III CONFERÊNCIA LUSO-BRASILEIRA DE ACESSO LIVRE 1 e 2 de outubro de 2012 Universidade Nova de Lisboa Portugal

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NORMA DE SERVIÇO Nº.655 de 03 de janeiro de 2017.

Transcrição:

1 III CONFERÊNCIA LUSO-BRASILEIRA DE ACESSO LIVRE 1 e 2 de outubro de 2012 Universidade Nova de Lisboa Portugal REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS: EM BUSCA DO AUTOARQUIVAMENTO Gleice Pereira (Departamento de Biblioteconomia/Universidade Federal do Espírito Santo, gleiceufes@gmail.com) Patricia Pacheco de Barros (Departamento de Biblioteconomia/Universidade Federal do Espírito Santo, patricia.barros@ufes.br) Morgana Carneiro de Andrade (Biblioteca Central/Universidade Federal do Espírito Santo, morganaandrade@gmail.com) RESUMO Analisa a atividade de autoarquivamento no Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (RIUFES) realizada por estudantes do curso de Biblioteconomia com o objetivo de desenvolver atividades que facilitem o autoarquivamento. O projeto contou com a participação de estudantes, professores do Departamento de Biblioteconomia e bibliotecária da Universidade Federal do Espírito Santo. Concluiu-se que, por se tratar de um processo em que os autores dos trabalhos assumem algumas funções desempenhadas por profissionais de informação é necessário o desenvolvimento de ferramentas, manuais e instrumentos que facilitem a organização do conhecimento (taxonomia, tesauro), que possam auxiliá-los nesse processo. Palavras-chave: Repositório institucional. Autoarquivamento. Interoperabilidade semântica. 1 OS REPOSITÓRIOS INSTITUCIONAIS E O AUTOARQUIVAMENTO O ambiente acadêmico, especialmente o das universidades, possui uma estrutura cultural, social e tecnológica constituída bastante favorável às práticas da gestão do conhecimento, assim como para a comunicação científica, que é responsável por compartilhar o conhecimento científico baseado nas experiências e habilidades dos cientistas (LEITE, 2007, p. 144, 146).

2 O movimento internacional de acesso livre veio contribuir para a consolidação das instituições de ensino e pesquisa como produtoras e disseminadoras desse conhecimento. A insatisfação dos pesquisadores e dos bibliotecários em relação ao controle das editoras sobre a produção científica, principalmente com referência aos custos das assinaturas, e as possibilidades que a Internet disponibilizava contribuíram para a iniciativa dos arquivos de acesso livre. O surgimento da iniciativa dos arquivos de acesso livre inicialmente se deu com o ArXiv, na década de 90, nos Estados Unidos. Em 2005, o ArXiv possuía em torno de 300.000 documentos, com aproximadamente 42.000 inseridos a cada ano (SWAN, 2005). O movimento de acesso livre propõe dois mecanismos para a disponibilização da produção científica, chamados de vias: a via dourada, que é a disponibilização de artigos em periódicos científicos que adotam o conceito de livre acesso; e a via verde, que consiste no depósito desses trabalhos em RIs por autoarquivamento (HARNARD, 2007; KURAMOTO, 2011; MARCONDES; SAYÃO, 2009). Os repositórios institucionais (RIs) são desenvolvidos para desempenhar um papel estratégico no ambiente cultural e técnico: de distribuidor de conhecimento em larga escala, que aumenta o impacto de tomada de decisões, criação e transferência de conhecimento. Podem ser vistos, ainda, como uma ferramenta que estimula o talento, como incubador de inovações, e como veículos de colaboração e como facilitadores da gestão do conhecimento (CROW, 2002; LEITE, 2009; LYNCH, 2003; WHITE, 2009). O autoarquivamento é uma atividade complementar em que o autor, após publicar um artigo em periódico e anais de congresso ou defender uma dissertação ou tese, autoarquiva uma cópia no RI. O autor pode depositar um arquivo que usualmente é uma versão final (post-print), depois da revisão por pares, ou o texto antes dessa revisão ser completada (pre-print). Atualmente, muitas revistas permitem que os autores depositem a versão final do trabalho imediatamente, sem ressalvas, ou após algum tempo de sua publicação (SWAN, 2005).

