Relatório da Provedora do Estudante IPL 1 de Abril de 2013 a 31 de Agosto de 2014
1 Índice Índice...1 Lista de siglas... 2 1.Introdução... 3 2. Análise dos casos... 3 2.1. Tipologia dos assuntos... 3 2.2. Distribuição no tempo... 4 2.3. Distribuição dos casos por Unidade Orgânica e por assunto... 5 2.4. Perfil dos estudantes que apresentaram os casos... 8 3. Análise dos resultados dos processos...8 3.1. Tipo de ação empreendida... 8 3.2. Tipo de decisão tomada...10 3.3. Duração média de resolução dos processos. 11 4. Interações com os órgãos e serviços do IPL e das suas UO... 11 5. Recomendações 12
2 Lista de siglas ESCS Escola Superior de Comunicação Social ESD Escola Superior de Dança ESELx Escola Superior de Educação de Lisboa ESML Escola Superior de Música de Lisboa ESTeSL Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa ESTC Escola Superior de Teatro e Cinema IPL Instituto Politécnico de Lisboa ISCAL Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa ISEL Instituto Superior de Engenharia de Lisboa PE Provedor do Estudante SAS Serviços de Ação Social UO Unidade Orgânica UC Unidade Curricular
3 1. Introdução A Provedora do Estudante foi eleita pelo Conselho Geral do IPL em Fevereiro de 2013, tendo-lhe sido dada posse em 25 de março pela Presidente do Conselho Geral aquando da sessão solene do dia do IPL. O presente relatório foi elaborado no cumprimento do artigo 14, número 2, do Estatuto do Provedor do Estudante do Instituto Politécnico de Lisboa e referese ao período compreendido entre 1 de abril de 2013 e 31 de agosto de 2014. 2. Análise dos casos O número total de casos submetidos à Provedora do Estudante do IPL, no período indicado, foi de 43, correspondentes a 40 pessoas (estudantes do IPL, ex-estudantes e potenciais estudantes, e ainda uma secretária de uma Junta de Freguesia, mas dizendo respeito a um estudante do IPL e uma mãe de uma candidata a concurso local). Todos os casos submetidos foram aceites para análise. No que diz respeito à análise dos casos apresentados neste primeiro período de tempo, apresenta-se a sua caracterização genérica de acordo com os seguintes pontos: 2.1. Tipologia dos assuntos 2.2. Distribuição no tempo 2.3. Distribuição dos casos por assunto e por Unidade Orgânica 2.4. Perfil dos proponentes 2.1. Tipologia dos assuntos A Tabela 1 apresenta a tipologia de assuntos apresentados à Provedora do Estudante, bem como a frequência dos mesmos.
4 Tabela 1. Tipologia de assuntos Acesso, Ingresso, reingresso, transferências e mudanças de 3 curso Prescrição 1 Problemas administrativas sobre classificações em UC 1 Problemas relativos a propinas (pagamentos, regulamento, 6 etc.) Horários dos serviços 1 Morosidade na entrega de diplomas 3 Lançamento de notas 1 Problemas nas matrículas e inscrições (em UC, em turma, ou 9 em exame) Questões pedagógicas com o funcionamento do 5 curso/unidade curricular Supervisão de dissertação de mestrado 1 Avaliação 2 Alojamento 1 Bolsas 3 Falhas de comunicação dos serviços 2 Outros 8 Algumas das participações abordam mais de um assunto. A categoria Outros, pela sua natureza inclui diversos assuntos, como, por exemplo, o pedido de um aluno para não pagamento dos emolumentos relativos à emissão do certificado do final do curso, outro que questionava a existência de Estatuto do aluno, ou ainda uma mãe que questionava a avaliação feita à filha no concurso de acesso local. Nesta categoria incluiu-se também a queixa de uma aluna sobre a não resposta adequada do seguro do estudante. 2.2. Distribuição no tempo O número de casos apresentados por mês não foi uniforme, havendo meses em que não foi apresentado qualquer um, como agosto e outubro de 2013 e
5 outros como setembro em que o número foi de 9. Nos restantes meses o número variou entre 1 e 4, como se pode ver no gráfico da Figura 1. Distribuição dos casos no tempo Número de casos 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Abr/13 Mai/13 Jun/13 Jul/13 Ago/13 Set/13 Out/13 Nov/13 Dez/13 Jan/14 Fev/14 Mar/14 Abr/14 Mai/14 Jun/14 Jul/14 Ago/14 Figura 1. Distribuição temporal das participações De notar que na segunda parte do tempo a que este relatório diz respeito há um ligeiro aumento dos contactos dos estudantes com a Provedora. 2.3. Distribuição dos casos por Unidade Orgânica e por assunto Dos 43 casos recebidos, 6 foram de pessoas exteriores ao IPL (2 potenciais estudantes, 2 ex-alunos, mãe de uma potencial estudante e 1 secretária de uma Junta de Freguesia). O gráfico da Figura 2 mostra a distribuição pelas diferentes UO. Da ESTC não há registo de nenhum caso e o ISCAL aparece destacado.
