DIRETRIZES PARA A PROGRAMAÇÃO E OPERAÇÃO DO SIN DURANTE OS JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS RIO 2016

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Transcrição:

DIRETRIZES PARA A PROGRAMAÇÃO E OPERAÇÃO DO SIN DURANTE OS JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS RIO 2016 Operador Nacional do Sistema Elétrico Rua Júlio do Carmo, 251 Cidade Nova 20211-160 Rio de Janeiro RJ Tel (+21) 3444-9400 Fax (+21) 3444-9444

2016/ Todos os direitos reservados. Qualquer alteração é proibida sem autorização. NT- 0071/2016 DIRETRIZES PARA A PROGRAMAÇÃO E OPERAÇÃO DO SIN DURANTE OS JOGOS OLÍMPICOS E PARALÍMPICOS RIO 2016 Revisão 2

Sumário 1 Introdução e Objetivo 6 2 Conclusões 8 3 Critérios e Premissas Adotados para a Operação do SIN 9 3.1 Critérios para atendimento à Cidade-Sede do Rio de Janeiro 9 3.2 Critérios para dias de Jogos de Futebol nas demais Cidades- Sede 9 3.3 Critérios Adicionais para os dias de Abertura e para os dias de Encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 9 4 Diretrizes e Providências para a Operação do SIN 10 4.1 Diretrizes Gerais 10 4.2 Diretrizes Específicas para a Realização de Intervenções 10 4.2.1 Intervenções em Linhas de Transmissão e Equipamentos de Subestações 10 4.2.2 Intervenções em Instalações de Geração 11 4.3 Diretrizes Específicas para a Operação do SIN durante os dias de Abertura e os dias de Encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 13 4.3.1 Fluxos nas Interligações 13 4.4 Diretrizes Específicas para dias de Jogos na Cidade-Sede do Rio de Janeiro 15 4.4.1 Limites de FRJ 19 4.4.2 Análise de Desempenho 21 4.4.3 Recomendações 27 4.4.4 Procedimentos para Controle de Tensão 28 4.5 Diretrizes Específicas para os dias de Jogos de Futebol nas demais Cidades-Sede 31 4.5.1 Atendimento à Cidade-Sede de Brasília 31 3 / 67

4.5.2 Atendimento à Cidade-Sede de São Paulo 35 4.5.3 Atendimento à Cidade-Sede de Belo Horizonte 40 4.5.4 Atendimento à Cidade-Sede de Salvador 47 4.5.5 Atendimento à Cidade-Sede de Manaus 53 5 ANEXO 1 Distribuição das Competições dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos nos Clusters 62 6 ANEXO 2 Referências Bibliográficas 64 Lista de figuras e tabelas 65 4 / 67

Revisões do relatório Rev. Seção Pág. Descrição 1 4.5.5 59 Reavaliação do desempenho do sistema de atendimento à região de Manaus 2 4.5.5 59 Inclusão do SEP para alívio de carregamento da LT 138 kv Lechuga Jorge Teixeira 5 / 67

1 Introdução e Objetivo Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 serão realizados nos períodos de 03 a 21 de agosto e 07 a 18 de setembro, respectivamente. A cidade do Rio de Janeiro será a capital anfitriã do evento, onde serão realizadas praticamente todas as competições das modalidades dos esportes olímpicos. Cabe destacar que os jogos de futebol serão realizados também em Belo Horizonte - MG, em São Paulo SP, em Brasília DF, em Salvador BA e em Manaus AM. As cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos acontecerão nos períodos das 19h15min às 23h00min do dia 05 de agosto e das 19h15min às 23h00min do dia 21 de agosto, respectivamente. Por sua vez, as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Paralímpicos acontecerão nos períodos das 17h30min às 20h35min do dia 07 de setembro e das 19h30min às 22h00min do dia 18 de setembro, respectivamente. Este relatório apresenta um conjunto de ações a serem realizadas nas etapas de programação e operação do SIN no atendimento à região metropolitana do Rio de Janeiro, bem como às demais cidades-sede de jogos de futebol, objetivando garantir um suprimento de energia com padrões diferenciados de segurança durante a realização deste evento, em conformidade com a resolução n 01/2005 do CMSE. Buscou-se também atender os critérios estabelecidos pelo Comitê Olímpico Internacional COI. O diagnóstico foi realizado para o sistema atual e com as obras previstas para conclusão até 30 de junho de 2016, podendo algumas obras entrarem em operação, excepcionalmente, fora deste prazo, caso as mesmas agreguem segurança adicional. Também foram identificadas as ações necessárias, como geração térmica adicional, restrições energéticas e ajustes e/ou novos Sistemas Especiais de Proteção (SEP), para que o Rio de Janeiro e as demais cidadessedes de jogos de futebol tenham suas cargas principais preservadas em situações de perda simples, e para garantir desempenho diferenciado também em situações de perdas duplas, minimizando a necessidade de corte de carga para essas contingências. As análises realizadas para o desempenho do sistema consideraram as cargas esperadas para o mês de agosto de 2016, as quais são usualmente inferiores às verificadas nos meses de março e abril. Espera-se que para a cidade-sede do Rio de Janeiro a carga tenha um comportamento atípico, por conta de decretação de feriados, pontos facultativos ou liberação de meio expediente em várias instituições. Cumpre ressaltar que tais aspectos serão contemplados na etapa de programação eletroenergética diária. 6 / 67

Para a cidade do Rio de Janeiro, considerou-se o suprimento dos quatro clusters olímpicos, nos quais acontecerão as competições de 32 esportes em 42 modalidades, e que está retratado no Anexo 1. Para esta cidade, também foi considerado estratégico o suprimento elétrico aos aeroportos Antônio Carlos Jobim (Galeão) e Santos Dumont, bem como à região turística e hoteleira, ao metrô e à estação de tratamento de água de capital. Para as cidades de Belo Horizonte MG, São Paulo SP, Brasília DF, Salvador BA e Manaus AM, considerou-se o suprimento de uma forma geral a tais cidades, com atenção especial aos estádios de futebol e respectivos aeroportos. Cabe ressaltar que o presente relatório usou como referência os Relatórios de Planejamento do Atendimento Elétrico à Cidade-sede do Rio de Janeiro e às Cidades dos Jogos de Futebol durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, volumes 1 e 2, RE-3 0065/2016, os quais são citados no Anexo 2 que traz as referências bibliográficas. Novas diretrizes operativas a serem definidas decorrentes da entrada ou postergação de obras dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, bem como de uma previsão de carga melhor para este período, serão objeto de uma revisão da presente Nota Técnica a ser emitida posteriormente, se for o caso. 7 / 67

2 Conclusões Nos períodos de 03 a 21 de agosto e 07 a 18 de setembro de 2016, quando ocorrerão os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, respectivamente, considerando as cargas atualmente esperadas para esta época destacam-se as seguintes conclusões: Será atendida a exigência do COI para o suprimento redundante, ao nível de distribuição, com dois circuitos expressos para atendimento aos clusters, bem como aos estádios das cidades-sede, onde acontecerão os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Não são previstos problemas adicionais de controle de tensão, nem tampouco de carregamento, em condição normal de operação, nas instalações e equipamentos da rede de operação relevantes para o suprimento das cidadessede nos períodos dos jogos. Quanto ao atendimento às cargas das cidades-sede pelos respectivos sistemas de transmissão, considerando padrões de segurança diferenciados, critério N-2, as mesmas serão em sua maior parte atendidas mediante implementação de medidas operativas efetuadas através de despacho térmico, restrição energética, transferência de carga e utilização de Sistemas Especiais de Proteção (SEP) que efetuam corte de carga seletivo, à exceção de subestações que são supridas de forma radial por circuito duplo. 8 / 67

3 Critérios e Premissas Adotados para a Operação do SIN A seguir são apresentados os critérios e premissas adotados para a operação do SIN durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. 3.1 Critérios para atendimento à Cidade-Sede do Rio de Janeiro De forma a aumentar a segurança operativa, no período das 00h00min de 01 de agosto às 24h00min de 22 de agosto e das 00h00min de 05 de setembro às 24h00min de 19 de setembro de 2016, serão aplicados os critérios de segurança diferenciados de perda dupla para os sistemas de suprimento à cidade do Rio de Janeiro, bem como serão mantidos em operação os SEPs da referida área, com as adequações propostas. 3.2 Critérios para dias de Jogos de Futebol nas demais Cidades-Sede Serão mantidos os critérios de segurança diferenciados para os sistemas de suprimento às cidades-sede, durante o período que abrange 04 horas antes do início de cada jogo até 04 horas após o término dos mesmos. 3.3 Critérios Adicionais para os dias de Abertura e para os dias de Encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 Durante o período que abrange 04 horas antes do início de cada uma das quatro cerimônias até 04 horas após o término da mesma, serão adotados os critérios de perda dupla em linhas da interligação Norte/Sudeste sem atuação de ECE. Adicionalmente, será adotado o critério N-3 em todos os trechos do sistema de 765 kv no período que abrange 04 horas antes do início de cada cerimônia até 04 horas após o término da mesma. A potência transmissível no Elo de corrente contínua associada à UHE Itaipu (Elo CC) deverá ser limitada em 5300 MW, no período que abrange 04 horas antes do início de cada cerimônia até 04 horas após o término da mesma. O sistema de transmissão, associado ao Complexo de geração do rio Madeira, terá a soma resultante da potência do Elo CC do Madeira com o Back to Back e o TF13 limitada em 2500 MW, no período que abrange 04 horas antes do início de cada cerimônia até 04 horas após o término da mesma. Desde que respeitada esta restrição, não há impeditivo para a realização de testes de Bipolos do Complexo do Rio Madeira, desde que não iniciem nem terminem nesse período. 9 / 67

4 Diretrizes e Providências para a Operação do SIN A seguir são listadas as ações e medidas de segurança adicionais para a operação do Sistema Interligado Nacional durante o período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. 4.1 Diretrizes Gerais Visando prover o SIN de um grau adicional de segurança operacional, deverão ser adotadas as seguintes medidas gerais, de caráter sistêmico, no período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos: Programar intercâmbios de energia entre os subsistemas de modo que a operação seja feita com maior margem de segurança com relação aos limites normalmente praticados, visando minimizar, ou mesmo evitar, atuação dos esquemas especiais de proteção, sempre que possível. Minimizar a possibilidade de abertura de circuitos que suprem à cidade do Rio de Janeiro e às demais cidades-sede de jogos de futebol. Para isso, poderá ser reduzida a geração das usinas hidráulicas e térmicas próximas aos centros de carga, evitando, entretanto, o desligamento de unidades geradoras, e mantendo o atendimento ao critério de atendimento N-2, se for o caso. O desligamento de linha de transmissão poderá ser adotado como último recurso para controle de sobretensão. A operação de importação ou exportação de energia para Argentina, via C. F. Garabi I e II ou C. F. de Uruguaiana, ou para o Uruguai, via C. F. Rivera ou C. F. Melo, poderá ser realizada desde que em consonância com as diretrizes atualmente vigentes. 4.2 Diretrizes Específicas para a Realização de Intervenções 4.2.1 Intervenções em Linhas de Transmissão e Equipamentos de Subestações O período de bloqueio para a realização de intervenções em linhas e instalações de transmissão, referentes ao sistema de suprimento à cidade do Rio de Janeiro, será de 05 de julho a 20 de setembro de 2016. Para as cidades-sedes de jogos de futebol, o referido período de bloqueio para a realização de intervenções foi definido em função das datas dos jogos a serem realizados em cada cidade, bem como, das datas das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, cujos períodos estão descritos a seguir. 10 / 67

