ESTUDO DE IMPLEMENTAÇÃO DA CONTA SATÉLITE DO TURISMO DA RA MADEIRA

Documentos relacionados
A DESPESA EM CONSUMO TURÍSTICO REPRESENTA 10,2 % DO PIB EM 2000

Conta Satélite do Turismo ( )

Conta Satélite do Turismo

Conta Satélite do Turismo ( ) 1

CONTA SATÉLITE DO TURISMO DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

Conta Satélite do Turismo ( ) 2009) 1. em diminui. 16 de Dezembro de 2009

( ) 1 Despesa em consumo turístico desacelera em 2008

Conta Satélite do Turismo

Conta Satélite do Turismo

Despesa turística retoma crescimento

Conta Satélite do Turismo

Em 2017 o VAB gerado pelo turismo representou 7,5% do VAB nacional

CONTA SATÉLITE DE TURISMO DE CABO VERDE (CSTCV), 2011 a Desenvolvido no quadro da Cooperação Espanhola, com apoio técnico:

Exportações de turismo: desenvolvimentos recentes e perspetivas futuras. (Tema em Destaque Boletim Económico Dezembro 2018)

Em 2016 o VAB gerado pelo turismo representou 7,1% do VAB nacional

ESTUDO DE IMPLEMENTAÇÃO DA CONTA SATÉLITE DO TURISMO NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

PRODUTO INTERNO BRUTO REGISTOU UMA QUEBRA DE 1,1% EM VOLUME

DORMIDAS NOS ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS E VIAGENS TURÍSTICAS DOS RESIDENTES EXIBIRAM QUEBRAS EM 2002

PROCURA TURÍSTICA DOS RESIDENTES 2º Trimestre de 2012

Estatísticas do Turismo 2001

AÇORES - FORUM ECONÓMICO E SOCIAL 2018 ECONOMIA E SOCIEDADE

Residentes em Portugal realizaram 15,2 milhões de viagens turísticas

O turismo na RAM e o caso particular do time-sharing. Paulo Baptista Vieira

Aumentaram as viagens turísticas dos residentes, especialmente com destino ao estrangeiro

O Turismo na Economia

A Economia Portuguesa Dados Estatísticos Páginas DADOS ESTATÍSTICOS

Residentes em Portugal realizaram 15,4 milhões de viagens turísticas em 2010

O que são sociedades de elevado crescimento?

Alojamento turístico acelera crescimento em 2016

VALOR ECONÓMICO DO SETOR DA RESTAURAÇÃO E BEBIDAS RESTAURANTE DO FUTURO JOSÉ MENDES IDTOUR UNIQUE SOLUTIONS, LDA.

A produtividade do trabalho medida com base nas horas trabalhadas, cresceu à média anual de 1,2% no período 2000 a 2006

Produto Interno Bruto aumentou 4,7%, no ano 2016

DORMIDAS NOS ESTABELECIMENTOS HOTELEIROS E VIAGENS TURÍSTICAS DOS RESIDENTES REGISTARAM QUEBRAS EM 2003

VAB das empresas não financeiras aumenta 3,7%, em termos nominais, em 2014

Viagens turísticas aumentam no 4º trimestre e no ano de 2015

CONTAS NACIONAIS DEFINITIVAS 2003

Nº. de Empresas. Régua

Inquérito aos Residentes sobre Turismo nos Açores (2005)

Boletim de Estatísticas Mensal Junho Banco de Cabo Verde

Contas dos Sectores Institucionais

Atividade Turística manteve resultados positivos em 2015

Em 2015, o Algarve foi a região com maior crescimento, impulsionado pelo setor do turismo

ÍNDICE HARMONIZADO DE PREÇOS NO CONSUMIDOR (IHPC)

Viagens turísticas com ligeira redução embora as viagens ao estrangeiro tenham aumentado

Contas Nacionais Trimestrais por Sector Institucional

Porquê aumentar o IVA (23%) nos serviços de alimentação e bebidas?

