MINISTERS FELOWSHIP INTERNATIONAL CURITIBA/2016 PASTOR INTERCESSOR

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Transcrição:

1 MINISTERS FELOWSHIP INTERNATIONAL CURITIBA/2016 PASTOR INTERCESSOR Por Elcio Augusto Lodos I SENDO PASTOR A. Deus disse: Eu vos darei pastores segundo o meu coração. Jesus disse: Pastoreie as minhas ovelhas. (Jo 21:16). Em Atos lemos; Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue. (At 20:28). E em Efésios Paulo nos diz: Ele mesmo (Jesus) deu uns(...) e outros para serem pastores. (Ef 4:11). B. Ser pastor não é uma coisa pequena ou trivial. Não é uma função meramente humana. Não é uma profissão, é uma vocação, um chamado. Não há nada que homens, corporações ou governos possam nos oferecer que seja mais elevado do que o chamado divino para sermos pastores do Cordeiro na terra. C. John Piper, em seu maravilhoso livro Brothers, We are not Professionals (Irmãos, Não somos Profissionais), escreve: Os alvos do nosso ministério são eternos e espirituais. Eles não são compartilhados por nenhuma das profissões. Ele continua: Irmãos, não somos Profissionais! Somos os excluídos. Somos estranhos e exilados no mundo (1 Pe 2:11), Nossa cidadania está nos céus e nós aguardamos com ardente expectativa pelo Senhor (Fp 3:20). D. Que privilégio! Que honra! O Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, veio a você e lhe pediu para cuidar da Noiva dele enquanto Ele não retorna. E se isso já não fosse suficiente, Ele ainda promete recompensas eternas e provê sustento aqui na terra: (...) Em verdade vos digo, que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, filhos e campos, com perseguições, e, no mundo por vir, a vida eterna. (Mc 10:29,30).

2 II JESUS COMO MODELO DE PASTOR INTERCESSOR A. Jesus Pastoreou. E Jesus continua pastoreando. Ele disse: Eu sou o bom Pastor (...) (Jo 10:11), e também: (...)E haverá um só rebanho e um só Pastor. (Jo 10:16). Jesus é o Grande Pastor (Hb 13:20) e também nosso Supremo Pastor (1 Pe 5:4). Jesus é Pastor hoje, e Ele anda no meio da sua Igreja (Ap 2:1) e continuará sendo Pastor por toda a eternidade: Pois o Cordeiro que está no centro do trono será o seu pastor; ele os guiará às fontes de água viva. E Deus enxugará dos seus olhos toda lágrima. (Ap 7:17). B. A igreja que pastoreamos, não é uma instituição, uma organização. Se ela é a Igreja verdadeira, ela é a Noiva de Jesus Cristo. Em outras palavras; como pastores, recebemos uma autoridade delegada, para cuidar de uma Noiva que já pertence a outro homem. C. Todos nós somos ovelhas de Jesus Cristo, todos nós somos parte do seu aprisco, todos nós somos a Noiva que o Cordeiro de Deus virá buscar. Mas quando estamos pastoreando, nos tornamos também os Amigos do Noivo. Os que estão na dependência e orientação dele levando Sua Noiva à maturidade de um amor cada vez mais profundo pelo Noivo. D. O que é sensato então? Pastorear como Ele pastoreia. Como Paulo disse ao escrever para seus novos obreiros, seus pastores em treinamento: Sede meus imitadores, Como eu sou de Cristo (1 Co 11:1). E. Como então, Jesus pastoreia? Para mim, o que coloca tudo em uma nova perspectiva e desafia todos os meus paradigmas, é entender que quando olho para os três anos e meio do ministério de Jesus na Terra, descubro que Ele viveu verticalmente e não horizontalmente. F. Jesus viveu primeiramente e primariamente conectado com o Céu. Isto é, Jesus viveu para o Pai e não para as pessoas. G. E aqui está um grande mistério ou grande sabedoria; foi exatamente a vida vertical de Jesus, que fez com que Ele fosse tão pleno e efetivo no horizontal. H. Qualquer pessoa que tenha tido um mínimo de contato com a vida de Jesus, concorda que Ele serviu, amou e se entregou para as pessoas. Porém uma leitura superficial dessa realidade pode concluir que a centralidade da vida de Jesus era as pessoas que estavam a sua volta. Essa conclusão não poderia estar mais longe da verdade. Jesus era consumido por uma realidade, e uma só: sua relação de amor com seu pai celestial. Deus na terra era consumido por