- Belo Horizonte e São Paulo: de 28/07 a 23/08, e nos dias 07 e 18 de setembro de 2016, referentes às cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Paralímpicos, respectivamente; - Brasília e Salvador: de 28/07 a 15/08, e nos dias 21 de agosto, 07 e 18 de setembro de 2016, referentes às cerimônias de encerramento dos Jogos Olímpicos, e abertura e encerramento dos Jogos Paralímpicos, respectivamente; - Manaus: de 28/07 a 11/08, e nos dias 21 de agosto, 07 e 18 de setembro de 2016, referentes às cerimônias de encerramento dos Jogos Olímpicos, e abertura e encerramento dos Jogos Paralímpicos, respectivamente. Nos dias 05 e 21 de agosto e 07 e 18 de setembro será estabelecido bloqueio em todas as instalações do SIN, referente ao período das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, respectivamente. Deve-se ressaltar que as excepcionalidades serão analisadas caso a caso, podendo as intervenções em equipamentos ou instalações de transmissão da rede de operação que forem de caráter inadiável, considerando a preservação de vidas humanas e integridade de equipamentos, serem aprovadas. Complementarmente, para o período de 05 de julho a 20 de setembro, as intervenções em linhas e instalações de transmissão da Rede de Operação, dos casos não mencionados anteriormente, e que possam implicar em risco de corte de carga, serão analisadas, podendo as mesmas serem aprovadas, indeferidas ou reprogramadas. 4.2.2 Intervenções em Instalações de Geração Os agentes de geração com usinas hidrelétricas e térmicas no estado do Rio de Janeiro devem programar as manutenções preventivas e corretivas, respeitando o período de bloqueio de 05 de julho a 20 de setembro de 2016, para que o maior número de máquinas esteja disponível durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, para garantir, além da disponibilidade de potência, reserva girante e máquinas que possam operar como compensadores síncronos. Para as cidades-sedes de jogos de futebol, o referido período de bloqueio para a realização de intervenções foi definido em função das datas dos jogos a serem realizados em cada cidade, cujos períodos estão descritos a seguir. - Belo Horizonte: Os agentes de geração com usinas hidrelétricas e termelétricas localizadas na Região Central do estado de Minas Gerais devem programar as respectivas manutenções preventivas e corretivas, respeitando o período de bloqueio de 28 de julho a 23 de agosto e os dias das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e dos Jogos 11 / 67

Paralímpicos, para que o maior número de máquinas esteja disponível durante os Jogos Olímpicos, para garantir, além da disponibilidade de potência, reserva girante e máquinas que possam operar como compensadores síncronos. - São Paulo: As usinas de Henry Borden, Euzébio da Rocha, Fernando Gasparian e Piratininga deverão ter suas manutenções preventivas e corretivas programadas, respeitando o período de bloqueio de 28 de julho a 23 de agosto e os dias das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos, para que o maior número de máquinas esteja disponível durante os Jogos Olímpicos, para garantir, além da disponibilidade de potência, reserva girante e máquinas que possam operar como compensadores síncronos. - Brasília: As empresas geradoras com usinas hidrelétricas e térmicas no Distrito Federal devem programar as manutenções preventivas e corretivas, respeitando o período de bloqueio de 28 de julho a 15 de agosto e nos dias das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, para que o maior número de máquinas esteja disponível durante os Jogos Olímpicos, para garantir, além da disponibilidade de potência, reserva girante e máquinas que possam operar como compensadores síncronos. - Salvador: As usinas hidrelétricas Pedra do Cavalo e Itapebi e as usinas termelétricas Celso Furtado, Camaçari, Camaçari Muricy, Camaçari Polo, Global I e II, Bahia I ne Rômulo Almeida deverão ter suas manutenções preventivas e corretivas programadas, respeitando o período de bloqueio de 28 de julho a 15 de agosto e os dias das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos, para que o maior número de máquinas esteja disponível durante os Jogos Olímpicos, para garantir, além da disponibilidade de potência, reserva girante e máquinas que possam operar como compensadores síncronos. - Manaus: As empresas geradoras com usinas hidrelétricas e térmicas localizadas no estado do Amazonas, e interligadas ao SIN, devem programar as respectivas manutenções preventivas e corretivas, respeitando o período de bloqueio de 28 de julho a 11 de agosto e os dias das cerimônias de abertura e de encerramento dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos, para que o maior número de máquinas esteja disponível durante os Jogos Olímpicos, para garantir, além da disponibilidade de potência, reserva girante e máquinas que possam operar como compensadores síncronos. Para as demais cidades e regiões do País, o referido bloqueio, para as instalações de geração da Rede de Operação, será apenas nos dias 05 e 21 de agosto, bem como nos dias 07 e 18 de setembro de 2016, referentes às 12 / 67

cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, respectivamente. Deve-se ressaltar que as excepcionalidades serão analisadas caso a caso, podendo as intervenções em equipamentos ou instalações de geração da rede de operação que forem de caráter inadiável, considerando a preservação de vidas humanas e integridade de equipamentos, serem aprovadas. 4.3 Diretrizes Específicas para a Operação do SIN durante os dias de Abertura e os dias de Encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 As cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos acontecerão nos períodos das 19h15min às 23h00min do dia 05 de agosto e das 19h15min às 23h00min do dia 21 de agosto, respectivamente, enquanto as cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Paralímpicos acontecerão nos períodos das 17h30min às 20h35min do dia 07 de setembro e das 19h30min às 22h00min do dia 18 de setembro, respectivamente. As diretrizes apresentadas a seguir se aplicam ao período que abrange 04 horas antes do início de cada cerimônia até 04 horas após o término da mesma. 4.3.1 Fluxos nas Interligações Recomenda-se manter disponibilidade de geração nas usinas do Sistema Interligado Nacional para fazer frente à rampa de carga após as referidas cerimônias. A geração do SIN tem que estar preparada para, em curtos intervalos de tempo, atender aos aumentos e reduções abruptas. Dentre os critérios de segurança diferenciados para os períodos especificados dos dias das cerimônias de abertura e para os dias das cerimônias de encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, o de perda dupla na interligação Norte/Sudeste consiste em adotar limites tais que a perda dupla de circuitos paralelos ao longo desta interligação não implique em sobrecarga de 30% para o circuito remanescente, a saber: - -1.700 MW Fluxo Norte Sul (FNS) 1.700 MW - -1.700 MW Fluxo Miracema Gurupi F(MC-GU) 1.700 MW - -1.700 MW Fluxo Colinas Miracema F(CO-MC) 1.700 MW - -1.700 MW Fluxo Itacaíunas-Imperatriz-Colinas F(IT-IZ-CO) 1.700 MW Em relação ao sistema de transmissão de 765 kv, recomenda-se manter o Fluxo de Potência da SE Ivaiporã para a SE Itaberá FSE, preferencialmente, em valores acima de 3000 MW, para minimizar a necessidade de abertura de 13 / 67

circuitos para controle de tensão e prover este tronco de segurança adicional em caso de contingências. A potência transmissível no Elo de Corrente Contínua associada à UHE Itaipu (Elo CC) deverá ser limitada em 5300 MW. Adicionalmente para os períodos de operação especial nos dias das cerimônias de abertura e nos dias das cerimônias de encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, nas etapas de programação e na operação em tempo real, serão adotados os limites e procedimentos estabelecidos na Instrução de Operação, do Modulo 10 dos Procedimentos de Rede, IO ON.SSE Instrução de Operação Normal da Interligação Sul Sudeste, para que o SIN suporte perda tripla em todos os trechos do sistema de 765 kv. O sistema de transmissão, associado ao Complexo de geração do rio Madeira, terá a soma resultante da potência do Elo CC do Madeira com o Back to Back e o TF13 limitada em 2500 MW, no período que abrange 04 horas antes do início de cada cerimônia até 04 horas após o término da mesma. 14 / 67

4.4 Diretrizes Específicas para dias de Jogos na Cidade-Sede do Rio de Janeiro A cidade do Rio de Janeiro está inserida na Malha Regional Metropolitana, cujo sistema de transmissão e subtransmissão, apresentado na Figura 4.4-1, possui como característica um importante parque de geração termelétrica a gás natural, o que torna o atendimento às cargas dessa região menos dependente de geração externa. Figura 4.4-1: Diagrama Unifilar da Malha de 500 e 345 kv de Atendimento à Área Rio de Janeiro TIJUCO PRETO CACHOEIRA PAULISTA USINAS DO RIO GRANDE ADRIANÓPOLIS 345/138 kv 4x225 MVA RESENDE 500/345 kv 3x560 MVA SÃO JOSÉ ITAIPU TAUBATÉ GRAJAÚ ANGRA UTE B. Fluminense 500/138 kv 2x250 MVA ZONA OESTE UNE ANGRA 1 UNE ANGRA 2 (2) VOLTA REDONDA 500/138 kv 1x900 MVA UTE Atlântico (TKCSA) 500/138 kv 4x600 MVA 500/138 kv 400 MVA (2) CASCADURA (2) 500/138 kv 4x600 MVA 230/138 kv 200 MVA (2) (4) NILO PEÇANHA Interligação RJ-SP COMPLEXO DE LAJES ELETROBOLT (4) (3) NA CASCADURA JACAREPAGUÁ SANTA CRUZ (2) (2) 345/138 kv 5x225 MVA PALMARES (2) LIGHT 500 kv 345 kv 230 kv 138 kv O suprimento às cargas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro é realizado através dos sistemas de transmissão de 500 kv e 345 kv, a partir das seguintes subestações de fronteira com a Rede Básica: SE Jacarepaguá 345/138 kv 15 / 67

5x225 MVA, SE Grajau 500/138 kv - 4x600 MVA, SE São José 500/138 kv 4x600 MVA e SE Zona Oeste 500/138 kv 1x900 MVA, todas de propriedade do agente Furnas, totalizando uma capacidade instalada de atendimento de 6.825 MVA. A partir destas subestações, se estende uma extensa rede em 138 kv do agente Light que atende cargas da cidade do Rio de Janeiro. A Figura 4.4-2 apresenta uma visão geral do atendimento à cidade do Rio de Janeiro, destacando o atendimento aos clusters olímpicos e aos aeroportos. Figura 4.4-2: Visão Geral do Atendimento aos Clusters Olímpicos no Rio de Janeiro Com relação à oferta de geração térmica na região metropolitana do Rio de Janeiro, o total instalado soma 1.794 MW e constitui um importante recurso para mitigar situações adversas decorrentes de emergências. A Tabela 4.4-1, a seguir, apresenta a potência instalada nas usinas térmicas. 16 / 67