Dormidas de não residentes continuaram em decréscimo

CARACTERIZAÇÃO DO SETOR - Restauração e Hotelaria -

INDICADORES DE REFERÊNCIA NA ÁREA DO TURISMO 1. Chegadas Internacionais o número de viajantes que entraram no país durante um determinado período.

INE Divulga Estatísticas das Empresas em Seminário Internacional

Conta Satélite da Saúde

Direcção de Serviços de Estudos e Estratégia Turísticos Divisão de Recolha e Análise Estatística

Aumentam as Entradas de Visitantes não Residentes e as Saídas de Residentes em Portugal

Estatísticas das receitas fiscais: Após a forte redução em 2009 a carga fiscal aumentou em 2010

O Valor da Informação no Turismo

Taxa de variação homóloga do IPC aumentou para 1,6%

Boletim de Estatísticas Mensal Setembro Banco de Cabo Verde

Indicadores Económicos & Financeiros Outubro Banco de Cabo Verde

INDICADORES DE REFERÊNCIA NA ÁREA DO TURISMO 1. Chegadas Internacionais o número de viajantes que entraram no país durante um determinado período.

Inquérito aos Orçamentos Familiares 2000 Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto

de Novembro 2009 a Maio 2010,

Indicadores Económicos & Financeiros

VAB do setor não financeiro cresceu 6,0%, em termos nominais, em 2016

DE - INDÚSTRIA DE PASTA, DE PAPEL E DE CARTÃO E SEUS ARTIGOS; EDIÇÃO E IMPRESSÃO ESTATÍSTICA DAS EMPRESAS E DAS SOCIEDADES (1)

Nota de Informação Estatística Lisboa, 21 de Fevereiro de 2011

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO VERSÃO 1

PIB regional Açores. Ventilação por ilha

Portugal. Turismo Interno. Mercados em Números

CONSELHO SUPERIOR DE ESTATÍSTICA

A Conta Satélite de Turismo para Portugal. Lisboa, 21 de Setembro de 2006

Alojamento turístico mantém resultados significativos, em particular nos proveitos

Número de viagens turísticas dos residentes aumentou em particular para lazer

Boletim de Estatísticas. Janeiro de Banco de Cabo Verde

Boletim de Estatísticas. Setembro de Banco de Cabo Verde

Indicadores Económicos & Financeiros Julho Banco de Cabo Verde

Produto Interno Bruto diminuiu 3,5% em volume

INQUÉRITO AO TURISMO EM CASAS DE HÓSPEDES

Contas Nacionais Trimestrais

Desaceleração nos principais indicadores da hotelaria

Hotelaria com acréscimos nas dormidas e decréscimos nos proveitos

Indicadores Económicos & Financeiros Setembro Banco de Cabo Verde

Indicadores Económicos & Financeiros Abril Banco de Cabo Verde

PORTUGAL - INDICADORES ECONÓMICOS. Evolução Actualizado em Dezembro de Unid. Fonte Notas 2010

DJ - INDÚSTRIAS METALÚRGICAS DE BASE E DE PRODUTOS METÁLICOS ESTATÍSTICA DAS EMPRESAS E DAS SOCIEDADES (1)

EVOLUÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL CONTÍNUA NA RAM

concedidos pelo setor financeiro residente

Economia portuguesa apresentou uma capacidade de financiamento de 0,4% em 2012

Resultados Preliminares do Inquérito ao Consumo de Energia no Sector Doméstico 2010

Boletim de Estatísticas. Abril de Banco de Cabo Verde

Boletim de Estatísticas. Março de Banco de Cabo Verde

Mercados. informação estatística. Mercado Brasil. Empresas Portuguesas Exportadoras de Bens Análise de Exposição a Mercados Externos

Taxa de variação homóloga do IPC aumentou para 1,4%

Produto Interno Bruto aumentou 2,8% em termos homólogos

Mercados. informação estatística. Mercado Alemanha. Empresas Portuguesas Exportadoras de Bens Análise de Exposição a Mercados Externos

FICHA TÉCNICA. Presidente António dos Reis Duarte

Necessidade de financiamento da economia diminui. Poupança das famílias aumenta.