3 Para Lynch e Lippincott (2005) e Swan (2005) é imprescindível a participação de pesquisadores no processo de autoarquivamento e trata-se de um dos aspectos mais desafiadores para a implantação dos RIs. Das 999 editoras registradas no site SHERPA/ROMEO, 64% permitem algum tipo de autoarquivamento políticas de Copyright e de autoarquivo de editores (SHERPA ROMEO, 2010). De acordo com Kuramoto (2011), a América do Norte e a Europa são responsáveis por 81% dos mandatos registrados no Registry of Open access Repositories Mandatory Archiving Policies (ROARmap), enquanto a América do Sul e a África possuem apenas 3% desses mandatos, o que o autor identifica como contraditório, em razão do custo do acesso à informação científica que, mesmo nesses países mais desenvolvidos, ainda é muito alto. Melero et al. (2009) elaboraram um relatório sobre a situação dos RIs na Espanha, nos anos de 2008 e 2009. Foi realizada uma pesquisa, na Internet, com 104 instituições; 25 instituições que já possuíam repositórios e treze que não tinham responderam aos questionários. O resultado mostra entre outros aspectos que as políticas institucionais sobre autoarquivo e serviços criados em repositórios foram relatadas pelos gestores dos repositórios como as mais relevantes, embora a maioria dos materiais depositados tenha sido feito pelo pessoal administrativo. O aumento da visibilidade e citação, o interesse pela administração da instituição e a simplicidade do uso e dos serviços de pesquisa foram identificados como estimuladores para o depósito em repositório. Em contrapartida, foram apontados, como os aspectos mais inibidores, a ausência de políticas, a falta de integração com outros sistemas nacionais e internacionais e a falta de esforços de conscientização entre a comunidade acadêmica. No autoarquivamento praticado pelos repositórios, em que os autores são os principais responsáveis pela inserção do metadado, há uma inversão de papéis quando a responsabilidade de um expert em executar essa tarefa é transferida para amadores (FERREIRA; BAPTISTA, 2005). Com essa alteração de paradigma, é criada uma situação em que os termos adotados por esses depositantes nem sempre terão consistência em relação aos que seriam adotados pelos profissionais, o que poderia dificultar a recuperação do recurso. Para Furnas et al., referenciados por Ferreira e Baptista (2005), a probabilidade de pessoas que não são especialistas

4 em indexação utilizarem as mesmas palavras-chave que os especialistas é inferior a 20%. Embora também não exista uma completa concordância entre os indexadores especialistas. A partir desse contexto, os autores desenvolveram um add-on para o DSpace que disponibiliza palavras-chave que podem ser utilizadas pelos usuários na fase de indexação. É apresentada uma taxonomia relacionada à comunidade (centros/departamentos) que disponibiliza termos que poderão ser adotados como descritores dos recursos. Dessa forma, a interoperabilidade entre os repositórios que utilizam o mesmo mecanismo é simplificada, pois a probabilidade de encontrar os mesmos vocabulários torna-se maior. Nesse sentido procurou-se, por meio desse estudo, identificar formas de facilitar o trabalho dos pesquisadores, assim como a obtenção da qualidade dos seus depósitos. Essa qualidade está estritamente relacionada com o papel que os RIs podem desempenhar no contexto acadêmico/científico, o de compartilhar o conhecimento (BRASIL, 2012; LEITE; COSTA, 2006).