Tabela 4.4-1: Potência Instalada nas Usinas Térmicas localizadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro Usina Tensão [kv] Combustível Potência Instalada [MW] Inflexibilidade [MW] UTE B. Lima Sobrinho 138 Gás Natural 386 0 UTE Santa Cruz (1) 138 Gás Natural 350 0 UTE G. Leonel Brizola 138 Gás Natural 1.058 100 Total 1.794 100 (1) As unidades geradoras n 1 e n 2 da UTE Santa Cruz estão com a operação suspensa pela ANEEL. Já as unidades n 3 e n 4 estão em fase de implantação de ciclo combinado (totalizando 510 MW sem previsão de entrada em operação). Vale mencionar que além da potência instalada informada na Tabela 4.4-1, ainda existem as usinas térmicas de Baixada Fluminense, Mario Lago, Norte Fluminense e as usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2. A Tabela 4.4-2, a seguir, apresenta a capacidade instalada dessas usinas térmicas. Tabela 4.4-2: Potência Instalada nas demais Usinas Térmicas no Estado do Rio de Janeiro Usina Tensão [kv] Combustível Potência Instalada [MW] Inflexibilidade [MW] UTN Angra 1 e 2 500 Nuclear 2.000 2.000 UTE B. Fluminense 500 Gás Natural 530 0 UTE N. Fluminense 345 Gás Natural 869 400 UTE M. Lago 345 Gás Natural 923 0 Total 4.322 2.400 Considerando que os meses de agosto e setembro se caracterizam em um cenário de hidrologia desfavorável, foi adotado o cenário de geração reduzida, da ordem de 25% da capacidade nominal, nas usinas hidráulicas conectadas à rede de 138 kv da área Rio de Janeiro, objetivando-se identificar as situações mais severas referentes ao desempenho da área. A Tabela 4.4-3, a seguir, apresenta a relação das usinas hidráulicas conectadas no estado do Rio de Janeiro que possuem reflexos na região metropolitana. 17 / 67

Tabela 4.4-3: Geração Hidráulica no Estado do Rio de Janeiro USINA POTÊNCIA NOMINAL [MW] USINA POTÊNCIA NOMINAL [MW] UHE Nilo Peçanha 380 UHE Funil 222 UHE Fontes Nova 132 UHE Ilha dos Pombos 180 UHE Pereira Passos 100 UHE Simplício 305 Total 1.319 Nas análises efetuadas foram considerados os valores esperados de carga para o mês de agosto de 2016 nos patamares de carga pesada/média e leve. A Figura 4.4-3, a seguir, apresenta a carga esperada para região do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Figura 4.4-3: Carga Esperada na Região do Rio de Janeiro e Espírito Santo MW 10000 8000 6000 4000 2000 0 Pesada/Média 8300 Leve 6300 Avaliou-se o desempenho da área considerando a conclusão das obras da LT 138 kv Santa Cruz ZIN Jacarepaguá, ou seja, a configuração definitiva referente a conexão da SE Zona Oeste 500/138 kv. A Figura 4.4-4 apresenta o diagrama unifilar do tronco de 138 kv Santa Cruz Jacarepaguá. 18 / 67

Figura 4.4-4: Diagrama Unifilar da Conexão da Transformação de Zona Oeste 500/138 kv 1x900 MVA no Tronco de 138 kv Santa Cruz Jacarepaguá ADRIANÓPOLIS 500/345 kv 3x560 MVA CACHOEIRA PAULISTA (3) (3) (2) 500/138 kv 4x600 MVA (3) UTN ANGRA 1 e 2 UTE (2) B. LIMA SÃO JOSÉ SOBRINHO ANGRA SANTA CRUZ ZIN 500/138 kv 1x900 MVA ZONA OESTE COSMOS JABOATÃO / LAMEIRÃO GRAJAÚ CAMARÁ OBRAS DE ADEQUAÇÃO LIGHT JACAREPAGUÁ T.45 T.54 T.68 T.82 (2) BRAHMA ARI FRANCO PADRE MIGUEL 345/138 kv 5x225 MVA UTE SANTA CRUZ LT 138 kv S.Cruz-ZIN-JP aberta na T.68 PACIÊNCIA CCD 1 ESPERANÇA NA (2) PALMARES MATO ALTO CACHAMORRA CCD 2 500 kv 345 kv 138 kv Com as LTs 138 kv Zona Oeste Jacarepaguá C1 e C2 fechadas na SE Jacarepaguá, observa-se uma significativa redução nos fluxos das transformações de Jacarepaguá 345/138 kv 5x225 MVA, Adrianópolis 500/345 kv 3x560 MVA e Grajaú 500/138 kv 4x600 MVA, dado que será possível contar com um novo ponto de suprimento para a área Rio de Janeiro. 4.4.1 Limites de FRJ O Fluxo para o Rio de Janeiro- FRJ é um importante parâmetro de medição do desempenho da área. A partir desse parâmetro são definidos os limites de importação da área. A relação dos pontos que formam o somatório da potência importada pela área RJ/ES (FRJ) é ilustrado na Figura 4.4.1-1, a seguir. 19 / 67

Figura 4.4.1-1: Fluxo para o Rio de Janeiro FRJ Na Tabela 4.4.1-1, a seguir, são apresentados os valores de FRJ esperados durante o período de realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, considerando uma geração termelétrica interna da ordem de 2.830 MW nos períodos de carga pesada e média e de 1.100 MW no período de carga leve. Tabela 4.4.1-1: Fluxo para o Rio de Janeiro e Espírito Santo FRJ Período de Carga FRJ [MW] Pesada/Média 4.000 Leve 3.700 Dentre as contingências consideradas, as perdas duplas mais severas que determinam o FRJ mais restritivo são mostradas na Tabela 4.4.1-2. Tabela 4.4.1-2: Valores de LRJ e FRJ Contingência LRJ 1 Referências de FRJ (MW) LRJ1 1 estágio LRJ1 2 estágio LT 500 kv Angra - São José e UTN Angra 2 LT 500 kv Angra - Cachoeira Paulista e UTN Angra 2 6.900 7.200 7.400 LTs 500 kv Angra - Zona Oeste e Angra - São José 20 / 67

Sendo assim, considerando o limite de FRJ de 6.900 MW, muito superior ao esperado para o período do evento, o sistema suporta, sem perda de carga, todas as contingências simples e duplas (falha de disjuntor ou faixa de passagem) de circuitos de 500 kv que derivam das subestações de Tijuco Preto, Cachoeira Paulista, Angra e Adrianópolis. 4.4.2 Análise de Desempenho A seguir será apresentado o desempenho previsto de cada transformação que atende a região metropolitana do Rio de Janeiro durante Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Também será mostrado o desempenho frente as perdas duplas das linhas de 500 kv que chegam nas SE Adrianópolis, SE Grajaú e SE São José. Perda de Transformadores Transformação 500/138 kv 4x600 MVA da SE São José Em relação a transformação 500/138 kv 4x600 MVA de São José, não são esperados carregamentos elevados em regime normal de operação. Na contingência de um transformador 500/138 kv 600 MVA da SE São José, considerando a geração térmica recomendada para o período, não são previstas sobrecargas inadmissíveis nos transformadores remanescentes. Caso venha ocorrer sobrecargas nessa transformação na perda de um dos transformadores dessa subestação, quando de despachos elevados na UTE Governador Leonel Brizola, poderá ser necessário fechar o barramento de 138 kv de São José de forma a redistribuir os fluxos entre os transformadores remanescentes e nas linhas de 138 kv da Light. Transformação 500/138 kv 4x600 MVA da SE Grajaú Em relação a transformação 500/138 kv 4x600 MVA de Grajaú, não são esperados carregamentos elevados em regime normal de operação. Na contingência de um transformador 500/138 kv 600 MVA da SE Grajaú, considerando a geração térmica recomendada para o período, não são previstas sobrecargas inadmissíveis nos transformadores remanescentes. A Tabela 4.4.2-1, a seguir, apresenta as medidas operativas adicionais para controle de carregamento na transformação 500/138 kv 4x600 MVA da SE Grajaú em situações de contingências. 21 / 67

Tabela 4.4.2-1: Medidas Operativas para Controle de Carregamento nos transformadores 500/138 kv 600 MVA da SE Grajaú Medidas Operativas para Controle de Carregamento na Transformação 500/138 kv 4x600 MVA da SE Grajaú Redespacho de geração nas usinas da área de influência. Radializar as cargas das SEs Boca do Mato e Piedade através da SE Cascadura 2. Radializar as cargas das SEs Barra, Barra 2, São Conrado e Porta D Água através da SE Terminal Sul, caso o fluxo esteja no sentido da SE Terminal Sul para a SE Jacarepaguá. Corte de carga na LIGHT, em até 10 minutos, conforme definição interna da LIGHT. Transformação 500/345 kv 3x560 MVA da SE Adrianópolis Em relação a transformação 500/345 kv 3x560 MVA da SE Adrianópolis, não são esperados carregamentos elevados em regime normal de operação. Na contingência de um transformador 500/345 kv 560 MVA da SE Adrianópolis, considerando a geração térmica recomendada para o período, não são previstas sobrecargas inadmissíveis nos transformadores remanescentes. A Tabela 4.4.2-2, a seguir, apresenta as medidas operativas adicionais para controle de carregamento na transformação 500/345 kv 3x560 MVA da SE Adrianópolis em situações de contingências. Tabela 4.4.2-2: Medidas Operativas para Controle de Carregamento nos transformadores 500/345 kv 560 MVA da SE Adrianópolis Medidas Operativas para Controle de Carregamento na Transformação 500/345 kv 3x560 MVA da SE Adrianópolis Redespacho de geração nas usinas da área de influência. Transformação 345/138 kv 5x225 MVA da SE Jacarepaguá Em relação a transformação 345/138 kv 5x225 MVA da SE Jacarepaguá, não são esperados carregamentos elevados em regime normal de operação. A entrada em operação da transformação 500/138 kv 900 MVA da SE Zona Oeste reduziu significativamente o carregamento na transformação 345/138 kv 5x225 MVA da SE Jacarepaguá, melhorando o desempenho em contingências simples de transformadores. 22 / 67