28 de fevereiro de 2019

Geografia do Turismo Definições de turismo e sua dimensão geográfica. Prof. Dr. Marcos Aurélio Tarlombani da Silveira - Geografia - UFPR

AUMENTAM AS ENTRADAS DE VISITANTES E AS SAÍDAS DE RESIDENTES EM PORTUGAL

Transcrição:

30 de maio de 2008 ESTUDO DE IMPLEMENTAÇÃO DA CONTA SATÉLITE DO TURISMO DA RA MADEIRA A Direcção Regional de Estatística (DRE), no âmbito do projecto SICER-MAC (Sistema de Contas Integradas da Macaronésia) divulga os resultados do Estudo de Implementação da Conta Satélite do Turismo (CST-M) para a Região Autónoma da Madeira (RAM). A Conta Satélite do Turismo tem como objectivo principal fornecer um instrumento de aferição do peso do Turismo na economia e até certo ponto do perfil desse Turismo. Tal como sucedeu com o Sistema de Indicadores de Sustentabilidade do Turismo da Macaronésia (SIET-MAC), publicado pela primeira vez em 2006 também no âmbito de um projecto co-financiado pelo programa INTERREG, a CST-M é um projecto pioneiro na RAM, assegurando a DRE a continuidade do mesmo no futuro. É intenção da DRE aproximar o período da referência da CST-M o mais rapidamente possível ao das Contas Regionais, cujo último ano disponível é 2005. A escolha de 2001 como ano base assenta no facto de ter sido elaborado um Quadro de Empregos Alargado para o referido ano (QEA-2001), um produto de outro projecto co-financiado pelo INTERREG, denominado Tabelas Input-Output da Macaronésia (TIO-MAC). Diversos trabalhos relacionados com o QEA-2001 apoiaram também a informação que suporta a CST-M, daí que o primeiro ano para o qual existem resultados seja efectivamente 2001. De acordo com as estimativas obtidas, a contribuição do Turismo para o VAB a preços de mercado foi de 10,5% em 2001, percentagem superior à verificada a nível nacional que foi de 4,9%. Dado o desfasamento temporal do momento presente em relação ao ano de referência do Estudo, a DRE ensaiou o cálculo desse peso para 2005, utilizando uma série de hipóteses simplificadoras. Assim, para 2005 prevê-se que a contribuição do Turismo no VAB ronde os 9,5%, um ponto percentual a menos do que em 2001, mas ainda acima do valor nacional, 4,6%. O crescimento verificado no VAB da entre 2001 e 2005 (32,9% em termos nominais) foi muito superior ao registado nos principais ramos característicos da actividade turística, dai que seja natural a perda de importância do Turismo no decorrer daquele período. Direção Regional de Estatística Uma porta aberta para um universo de informação estatística

1. Consumo Turístico Interior De acordo com as estimativas obtidas através da CST-M, o Consumo do Turismo Interior (realizado em território regional, quer por residentes, quer por não residentes), atingiu em 2001, o montante de 688,0 milhões de euros, o que representou cerca de 21,3% do Produto Interno Bruto (PIB) regional. A nível nacional este rácio rondou os 10,0%. Os produtos característicos representaram 83,8% do total do Consumo Turístico Interior da RAM, correspondendo o restante a produtos não característicos. A nível nacional, o peso dos produtos característicos era de 84,8%. Ainda dentro do consumo do turismo interior, é de referir que os produtos mais consumidos foram o Alojamento, a Restauração e Bebidas e o Transporte de Passageiros, que apresentaram pesos de 29,6%; 24,3% e 20,0% respectivamente, em relação ao total. A nível do país, era a Restauração e Bebidas que apresenta maior percentagem (25,6%), seguido do Transporte de Passageiros e Alojamento com 25,5% e 21,7%, respectivamente. Ainda na RAM, o tipo de transporte mais representativo foi o aéreo que concentrou mais de 10,9% do Consumo Turístico Interior. Consumo do Turismo Interior por produtos (2001) 29,6% 21,7% 25,6% 25,5% 24,3% 20,0% 16,2% 15,2% 4,1% 3,9% 8,0% 5,7% Alojamento Restauração e Bebidas Transporte de Passageiros Agências de Viagens, Operadores Turísticos e Guias Turísticos Serviços Culturais, Recreação e Lazer e Outros Serviços de Turismo Produtos Não Característicos Além desta repartição por produtos, ainda é possível dividir o Consumo Turístico Interior em três componentes, o consumo do turismo receptor (realizado por excursionistas e turistas), que representou em 2001, 77,4%; o consumo do turismo interno (originado por residentes), que teve um peso de 10,1% e o consumo das outras componentes do turismo interior (relacionadas com as viagens de negócios e

