Entendendo a estrutura do Linux



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Transcrição:

1 de 9 25/03/2010 10:45 Entendendo a estrutura do Linux Autor: Jefferson Estanislau da Silva <jeffestanislau at hotmail.com> Data: 12/11/2003 Introdução O Linux é um SO (Sistema Operacional) que foi criado em 1991 por Linus Torvalds na universidade de Helsinki na Finlândia. É um SO de código aberto e distribuído gratuitamente pela Internet. Isto significa que você não precisa pagar nada para usar o Linux! Não é crime fazer cópias para instalar em outros computadores. A vantagem de um sistema de código aberto é que ele se torna flexível às necessidades do usuário, tornando assim suas adaptações e "correções" muito mais rápidas. Lembre-se que ao nosso favor, temos milhares de programadores espalhados pelo mundo pensando apenas em fazer do Linux um sistema cada vez melhor. Mas como isto ocorre na verdade? O código fonte aberto permite que qualquer pessoa veja como o sistema funciona, corrija algum problema ou faça alguma sugestão sobre sua melhoria, esse é um dos motivos de seu rápido crescimento, assim como da compatibilidade com novos hardwares, sem falar de sua alta performance e de sua estabilidade. O Linux segue o padrão POSIX que é o mesmo usado por sistemas UNIX e suas variantes. Desta forma, você que está aprendendo o Linux não encontrará muita dificuldade em operar sistemas como: UNIX, FreeBSD, HPUX, SunOS, necessitando aprender apenas algumas particularidades dos mesmos. Sem contar que temos grandes vantagens: o Linux convive tranqüilamente com outros SO's instalados no mesmo HD (disco rígido); lhe permite fazer conectividade com outras plataformas; pode ser executado em 10 arquiteturas diferentes (Intel, Macintosh, Alpha, Arm e etc); o sistema de arquivos utilizado pelo Linux é inteligente evitando assim a fragmentação dos mesmos; utiliza permissões de acesso a arquivos, diretórios e programas, o que faz o sistema ser considerado muito seguro, sendo um dos motivos que faz com que em 13 anos de existência nunca fosse registrado ocorrências de vírus. Obs: Leia este artigo que fala sobre Os vírus e o Linux. Ufa! Não descrevi nem a metade do que este sistema pode nos oferecer, mas com o tempo você mesmo irá comprovar isto. Para adquirir o Linux você pode baixar a distro pretendida em um dos milhares de servidores (mirror) espalhados pela net, como por exemplo, http://www.linuxiso.org. Partições

2 de 9 25/03/2010 10:45 Partições são divisões existentes no mesmo HD que marcam onde começa e onde termina um sistema de arquivos. Não entendeu! Então bruscamente falando pense assim: Digamos que você tenha 2 discos rígidos em sua máquina, em cada um destes HD's você poderá instalar um * sistema de arquivos diferentes e conseqüentemente SO's diferentes, como por exemplo, Linux no primeiro HD e Windows no segundo. Desta forma, tendo apenas um HD com um bom espaço, é possível fazer divisões (partições) nele, simulando assim um outro HD. Por exemplo, se eu tenho um HD de 20GB, poderia criar duas partições de 10GB, deixando 10GB para Linux e 10GB para Windows. * Sistema de arquivos - é criado durante a formatação do disco ou partição, seu propósito é criar uma estrutura para leitura e gravação de arquivos e diretórios para o sistema operacional utilizar. Dentre as diversas opções se destacam: EXT2, EXT3, FAT, FAT16, FAT32, NTFS. Acho que consegui esclarecer, certo! Para instalar o Linux, no mínimo você precisa de uma partição, que irá conter todo o sistema operacional, mais os seus aplicativos e arquivos pessoais. Muitas pessoas sentem a necessidade de possuir uma partição * Swap, embora isto não seja necessário. * Swap - é um espaço utilizado pelo sistema operacional para criar uma memória virtual. Colocando o swap em uma partição separada, o Linux poderá fazer um uso mais eficiente dela. Por que criar mais de uma partição para o Linux? Vou citar apenas uma razão que é justamente a segurança, pois se ocorrer algum corrompimento do sistema de arquivos, somente aquela partição será afetada e desta forma, você terá apenas que restaurar (através de backups que tenha feito) ou refazer aquela partição, não necessitando mexer em todo o sistema. Hoje em dia, basicamente os usuários fazem pelo menos 3 partições: / - partição para o diretório raiz; Swap - partição para memória virtual; /home - partição para os arquivos do usuário. Muitos usuários avançados, assim como empresas de médio a grande porte, se sentem mais seguros colocando os diretórios cruciais do sistema em partições separadas. Diretórios O diretório é o local utilizado para armazenar conjuntos de arquivos semelhantes para uma melhor organização e localização dos mesmos. O diretório, assim como o arquivo é "Case Sensitive", isto é, o diretório /jeff é diferente do diretório /Jeff, a letra maiúscula ou minúscula em seu nome irá fazer diferença. Os diretórios são organizados hierarquicamente em forma de uma árvore. A função desta árvore é dividir o espaço das partições do disco rígido em "zonas", para organizar as informações contidas nos arquivos de forma hierárquica.

