O SISTEMA. Para entender Pietro Ubaldi

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Transcrição:

XIV O SISTEMA Para entender Pietro Ubaldi

ONDE ESTAMOS OBRA ITALIANA Grandes Mensagens (1931) A Grande Síntese (1933) As Noúres (1936) Ascese Mística (1939) História de um Homem (1941) Frag.de Pensamento e de Paixão (1942/44) A Nova Civilização do 3º. Milênio (1945) Problemas do Futuro (1948) Ascensões Humanas (1949) Deus e Universo (1951) 1ª. Trilogia 3ª 2ª 2

ONDE ESTAMOS OBRA BRASILEIRA Profecias Comentários Problemas Atuais O Sistema (1956) 1953-1955 3

SOBRE DEUS E UNIVERSO 14º. Volume da obra Ubaldiana Obra mais didática da coleção Ubaldiana, com perguntas e respostas sobre a queda; Complementa a obra Deus e Universo 20 capítulos; Destaque para o prefácio do tradutor, Carlos Torres Pastorino, Impressão, de 1957, sobre a relação entre as obras de Kardec e Ubaldi; 4

PERGUNTAS SELECIONADAS 1. Deus, sendo onipotente, não podia impedir a queda? 2. Se os Espíritos eram sábios, por que caíram? 3. A queda foi rápida ou lenta? 4. Qual o número dos rebeldes? 5. E os que ficaram no Sistema, o que fazem? 6. No Sistema, quem desempenha a função dos que caíram? 7. Qual a situação dos que lideraram a Queda? Todos caíram por igual? 8. É possível, neste mundo, termos uma idéia das condições de vida no Sistema? 9. Em que situação chegaremos, quando de volta ao Sistema? 10.A obra de Ubaldi é panteísta? 5

1. DEUS, SENDO ONIPOTENTE, NÃO PODIA IMPEDIR A QUEDA? Sendo as criaturas centelhas de Deus, deviam possuir as qualidades do fogo central, tendo em primeiro lugar a liberdade. Os filhos de Deus só podiam ser livres e conscientes, aceitando permanecer na ordem por livre adesão. O organismo da Divindade não podia ser constituído de autômatos, de escravos inconscientes. (Cap.III) 6

2. SE OS ESPÍRITOS ERAM SÁBIOS, POR QUE CAÍRAM? Se as criaturas (...) eram perfeitas porque constituídas de substância divina, elas possuíam uma perfeição relativa. Eram perfeitas em relação à sua posição na hierarquia, e a função que deviam executar no organismo. Em si mesmas, em relação às suas posições, eram totalmente perfeitas, mas não o eram diante da perfeição de Deus, a única absoluta. (...) Era nessa relatividade (...) que se aninhava a possibilidade de erro. As criaturas podiam errar todas as vezes que, fora do campo que lhes fora preestabelecido, se aventurassem nesse espaço desconhecido; (...) todas as vezes que elas tivessem querido exagerar o próprio egocentrismo, indo além dos limites de suas funções e de seu conhecimento relativo. (Cap.VII) 7

3. A QUEDA FOI RÁPIDA OU LENTA? O fenômeno da queda não pode ser medido com o nosso tempo. Foi também um desmoronamento de dimensões e o tempo foi apenas uma das dimensões atravessadas na queda, como, no oposto da evolução, esta dimensão desaparece, após ter sido atravessada a fase de energia, da qual é própria. Mas, entendendo o tempo em sentido mais vasto, ou seja, como ritmo do tornar-se ou velocidade de transformismo, poderemos dizer que, mesmo atravessando em sentido inverso os estágios a serem mais tarde percorridos na evolução, a queda foi rápida; da mesma forma como se desmorona uma casa sem alicerces. (Cap.XV) 8

4. QUAL O NÚMERO DOS REBELDES? No Sistema não se pode introduzir o conceito de número, de medida, de limite. Qualquer conceito dessa natureza seria uma tentativa de redução do infinito ao finito, ou seja, do Sistema ao Anti-Sistema. Não há número para enumerar, não há medida para medir o infinito. No Sistema, a concepção deve ser toda exclusivamente em termos de infinito. Poderemos imaginá-lo como algo além de todas as nossas possibilidades de pensar e compreender. Mas podemos compreender o absurdo de querer dar uma medida ao infinito, que consiste justamente na ausência de qualquer medida. (Cap.XV) 9

5. E OS QUE FICARAM NO SISTEMA, O QUE FAZEM? Dessa maneira, podemos agora conceber a queda como um processo de desorganização, e a evolução como um processo de organização. Trata-se verdadeiramente do desmoronamento de um edifício, do qual só resta um montão de destroços: os elementos componentes. (...) Na parte remanescente, íntegra, há a mesma febre de trabalho de reconstrução que na parte dos escombros e dos operários afadigados. Estes, pobres ignorantes decaídos, são guiados e ajudados no duro caminho da evolução. Os irmãos que permaneceram puros e sábios ajudam os irmãos sujos e cegos: irmãos porque todos são filhos do mesmo Pai, nascidos juntos no terceiro momento da Trindade, na primeira criação. (Cap.XV) 10