componentes não monetárias do Consumo Turístico), que atingiu 12,5% do total. Para o país, a repartição é distinta: em 2001, o consumo do turismo receptor era também maioritário representando 50,6% do consumo do turismo interior português, o consumo do turismo interno teve um peso de 19,3% e as outras componentes 30,1%. Repartição do Consumo Turístico Interior pelas suas componentes (2001) 19,3% 77,4% 10,1% 50,6% 12,5% 30,1% Consumo do Turismo Receptor Consumo do Turismo Interno Outros Componentes do Consumo Turístico Nesta análise há que ter em atenção a diferença de perspectiva que existe entre uma CST regional e a CST de um país. Do ponto de vista regional, o consumo de um turista continental que venha de férias à Madeira entra para consumo do turismo receptor, porém na perspectiva de país, isto é turismo interno, logo é contabilizado noutro quadro. 2. Consumo Turístico Receptor O consumo do turismo receptor estimado para a RAM em 2001 foi de 532,7 milhões de euros. 79,7% desse montante correspondia a produtos característicos, sobressaindo uma vez mais o Alojamento e a Restauração e Bebidas com pesos no total de 35,2% e 23,2%, respectivamente. Por categoria de visitantes, o peso do consumo dos turistas é esmagador: 98,4% contra 1,6% dos excursionistas. Em termos do país, a importância relativa dos excursionistas é maior, pois o consumo gerado por esta classe foi de 11,8% em 2001. Os condicionalismos geográficos da Madeira determinam a diferença que existe em relação ao panorama nacional.

Estrutura do Consumo do Turismo Receptor por categoria de visitantes (2001) 98,4% 88,2% 1,6% 11,8% Excursionistas Turistas Ainda em relação ao consumo dos excursionistas não residentes, o padrão era distinto dos turistas, dado que o peso dos produtos não característicos era maior (47,2% contra 19,8%), o que é natural, dado que os produtos adquiridos no comércio local são classificados nos produtos não característicos. Estrutura do Consumo do Turismo Receptor por categoria de visitantes e de produtos na RA Madeira (2001) Produtos Não Característicos 19,8% 47,2% Turistas Excursionistas 80,2% Produtos Característicos 52,8%

