Unidade II - REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS EM DESENHO TÉCNICO - NBR 12298

Documentos relacionados
Corte total. Qualquer pessoa que já tenha visto um regis- A U L A

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I. Aula 04 Cortes, hachuras, semi-cortes. Desenho Técnico Mecânico I

Corte total. Qualquer pessoa que já tenha visto um regis- A U L A

DESENHO TÉCNICO. Aula 07. Cortes em Desenho Técnico

Peça Corte Visualização Representação

Projeção ortográfica de modelos com elementos paralelos e oblíquos

MÉTODOS DE REPRESENTAÇÃO

Engrenagens II. Nesta aula trataremos da representação das. Conceitos básicos. Representação dos dentes. engrenagens no desenho técnico.

Cotagens especiais. Você já aprendeu a interpretar cotas básicas

Desenho e Projeto de tubulação Industrial

Projeção ortográfica

Jorji Nonaka Engenharia Naval e Oceânica

Cotagem de dimensões básicas

UMC Cotas em desenho técnico (Módulo 2) Componentes gráficos de uma cota: Linha de cota Linha de chamada Setas de cota

Desenho Técnico. Corte. Prof. João Paulo Barbosa

Projeção ortográfica da figura plana

"SISTEMAS DE COTAGEM"

UNESP DESENHO TÉCNICO: Fundamentos Teóricos e Introdução ao CAD. Parte 3/5: Prof. Víctor O. Gamarra Rosado

DE DESENHO TÉCNICO. Frederico Damasceno Bortoloti Adaptado de: Antonio Clélio Ribeiro Mauro Pedro Peres Nacir Izidoro

Cotagem de elementos

Prof. Sérgio Viana. Estas notas de aula são destinadas aos alunos que. Gráfica, para um posterior estudo mais profundo.

Perspectiva isométrica de modelos com elementos diversos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DESENHO MECÂNICO CORTES. Prof. Márcio Valério de Araújo

CENTRO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL ANIELO GRECO DIVINÓPOLIS

Jorji Nonaka Engenharia Naval e Oceânica

As peças a serem usinadas podem ter as

CEFET-SC - Un. São Jojé Área de Refrigeração e Ar Condicionado Prof. Gilson - Desenho Técnico com Auxílio do AutoCAD 2007

RESUMO DAS NORMAS TÉCNICAS DA ABNT

Nivelamento Desenho Técnico

DESENHO TÉCNICO. Aula 03

DESENHO TÉCNICO. Apresentar de forma sintética, as normas e convenções usuais referente às

1- Tela inicial do AUTOCAD 2013

DESENHO TÉCNICO. Aula 03

DESENHO TÉCNICO. Aula 06. Cotagem em Desenho Técnico

Corte composto. abaixo, por apresentarem seus elementos internos fora de alinhamento, precisam de outra maneira de se imaginar o corte.

ROTEIRO PRÁTICO DE DESENHO TÉCNICO

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO

Vistas em Corte. Definição

Desenho Técnico. Desenho Projetivo e Perspectiva Isométrica

Conceitos Básicos de Desenho Técnico

Desenho Técnico Sumário

Normas da ABNT para Desenho Técnico

Mecânica Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico

ERROS MAIS COMETIDOS EM DESENHO TÉCNICO

DESENHO DE ARQUITETURA PLANTA BAIXA AULA 01 PROF ALINE FERNANDES

IFSC - Campus São José Área de Refrigeração e Ar Condicionado Prof. Gilson Desenvolvimento de Chapas

UNESP DESENHO TÉCNICO: Fundamentos Teóricos e Introdução ao CAD. Parte 4/5: Prof. Víctor O. Gamarra Rosado

Caderno de Respostas

ESTUDO DAS PROJEÇÕES NOÇÕES ELEMENTARES 1. DEFINIÇÃO

9 PROJEÇÕES ORTOGONAIS. 9.1 Introdução

Os ícones que são usados nos desenhos de moldes estão dispostos na paleta na seguinte ordem:

DESENVOLVENDO A FACHADA

ELEVAÇÕES OU FACHADAS

Os caracteres de escrita

INSTRUMENTOS USADOS Lápis e lapiseiras Os lápis médios são os recomendados para uso em desenho técnico, a seleção depende sobretudo de cada usuário.