3 Deus no céu. É dessa realidade vertical que Jesus tirava toda sua energia como homem, como Messias e como Pastor. I. Nos evangelhos, vemos que oração está no próprio centro da vida diária de Jesus. Algumas vezes Ele começava seu dia com horas de oração. Outras vezes ele orava no meio do dia ou se retirava para orar no cair da tarde. Ele passou noites orando. Ele orou em secreto e orou em público, Ele orou com seus discípulos e orou pelos seus discípulos. Ele orou ajoelhado, orou em pé olhando para o céu e orou em torno de uma mesa. Ele se alegrou em oração, mas também se angustiou na oração. Ele orou na festa, mas também orou na cruz. J. Por que Jesus orou tanto? Porque Jesus era um homem vertical! K. Para um homem vertical a oração é parte do que Ele é. Para um homem vertical, oração é como falar, respirar e comer. É parte da sua própria natureza, é parte do seu D.N.A. L. Em Cristo, você e eu, recebemos o mesmo D.N.A espiritual de Jesus. Nele fomos transformados em pessoas verticais. O potencial de viver e experimentar a mesma intensa relação que Jesus homem, experimentou com o Pai, com o Espírito Santo e até com seres celestiais, está plantado dentro de nós. M. Paulo compreendeu essa revelação com muita clareza. Quanto ele orava pela Igreja, sua oração era: Pai, que eles saibam qual a suprema grandeza do seu poder para com eles (...) que é o mesmo poder que operou em Cristo ressuscitando-o dos mortos. (Ef 1:19, 20). N. Como homem vertical, Jesus estava o tempo todo conectado com o céu. E o céu estava o tempo todo conectado com Ele. Aliás, Ele sabia que o céu morava nele. Então, Jesus se comunicava com o céu o tempo todo. Jesus falava com Deus Pai, que está assentado no trono. Jesus ouvia o Espírito Santo dentro dele. E Jesus respondia em obediência, agindo conforme a estratégia divina. O. Toda essa relação de conexão com Deus é o que a Bíblia chama de oração. E Jesus viveu assim. Jesus era oração. P. Talvez tenha sido isso que Paulo quis dizer, quando ele afirmou: Dou graças a Deus por que oro mais do que todos vós (2 Co 14:18 ). Dou graças a Deus por falar em línguas mais do que todos vocês. III JESUS OPEROU DA IDENTIDADE DE PASTOR INTERCESSOR SALMO 2 E SALMO 110.

4 A. De todos os modos e tipos de oração, vemos na oração intercessória o modus operandi do Reino de Deus. B. E é primariamente do lugar de intercessão que Jesus manifesta o Reino de Deus e pastoreia seu povo. C. No Salmo 2:8, Deus Pai fala para Deus filho: Pede-me (intercede) e te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão. D. No Salmo 110:1 vemos Deus Pai, mais uma vez conversando com Deus Filho; Disse o Senhor a Meu Senhor (...). E. A partir daí, nesse Salmo, somos convidados a presenciar a dinâmica do Governo de Deus, direto da Sala do Trono, no céu. F. O Pai fala para o Filho: Assenta-te a minha direita (v.1); isto é uma posição de autoridade. G. O verso 2 fala da manifestação do Seu poder e do seu governo. O verso 3 fala que Ele fará isso em parceria com seu povo. H. No verso 4 porém, vemos como Ele fará isso, isto é, como Ele manifestará essa realidade na terra. Deus diz para Jesus: (...) Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque. I. É na identidade de Sacerdote que Jesus manifesta o Reino de Deus e pastoreia seu rebanho: Portanto, ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles (Hb 7:25). IV OFERECENDO INTENSA SÚPLICA E CLAMOR Hb 5:7 A. Hebreus capítulo 5, capítulo 6 e capítulo 7 repete o tema de Jesus ser sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque. B. Em Hebreus 5, depois de citar Salmo 110 - Tu és meu Filho eu hoje ter gerei e Tu és sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque, o Espírito Santo nos mostra como Jesus operou neste lugar sacerdotal, enquanto aqui na terra: Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, orações e súplicas, com forte clamor e lágrimas, a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da Sua piedade. (Hb 5:7). C. Note que o verso fala; nos dias da sua carne plural, mostrando que não está se referindo a um único evento, mas a uma conduta.