3. Consumo Turístico Interno e Outras Componentes do Consumo Turístico Neste estudo de implementação da CST-M são apresentadas também estimativas para o consumo turístico efectuado pelos residentes na na sequência de deslocações efectuadas dentro da Região (Turismo Interno) e também para a componente de consumo turístico que é realizada na RAM, no âmbito de uma deslocação para o resto do território nacional ou para o estrangeiro, antes de partir e/ou depois de regressar de viagem. Em 2001, a parte correspondente ao consumo resultante de turismo realizado por residentes em deslocações dentro do território representava 38,5% (70,4% no país), enquanto que o consumo efectuado na RAM pelos residentes no âmbito de deslocações para fora concentrava 61,5% (29,6% para o total nacional) do total de consumo interno turístico regional. Em termos de produtos, destacam-se os transportes de passageiros que representaram 59,8% do total, com relevância especial para os transportes aéreos que concentraram 43,1% do total de consumo interno. As agências de viagens e operadores turísticos representavam também 15,5% do total. Consumo do Turismo Interno por produtos (2001) 43,1% 23,4% 6,7% 19,0% 3,1% 11,1% 7,2% 2,6% 9,5% 8,2% 15,5% 13,0% 12,4% 10,1% 4,7% 10,4% Hotéis, estab. sim. e outro aloj. Colec. Restaur. e Bebidas Transporte aéreo Outros transportes Serv. aux. transp., serv. manut. repar. equip. transp. e aluguer transp. Agências Viagens, Operadores Tur. e Guias Tur. Serv. Cult., Recr. e Lazer e Out. Serv. Tur. Produtos Não Característicos Dentro das outras componentes do consumo do turismo interior (que inclui as viagens de negócios e componentes não monetárias), a Restauração e Bebidas concentrou 48,3% do total, seguido do Transporte de Passageiros com 29,2% e do Alojamento com 13,6%. Para o país, eram os mesmos produtos que tinham a primazia neste componente e pela mesma ordem. A Restauração e Bebidas representou 34,8%, o Transporte de Passageiros, 30,7% e o Alojamento, 21,1% do total.

4. Oferta Turística As estimativas da Conta Satélite fornecem informação acerca de diferentes agregados macroeconómicos no âmbito do Turismo, na perspectiva da Oferta. Em 2001, a produção turística correspondia a cerca de 9,8% da produção da economia regional (4,3% no país). Para a produção turística contribuíram, principalmente as actividades características com 9,5% do total da produção regional, enquanto que as não características representavam apenas 0,3% desse mesmo total. No país, as actividades características contribuíram com 3,8% e as não características com 0,5%. Produção Turística e Produção Total (2001) 90,2% 95,7% 0,3% 9,5% 0,5% 3,8% Produção Turística das Actividades Características Produção Turística das Actividades não Características Outra Produção Os produtos com maior componente turística foram os Serviços das Agências de Viagens, Operadores Turísticos e Guias Turísticos, o Aluguer de Equipamento de Transporte e o Transporte por água cuja produção era 100% turística. Os Hotéis, Estabelecimentos Similares e Outro Alojamento colectivo foram também quase totalmente turísticos (99,7%). 55,4% da produção de Restauração e Bebidas foi turística. Estes serviços foram fornecidos, quase na sua totalidade, pelas actividades características que representam 98,7% da produção total turística. A nível do país apenas as Agências de viagem se revelaram como um produto 100% turístico. A Hotelaria, Similares e Outro Alojamento Colectivo apresentaram um rácio de 99,8% e a Restauração e Bebidas de 41,0%.

Produção turística por produtos (2001) 35,0% 26,1% 27,5% 28,3% 16,2% 13,0% 5,2% 2,6% 7,7% 7,7% 8,0% 7,7% 4,4% 4,0% 5,2% 1,3% Hotéis, estab. sim. e outro aloj. Colec. Restaur. e Bebidas Transporte aéreo Outros transportes Serv. aux. transp., serv. manut. repar. equip. transp. e aluguer transp. Agências Viagens, Operadores Tur. e Guias Tur. Serv. Cult., Recr. e Lazer e Out. Serv. Tur. Produtos Não Característicos Ainda no âmbito da Oferta Turística, importa referir o rácio do Turismo sobre a Oferta Interna. Este rácio pretende avaliar qual a importância do Consumo do Turismo Interior, sobre a Oferta Interna da Região (produção mais importações a preços de aquisição), ou seja, que parte da Oferta Interna é consumida no âmbito do Turismo Interior. Em 2001, essa importância relativa foi de 9,0% na RAM e 4,2% no país. Este rácio também é calculado por produto, permitindo concluir quais são os produtos mais procurados na Região pelos visitantes, (quer sejam ou não residentes). Rácio do Turismo sobre a Oferta Interna (2001) Produtos Característicos 44,3% 29,4% Alojamento 55,2% 29,1% Hotéis, estab. sim. e outro aloj. colec. 99,7% 99,8% Residências secundárias por conta própria ou gratuitas 4,3% 6,5% Restaur. e Bebidas 55,4% 40,8% Transporte de Passageiros 56,0% 53,0% Transp. Rodov. Interurb. 41,9% 74,7% Transporte por água 100,0% 17,5% Transporte aéreo 84,5% 96,7% Serv. aux. transp., serv. manut. repar. equip. transp. 24,4% 19,5% Aluguer equip. transp. 100,0% 43,2% Agências Viagens, Operadores Tur. e Guias Tur. 100,0% 100,0% Serv. Cult., Recr. e Lazer e Out. Serv. Tur. 11,1% 8,1% Produtos Não Característicos 1,8% 0,7% Total 9,0% 4,2%