A Tabela 4.4.2-3, a seguir, apresenta as medidas operativas adicionais para controle de carregamento na transformação 345/138 kv 5x225 MVA da SE Jacarepaguá em situações de contingências. Tabela 4.4.2-3: Medidas Operativas para Controle de Carregamento nos transformadores 345/138 kv 225 MVA da SE Jacarepaguá Medidas Operativas para Controle de Carregamento na Transformação 345/138 kv 5x225 MVA da SE Jacarepaguá Redespacho de geração nas usinas da área de influência. Energizar os bancos de capacitores de 138 kv da SE Jacarepaguá (2 x 100 Mvar). Atuar no LTC dos transformadores 345/138 kv 225 MVA da SE Jacarepaguá. Remanejamento das cargas do tronco 138 kv Jacarepaguá - Santa Cruz para o tronco 138 kv Fontes Cascadura (Jaboatão e Lameirão). Radializar as cargas supridas pelos circuitos 1 e 2 da LT 138 kv Terminal Sul - Jacarepaguá, abrindo estes dois circuitos na SE Jacarepaguá. Maximizar o fluxo no transformador defasador 500/138 kv 400 MVA da SE Angra. Transformação 345/138 kv 4x225 MVA da SE Adrianópolis Em relação a transformação 345/138 kv 4x225 MVA da SE Adrianópolis, não são esperados carregamentos elevados em regime normal de operação. Na contingência de um transformador 345/138 kv 225 MVA da SE Adrianópolis, não são previstas sobrecargas inadmissíveis nos transformadores remanescentes. Transformação 500/138 kv 1x900 MVA da SE Zona Oeste Para controle de carregamento no transformador 500/138 kv 900 MVA da SE Zona Oeste não será necessária geração térmica em regime normal de operação e em contingências simples. Contingências duplas de linhas de 500 kv que chegam nas SE Adrianópolis, Grajaú e São José Perda Dupla das linhas de 500 kv que chegam na SE Adrianópolis Para um cenário de geração térmica reduzida (inflexibilidade), a perda dupla das LT 500 kv Adrianópolis Grajaú e LT 500 kv Adrianópolis São José pode acarretar sobrecargas inadmissíveis na transformação 500/345 kv 3x560 MVA da SE Adrianópolis. 23 / 67

Como forma de evitar sobrecargas inadmissíveis na transformação 500/345 kv 3x560 MVA da SE Adrianópolis, será necessário o despacho das UTE Norte Fluminense / Mário Lago (1.000 MW). Durante o período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, não é prevista a atuação do ECC-RIO de perda dupla na SE Adrianópolis 500 kv, desde que respeitada a geração térmica mínima recomendada. Perda Dupla das linhas de 500 kv que chegam na SE Grajaú Para um cenário de geração térmica reduzida (inflexibilidade), a perda dupla das LT 500 kv Grajaú Adrianópolis e LT 500 kv Grajaú Zona Oeste pode acarretar sobrecargas nas transformações 500/138 kv 1x900 MVA da SE Zona Oeste e 500/345 kv 3x560 MVA da SE Adrianópolis e sobrecargas no tronco de 138 kv Cascadura Jacarepaguá Grajaú e Nilo Peçanha Cascadura. Como forma de reduzir as sobrecargas mencionadas acima decorrentes da perda dupla das linhas de 500 kv que chegam na SE Grajaú será necessário o despacho de geração térmica das UTEs Barbosa Lima Sobrinho e Santa Cruz, nos períodos de carga pesada e média, conforme apresentado na Tabela 4.4.2-4. Para o período de carga leve, não é necessário o despacho de geração térmica das referidas UTEs. Tabela 4.4.2-4: Geração Térmica associada a perda dupla das linhas de 500 kv que chegam na SE Grajaú USINA GERAÇÃO [MW] EQUIPAMENTO UTE Barbosa Lima Sobrinho (antiga Eletrobolt) (*) 280 Transformação 345/138 kv 5x225 MVA da SE Jacarepaguá e LT 138 kv Cascadura Jacarepaguá UTE Santa Cruz (**) 250 Transformação 500/138 kv 1x900 MVA da SE Zona Oeste (*) Máxima geração a ser disponibilizada nos meses de Agosto e Setembro (35 MW por máquina). (**) O despacho de geração nessa usina eleva o carregamento da LT 138 kv Cascadura Jacarepaguá. Mesmo com o despacho de geração térmica disponível na área Rio de Janeiro, ainda são esperadas sobrecargas inadmissíveis em linhas de 138 kv da LIGHT, que podem levar a atuação do ECC-RIO da SE Grajaú. Para o período dos Jogos, os estágios J4-Parcial, J4-Total, J5 e J6 vão ser inibidos de forma a preservar um montante da ordem de 435 MW de carga na região Metropolitana do Rio de Janeiro. 24 / 67

Para isso, foi implementado um novo estágio (J0) à lógica do SEP, que promove o fechamento das LTs 138 kv Cascadura Grajaú C4 e C5 na SE Cascadura 2 quando de sobrecargas acima de 279 MVA na LT 138 kv Jacarepaguá Cascadura 1. Porém, ainda assim são esperadas sobrecargas remanescentes nas LTs 138 kv Jacarepaguá Cascadura 1, Grajaú Cascadura C4, Grajaú Cascadura C5, São José Cascadura C1 e São José Cascadura C2. Quando considerado também a atuação do estágio J1, com a mesma temporização de 6 segundos, e que efetua a abertura dos dois circuitos da LT 138 kv Jacarepaguá Zona Oeste na SE Jacarepaguá, e envia transfer trip para a abertura dos dois circuitos da LT 138 kv Santa Cruz ZIN na SE Santa Cruz, o carregamento da LT 138 kv Jacarepaguá Cascadura reduz, porém, aumenta o carregamento das LTs 138 kv Grajaú Cascadura C4, Grajaú Cascadura C5, São José Cascadura C1 e São José Cascadura C2. Logo, no período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, a atuação do estágio J1 também será inibida, ou seja, só haverá atuação do estágio J0. Ainda poderá ser necessário corte de carga manual no sistema da Light para controle de carregamento nas LTs 138 kv Jacarepaguá Cascadura, Grajaú Cascadura C4, Grajaú Cascadura C5, São José Cascadura C1 e São José Cascadura C2. Essas cargas foram informadas pela Light e encontram-se na Tabela 4.4.2-5, seguir, com os respectivos fatores de influência. Tabela 4.4.2-5: Relação das Subestações da Light para o Corte Manual de Carga Ordem de Corte Subestação Sensibilidade de Redução no Carregamento [MW] LT 138 kv Jacarepaguá Cascadura LT 138 kv Grajaú Cascadura C4 LT 138 kv Grajaú Cascadura C5 LT 138 kv São José Cascadura C1 ou C2 1 Nova Iguaçu 2,6 1,4 1,4 0,7 2 Mena Barreto 2,7 1,5 1,5 0,7 3 C. Soares 2,6 1,3 1,3 0,7 4 Pavuna 2,7 1,6 1,6 0,7 5 Boca do Mato 1,4 1,0 4,1 0,9 6 Rio Comprido 1,5 2,2 2,2 0,8 7 Leopoldo 1,5 2,2 2,2 0,8 8 Uruguai 1,5 2,2 2,2 0,8 9 Santo Antônio 1,5 2,2 2,2 0,8 10 Mackenzie (TF 1, 2 e 3 parcial) 1,5 2,2 2,2 0,8 11 Samaritano (TF 4 e 2 parcial) 1,5 2,2 2,2 0,8 Obs: Os valores apresentados correspondem à redução no carregamento da LT em MW referente ao corte de carga de 10 MW da referida subestação. 25 / 67

A geração das usinas do Complexo de Lajes e da UHE Funil minimiza as sobrecargas remanescentes nas LTs citadas anteriormente após a atuação do ECE-RIO da SE Grajaú (Estágio J0). Dessa forma, durante a ponta de carga, se possível, recomenda-se operar com a geração no complexo de Lages entre 70 e 90% da capacidade instalada. Perda Dupla das linhas de 500 kv que chegam na SE São José Para um cenário de geração térmica reduzida (inflexibilidade), a perda dupla das LT 500 kv São José Adrianópolis e LT 500 kv São José Angra, pode acarretar colapso de tensão no tronco de 138 kv entre Cascadura São José Triagem e sobrecargas inadmissíveis nas transformações de Adrianópolis 500/345 kv 3x560 MVA e 345/138 kv 4x225 MVA, na LT 138 kv Adrianópolis Magé C1 e C2, e na LT 138 kv Magé São José C1 e C2. De forma a eliminar as sobrecargas mencionadas acima e manter satisfatório o perfil de tensão no tronco de 138 kv, é esperada a atuação do ECC-RIO (Esquema de Conservação de Carga) associado a essa perda dupla da SE São José, através do corte de carga da ordem de 770 MW (505 MW na Light e 265 MW na Ampla). Como forma de reduzir significativamente o corte de carga decorrente da perda dupla das linhas de 500 kv que chegam na SE São José, será necessário o despacho de geração térmica das UTE Governador Leonel Brizola, UTE Barbosa Lima Sobrinho, e das UTE conectadas na SE Macaé, conforme apresentado na Tabela 4.4.2-6, a seguir. Tabela 4.4.2-6: Geração Térmica associada a perda dupla das linhas de 500 kv que chegam na SE São José GERAÇÃO [MW] USINA Carga Pesada/Média Carga Leve EQUIPAMENTO UTE Governador Leonel Brizola (antiga TermoRio) UTE Barbosa Lima Sobrinho (antiga Eletrobolt) (*) UTE Mário Lago e Norte Fluminense 1.000 700 280 0 1.300 400 Eliminar o risco de colapso de tensão no tronco de 138 kv São José Cascadura - Triagem Tronco de 138 kv Nilo Peçanha Cascadura e LTs 138 kv Grajaú Cascadura C1, C2 e C3 Transformações 500/345 kv 3x560 MVA e 345/138 kv 4x225 MVA da SE Adrianópolis (*) Máxima geração a ser disponibilizada nos meses de Agosto e Setembro (35 MW por máquina). 26 / 67