5 D. João Calvino disse: Os dias da sua carne, sem dúvida significa toda sua vida neste mundo. E. É também interessante a distinção que o texto faz: orações e súplicas, forte clamor e lágrimas. F. Aqui temos quatro palavras diferentes no texto Grego original, cada uma expressando uma intensidade e um aspecto diferente. G. A soma dessas quatro palavras indica uma força, uma intensidade e uma urgência muito grande na vida de oração de Jesus. H. Voltando para nosso tema principal: Se Jesus modelou sua vida ministerial terrena em torno da oração Intercessória intensa, como devemos viver como Pastores cuidando do rebanho de Jesus? V PASTOR INTERCESSOR Hb 4:16; 10:19-21. A. Oração e, especialmente a Oração Intercessória é o modelo deixado por Jesus para nós. B. Em Hebreus temos outros dois textos que nos convidam para vivermos nesse lugar de Pastores Intercessores. O primeiro é Hebreus 4:14 a 16, o segundo é Hebreus 10:19-21. C. Em Hebreus 4 lemos que Jesus é nosso sumo sacerdote que penetrou no céu (v.14). Como sacerdote Ele está à direita de Deus Intercedendo por nós (Hb 7:25). D. Depois de nos indicar isso, o autor da carta aos Hebreus nos convida: Venhamos com ousadia para o Trono da sua graça, para obtermos misericórdia, e encontremos graça em tempos de necessidade. (Hb 4:16). E. Como entramos com ousadia na sala do trono? Qual o veículo? Hebreus 10:19-21 nos explica com clareza. F. Ele diz: Tendo, pois ousadia para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus. (Hb 10:19). Santo dos Santos é uma referência ao Tabernáculo do Antigo Testamento e ao mesmo tempo a sala do trono de Deus. G. No passado, somente um homem podia entrar nesse lugar, uma vez por ano. Agora, por causa de Jesus, nosso Sumo Sacerdote eterno, todos nós temos direito de entrar, e na verdade somos convidados pelo próprio Deus: Tendo um

6 grande sacerdote sobre a casa de Deus, (...) aproximemo-nos com sincero coração, em plena certeza de fé(...). (v. 21 e 22). H. Logo em seguida, o texto nos fala duas coisas surpreendentes: Consideremonos também uns aos outros (v. 24) e Não deixemos de congregar-nos, como é costume da alguns (v. 25). I. Parece até que esse texto está fora do lugar; depois de nos falar do nosso acesso ao trono eterno de Deus por meio da oração, Ele nos fala da importância da igreja local e do exemplo. J. Deus está nos falando: você pode chegar à Sala do Trono, mas você também precisa do seu irmão. K. A nós líderes, o Senhor está falando: Tragam a realidade da Sala do Trono para o meio das suas congregações ou mais literalmente: para as vossas reuniões. L. O contexto das nossas reuniões é o acesso a Sala do Trono. Juntos entramos na presença de Deus; juntos adoramos, juntos intercedemos e vemos a glória de Deus ser liberada em nossa comunidade. CONCLUSÃO A. Jesus está agora mesmo, assentado a direita de Deus, na Sala do Trono. Ele está lá como Sumo sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque. B. Pelo seu sangue, Ele abriu o caminho, nos dando direito a participar dessa mesma ordem, somos os Reis e sacerdotes (Ap 1:6; 5:10). Sacerdotes segundo a ordem de Melquisedeque, segundo a ordem de Jesus, com acesso a Sala de governo de Deus, a Sala do Trono, onde Deus habita. C. Desse lugar e nesse lugar o Senhor nos chama para pastorear o seu rebanho, para impactar a nossa geração. D. Desse lugar Ele nos chama para construirmos comunidades que se reúnam primariamente para adorá-lo e buscar sua presença. E. Comunidades sacerdotais, juntos entrando na Sala do Trono e intercedendo a vontade de Deus para nossa cidade, região, país e geração.