O Valor Acrescentado gerado pelo Turismo mostra qual a parte do Valor Acrescentado Bruto (VAB) das diferentes actividades (características e não características) que é criado na prestação de serviços àqueles que visitam a (residentes e não residentes). O Valor Acrescentado gerado pelo Turismo correspondeu a 10,5% do VAB da economia (4,9% foi o valor nacional, em 2001), atingindo um valor de 294,3 milhões de euros. As actividades características contribuíram com 10,2% e as não características com 0,3%. Dentro do VAB gerado pelas actividades características cerca de 68,0% foi turístico, sendo este peso residual (0,3%) se medido para as actividades não características. Por actividade, destacaram-se os hotéis e similares, cujo VAB era 98,8% turístico (99,4% no país), as agências de viagens e operadores turísticos (97,5% do VAB é turístico quer na RAM quer no país), as residências secundárias por conta própria ou gratuitas (92,7% do VAB era turístico na RAM, no país 96,2%) e o aluguer de automóveis cujo VAB turístico no total era de 92,0% (45,7% a nível nacional). Peso do Valor Acrescentado gerado pelo Turismo no VAB (2001) RA Madeira Actividades características 68,0% 55,4% Hotéis e Similares 98,8% 99,4% Residências Secundárias por conta própria (por imputação) 92,7% 96,2% Restaurantes e Similares 40,9% 40,5% Transportes rodoviários 44,3% 57,3% Transportes marítimos 12,0% 2,5% Transportes aéreos 72,1% 69,2% Serviços auxiliares aos transportes 46,6% 41,1% Aluguer de equipamento de transporte de passageiros 92,0% 45,7% Agências de viagens, operadores turísticos e guias turísticos 97,5% 97,5% Serviços Culturais e Desporto, Recreação e Lazer 34,1% 22,7% Actividades não características 0,3% 0,6% Total 10,5% 4,9% 6. Emprego das Actividades Características O emprego é também um dos aspectos a ter em conta quando se caracteriza um determinado sector da economia e no âmbito da CST-M fez-se uma estimativa para os postos totais e para as remunerações de assalariados.