DESENHO BÁSICO AULA 12

Ensaio de torção. Diz o ditado popular: É de pequenino que

PARA A CONSTRUÇÃO DOS GRÁFICOS

Apostila Complementar

27 Tolerância geométrica

Curso de Engenharia Química/Alimentos

3 Medidas, Proporções e Cortes

ALGUNS TERMOS TÉCNICOS IMPORTANTES

Você já pensou o que seria do ser humano

Execução de caracter para escrita em desenho técnico NBR 8402 Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das linhas NBR 8403

CALDsoft7 - Software de planificação em caldeiraria

CALDEIRARIA. Leitura e Interpretação de Desenho

Perspectiva isométrica de modelos com elementos paralelos e oblíquos

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE COMPONENTES DE MECÂNICA

Escalas. Antes de representar objetos, modelos, peças, A U L A. Nossa aula. O que é escala

APOSTILA DE EXEMPLO. (Esta é só uma reprodução parcial do conteúdo)

Exemplos das perguntas para Teste e defesas de Oficinas Gerais Serralharia

AULA 02 Normatização, Formatação, Caligrafia e Introdução ao Desenho técnico instrumentado. 2013/01. Prof. Esp. Arq. José Maria

TOLERÂNCIAS E AJUSTES (SISTEMA ISO) NBR 6158

SOLDAGEM DOS METAIS CAPÍTULO 5 TERMINOLOGIA E SIMBOLOGIA DE SOLDAGEM

DESENHO TÉCNICO E SUAS APLICAÇÕES

Medição tridimensional

Curso Técnico de Segurança do Trabalho Disciplina: Desenho Técnico Eloy de Macedo Silva

Mandrilamento. determinado pela operação a ser realizada. A figura a seguir mostra um exemplo de barra de mandrilar, também chamada de mandril.

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de São Paulo

Acesse:

URI- Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Campus de Frederico Westphalen Curso: Química Industrial.

Atividade Prática: Fotografar Locais Históricos GUIA DO FACILITADOR

Lidar com números e estatísticas não é fácil. Reunir esses números numa apresentação pode ser ainda mais complicado.

1 Introdução. Elementos de fixação. Elementos de fixação constitui uma unidade. de 13 aulas que faz parte do módulo Elementos de Máquinas.

Essa ferramenta pode ser fixada em máquinas como torno, fresadora, furadeira, mandriladora.

Resumo. Maria Bernadete Barison apresenta aulas práticas sobre RETAS em Desenho Geométrico. Geométrica vol.1 n.1d RETAS CAD

PROF. FLAUDILENIO EDUARDO LIMA UNIDADE 3. Projeções Ortogonais

Acoplamento. Uma pessoa, ao girar o volante de seu automóvel, Conceito. Classificação

SAMSUNG ML-3750 (MLT-D305L)

Testador de cabos de rede

NORMALIZAÇÃO. desenho técnico

Use a ferramenta Project Geometry geometria dos rasgos interiores. O sketch criado deve conter todos os contornos do modelo 3D.

Código da Disciplina CCE

Normas de Apresentação Tabular

Manual AGENDA DE BACKUP

Tolerância dimensional

Transcrição:

Unidade II - REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS EM DESENHO TÉCNICO - NBR 12298 Os cortes são utilizados para representar de modo claro, os detalhes internos das peças ou de conjuntos. Em desenhos de conjunto, ressaltam a posição das peças que o constituem. Além de indicarem o material de que é feita a peça ou peças, facilitam a colocação de cotas internas. Mostramos a seguir um registro de gaveta, sabe que se trata de uma peça complexa, com muitos elementos internos. Se fossemos representar o registro de gaveta em vista frontal, com os recursos que conhecemos até agora (linha continua larga para arestas e contornos visíveis e linha tracejada estreita para arestas e contornos não visíveis), a interpretação ficaria bastante prejudicada, como mostra a (figura b) vista frontal ao lado da (figura a) foto do registro abaixo. Mesmo sem saber interpretar a vista frontal em corte, você deve concordar que a forma de representação da direita é mais simples e clara do que a outra. Fica mais fácil analisar o desenho em corte porque nesta forma de representação usamos a linha para arestas e contornos visíveis em vez da linha para arestas e contornos não visíveis. a)foto b)vista frontal c)vista frontal em corte Nos desenhos de peças este recurso é sempre utilizado sempre que a peça possuir detalhes internos. No desenho arquitetônico também se usa este recurso, como veremos no próximo capítulo.

2.1 - Procedimento do corte 1. Imagina-se um plano que passa exatamente pelo detalhes ou detalhes que queremos visualizar com clareza e que seja paralelo ao plano de projeção. 2. Agora imagine a peça partida em duas partes, Imagine que a parte anterior do modelo foi removida e em seguida feito à projeção da parte cortada. Desta forma não serão usadas as linhas tracejadas na projeção. As partes macias da peça, atingidas pelo plano de corte, são destacadas com o uso das achuras. A ABNT estabelece o tipo de hachura para cada material. Veremos a seguir no item hacuras. Observe a seqüência do procedimento de corte da peça a seguir. O bserv e, que a vista superi or é atrave ssada por uma linha traço ponto fina com dois traços largos nas extremidades. Esta linha indica o local por onde se imaginou passar o plano de corte. As setas sob os traços largos indicam a direção em que o observador imaginou o corte. O uso de duas letras maiúsculas repetidas para designar o corte: AA, BB, CC etc. Quando o corte é representado na vista frontal, a indicação do corte pode ser feita na vista superior, ou na vista lateral esquerda. Em casos onde a representação for clara não há a necessidade de indicação do corte em outra vista. 2.2 - Hachuras Hachura significa textura. Sua finalidade é indicar as partes maciças, evidenciando as áreas de corte.

