéis, funções, atribuições e dinâmica processual da supervisão, no início de cada semestre/ano letivo. RESPONSABILIDADES ÉTICAS E TÉCNICAS DOS SUPERVISORES ACADÊMICOS E DE CAMPO - Avaliar conjuntamente a pertinência de abertura e encerramento do campo de estágio. - Acordar conjuntamente o início do estágio, a inserção do estudante no campo de estágio, bem como o número de estagiários por supervisor de campo, limitado ao número máximo estabelecido na Resolução. - Planejar conjuntamente as atividades inerentes ao estágio, estabelecer o cronograma de supervisão sistemática e presencial, que deverá constar no plano de estágio. - Verificar se o estudante estagiário está devidamente matriculado no semestre correspondente ao estágio curricular obrigatório. - Realizar reuniões de orientação, bem como discutir e formular estratégias para resolver problemas e questões atinentes ao estágio; - Atestar/reconhecer as horas de estágio realizadas pelo estagiário, bem como emitir avaliação e nota. FISCALIZAÇÃO Compete aos Conselhos Regionais de Serviço Social a fiscalização do exercício profissional do assistente social supervisor nos referidos campos de estágio. Tratase de uma atividade realizada pelos agentes fiscais, que busca efetivar ações de orientação e de notificação destinadas à garantia do cumprimento do projeto éticopolítico profissional, dentre este da legislação profissional (Lei de Regulamentação e Código de Ética da Profissão, Resoluções do CFESS).