6 Casos por UO Nº de casos 16 14 12 10 8 6 4 2 0 ESCS ESD ESELx ESML ESTC ESTeSL ISCAL ISEL SAS Figura 2. Distribuição por Unidade Orgânica Para além de organizados por UO, os casos foram também organizados por assunto e agrupados em três categorias: académico-administrativo, pedagógico e outros. Na categoria académico-administrativo consideram-se todos os casos que dizem respeito a questões de funcionamento dos serviços académicos e do portal académico, normalmente assuntos relacionados com inscrições quer em Unidades Curriculares quer e, exames. Esta categoria inclui também assuntos relativos a propinas (pagamentos, informações sobre propina mínima ou propina parcial, etc.). A grande maioria dos casos apresentados estão nesta categoria (31). A categoria Pedagógico refere-se a casos que têm a ver com funcionamentos de UC (avaliação, forma de organização e gestão dos currículos, etc.), sendo o seu número muito menor (5). Na categoria Outro englobam-se os casos (4) que não se enquadram nas duas categorias anteriores (por exemplo, um incidente no parque de estacionamento da ESELx). Foi ainda considerada uma quarta categoria com os casos (4) relativos ao SAS (bolsas e residência). O gráfico da Figura 3 mostra a distribuição dos casos pelos quatro assuntos.
7 Pedagógico, 5 Outro, 4 SAS, 4 Académico- Administrativo, 31 Figura 3. Número de processos por assunto Na Tabela 2 apresentam-se os casos por UO e por assunto. No caso do ISCAL, uma aluna do mestrado engloba na mesma participação questões do foro Académico-Administrativo e Pedagógico (estando incluída nas duas categorias). Também um aluno do curso Música na Comunidade (da responsabilidade conjunta da ESELx e da ESML) apresentou um caso que aparece nas duas UO (relativo à possibilidade de pagamento de propina parcial). Os casos relativas ao SAS foram apresentados por alunos da ESCS, embora no que se refere à residência diga respeito a alunos ERASMUS. Nos casos categorizados como Bolsas, dois são apresentados pelo mesmo aluno e referem-se a indeferimentos sucessivos do pedido de atribuição de bolsa. Tabela 2. Casos por UO e respetivo assunto UO Assunto Número de casos ESD Pedagógico 1 Outros 1 ESCS Académico-Administrativo 7 ESELx Académico-Administrativo 1+1(ESML) Outros 2 ESML Académico-Administrativo 1+1(ESELx)
8 Pedagógico 2 ESTeSL Académico-Administrativo 3 ISCAL Académico-Administrativo 12 Pedagógico 1 Outros 2 ISEL Académico-Administrativo 6 SAS Bolsas 3 Residência 1 Como já referido, de notar que, no global do IPL, cerca de 69% dos casos são Académico-Administrativo, enquanto que os Pedagógicos são cerca de 9%. 2.4. Perfil dos estudantes que apresentaram os casos Dos casos apresentados por atuais alunos do IPL, 7 foram apresentados por estudantes de cursos do 2.º ciclo (mestrado), e os restantes (28) por estudante do 1.