Considerando a geração térmica recomendada na Tabela 4.4.2-6, o ECC-RIO de perda dupla da SE São José deverá ser alterado, no sentindo de inibir o corte de cargas prioritárias, destacando-se a Linha 2 do Metrô, o Aeroporto Internacional (Galeão), o Estádio do Maracanã, o Estádio Olímpico e o Sambódromo. Na ocasião da Copa do Mundo FIFA 2014, foram instaladas chaves nas subestações de São José e Triagem de forma a permitir o bloqueio de trip dos disjuntores das LT 138 kv São José Cordovil, LT 138 kv Triagem Campo Marte e LT 138 kv Triagem Trovão. Ainda poderá ser necessário corte de carga na região de Imbariê e Magé, da ordem de 130 MW (via ECC-RIO), através da atuação dos estágios MG1 e MG2 para eliminar as sobrecargas no tronco de 138 kv São José Magé, mais especificamente na LT 138 kv Adrianópolis Magé C1 e C2. 4.4.3 Recomendações A seguir são listadas as diretrizes operativas para atendimento à Cidade-Sede do Rio de Janeiro: Para a carga pesada/média, manter uma geração térmica mínima de 2.830 MW, distribuída entre as usinas UTE Governador Leonel Brizola (1.000 MW), UTE Norte Fluminense e UTE Mario Lago (1.300 MW), UTE Barbosa Lima Sobrinho (280 MW) e UTE Santa Cruz (250 MW), a fim de minimizar/eliminar o corte de carga provocado pelas perdas duplas das linhas de 500 kv que chegam às subestações de São José, Grajaú e Adrianópolis. Para a carga leve, manter geração térmica de 1.110 MW, sendo 400 MW na UTE Norte Fluminense e UTE Mario Lago e 700 MW na UTE Governador Leonel Brizola. Manter um valor de FRJ abaixo de 6.900 MW, de forma que o sistema suporte todas as perdas duplas de circuitos de 500 kv que derivam das subestações de Tijuco Preto, Cachoeira Paulista, Angra e Adrianópolis. Caso ocorra a indisponibilidade durante os jogos de Angra 1 ou de Angra 2, o limite deverá ser reduzido, respectivamente, para valores abaixo de 6.400 MW ou de 6.600 MW. No caso da indisponibilidade de ambas usinas nucleares de Angra, o limite de FRJ deverá se reduzido para valores abaixo de 6.200 MW de forma a garantir os níveis de desempenho acima mencionados. Se possível, durante a ponta de carga, recomenda-se programar a geração no complexo de Lages e na UHE Funil entre 70 e 90% da capacidade instalada, sem, no entanto, prejudicar a otimização energética e as restrições impostas pela ANA. FURNAS, LIGHT e deverão providenciar as seguintes ações em relação aos Sistemas Especiais de Proteção (SEP) da Região Metropolitana do Rio de Janeiro: 27 / 67

- Desativar no ECC-RIO, associado à perda dupla da subestação de São José, o corte de carga de subestações prioritárias, tais como, Aeroporto Internacional, Metrô/Trem e instalações de Imprensa utilizando a chave 43 ON/OFF na SE São José e abertura de links de disparo dos circuitos 121 e 139 em Triagem, preservando um montante de carga de até 480 MW. - Inibir no ECC-RIO, associado a perda dupla de Grajaú, a atuação dos estágios J1, J1 Parcial, J1 Total, J4 Parcial e Total, J5 e J6 no período do evento em questão. - Manter ligado todos os SEPs ativos da Região Metropolitana, durante todo período dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. 4.4.4 Procedimentos para Controle de Tensão A seguir são estabelecidos os procedimentos a serem aplicados para controlar o perfil de tensão da rede de 500 e 345 kv de atendimento a região metropolitana do Rio de Janeiro. Destaca-se que o procedimento de controle de tensão de tensão está detalhado no Volume 4 do relatório de Diretrizes Operativas com Horizonte Quadrimestral. Períodos de carga pesada e média Adotar quando necessário as seguintes medidas para controle de tensão: Ligar todos os bancos de capacitores disponíveis e desligar todos os reatores que podem ser manobrados; Elevar a tensão de excitação nas usinas da LIGHT (Nilo Peçanha, Fontes, Pereira Passos e Ilha dos Pombos), nas usinas de FURNAS (Funil e Simplício) e nas UTNs Angra 1 e 2; Elevar a tensão de excitação nas UTEs Barbosa Lima Sobrinho (Eletrobolt), Mário Lago (Macaé Merchant), N. Fluminense, Santa Cruz, Governador Leonel Brizola (Termo Rio) e UTE Baixada Fluminense; Elevar as tensões de excitação das máquinas das usinas do Rio Grande; Elevar a tensão de operação dos barramentos de 500 kv de Tijuco Preto e Marimbondo e de Ibiúna 345 kv, procurando-se explorar a geração de reativo dos compensadores síncronos de Ibiúna e de Tijuco Preto; Se possível, aumentar a injeção pelo elo de corrente contínua e reduzir o recebimento pela Região Sudeste (RSE). 28 / 67

Períodos de carga leve e mínima No período de carga leve, algumas medidas poderão ser necessárias para manter as tensões da área dentro dos valores admissíveis, dentre as quais se destacam na sequência a seguir: Desligar todos os capacitores possíveis dos sistemas de Furnas, Light, Ampla e Escelsa. Poderá ser necessário manter ligados alguns capacitores na Escelsa para controle de geração do compensador síncrono de Vitória, bem como na LIGHT, para controle de tensão, nas subestações ZIN, Palmares e Volta Redonda (consumidores livres); Subexcitar as máquinas das usinas da área Rio de Janeiro/Espírito Santo e as máquinas das usinas da bacia do Rio Grande, incluindo Itutinga, Camargo e Funil Grande, e as usinas térmicas; Reduzir a geração das usinas hidráulicas e térmicas da área RJ/ES, mantendo a geração térmica mínima recomendada, e nas usinas de Itutinga, Camargos e Funil Grande; Manter a tensão no setor de 500 kv de Tijuco Preto em torno de 500 kv (100%); Ligar os reatores manobráveis das subestações de 500 kv de Adrianópolis, Cachoeira Paulista e Angra; Ligar os reatores manobráveis das subestações de 345 kv Adrianópolis, Angra, Macaé, Campos, Vitória, Viana e Ouro Preto. Para valores de FRJ abaixo de 3.500 MW, poderão ser necessárias medidas adicionais para controlar as tensões dentro dos valores admissíveis. Essas medidas sequenciais estão listadas a seguir: Atuar nos tapes da transformação de Jacarepaguá 345/138 kv, visando drenar o fluxo de potência reativa da rede de 345 kv para a rede de 138 kv, de modo a possibilitar a retirada dos bancos de capacitores das subestações de 138 kv de ZIN, Palmares e Volta Redonda, sem prejudicar o controle de tensão local, postergando a abertura de linhas de 500 kv; Atuar nos LTCs dos transformadores 500/345 kv de Adrianópolis no sentido de reduzir a tensão na rede de 500 kv. Caso ocorra sobretensão no tronco de 345 kv de Furnas Itutinga Adrianópolis mesmo depois de adotadas todas as medidas apresentadas acima, devem ser tomadas as medidas apresentadas a seguir. Esses procedimentos poderão ser tomados independentes da abertura dos dois circuitos conectados a SE Cachoeira Paulista. 29 / 67

Desligar um circuito da LT 345 kv Itutinga Adrianópolis para valores de fluxo abaixo de 300 MW em um dos circuitos da linha em questão. Abrir primeiro o terminal de Itutinga e em seguida o de Adrianópolis; Desligar um circuito da LT 345 kv Itutinga Furnas para valores de fluxo abaixo de 300 MW em um dos circuitos da linha em questão. Abrir primeiro o terminal de Itutinga e em seguida o de Furnas; Caso após a adoção dos procedimentos anteriores as tensões permaneçam acima das faixas permitidas, desligar a LT 500 kv Adrianópolis Cachoeira Paulista. Após esgotados todos os recursos de controle de tensão conforme procedimentos anteriores, e mesmo assim ocorrer violação de tensão, recomenda-se adotar o procedimento a seguir. Desligar a LT 500 kv Cachoeira Paulista - Tijuco Preto C1 ou C2 (preferencialmente o C2). 30 / 67

4.5 Diretrizes Específicas para os dias de Jogos de Futebol nas demais Cidades-Sede 4.5.1 Atendimento à Cidade-Sede de Brasília A cidade de Brasília sediará a realização de dez partidas de futebol dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, cujos períodos estão descritos na Tabela 4.5.1-1 a seguir. Tabela 4.5.1-1: Cronograma dos Jogos em Brasília Jogo Dia Hora Primeira Fase - Iraque x Dinamarca Masculino Quinta-feira, 04 de agosto 13:00-15:00 Primeira Fase - Brasil x África do Sul Masculino Quinta-feira, 04 de agosto 16:00-18:00 Primeira Fase - Dinamarca x África do Sul Masculino Domingo, 07 de agosto 19:00-21:00 Primeira Fase - Brasil x Iraque Masculino Domingo, 07 de agosto 22:00-00:00 Primeira Fase - Alemanha x Canadá Feminino Terça-feira, 09 de agosto 16:00-18:00 Primeira Fase - China x Suécia Feminino Terça-feira, 09 de agosto 22:00-00:00 Primeira Fase - Argentina x Honduras Masculino Quarta-feira, 10 de agosto 13:00-15:00 Primeira Fase - Coreia x México Masculino Quarta-feira, 10 de agosto 16:00-18:00 Quarta de Final Feminino Sexta-feira, 12 de agosto 13:00-15:00 Quarta de Final Masculino Sábado, 13 de agosto 13:00-15:00 O suprimento às cargas de Brasília pela Rede Básica é realizado a partir das subestações de fronteira com a Rede Básica, destacando: SE Brasília Sul 345/138 kv - 6 x 150 MVA, SE Samambaia 345/138 kv - 4 x 225 MVA e SE Brasília Geral 230/34,5 kv - 5 x 60 MVA. Complementam o atendimento à Brasília, as UHEs Corumbá 3 e Corumbá 4, conectadas à SE Brasília Sul e à SE Samambaia, além da PCH Paranoá, conectada à região central. A Figura 4.5.1-1, a seguir, apresenta a atual configuração do sistema de distribuição em 138 kv da CEB. 31 / 67

Figura 4.5.1-1: Sistema de Distribuição em 138 kv da CEB O sistema de suprimento ao Estádio Nacional Mané Garrincha e ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck é apresentado na Figura 4.5.1-2. A alimentação principal do Estádio Nacional Mané Garrincha é realizada por dois circuitos expressos de 13,8 kv a partir da subestação Estádio Nacional 138/13,8 kv - 2 x 32 MVA, e a alimentação secundária é via a SE Sudoeste, também por um circuito expresso. Ressalta-se que a transferência entre os dois circuitos paralelos derivados da subestação Estádio Nacional é automática, mas a transferência para a alimentação reserva via SE Sudoeste é por telecomando. O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck é alimentado por duas subestações distintas da rede de 138 kv da CEB, Ceilândia Sul e Riacho Fundo, cujas as fontes de alimentação via Rede Básica são as subestações 345/138 kv de Brasília Sul e Samambaia, respectivamente. A alimentação reserva do aeroporto é derivada da subestação de 34,5 kv SE-05, cuja fonte de suprimento via Rede Básica é a subestação Brasília Geral. Entretanto, ressalta-se que a transferência para a alimentação reserva é feita manualmente. 32 / 67