A percentagem de remunerações turísticas dentro das actividades turísticas foi de 67,3%, superior à nacional que em 2001 era de 54,2%. É de salientar que nesta variável, o alojamento e a restauração representaram mais de dois terços das remunerações totais. No que diz respeito aos postos, a contribuição do emprego das actividades características do turismo em relação ao total da economia regional era de 14,3%, enquanto que para o país aquele rácio rondava os 7,2%. Notas Metodológicas: O estudo de implementação da Conta Satélite do Turismo da baseou-se fundamentalmente na metodologia seguida pelo INE a nível nacional, que por sua vez tem como referência o Manual de Implementação da Conta Satélite do Turismo do Eurostat e o Quadro de Referência Metodológica da CST das Nações Unidas. A CST-M é coerente com as Contas Regionais produzidas pelo INE que têm como base o Sistema Europeu de Contas (SEC95). A CST é composta por um conjunto de quadros de resultados que pretendem compilar os principais agregados da Oferta e da Procura Turísticas. Esses quadros estarão disponíveis para consulta muito em breve para consulta online em http://estatistica.gov-madeira.pt. A desagregação está de acordo com: -A nomenclatura de actividades e de produtos do Turismo A CST destaca alguns produtos como sendo os mais importantes nas deslocações feitas pelos indivíduos: transporte, alojamento, serviços de agências de viagem, etc Este grupo de produtos designa-se por específicos e englobam os produtos característicos (aqueles, que na maioria das regiões/países deixariam de existir ou o seu consumo reduzir-se-ia significativamente na ausência de actividade turística) e os conexos (aqueles que apesar de não serem típicos do turismo num contexto internacional, podem sê-lo num determinado país/região. Os produtos não específicos correspondem a todos os outros produtos e serviços produzidos na economia que não estão directamente relacionados com o Turismo, mas que podem ser alvo de Consumo Turístico. No caso da CST-M, distinguem-se apenas os produtos característicos dos não característicos (que incluem portanto, os conexos e os não específicos). No que respeita às actividades, são identificadas como características aquelas actividades produtivas cuja produção principal foi identificada como sendo característica do turismo, que servem os visitantes e em que se verifica uma relação directa do fornecedor com o consumidor. Há, no entanto, algumas actividades, tal como, Restauração e Bebidas e Serviços de Transporte de Passageiros que são consideradas características devido à importância da sua produção para os visitantes, apesar de não lhes ser primordialmente dirigida. Cada país ou região, é livre de definir a sua lista de actividades características. A DRE optou por manter para a Madeira a lista nacional definida pelo INE, fazendo as agregações necessárias devido a limitações de informação. Assim as actividades características da CST-M são Hotéis e similares; Residências secundárias por conta própria (imputadas);

Restaurantes e similares; Transportes rodoviários; Transportes por água; Transportes aéreos; Serviços auxiliares aos transportes; Aluguer de equipamento de transporte; Agências de viagem, operadores turísticos e guias turísticos; Serviços culturais e Desporto, recreação e lazer. - As componentes do Consumo do Turismo Interior O Consumo Turístico Interior engloba o consumo efectuado por visitantes não residentes na (Consumo do Turismo Receptor), o consumo dos visitantes residentes que viajam unicamente no interior da Região, mas em lugares distintos do seu ambiente habitual (Consumo do Turismo Interno) assim como a componente de consumo interno efectuada pelos visitantes residentes na Região aquando de uma viagem turística no exterior da Região (componente de consumo interno do Turismo Emissor). O Consumo do Turismo Interior inclui ainda outras componentes do consumo turístico como sejam o Turismo por motivo de negócios, a valorização dos serviços de habitação das habitações secundárias por conta própria e as componentes não monetárias do consumo. - As categorias de visitantes Os visitantes podem ser classificados de acordo com a duração da viagem em turistas (visitantes que pernoitam no local visitado) ou em excursionistas (visitantes que não pernoitam no local visitado). - Emprego O Emprego compreende todas as pessoas (tanto trabalhadores por conta de outrem como trabalhadores por conta própria) que exerçam uma actividade produtiva abrangida pela definição de produção dada pelo sistema. - Postos De acordo com o SEC95, um posto é definido como um contrato explícito ou implícito pelo qual uma pessoa se obriga a fornecer o seu trabalho mediante uma remuneração a uma unidade institucional residente, por um determinado período ou até nova ordem. Inclui, assim, os vários empregos de um mesmo indivíduo. Nesta definição, são abrangidos tanto os empregos por conta de outrem como por conta própria, pelo que remuneração, aqui, deve ser interpretada em sentido amplo, de forma a abranger o rendimento misto dos trabalhadores por conta própria. - Remunerações As remunerações dos empregados definem-se como o total das remunerações, em dinheiro ou espécie, a pagar pelos empregadores aos empregados como retribuição dos pelo trabalho prestado por estes últimos no período de referência.