3 de 9 25/03/2010 10:45 Além dos diretórios dos usuários, o sistema de diretórios guarda os programas, as bibliotecas que estes programas utilizam, os arquivos de configuração do sistema e etc. O Linux não atribui letras para identificar unidades de disco como o Windows, de modo que todos os diretórios do sistema estão dispostos abaixo do diretório "/". Com o intuito de padronizar o conteúdo de cada um destes diretórios, foi criado o Filesystem Hierarchy Standard - FHS (http://www.pathname.com/fhs/), uma especificação que sugere como deve ser a organização de arquivos e diretórios em sistemas compatíveis com o Unix. A estrutura básica dos diretórios no Linux e a seguinte: Diretório Descrição / É o diretório raiz, todos os demais diretórios estão abaixo dele. /bin /boot /dev /etc /home /lib /mnt /proc /root /sbin /tmp /usr /var /opt Contém arquivos programas do sistema que são usados com freqüência pelos usuários. Arquivos estáticos e gerenciador de inicialização. Arquivos de dispositivos (periféricos). Arquivos de configuração do sistema, específicos da máquina. Contém os diretórios dos usuários. Bibliotecas essenciais compartilhadas e módulos do kernel. Ponto de montagem para montar um sistema de arquivos temporariamente. Diretório virtual de informações do sistema. Diretório home do usuário root. Diretório de programas usados pelo superusuário root, para administração e controle do funcionamento do sistema. Arquivos temporários. Contém a maior parte de seus programas. Normalmente acessível somente como leitura. Dados variáveis, como: arquivos e diretórios de spool, dados de administração e login, e arquivos transitórios. Aplicativos adicionais e pacotes de softwares. Desta forma fica fácil notar um dos pontos fortes que fazem com que o Linux seja um sistema seguro, pois descentralizando o local de armazenamento de dispositivos e arquivos cruciais para o sistema, assim como tendo a possibilidade de colocar cada diretório em uma partição exclusiva, você reduz e muito a ocorrências de problemas. Gerenciador de partida (boot loader) O Gerenciador de Partida é um programa que carrega um sistema operacional e/ou permite escolher qual será iniciado. Normalmente este programa é gravado no Setor de Boot da partição ativa ou no Master Boot Record (MBR) do disco rígido. Durante o processo de instalação do sistema, nós podemos escolher entre 2 gerenciadores de partida: o LILO e o GRUB.

