Adriano Maranhão PROFISSIONAIS E ATIVIDADES ENVOLVIDAS EM UM SGBD
ADMINISTRADOR DA BASE DE DADOS Em qualquer organização onde muitas pessoas compartilham muitos recursos, existe a necessidade de um administrador chefe para supervisionar e gerenciar estes recursos. Num ambiente de base de dados, o recurso primário é a própria base de dados e os recursos secundários são o próprio SGBD e softwares relacionados. A administração desses recursos é de responsabilidade do DBA ( Database Administrator ). O DBA é responsável por autorizar acesso à base de dados e coordenar e monitorar seu uso. O DBA é responsável por problemas, tais como, quebra de segurança ou baixo desempenho. Em grandes organizações, o DBA é auxiliado por técnicos;
PROJETISTAS DA BASE DE DADOS os projetistas de base de dados têm a responsabilidade de identificar os dados a serem armazenados na Base de Dados e escolher estruturas apropriadas para representar e armazenar tais dados. Estas tarefas são geralmente executadas antes que a base de dados seja utilizada. É responsabilidade destes projetistas obter os requisitos necessários dos futuros usuários da base. Tipicamente, os projetistas interagem com cada grupo de usuários em potencial e definem visões da base de dados para adequar os requisitos e processamentos de cada grupo. Estas visões são então analisadas e, posteriormente, integradas para que, ao final, o projeto da base de dados possa ser capaz de dar subsídio aos requisitos de todos os grupos de usuários;
ANALISTAS DE SISTEMAS determinam os requisitos de usuários finais, especialmente dos usuários comuns, e desenvolvem especificações das transações para atender a estes requisitos;
PROGRAMADORES DE APLICAÇÃO Implementam estas especificações produzindo programas e, então, testam, depuram, documentam e mantêm estes programas. Analistas e programadores devem estar familiarizados com todas as capacidades fornecidas pelo SGBD para desempenhar estas tarefas.
USUÁRIOS FINAIS existem profissionais que precisam ter acesso à base de dados para consultar, modificar e gerar relatórios. A base de dados existe para estes usuários. Existem algumas categorias de usuários finais:
USUÁRIOS OCASIONAIS Ocasionalmente fazem acesso à base de dados, mas eles podem necessitar de diferentes informações a cada vez que fazem acesso. Eles podem usar uma linguagem de consulta sofisticada para especificar suas requisições e são, tipicamente, gerentes de médio ou alto-nível;
USUÁRIOS COMUNS OU PARAMÉTRICOS estes usuários realizam operações padrões de consultas e atualizações, chamadas TRANSAÇÕES PERMITIDAS, que foram cuidadosamente programadas e testadas. Estes usuários constantemente realizam recuperações e modificações na base de dados;
USUÁRIOS SOFISTICADOS Incluem engenheiros, analistas de negócios e outros que procuraram familiarizar-se com as facilidades de um SGBD para atender aos seus complexos requisitos;
PROFISSIONAIS DE APOIO Projetistas e Implementadores de SGBD Desenvolvedores de Ferramentas Operadores de Manutenção
Arquitetura e Independência de Dados de SGBD s
DEFINIÇÃO A arquitetura mais difundida na literatura é a Arquitetura Three-Schema (também conhecida como arquitetura ANSI/SPARC), proposta por Tsichritzis & Klug em 1978. A meta desta arquitetura, exibida na Figura 3.1, é separar as aplicações de usuários da base de dados física. Nesta arquitetura, esquemas podem ser definidos em três níveis:
NÍVEL INTERNO Descreve a estrutura de armazenamento físico da base de dados. O esquema interno usa um modelo de dados físico e descreve todos os detalhes de armazenamento de dados e caminhos de acesso à base de dados;
NÍVEL CONCEITUAL Descreve a estrutura de toda a base de dados. O esquema conceitual é uma descrição global da base de dados, que omite detalhes da estrutura de armazenamento físico e se concentra na descrição de entidades, tipos de dados, relacionamentos e restrições. Um modelo de dados de alto-nível ou um modelo de dados de implementação podem ser utilizados neste nível.
NÍVEL EXTERNO Cada esquema externo descreve a visão da base de dados de um grupo de usuários da base de dados. Cada visão descreve, tipicamente, a parte da base de dados que um particular grupo de Usuários está interessado e esconde deste o restante da base de dados. Um modelo de dados de alto-nível ou um modelo de dados de implementação podem ser usados neste nível.
EXEMPLO
ARQUITETURA THREE-SCHEMA Muitos SGBD s não separam os três níveis completamente. Pode acontecer que alguns SGBD s incluam detalhes do nível interno no esquema conceitual. Em muitos SGBD s que permitem visões, os esquemas externos são especificados com o mesmo modelo de dados usado no nível conceitual. Note que os três esquemas são apenas descrições dos dados.
A arquitetura three-schema pode ser utilizada para explicar conceitos de independência de dados, que podem ser definidos como a capacidade de alterar o esquema de um nível sem ter que alterar o esquema no próximo nível superior. Dois tipos de independência de dados podem ser definidos:
INDEPENDÊNCIA LÓGICA DE DADOS É a capacidade de alterar o esquema conceitual sem ter que mudar os esquemas externos ou programas de aplicação. Pode-se mudar o esquema conceitual para expandir a base de dados, com a adição de novos tipos de registros (ou itens de dados), ou reduzir a base de dados removendo um tipo de registro. Neste último caso, esquemas externos que se referem apenas aos dados remanescentes não devem ser afetados;
INDEPENDÊNCIA FÍSICA DE DADOS É a capacidade de alterar o esquema interno sem ter que alterar o esquema conceitual externo. Mudanças no esquema interno podem ser necessárias devido a alguma reorganização de arquivos físicos para melhorar o desempenho nas recuperações e/ou modificações. Após a e organização, se nenhum dado foi adicionado ou perdido, não haverá necessidade de modificar o esquema conceitual.