As hachuras são constituídas de linhas finas, podendo ser de cor diferente do contorno, eqüidistantes, e traçadas a 45 em relação aos contornos ou aos eixos de simetria da peça. O espaçamento entre as hachuras deverá variar com o tamanho da área a ser hachurada (figura a e b). Quando a área a ser hachurada for muito grande pode-se colocar as hachuras acompanhando o contorno da peça (figura c) a seguir. Havendo necessidade de fazer qualquer inscrição na área hachurada, deve-se interromper as hachuras para deixar bem nítida a inscrição feita, como mostra a figura a seguir. As hachuras de peças com espessura muito pequena, peças delgadas são representadas em preto, com filetes brancos separando as partes contíguas, conforme mostram as figuras seguintes. A seguir mostra algumas hachuras convencionadas para representar o tipo de material utilizado na construção da peça. 2.3 - Regras para Traçado de Vistas em Corte 1. Elementos tais como: eixos, pinos, parafusos, porcas, dentes de engrenagem, chavetas, rebites e nervuras, quando seus eixos longitudinais estiverem no plano de corte, não serão cortados, portanto, não serão hachurados.

2. Nas vistas em corte não se deve colocar linhas tracejadas. As arestas invisíveis que estão situadas além do plano de corte só devem ser representadas se forem necessárias à compreensão da peça. 3. A disposição das vistas em corte deve seguir a mesma disposição das vistas principais. 4. Em peças simples, nas quais seja óbvia a localização da posição do plano de corte, pode ser dispensado o desenho da linha de corte. 5. Quando o corte da peça for constituído de planos secantes paralelos, as hachuras devem ter a mesma direção, porém, serão deslocadas para distinguir os planos de corte. 2.4 -Tipos de Recomendados de Hachuras Ferro fundido - ANSI 31 Aço - ANSI 32 Cobre, Latão, Bronze, etc. ANSI 33 Plástico - ANSI 34 Chumbo e Zinco - ANSI 37 Alumínio e Ligas Leves ANSI 38 Isolamento Térmico AutoCAD AR-RSHKE Solo AutoCAD EARTH Concreto AutoCAD AR-COND Madeira de Face AutoCAD (desenhado comando Sketch ) Madeira de Topo AutoCAD (desenhado comando Sketch ) Líquidos AutoCAD (desenhado) 2.5 - Omissão de corte - ausência Para facilitar a interpretação dos cortes, em alguns casos à norma recomenda, que a hachura não deva ser empregada, mesmo quando o plano passe por estes locais. Veja alguns casos: Reforços e nervuras. Braços de polias, volantes ou de engrenagens. Dentes de engrenagens, também no sentido longitudinal. Pinos, rebites, parafusos e eixos quando cortados no sentido longitudinal.

Corte AA A A 2.6 - Corte Total O corte total atinge a peça em toda a sua extensão, pode ser reto ou em desvio: Reto: quando o plano de corte não muda de direção. Em desvio: quando o plano de corte muda de direção, para passar por detalhes de maior interesse. Exemplo: 2.7 - Meio Corte É o corte que se emprega, no desenho de peças simétricas onde somente meia vista em

corte, é suficiente para a interpretação. Deste modo, a vista em corte representará simultaneamente a forma externa e interna da peça. 2.8 - Corte Parcial ou Ruptura É o corte que se emprega sobre parte de uma vista, para mostrar algum detalhe interno da peça evitando com isso o corte total. 2.9 - Corte Rebatido 2.10 - Seções Seções sobre a vista São executadas diretamente sobre a vista, com linha fina contínua, permitindo o recurso prático e satisfatório de se representar o perfil de certas partes de uma mesma peça, tais como: nervuras, braços de volante, perfilados e similares. Evitam-se, assim, vistas que nem sempre identificam com clareza a

forma da peça. O eixo da seção é sempre perpendicular ao eixo principal da peça ou da parte selecionada. Quando as linhas de contorno da peça interferem na clareza da seção, a vista pode ser interrompida, por linhas de rupturas, deixando espaço suficiente para a representação da seção, que neste caso será desenhado com linha grossa cheia. Seções fora da vista Tem a mesma finalidade do caso anterior, entretanto, em lugar de serem desenhadas sobre a vista, são desenhadas fora da vista, com linha grossa e cheia e em posição que facilite a colocação das cotas. A direção do corte deve ser indicada por traços, como no caso dos cortes. Deve ser usado quando na mesma peça temos varias seções diferentes. 2.11 - Encurtamentos

O encurtamento só pode ser usado no caso de peças longas ou de peças que contem partes longas e de forma constante. Desta forma o desenho não terá dimensões exageradas em um sentido e reduzidas em outro, nem será necessário o emprego de escala muito reduzida. Quebra-se imaginariamente a peça nos dois extremos e removesse a parte quebrada, aproximando-se às extremidades partidas. O comprimento será dado pela cota real.