Figura 4.5.1-2: Suprimento ao Aeroporto Internacional e ao Estádio Nacional Mané Garrincha A seguir são listadas as diretrizes operativas para atendimento à Cidade-Sede de Brasília: O suprimento à região metropolitana de Brasília atualmente é adequado, suportando todas as contingências simples de linhas de transmissão para um fluxo de Serra da Mesa (FSM) de no máximo 5.100 MW, considerando no mínimo duas máquinas sincronizadas na UHE Serra da Mesa. No cenário Sudeste Exportador, recomenda-se adotar os limites vigentes. Manter em operação o SEP implantado na SE Brasília Sul para a perda dupla da LT 345 kv Brasília Sul Samambaia, o qual foi adequado para contemplar a perda tripla dos circuitos desta linha. Recomenda-se a FURNAS, CEB e manter em operação o SEP existente de controle de sobrecarga da transformação de Brasília Sul. Recomenda-se a CEB manter em operação o SEP de corte de carga não prioritária em Brasília Norte para controlar sobrecarga no circuito remanescente para a perda dupla de dois dos três circuitos da LT 138 kv Brasília Sul - Brasília Norte. 33 / 67

A perda dos circuitos da LT 230 kv Brasília Sul - Brasília Geral é uma contingência dupla de grande severidade atualmente, devido à característica de atendimento radial. Porém, com a antecipação da entrada em operação do terceiro circuito desta linha não são verificados problemas de sobrecargas no circuito remanescente para essa perda dupla. Com a entrada do quarto transformador 345/138 kv - 225 MVA da SE Samambaia, previsto para o dia 24 de julho, não são verificados problemas de sobrecarga em contingências simples nesta transformação. Os procedimentos para controle de tensão estão contidos nas Instruções de Operação Normal do Manual de Procedimentos da Operação (MPO), do Módulo 10 dos Procedimentos de Rede, relativo ao sistema de suprimento à cidade de Brasília. 34 / 67

4.5.2 Atendimento à Cidade-Sede de São Paulo A cidade de São Paulo sediará a realização de dez partidas de futebol dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, cujos períodos estão descritos na Tabela 4.5.2-1, a seguir. Tabela 4.5.2-1: Cronograma dos Jogos em São Paulo Jogo Dia Hora Primeira Fase - Canadá x Austrália Feminino Quarta-feira, 03 de agosto 15:00-17:00 Primeira Fase - Zimbábue x Alemanha Feminino Quarta-feira, 03 de agosto 18:00-20:00 Primeira Fase - Canadá x Zimbábue Feminino Sábado, 06 de agosto 15:00-17:00 Primeira Fase - Alemanha x Austrália Feminino Sábado, 06 de agosto 18:00-20:00 Primeira Fase - Colômbia x Nigéria Masculino Quarta-feira, 10 de agosto 19:00-21:00 Primeira Fase - África do Sul x Iraque Masculino Quarta-feira, 10 de agosto 22:00-00:00 Quarta de Final Feminino Sexta-feira, 12 de agosto 19:00-21:00 Quarta de Final Masculino Sábado, 13 de agosto 22:00-00:00 Semifinal Masculino Quarta-feira, 17 de agosto 16:00-18:00 Final de Bronze - Cerimônia de Premiação Feminino Sexta-feira, 19 de agosto 13:00-16:00 O sistema de atendimento à região metropolitana de São Paulo é apresentado na Figura 4.5.2-1. 35 / 67

Figura 4.5.2-1: Sistema Atual de Atendimento à Malha Regional Metropolitana de São Paulo Os sistemas de suprimento aos aeroportos de Guarulhos e Congonhas, bem como da Arena Itaquera são apresentados nas Figuras 4.5.2-2 a 4.5.2-4. O Aeroporto de Guarulhos é atualmente conectado em dupla derivação do circuito duplo da LT 138 kv Mairiporã Santo Ângelo. A contingência dupla da LT 138 kv Mairiporã Santo Ângelo implica em interrupção temporária da carga da SE Aeroporto de Guarulhos. Neste caso, recomenda-se manter em operação as 4 chaves com comando remoto em torres adjacentes à torre de derivação do ramal que alimenta o Aeroporto de Guarulhos dessa linha de transmissão, com objetivo de isolar o trecho em defeito e garantir o suprimento do aeroporto pela SE Mairiporã ou pela SE Santo Ângelo. 36 / 67

Figura 4.5.2-2: Configuração Atual para Atendimento ao Aeroporto de Guarulhos O atendimento ao Aeroporto de Congonhas é realizado por duas alimentações na tensão de 13,8 kv, provenientes de subestações 88/13,8 kv que seccionam a LT 88 kv Sul Bandeirantes 3 e 4, sendo duas alimentações independentes em 88 kv, ETD Canaã 88/13,8 kv (fonte preferencial) e ETD Planalto Paulista 88/13,8 kv (fonte alternativa - prontidão), com transferência automática, realizada na própria cabine do cliente, sem intervenção da AES Eletropaulo, em caso de contingência. Figura 4.5.2-3: Configuração Atual para Atendimento ao Aeroporto de Congonhas 37 / 67

A Arena Itaquera será atendida por duas transformações de fronteira com a Rede Básica (SEs 345/88 kv Norte e Nordeste, ambas da ISA CTEEP) e por duas alimentações independentes em 88 kv, ETD Itaquera 88/13,8 kv (fonte preferencial) e ETD Monte Santo 88/13,8 kv (fonte alternativa prontidão). No sentido de obter-se aumento de confiabilidade no suprimento à Arena Itaquera, a subestação ETD Itaquera 88/13,8 kv, fonte preferencial de atendimento ao estádio, deverá ser suprida pela SE 345/88 kv Nordeste, enquanto à subestação EDT Monte Santo será alimentada pela SE Norte 345/88 kv. Nessa configuração, contingências duplas no sistema de transmissão em 345 kv de suprimento à SE Norte não irão interromper o fornecimento de energia ao Estádio. Figura 4.5.2-4: Configuração para Atendimento à Arena Itaquera A seguir são listadas as diretrizes operativas para atendimento à Cidade-Sede de São Paulo: Tendo em vista que as usinas de Euzébio da Rocha e Fernando Gasparian não impactam o desempenho da região metropolitana de São Paulo, não se prevê geração térmica por razões elétricas para essa cidade-sede de jogos de futebol. Recomenda-se que a CTEEP mantenha em operação o SEP para controle de carregamento no circuito remanescente da LT 345 kv Tijuco Preto Leste, para fazer face à perda dupla de circuitos desta linha, o qual já se encontra em operação. Recomenda-se que a CTEEP mantenha em operação o SEP para controle de carregamento no circuito remanescente da LT 345 kv Xavantes Bandeirantes, para fazer face à perda dupla de circuitos desta linha, no período das 00h00min 38 / 67

do dia 01/08 às 24h00min do dia 22/08, estando habilitado para corte os circuitos C1 e C2 da LT 88 kv Bandeirantes Piratininga II. Recomenda-se que a CTEEP mantenha em operação os SEP de fechamento dos barramentos de 88 kv das SE Norte e SE Sul, de forma que as referidas transformações 345/88 kv 4 x 400 MVA passem a suportar perda simples de transformador. Recomenda-se que a CTEEP mantenha em operação os demais SEP da região Metropolitana de São Paulo. Não é esperado que a contingência da LT 345 kv Baixada Santista - Sul ou da LT 345 kv Embu Guaçu - Sul implique em sobrecarga, na LT 345 kv Embu Guaçu - Sul ou na LT 345 kv Baixada Santista Sul, respectivamente. Porém, se for verificada sobrecarga em tempo real, recomenda-se que a AES- Eletropaulo efetue remanejamento de carga via sistema de subtransmissão de 88 kv. As contingências duplas listadas a seguir implicam na interrupção total de fornecimento. Neste caso, recomenda-se que a AES-Eletropaulo efetue remanejamento de carga via sistema de subtransmissão de 88 kv, no póscontingência. - Perda dupla da LT 345 kv Leste Ramon Rebert Filho; - Perda dupla da LT 345 kv Baixada Santista Sul e LT 345 kv Sul Embu Guaçu; - Perda dupla da LT 345 kv Guarulhos Norte; - Perda dupla da LT 345 kv Norte Miguel Reale; - Perda dupla da LT 345 kv Interlagos Piratininga II; - Perda dupla da LT 230 kv Edgard de Souza Pirituba; - Perda dupla da LT 230 kv Anhanguera Centro ETR; - Perda dupla da LT 230 kv Centro ETR Centro (cabos subterrâneos). Os procedimentos para controle de tensão estão contidos nas Instruções de Operação Normal do Manual de Procedimentos da Operação (MPO), do Módulo 10 dos Procedimentos de Rede, relativo ao sistema de suprimento à cidade de São Paulo. 39 / 67

4.5.3 Atendimento à Cidade-Sede de Belo Horizonte A cidade de Belo Horizonte sediará a realização de dez partidas de futebol dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, cujos períodos estão descritos na Tabela 4.5.3-1. Tabela 4.5.3-1: Cronograma dos Jogos em Belo Horizonte Jogo Dia Hora Primeira Fase - Estados Unidos x Nova Zelândia Feminino Quarta-feira, 03 de agosto 19:00-21:00 Primeira Fase - França x Colômbia Feminino Quarta-feira, 03 de agosto 22:00-00:00 Primeira Fase - Estados Unidos x França Feminino Sábado, 06 de agosto 17:00-19:00 Primeira Fase - Colômbia x Nova Zelândia Feminino Sábado, 06 de agosto 20:00-22:00 Primeira Fase - Argélia x Portugal Masculino Quarta-feira, 10 de agosto 13:00-15:00 Primeira Fase - Alemanha x Fiji Masculino Quarta-feira, 10 de agosto 16:00-18:00 Quarta de Final Feminino Sexta-feira, 12 de agosto 22:00-00:00 Quarta de Final Masculino Sábado, 13 de agosto 19:00-21:00 Semifinal Feminino Terça-feira, 16 de agosto 16:00-18:00 Final de Bronze - Cerimônia de Premiação Masculino Sábado, 20 de agosto 13:00-15:30 O suprimento às cargas do sistema de 138 kv da malha regional Metropolitana de Belo Horizonte pela Rede Básica é realizado através das subestações de fronteira de 500 kv Vespasiano 2 e Neves 1, bem como das subestações de fronteira de 345 kv Barreiro 1, Taquaril e Sete Lagoas 4. Complementam o atendimento à região, as usinas termelétricas de Ibirité (Aureliano Chaves) e Igarapé, conectadas à rede de 138 kv. O sistema de suprimento à cidade de Belo Horizonte é apresentado na Figura 4.5.3-1, a seguir. 40 / 67