º ciclo (licenciatura). No caso dos três ex-alunos, dois foram alunos de mestrado, não o tendo concluído, tendo apenas uma pósgraduação, um foi apresentado por uma aluna que já tinha concluído o mestrado, mas a propósito da não emissão do diploma de licenciatura. Os potenciais estudantes, um solicitou informação sobre existência ou não de propina mínima e outro manifestou a sua discordância sobre a gestão de vagas nos concursos especiais de acesso para titulares de cursos superiores a uma das licenciaturas em engenharia do ISEL. 3. Análise dos resultados dos processos Neste ponto apresenta-se uma análise dos resultados decorrentes da resolução dos processos submetidos e compreende os seguintes aspetos: 3.1. tipo de acção empreendida; 3.2. tipo de decisão tomada; 3.3. duração média de resolução dos processos. 3.1. Tipo de ação empreendida
9 O processo de resolução dos casos apresentados à Provedora envolveu quatro tipos diferentes de ações: a prestação da informação solicitada, o encaminhamento da solicitação aos órgãos próprios da respetiva UO, o aconselhamento sobre possíveis caminhos a seguir e a mediação entre os signatários e os órgãos competentes. O gráfico da Figura 4 quantifica o tipo de ações efetuadas pela Provedora relativamente aos processos que lhe foram apresentados. Número de casos 25 20 15 10 5 0 Tipo de ações Figura 4. Tipo de ações O reencaminhamento para os órgãos próprios da respetiva UO foi o processo mais usado, uma vez que as questões colocadas careciam da intervenção desses órgãos. A Provedora não se limitou a fazer este encaminhamento e procurou, sempre que considerou oportuno, mediar para obter uma solução. Como se vê no gráfico da Figura 4, a Mediação foi a segunda ação mais usada na resolução dos problemas. Sempre que a Provedora dispunha da informação solicitada informou diretamente os interessados. O Aconselhamento foi usado em oito dos casos apresentados. De referir que, por vezes, para o mesmo assunto foram usados mais do que um tipo das ações referidos, nomeadamente o encaminhamento para os órgãos próprios da UO e uma ação de mediação, sempre que se considerou oportuno.
10 3.2. Tipo de decisão tomada De acordo com as decisões tomadas, os processos foram agrupadas em quatro categorias: Processos deferidos, processos indeferidos, processos pendentes e processos indefinidos. O gráfico da Figura 5 mostra como se distribuem os processos recebidos. Estado dos processos Indefenidos Pendentes Indeferidos Deferidos 0 5 10 15 20 25 30 Nº de processos Figura 5. Tipo de decisão sobre os casos recebidos - Processos deferidos são todos aqueles que mereceram deferimento oficial dos casos apresentados ou quando os pedidos submetidos foram satisfeitos, quer porque foi prestada a informação solicitada, quer porque os órgãos competentes da UO responderam positivamente à solicitação feita; - Processos indeferidos, todos os que resultaram na negação dos casos apresentados; - Processos pendentes: casos que aguardam informação adicional ainda num estádio de análise, ou de decisão superior; - Processos indefinidos: referem-se a processos terminados com resultados inconclusivos no que respeita à classificação apresentada. Isto é, tratam-se maioritariamente de casos de encaminhamento (em que os órgãos/serviços prestaram informações diretamente, nomeadamente aspetos relativos ao funcionamento de cursos ou UC, atraso no lançamento de notas ou na entrega de diplomas), também aspetos relativos à não atribuição de bolsa de estudo, tendo em conta a legislação atual.