4 de 9 25/03/2010 10:45 O Lilo é o gerenciador de partida padrão do sistema GNU/Linux, mas o Grub também vem ganhando terreno e se destaca por ser o único gerenciador de inicialização capaz de carregar o conjunto de servidores do GNU Hurd. Para visualizar e/ou editar o lilo, abra o arquivo /etc/lilo.conf. Para visualizar e/ou editar o grub, abra o arquivo /boot/grub/menu.lst. Entrando e saindo do Linux Usuário Como o Unix foi concebido para que várias pessoas pudessem acessar a mesma máquina usando os seus recursos, foi criado o conceito de usuário para diferenciar o que cada pessoa estivesse fazendo e quais recursos ela pode utilizar. A identificação do usuário é feita por um nome ou id, que é atribuído ao usuário durante a criação de sua conta no sistema. E para garantir que um usuários não acessem o trabalho de outro, ele deve informar uma senha que confirme a veracidade daquele id. Desta forma, o id + a senha é a chave de entrada para o usuário acessar o sistema. Grupo O Linux possui o conceito de grupo, que serve para agrupar vários usuários que compartilham das mesmas características, por exemplo, permissão de acesso a arquivos e dispositivos. Superusuário O superusuário é aquele que tem plenos poderes dentro do Linux. É o superusuário que pode criar novos usuários, alterar direitos, configurar e fazer atualizações no sistema. Somente ele tem direito a executar essas atividades. É recomendado utilizar a conta de superusuário somente quando for necessário configurar algo no sistema e mesmo assim, sendo o mais cauteloso possível para evitar algum erro que danifique o mesmo. O superusuário é identificado pelo nome de root. Iniciando o Linux Ao iniciar o linux, um prompt semelhante ao ilustrado abaixo será mostrado: jeffestanislau login: Você deverá informar seu login (nome de usuário) e pressionar Enter. Logo a seguir será solicitado o seu password (senha). Password: Ao digitar a senha, não será apresentado nada, nem sequer os famosos asteriscos "*", pois desta forma o sistema garante o sigilo absoluto de seu password, pois nem a pessoa que está ao seu lado, saberá quantas teclas você digitou.

5 de 9 25/03/2010 10:45 Ao pressionar o Enter, e se seus dados estiverem corretos, você acessará o prompt de comando: [teste@jeffestanislau teste]$ Onde: o 1 teste é o nome do usuário; o jeffestanislau é o nome da máquina; e o 2 teste é a pasta /home/teste do usuário. Agora você está pronto para utilizar o sistema. Desligando o Linux Comando logout ou exit reboot ou shutdown -r shutdown -h now ou halt Descrição É utilizado pelo usuário para encerrar as atividades de sua conta e voltar para a tela de solicitação de login. É utilizado pelo usuário root para reiniciar o sistema. É utilizado pelo usuário root para desligar o sistema imediatamente Os comandos de reinicialização e de desligamento, somente podem ser utilizados pelo usuário root. Há ainda uma alternativa para que qualquer usuário possa reiniciar o sistema, bastando usar a combinação das teclas Ctrl+Alt+Del, mas isto pode ser desabilitado no arquivo /etc/inittab. Comparações entre Linux e Windows Dispositivos DOS/Windows Linux A: /dev/fd0 B: /dev/fd1 C: /dev/hda1 LPT1 /dev/lp0 LPT2 /dev/lp1 LPT3 /dev/lp2 COM1 /dev/ttys0 COM2 /dev/ttys1 COM3 /dev/ttys2 COM4 /dev/ttys3 Comandos