Figura 4.5.3-1: Sistema de Atendimento à Região Metropolitana de Belo Horizonte O sistema de suprimento ao estádio Governador Magalhães Pinto Mineirão e ao aeroporto de Confins é apresentado na Figura 4.5.3-2. O estádio Governador Magalhães Pinto - Mineirão será abastecido com redundância na rede de distribuição da Cemig-D. A alimentação preferencial será realizada por meio de um alimentador expresso subterrâneo proveniente da subestação Maracanã. É possível contar ainda com um sistema automatizado de chaveamento, para energização da segunda fonte de suprimento com alimentador proveniente da subestação Pampulha. Nessa configuração o sistema suporta contingências simples sem qualquer prejuízo ao suprimento ao estádio. O aeroporto de Confins também será atendido por dupla fonte de alimentação através de circuitos aéreos, quais sejam, Lagoa Santa e Nova Granja. Em caso de bloqueio de um dos alimentadores, o sistema de automação do próprio aeroporto remaneja as cargas interrompidas para o alimentador que permanece ligado. Além da 41 / 67

transferência automática interna feita pelo cliente, no ponto de entrega, há três religadores telecontrolados e supervisionados pelo Centro de Operação, que possibilitam a transferência para o alimentador da SE Pedro Leopoldo 3, em caso de uma segunda contingência. O tempo estimado de manobra é de 5 minutos. Figura 4.5.3-2: Diagrama Unifilar de Suprimento ao Estádio Governador Magalhães Pinto e ao Aeroporto de Confins Tendo em vista a elevada carga da região Metropolitana de Belo Horizonte, o parque gerador interno à área, cujas usinas e respectivas potências instaladas são apresentadas na Tabela 4.5.3-2, não é suficiente para o pleno atendimento do mercado, o que torna a área dependente da geração externa advinda das malhas de 500 kv e 345 kv, reduzindo a confiabilidade de atendimento aos consumidores da região. 42 / 67

Tabela 4.5.3-2: Parque Gerador Interno à Região Metropolitana de Belo Horizonte Usina Potência Instalada (MW) UTE Aureliano Chaves (Ibirité) - gás natural 164 UTE Aureliano Chaves (Ibirité) vapor 84 UTE Igarapé 131 Total 379 A região Metropolitana de Belo Horizonte integra a região Central de Minas Gerais que também é composta por outros centros de carga interligados entre si nas regiões Leste, Mantiqueira (Sudeste), Norte e Oeste Gafanhoto. Analogamente à região Metropolitana, as demais malhas regionais suprem demandas elevadas, de modo que o parque gerador interno às mesmas, composto em sua maioria por usinas hidráulicas, não é suficiente para o pleno atendimento do mercado, o que torna a região Central como um todo, dependente da geração externa advinda das malhas de 500 kv e 345 kv, de modo que o desempenho da área é bastante influenciado pelo perfil de tensão e fluxo oriundo dessas malhas. Uma vez que o suprimento à região Central da área Minas Gerais é fortemente influenciado pelos fluxos provenientes das malhas de 500 kv e 345 kv de escoamento das gerações das usinas das bacias dos rios Paranaíba e Grande, principalmente no aspecto relativo ao controle de tensão, a mesma tem seu desempenho parametrizado principalmente pelo Fluxo Minas Gerais (FMG), o qual é definido pelo somatório das seguintes grandezas. - Fluxo de potência ativa na LT 500 kv Jaguara - Bom Despacho 3 C1 e C2, neste sentido; - Fluxo de potência ativa na LT 500 kv Emborcação - São Gotardo 2, neste sentido; - Fluxo de potência ativa na LT 500 kv Nova Ponte - São Gotardo 2, neste sentido, - Fluxo de potência ativa na LT 500 kv Paracatu 4 Pirapora 2, neste sentido; - Fluxo de potência ativa na LT 500 kv Luziânia Pirapora 2, neste sentido; - Fluxo de potência ativa na LT 345 kv Jaguara Pimenta C1 e C2, neste sentido; - Fluxo de potência ativa na LT 345 kv Furnas - Pimenta C1 e C2, neste sentido; - Fluxo de potência ativa na LT 345 kv Itutinga - Juiz de Fora 1, neste sentido; 43 / 67

- Fluxo de potência ativa na LT 138 kv Coromandel Vazante, neste sentido; - Fluxo de potência ativa na LT 138 kv Itutinga São João Del Rey 1 tape Bozel, neste sentido; - Fluxo de potência ativa na LT 138 kv UH Itutinga São João Del Rey 1, neste sentido; - Fluxo de potência ativa no TR Paracatu 4 500/138 kv 2x300 MVA, neste sentido. Figura 4.5.3-3: Fluxo para Minas Gerais (FMG) A seguir são listadas as diretrizes operativas para atendimento à Cidade-Sede de Belo Horizonte: Nas etapas de programação e operação em tempo real, recomenda-se controlar o Fluxo Minas Gerais (FMG) em valor menor ou igual a 6000 MW, cujo objetivo é evitar que a perda dupla da LT 500 kv Bom Despacho 3 Neves 1 C1 e C2 implique subtensão inadmissível em subestações e sobrecarga em equipamentos na região Central de Minas Gerais, com riscos de desligamentos em cascata e consequente perda descontrolada de carga na área. Para atendimento à restrição do FMG, será necessário contar com uma geração interna elevada na área Minas Gerais. No entanto, em função da probabilidade de baixas afluências nas usinas hidráulicas da região durante o período de 44 / 67

realização dos jogos, poderá ser adotada otimização diária, de modo a elevar a geração interna no período de operação especial. Caso não seja possível a adoção da medida anteriormente mencionada, poderá ser necessário despacho de geração térmica por razões de segurança elétrica, tais como a termelétrica Aureliano Chaves, as usinas Mário lago e Norte Fluminense, bem como as usinas Sol, Linhares e Viana. De forma a controlar o FMG, recomenda-se redespachar as usinas mais influentes, de acordo com os fatores descritos na Tabela 4.5.3-3. Tabela 4.5.3-3: Fatores de influência para controle do FMG Usina Fator de influência Irapé -93% Sobragi -93% Três Marias -92% UTE Igarapé -92% UTE Aureliano Chaves -91% Guilman Amorim -88% Porto Estrela -87% Baguari -83% Mascarenhas -70% UTE Viana -62% UTE Linhares -60% UTE Norte Fluminense -30% UTE Mario Lago -30% UTE Leonel Brizola -7% UTE Santa Cruz -7% UTE B. L. Sobrinho -7% Igarapava -2% Miranda 0% Salto Grande 0% Amador Aguiar 2 2% Amador Aguiar 1 4% Furnas 5% L. C. Barreto 5% Emborcação 6% Nova Ponte 6% 45 / 67

De forma a prover segurança adicional para área Minas Gerais, na possibilidade de ocorrência da perda dupla citada, recomenda-se a ativação da proteção de subtensão nos Consumidores Livres da região Central de Minas Gerais, no período das 00h00min do dia 01/08 às 24h00min do dia 22/08. Recomenda-se à CEMIG-GT e CEMIG-D adotar medidas operativas para eliminar sobrecargas em linhas de 138 kv em situações de contingências simples, de maneira a não inviabilizar a operação com despacho pleno nas usinas térmicas da região Metropolitana de Belo Horizonte e da área Rio de Janeiro/Espírito Santo, necessárias para reduzir os valores de FMG. Os procedimentos para controle de tensão estão contidos nas Instruções de Operação Normal do Manual de Procedimentos da Operação (MPO), do Módulo 10 dos Procedimentos de Rede, relativo ao sistema de suprimento à cidade de Belo Horizonte. 46 / 67

4.5.4 Atendimento à Cidade-Sede de Salvador A cidade de Salvador sediará a realização de dez partidas de futebol dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, cujos períodos estão descritos na Tabela 4.5.4-1. Tabela 4.5.4-1: Cronograma dos Jogos em Salvador Jogo Dia Hora Primeira Fase - México x Alemanha Masculino Quinta-feira, 04 de agosto 17:00-19:00 Primeira Fase - Fiji x Coreia Masculino Quinta-feira, 04 de agosto 20:00-22:00 Primeira Fase - Fiji x México Masculino Domingo, 07 de agosto 13:00-15:00 Primeira Fase - Alemanha x Coreia Masculino Domingo, 07 de agosto 16:00-18:00 Primeira Fase - Austrália x Zimbábue Feminino Terça-feira, 09 de agosto 16:00-18:00 Primeira Fase - Nova Zelândia x França Feminino Terça-feira, 09 de agosto 19:00-21:00 Primeira Fase - Japão x Suécia Masculino Quarta-feira, 10 de agosto 19:00-21:00 Primeira Fase - Dinamarca x Brasil Masculino Quarta-feira, 10 de agosto 22:00-00:00 Quarta de Final Feminino Sexta-feira, 12 de agosto 16:00-18:00 Quarta de Final Masculino Sábado, 13 de agosto 16:00-18:00 O atendimento de energia elétrica à área metropolitana de Salvador, incluindo as cargas do polo petroquímico de Camaçari, é realizado principalmente pelas linhas de transmissão em 500 kv e 230 kv ligadas ao complexo de geração de Paulo Afonso, Luiz Gonzaga e Xingó. Além destas linhas, a interligação Sudeste- Nordeste, através da LT 500 kv Sapeaçu-Camaçari II, também constitui em fonte de suprimento às cargas da região metropolitana de Salvador. As subestações de Camaçari II e Camaçari IV são responsáveis pelo atendimento das cargas de toda área metropolitana de Salvador, além das cargas do Pólo Petroquímico de Camaçari e do Complexo Industrial de Aratu. Da subestação de Camaçari II partem 3 circuitos em 230 kv para as SEs Cotegipe, Pituaçu e Matatu, e da SE Camaçari IV partem 4 circuitos em 230 kv para as SEs Jacaracanga, Cotegipe e Pituaçu. Da SE Pituaçu partem dois circuitos em 230 kv para SE Narandiba. Além destas linhas, há um fechamento de anel interno a estas subestações através das LT 230 kv Jacaracanga-Cotegipe e da LT 230 kv Cotegipe-Pituaçu-Matatu. A Figura 4.5.4-1, a seguir, apresenta o mapa eletrogeográfico da Bahia com destaque para a região metropolitana. 47 / 67

Figura 4.5.4-1: Mapa Eletrogeográfico da Área Sul do Sistema Nordeste Região Metropolitana de Salvador no Detalhe A região de Salvador possui um parque térmico da ordem de 1.000 MW, que poderá ser despachado plenamente nos períodos de operação especial, eliminando o efeito adverso da maioria das contingências duplas e, consequentemente, aumentando a confiabilidade no atendimento dessa cidade. A Tabela 4.5.4-2 apresenta a geração térmica existente na região metropolitana de Salvador. 48 / 67

Tabela 4.5.4-2: Geração Térmica Existente na Região Metropolitana de Salvador Usina Potência Instalada (MW) Combustível Celso Furtado 1 x 173 173 Gás Camaçari 1 x 67 67 Gás/Óleo Muricy 8 x 18,5 148 Óleo Arembepe 60 x 2,5 150 Óleo Global I 60 x 2,48 148,8 Óleo Global II 60 x 2,48 148,8 Óleo Bahia I 1 x 31 31 Óleo Rômulo Almeida 2 x 26,7, 1 x 28,6 e 1 x 56,02 138 Gás Total 1.004,6 MW A carga da região metropolitana de Salvador é suprida pelas SE Matatu, Pituaçu, Narandiba, Cotegipe, Jacaracanga e Camaçari II, bem como pela geração térmica instalada na área elétrica de influência de Salvador. Em relação à Arena Fonte Nova e ao Aeroporto Luís Eduardo Magalhães, o sistema de atendimento é capaz de suportar qualquer contingência simples na rede de 69 kv e 11,9 kv sem perda da carga. O estádio dispõe de duas fontes de alimentação sendo que a preferencial é via a SE Fonte Nova e ainda possui um sistema de chaveamento automático para a segunda fonte de alimentação pela SE Federação. A Figura 4.5.4-2, a seguir, ilustra o atendimento ao estádio e aeroporto. 49 / 67