6. NO SISTEMA, QUEM DESEMPENHA A FUNÇÃO DOS QUE CAÍRAM? Voltemos a observar o Sistema. Sua estrutura era hierárquica, não de um todo homogêneo, constituído de elementos equivalentes, mas de um organismo feito de funções diferentes e especializadas. Nesse caso, a falta de alguns elementos não pode perturbar o funcionamento de todo o organismo. (...) Destes permaneceu, pois, no Sistema o quanto era suficiente para seu funcionamento, o qual continuou regular como antes. Não se corromperam classes inteiras, mas apenas alguns dos seus elementos, permanecendo íntegras as classes, o grupo ou o plano em seu conjunto. Sendo infinito o número de elementos do Sistema, a perda de alguns não pode alterar nada. (Cap.XV) 11

7. QUAL A SITUAÇÃO DOS QUE LIDERARAM A QUEDA? TODOS CAÍRAM POR IGUAL? Da posição ocupada nos círculos do Sistema, cada elemento foi projetado na posição oposta, representada pelo círculo correspondente invertido no Anti-Sistema. Aconteceu então, que, os primeiros se tornaram os últimos, e os mais próximos a Deus foram precipitados mais longe; o anjo mais belo, Lúcifer, se tornou o mais horroroso, Satanás, projetado no abismo mais profundo do Anti-Sistema. Atrás dele, deixaram-se arrastar num cortejo os elementos situados mais em baixo na pirâmide, ou seja, nos círculos mais afastados e periféricos. (Cap.XIX) 12

8. É POSSÍVEL, NESTE MUNDO, TERMOS UMA IDÉIA DAS CONDIÇÕES DE VIDA NO SISTEMA? (...) o Anti-Sistema nos mostra o Sistema. Podemos ver o segundo espelhado no primeiro, que é o nosso mundo, às avessas, da mesma forma como se vê um edifício espelhado num lago. Na imagem refletida, os primeiros planos aparecem como últimos e vice-versa. (...) Assim, os valores do Sistema aparecem na Terra, mas freqüentemente invertidos, na forma de ficção, para enganar melhor; exalta-se a bondade, mas de fato os bons são considerados como simplórios a serem explorados; faz-se muita questão de todas as virtudes, mas para os outros; defende-se o amor ao bem reparando os efeitos e o mal, mas no próximo, porque custa muito menos corrigir os outros do que a si mesmo. (...) Assim, não só nosso mundo revela a natureza de outro mundo perfeito, oposto a ele, como este mesmo nosso mundo humano, não é compreensível senão em função de outro mundo mais perfeito. Então, Sistema e Anti- Sistema, pelo fato de se condicionarem, justificam-se e se explicam reciprocamente. (Cap.XV) 13

9. EM QUE SITUAÇÃO CHEGAREMOS QUANDO DE VOLTA AO S? Não nos iludamos pensando poder atingir Deus assim como somos hoje feitos, sozinhos; mas apenas fundidos em conjunto, abraçados ao nosso inimigo a quem tivermos perdoado, ao ignorante a quem tivermos ensinado, ao inferior a quem tivermos levantado até ao nosso nível, ao malvado que tivermos transformado em bom. Da mesma forma como em nossa fase atual, átomos, moléculas, tecidos, órgãos, fundindo-se juntos em unidades sempre maiores, chegaram a constituir o indivíduo humano, assim no futuro, homens, famílias, grupos sociais, povos e nações, humanidades e humanidades de humanidades, fundindo-se juntos em unidades cada vez maiores, chegarão a construir unidades coletivas sempre maiores, complexas e perfeitas, constituindo no seu último estado evolutivo, o Sistema. Se, no fundo da queda, o ser atingiu o estado de máximo separatismo, no cimo da ascensão o ser só pode atingir o estado de máxima reunificação. (Cap.XVI) 14

10. A OBRA DE UBALDI É PANTEÍSTA? Uma das primeiras razões da condenação de A Grande Síntese, por parte do catolicismo ortodoxo, foi a concepção monista e panteísta do universo. Mas como conceber um universo onde Deus não esteja presente em todas as suas partes, mantendo-o como um princípio animador, em perfeita unidade? E no entanto, este foi o pensamento dos maiores místicos cristãos! Era o pensamento de São Francisco de Assis, quando sentia Deus em todas as coisas e criaturas. O panteísmo é justamente condenado porque consiste, frequentemente, em crer que todas as coisas e criaturas sejam Deus por si mesmas. Mas, esta é apenas uma interpretação materialista do panteísmo. Para combater esse panteísmo errado, não só se condena o panteísmo sadio dos místicos, mas se cai no erro oposto, ou seja, o de admitir um Deus somente pessoal e transcendente, separado de Sua Criação. Com esta separação, Deus e o mundo resultam contrapostos, num dualismo inconciliável. (Conclusão) 15