6 de 9 25/03/2010 10:45 DOS Linux Diferenças cls clear Sem diferenças dir ls -l dir/s ls -lr Sem diferenças dir/od ls -tr Sem diferenças cd del md copy cd rm mkdir cp echo echo Sem diferenças path rem path mv type cat Sem diferenças A listagem de arquivos e diretórios no linux possui mais campos (as permissões de acesso) e o total de espaço ocupado e livre no disco, deve ser visto separadamente usando o comando du e df. Poucas diferenças. cd sem parâmetros retorna ao diretório de usuário e também permite o uso de "cd -" para retornar ao diretório anteriormente acessado. Poucas diferenças. O rm do Linux permite especificar diversos arquivos que serão apagados (rm arquivo1 arquivo2 arquivo3). Uma só diferença: No Linux permite que vários diretórios sejam criados de uma só vez mkdir /tmp/a /tmp/b). Poucas diferenças. Para ser mostrados os arquivos enquanto estão sendo copiados, deve-se usar a opção "-v", e para que ele pergunte se deseja substituir um arquivo já existente, deve-se usar a opção "-i". No Linux deve ser usado ":" para separar os diretórios e usar o comando "export PATH=caminho1:/caminho2:/caminho3:" para definir a variável de ambiente PATH. O path atual pode ser visualizado através do comando "echo $PATH". Poucas diferenças. No Linux não é possível renomear vários arquivos de uma só vez (como "ren *.txt *.bak"). É necessário usar um shell script para fazer isto. ver uname -a Poucas diferenças (o uname tem algumas opções a mais). date date No Linux mostra e modifica a Data do sistema. time time No Linux mostra e modifica a Hora do sistema. attrib chmod scandisk fsck.ext2 edit fdisk format mcedit, vim fdisk, cfdisk mkfs.ext2 help man, info Sem diferenças O chmod possui mais opções por tratar as permissões de acesso de leitura, gravação e execução para donos, grupos e outros usuários. O fsck é mais rápido e extensivo na checagem. O edit é mais fácil de usar, mas temos o mcedit que tem mais recursos e o vim que é utilizado por usuários mais experientes. Ao contrário do DOS, os particionadores do linux trabalham com diversos sistemas de arquivos. A diferença se enquadra apenas na especificação do dispositivo. Exemplo: No DOS (a: e c:), no Linux (/dev/fd0 e /dev/hda1). label e2label É necessário especificar a partição que terá o nome modificado. more move more, less mv O more é equivalente a ambos os sistemas, mas o less permite que sejam usadas as setas para cima e para baixo, o que torna a leitura do texto muito mais agradável. Poucas diferenças. Para ser mostrados os arquivos enquanto estão sendo movidos, deve-se usar a opção "-v", e para que ele pergunte se deseja substituir um arquivo já existente deve-se usar a opção "-i".

7 de 9 25/03/2010 10:45 backup print tar lpr vol e2label Sem diferença xcopy cp -R O tar permite o uso de compactação (através do parâmetro -z) e tem um melhor esquema de recuperação de arquivos corrompidos que já segue evoluindo há 30 anos em sistemas UNIX. O lpr é mais rápido e permite até mesmo impressões de gráficos ou arquivos compactados diretamente caso seja usado o programa magicfilter. É o programa de Spool de impressoras usados no sistema Linux/Unix. Pouca diferença, requer que seja usado a opção "-v" para mostrar os arquivos que estão sendo copiados e "-i" para pedir confirmação de substituição de arquivos. É fácil notar a superioridade de comandos e ações que os mesmos podem fazer em benefício do melhor desempenho de seu trabalho. Programas DOS/Windows Linux Diferenças MS Word, Excel e PowerPoint MS Access, SQL Server MS Outlook Internet Explorer Open Office MySQL, Postgresql, Oracle, etc. Pine, Mutt, Evolution, etc. Mozilla, Netscape, lynx, etc. O Open Office possui todos os recursos do Word, Excel e PowerPoint, interface gráfica similar, menus e teclas de atalhos, facilitando assim a sua migração. Também trabalha com arquivos nos formatos 97/2000 e não é vulnerável a vírus de macro. E é distribuído gratuitamente, não sendo necessário pagar licença para uso, doméstico ou empresarial. Existem diversas ferramentas de bancos de dados no linux, todas compatíveis com outras plataformas. Centenas de programas de E-Mail tanto em modo texto como em modo gráfico. Há diversos browsers, sendo que o lynx opera em modo texto. ICQ, Messeger Licq, amsn Praticamente sem diferenças. Photoshop Corel Draw winamp The Gimp Sodipodi xmms Fácil de usar, possui muitos scripts que permitem a criação rápida e fácil de qualquer tipo de efeito profissional pelo usuário mais leigo. Acompanha centenas de efeitos especiais e um belo manual em html com muitas fotos (aproximadamente 20MB) que mostra o que é possível se fazer com ele. Excelente programa para criação de desenhos vetoriais. Possui todos os recursos do programa para Windows além de filtros que permite acrescentar efeitos digitais da