Figura 4.5.4-2: Diagrama Unifilar das Instalações Fundamentais Incluindo Atendimento ao Estádio e ao Aeroporto A seguir são listadas as diretrizes operativas para atendimento à Cidade-Sede de Salvador: Se houver sobrecarga em regime normal nos transformadores 230/69 kv da SE Cotegipe, deverá ser solicitada a transferência de carga da SE Cotegipe para outros pontos de suprimento da Rede Básica. Se houver sobrecarga em regime normal nos transformadores 230/69 kv da SE Pituaçu, deverá ser solicitada a transferência de carga da SE Pituaçu para outros pontos de suprimento da Rede Básica. A CHESF deverá manter em operação os bancos de capacitores de 69 kv das SE Cotegipe, Pituaçu e Matatu, com o objetivo de reduzir as sobrecargas em caso de contingência simples em transformadores 230/69 kv destas subestações. 50 / 67

Recomenda-se a Coelba avaliar a possibilidade de transferência prévia de cargas da SE Cotegipe para outros pontos de suprimento da Rede Básica, com o objetivo de evitar sobrecarga em condição normal de operação e o desligamento das cargas desta subestação, em caso de contingência simples em transformador 230/69 kv. A perda simples de um dos transformadores 230/11,9 kva 40 MVA da SE Matatu implicará na interrupção temporária das cargas derivadas do barramento de 11,9 kv, devido ao fato das barras de 11,9 kv serem operadas separadas. A operação deverá interligar os barramentos de 11,9 kv da SE Matatu e restabelecer as cargas através do transformador 230/11,9 kva 40 MVA que permanecer em operação. Com a entrada em operação do transformador 230/69 kv 100 MVA da SE Pólo, foram transferidas cargas do setor de 69 kv da SE Camaçari II para esta subestação. Em caso de contingência simples no transformador 230/69 kv 100 MVA da SE Pólo, haverá interrupção de todas as cargas desta subestação. Neste caso, recomenda-se efetuar remanejamento de carga para a SE Camaçari II. A perda dupla em 230 kv Pituaçu - Narandiba C1 e C2 provoca a interrupção total das cargas derivadas da SE Narandiba 230/69 kv, da ordem de 7% da Região Metropolitana de Salvador. Entretanto, a totalidade das cargas poderá ser remanejada para outros pontos de suprimento da Rede Básica. Cabe ressaltar, que o seccionamento da LT 69 kv Matatu Pituaçu na SE Narandiba 69 kv, atualmente previsto para outubro de 2016, poderia evitar o referido corte de carga. A perda dupla em 230 kv Camaçari IV Pituaçu C1 e Camaçari II Pituaçu C2 poderá implicar em carregamentos na LT 230 kv Camaçari II-Matatu acima do limite de longa duração desta LT e na LT 230 kv Cotegipe-Pituaçu-Matatu acima do fator térmico do TC desta LT. Em caso de indisponibilidade das referidas linhas, recomenda-se remanejar as cargas das SE Pituaçu e Narandiba para outros pontos de suprimento da Rede Básica. A perda dupla da LT 230 kv Governador Mangabeira Tomba implicará na interrupção de toda carga da SE Tomba, incluindo a carga referente às instalações de tratamento de água para a cidade de Salvador. Neste caso, recomenda-se remanejar carga via sistema de subtransmissão, se possível. A contingência dupla mais severa para a região metropolitana de Salvador consiste na perda dos circuitos de 500 kv Olindina - Camaçari II C1 e C2. Para que o sistema atenda esta contingência sem perda de carga deverão ser adotados os seguintes procedimentos: - Manter as tensões no setor de 500 kv das SE Camaçari II, Camaçari IV, Jardim e Sapeaçu nos níveis mais elevados possíveis; 51 / 67

- Energizar o maior número possível de bancos de capacitores e desligar reatores, inclusive de 500 kv, da área Sul da região Nordeste; - Manter uma disponibilidade de potência reativa capacitiva de, no mínimo, 500 Mvar, proveniente dos compensadores síncronos e geradores disponíveis da área; - Manter o seguinte despacho de geração em função da demanda da área Sul da região Nordeste (DSUL), conforme mostrado na Tabela 4.5.4-3, nas usinas hidráulicas Pedra do Cavalo e Itapebi, e nas usinas térmicas Celso Furtado, Camaçari, Muricy, Arembepe, Global I e II, Bahia I e Rômulo Almeida. Tabela 4.5.4-3: Geração Hidráulica e Térmica Recomendada para Atendimento a Salvador DSUL (MW) FSENE (MW) ou F(BJD-ICA) (1) Geração Hidráulica (MW) Geração Térmica (MW) Entre 4.000 e 4.200 Entre 400 e 800 610 1.000 Entre 3.700 e 4.000 Entre 400 e 800 500 1.000 Entre 3.500 e 3.700 Entre 400 e 800 500 700 Entre 3.300 e 3.500 Entre 400 e 800 300 600 Entre 3.000 e 3.300 Entre 400 e 800 300 400 Entre 2.800 e 3.000 Entre 400 e 800 300 200 Entre 2.600 e 2.800 Entre 400 e 800 300 0 (zero) Entre 2.400 e 2.600 Entre 400 e 800 150 0 (zero) Inferior a 2.400 Entre 400 e 800 0 (zero) 0 (zero) Entre 3.500 e 4.000 Entre 800 e 1.000 610 1.000 Entre 3.500 e 3.700 Entre 800 e 1.000 500 900 Entre 3.300 e 3.500 Entre 800 e 1.000 500 700 Entre 3.000 e 3.300 Entre 800 e 1.000 300 600 Entre 2.800 e 3.000 Entre 800 e 1.000 300 400 Entre 2.600 e 2.800 Entre 800 e 1.000 300 200 Entre 2.400 e 2.600 Entre 800 e 1.000 150 0 Inferior a 2.400 Entre 800 e 1.000 0 0 Obs: A redução de 100 MW na geração térmica implica necessidade de elevação de 180 MW na UHE Itapebi, ou a redução de 100 MW na UHE Itapebi implica necessidade de elevação de 60 MW na geração térmica. Para valores de FSENE inferiores a 400 MW, compensar de 1:1 com a geração da UHE Itapebi (cada 50 MW de FSENE a menos elevar 50 MW na UHE Itapebi). (1) F(BJD-ICA): fluxo de potência ativa na LT 500 kv Bom Jesus da Lapa II - Ibicoara. Os procedimentos para controle de tensão estão contidos nas Instruções de Operação Normal do Manual de Procedimentos da Operação (MPO), do Módulo 10 dos Procedimentos de Rede, relativo ao sistema de suprimento à cidade de Salvador. 52 / 67

4.5.5 Atendimento à Cidade-Sede de Manaus A cidade de Manaus sediará a realização de seis partidas de futebol dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, cujos períodos estão descritos na Tabela 4.5.5-1. Tabela 4.5.5-1: Cronograma dos Jogos em Manaus Jogo Dia Hora Primeira Fase - Suécia x Colômbia Masculino Quinta-feira, 04 de agosto 18:00-20:00 Primeira Fase - Nigéria x Japão Masculino Quinta-feira, 04 de agosto 21:00-23:00 Primeira Fase - Suécia x Nigéria Masculino Domingo, 07 de agosto 18:00-20:00 Primeira Fase - Japão x Colômbia Masculino Domingo, 07 de agosto 21:00-23:00 Primeira Fase - Colômbia x Estados Unidos Feminino Terça-feira, 09 de agosto 18:00-20:00 Primeira Fase - África do Sul x Brasil Feminino Terça-feira, 09 de agosto 21:00-23:00 Antes de apresentar especificamente o sistema de suprimento de Manaus, cabe ressaltar que o estado do estado do Amazonas está integrado ao SIN, através de um sistema de transmissão em 500 kv em circuito duplo de mesma torre. A interligação do sistema elétrico de Manaus ao SIN é realizada na subestação de Lechuga através de uma transformação 500/230 kv 3 x 600 MVA até o barramento de 500 kv da subestação de Tucuruí, com quatro subestações intermediárias de 500 kv nas proximidades de Xingu, Jurupari, Oriximiná, no estado do Pará e Silves no estado do Amazonas, sistema de interligação denominado Tucuruí Macapá Manaus (TMM). A Figura 4.5.5-1, ilustrada a seguir, apresenta diagrama eletrogeográfico do sistema de atendimento ao estado do Amazonas. 53 / 67

Figura 4.5.5-1: Mapa Eletrogeográfico dos Estados do Amazonas e do Amapá O sistema de atendimento à região de Manaus é composto por uma malha de 230 kv, 138 kv e 69 kv, com quatro pontos de conexão com a Rede Básica, ou seja, a SE Manaus 230 / 69 kv 3 x 150 MVA, a SE Jorge Teixeira 230/138 kv- 2 x 150 MVA, a SE Lechuga 230/138 kv 3 x 150 MVA e a SE Mauá 230/138 kv 4 x 150 MVA. A rede de distribuição de 69 kv de Manaus opera em dois subsistemas (ilhas), onde o subsistema 1 é atendido a partir da subestação de Mauá 3 (subsistema Mauá) e o subsistema 2 é atendido a partir da subestação de Manaus (subsistema Manaus). Além desses subsistemas de 69 kv, existe também um subsistema de 138 kv, atendido a partir da transformação 230/138 kv da subestação de Jorge Teixeira e pelo terceiro circuito da LT 230 kv Lechuga Jorge Teixeira que passou a operar na tensão de 138 kv. O diagrama unifilar dessa operação em subsistemas é ilustrado na Figura 4.5.5-2, a seguir. 54 / 67

Figura 4.5.5-2: Diagrama Unifilar do Sistema de Atendimento à Área Manaus O sistema Manaus possui um parque térmico atual disponível de 740,5 MW, conforme pode ser visualizado na Tabela 4.5.5-2. No entanto, a ANEEL encaminhou a proposição de utilização das unidades de contingências (UC) dos PIEs (Produtores Independentes de Energia) em alternativa à contratação de novos PIEs. A proposta de utilização da potência das unidades de contingências dos PIEs implica na elevação da disponibilidade de geração, garantindo maior segurança no atendimento às cargas de Manaus frente a contingências simples e duplas, tanto do sistema de 230 kv quanto da Interligação TMM. 55 / 67