11 De concluir que, excluindo os casos indefenidos ou pendentes,: - 76% dos casos apresentados foram deferidos/satisfeitos; - 25% dos casos foram indeferidos. Considerando todos os casos apresentados 56% foram deferidos/satisfeitos e apenas 18% foram indeferidos. 3.3. Duração média de resolução dos processos Os tempos médios de resolução dos processos nos diferentes âmbitos considerados foram calculados como o quociente entre os intervalos de tempo compreendidos entre as datas de recepção e de finalização dos processos (número de dias). Em termos globais, o tempo médio de resolução dos processos foi de 11,3 dias. Houve 10 processos que excederam esta média. Foram todos processos de Mediação ou Reencaminhamento. O processo que teve maior duração (40 dias) foi um processo de Mediação relativo a um problema de inscrição em exame. O processo que apresentou o registo mais negativo e que não tenho informação se está concluído iniciou-se em 21 de janeiro de 2014, envolveu a Provedoria de Justiça e a Inspeção-Geral de Ensino e, embora tenha sido arquivado por esta Inspeção, a aluna informou não concordar com esse arquivamento. Trata-se de um processo académicoadministrativo, mas também pedagógico, que ganhou alguma complexidade antes de ser apresentado à provedora. 4. Interações com os órgãos e serviços do IPL e das suas UO A atividade de um Provedor do Estudante envolve interações com uma multitude de membros e órgãos do Instituto, que são consequência da grande diversidade de assuntos que lhe são submetidos. De realçar a boa colaboração e recetividade que a Provedora sempre teve dos responsáveis pelos diferentes órgãos do Instituto e, de um modo geral, das suas unidades orgânicas. Embora, o meio de contacto privilegiado tenha sido o correio eletrónico, sempre que o solicitaram os participantes foram recebidos pela Provedora fazendo neste encontro uma primeira abordagem ao assunto que estava em causa, passando-o, posteriormente, a escrito. Também sempre
12 que foi considerado oportuno a Provedora solicitou discutir presencialmente com presidentes de diferentes órgãos das UO os problemas apresentados. De referir que estas solicitações foram prontamente correspondidas por todos os envolvidos. Adicionalmente, as diferentes fases por que passaram os processos de resolução dos vários casos determinaram a maior ou menor formalidade das interacções com a estrutura de cada UO, dos SAS e dos Serviços da Presidência do IPL. Também aqui, a principal forma de interação com as diferentes entidades foi o correio eletrónico, sendo o telefone o meio privilegiado sempre que se pretendeu agilizar os processos através do contacto direto com os responsáveis dos órgãos das UO. Para além disso, e, excluindo os inúmeros contactos informais directamente estabelecidos com o Presidente e os Vice-Presidentes do IPL, o Administrador, docentes e funcionários não docents dos Serviços da Presidência e das diferentes UO, realizaram-se reuniões com responsáveis de diferentes órgãos e serviços do Instituto Politécnico de Lisboa, nomeadamente com o Diretor da Escola Superior de Música, a Presidente do Conselho Técnico-Científico da ESTeSL, os Presidentes dos Conselhos Pedagógicos da ESCS, da ESD, do ISCAL e do ISEL e a Administradora do SAS. Foi também realizada uma reunião com a direção da Federação Académica do IPL na pessoa do estudante Luís Castro, a seu pedido, com o objetivo de se inteirar da dimensão da atividade da Provedora. 5. Recomendações A defesa dos interesses dos estudantes é uma das funções mais importante de um PE. A análise dos casos que lhe são apresentados permite identificar dificuldades, problemas e obstáculos pontuais naquele que foi, no caso do IPL e neste primeiro ano de exercício, um universo com alguma diversidade de assuntos. O Provedor tem também o papel de agente de promoção dos interesses dos estudantes que procurei desenvolver ao longo dos processos de resolução dos casos individuais junto dos respetivos responsáveis da Instituição. De notar, que no universo dos processos que me foram apresentados e,
13 como foi referido antes, a grande maioria são de carácter AcadémicoAdministrativo e muitos deles parecem ter uma relação direta com o funcionamento do portal académico problemas com inscrições em UC e inscrições em exams, que urge agilizar. Outros dizem respeito a aspetos relativos a Regulamentos de Frequência e Avaliação sobre os quais, por um lado, os alunos parecem ter pouco conhecimento, ou mesmo desconhecer, por outro a sua redação nem sempre é clara em pontos que para os estudantes se revelam essenciais. Assim, recomendo que os Conselhos Pedagógicos promovam uma maior divulgação e discussão junto de todos os estudantes daqueles regulamentos no início de cada ano letivo. Uma outra área sensível diz respeito às propinas que, embora o seu regulamento já contemple a maioria das situações, é preciso que os serviços estejam completamente inteirados delas de modo a que possam responder prontamente às dúvidas dos estudantes. Um outro aspeto a agilizar diz respeito à emissão de diplomas de final de curso, que, embora não tenham sido formalmente apresentadas muitas participações, é uma área que gera algumas perplexidades, sobretudo nos tempos difíceis que hoje vivemos. Lisboa, 15 de setembro de 2014 A Provedora do Estudante IPL Maria de Lurdes Serrazina