8 de 9 25/03/2010 10:45 Media Player WinDVD Agente de Sistema xanim, xplaymidi, xwave, etc. VLC cron música (em tempo real), eco, etc. Programas para execução de xwave, arquivos de música e vídeos multimídia. Existem outras alternativas, a escolha depende de seu gosto e da sofisticação do programa. VLC (VideoLAN Cliente) é um reprodutor multimídia que suporta vários formatos, além de DVDs, VCDs e alguns outros formatos de streaming. Pouca diferença. O cron da mais liberdade na programação de tarefas a serem executadas pelo Linux. Mirc Bitchx, xchat Clientes IRC para Linux ISS Exchange, NT Mail Wingate, MS Proxy MS Frontpage, Dreamwaver MS Winsock Apache Sendmail, Exim, Qmail, etc Squid, Apache, ip masquerade, nat, diald, exim Netscape Composer, zope, wdm, Bluefish, Quanta Plus, etc Sem equivalente O apache é o servidor WEB mais usado no mundo (algo em torno de 75% das empresas), muito rápido e flexível de se configurar. Só o sendmail tem uma base instalada de mais de 70% no mundo. O Smail é o mais rápido e o qmail é o mais seguro. Todos (especialmente o sendmail) tem como característica a flexibilidade de configuração. A migração de um servidor proxy para Linux requer o uso de vários programas separados para que se tenha um resultado profissional. Isto pode parecer incomodo no começo, mas você logo perceberá que a divisão de serviços entre programas é mais produtivo. Quando desejar substituir um deles, o funcionamento dos outros não serão afetados. Não vou entrar em detalhes sobre os programas citados ao lado, mas o squid é um servidor proxy Web (HTTP e HTTPS) completo e também apresenta um excelente serviço FTP. Possui outros módulos como dns, ping, restrições de acesso, limites de tamanho de arquivos, cache, etc. São diversas as ferramentas para a criação de Web Sites. O Linux tem suporte nativo a tcp/ip desde o começo de sua existência e não precisa de nenhuma camada de comunicação entre ele e a Internet. A performance é aproximadamente 10% maior em conexões Internet via fax-modem e outras redes tcp/ip.

9 de 9 25/03/2010 10:45 A diversidade de programas para a plataforma Linux é incontestável, o que faz a migração para este sistema ser a mais amigável possível. O único ponto desfavorável neste sentido é a impaciência do usuário que por comodidade, prefere suportar as truculentas e famosas telas azuis do Windows do que se dedicar um pouco para aprender um novo sistema e conseqüentemente, novas ferramentas. Conclusão Como vimos, o Linux lhe proporciona uma diversidade enorme de atividades, com uma plataforma segura e estável. Não cheguei a citar aqui nem 10% das possibilidades que o sistema e as suas ferramentas podem alcançar para o benefício do usuário. Minha única preocupação foi a de demonstrar pontos básicos que lhe dão uma visão prazerosa de como é bom mexer neste sistema. A comunidade Linux é outro fator envolvente nisto tudo, pois como vocês irão constatar, a palavra open source é muito mais do que código aberto, pois acaba se tornando um convite ou "portas abertas" para novos usuários, onde estes serão recebidos com toda a cortesia que um anfitrião daria ao receber uma visita em sua casa. Bonito isso não!?! Mas é verdade!!! Espero que vocês apreciem este material e se houver erros ou melhorias que possam ser acrescidas a este texto, por favor, enviem-me. Referências: Guia Foca GNU/Linux 5.30 (Gleydson Mazioli da Silva gleydson @ cipsga.org.br) Instalando Debian GNU/Linux 3.0 (http://www.debian.org) Fundamentos de Administração de Sistemas - Conectiva Linux (http://www.conectiva.com.br) Por Jefferson Estanislau da Silva e-mail: jeffestanislau@hotmail.com http://www.vivaolinux.com.br/artigo/entendendo-a-estrutura-do-linux Voltar para o site