5 2 A PESQUISA O Projeto de Extensão desenvolvido pelo Departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do Espírito Santo, em conjunto com a Biblioteca Central, buscou analisar o processo de depósito de artigos por meio do autoarquivamento no Repositório Institucional da Universidade Federal do Espírito Santo (RIUFES) como subsídio para elaboração de um workflow e um manual para submissão dos recursos. O projeto contou com a participação de dois professores do Departamento, com a bibliotecária, coordenadora do RI e com 40 alunos, divididos em dois grupos. Foram utilizados 120 artigos com Licença Creative Commons do grupo de pesquisadores de produtividade científica do CNPq. Os alunos, após receberem treinamento coletivo para submissão dos artigos, foram divididos em dois grupos. O grupo 1 foi acompanhado pelos professores no processo de submissão, enquanto o grupo 2 realizou os depósitos utilizando um manual contendo orientações para o autoarquivamento (versão teste), juntamente com a orientação de um dos professores. 2.1 RESULTADOS Identificou-se após análise das submissões realizadas pelos dois grupos e do brainstorm com os alunos que: a) o grupo 1 apresentou as seguintes dificuldades: preenchimento dos metadados, principalmente de autor e título (padronização de acordo com o AACR2); identificação dos descritores adequados nos vocabulários controlados; e identificação do tipo de permissão da licença Creative Commons; b) o grupo 2 obteve melhor desempenho na descrição dos metadados; c) ambos os grupos tiveram dificuldade na elaboração correta da referência bibliográfica dos artigos eletrônicos e na identificação das palavras-chave.

6 3 CONCLUSÃO Com base nesse resultado conclui-se que é necessário: a) oferecer treinamento para a comunidade, principalmente no sentido de habilitar pessoas como elemento multiplicador; b) proporcionar instrumentos/elementos da representação temática que facilitem aos responsáveis pelos depósitos a identificarem descritores utilizados pelo sistema, viabilizando dessa forma a interoperabilidade semântica; c) disponibilizar manual passo a passo e mecanismos para tirar dúvidas, como FAQs/Web 2.0 (blogs, Wikis, MsN); e d) incentivar a participação dos professores/alunos do Departamento de Biblioteconomia em projetos semelhantes como forma de aprendizado junto ao RI. REFERÊNCIAS BRASIL. Senado Federal. Parecer do Projeto de Lei do Senado nº 387, de 2011. Relator: Senador Cristóvão Buarque. Disponível em: http://www6.senado.gov.br/mate-pdf/108623.pdf>. Acesso em: 18 set. 2012. CROW, R. Sparc. Institutional repository checklist & resource guide. Washington: SPARC, 2002. FERREIRA, M.; BAPTISTA, A. A. The use of taxonomies as a way to achieve interoperability and improved resource discovery in DSpace-based repositories. In: RAMALHO, J.C.; SIMÕES, A.; LOPES, J.C. (Ed.). XATA 2005 : XML : aplicações e tecnologias associadas. Actas da III Conferência Nacional, Braga, 2005. Disponível em: <http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/873/1/paper- 25.pdf>. Acesso em: 3 jun. 2011. HARNARD, S. Entrevista com Stevan Harnard. Ci. Inf., Florianópolis, n. esp., p. x-xv, 2007. KURAMOTO, H. Peter Suber fala sobre o estágio atual das iniciativas OA. Blog do Kuramoto, postado em 7 jul. 2011. LEITE, F. C. L. Como gerenciar e ampliar a visibilidade da informação científica brasileira: repositórios institucionais de acesso aberto. Brasília: Ibict, 2009.

7 LEITE, F. C. L. Comunicação científica e gestão do conhecimento: enlaces conceituais para a fundamentação da gestão do conhecimento científico no contexto da universidade. Transinformação, Campinas, v. 19, n. 2, p. 139-151, maio/ago 2007. LEITE, F. C. L.; COSTA, S. Repositórios institucionais como ferramentas de gestão do conhecimento científico no ambiente acadêmico. Persp. Cienc. Inf., Belo Horizonte, v. 11, n. 2, p. 206-219, maio/ago. 2006. LYNCH, C. A. Institutional repositories: essential infrastructure for scholarship in the digital age. ARL Bimonthly Report, Washington, n. 226, 2003. Disponível em: <http://www.arl.org/resources/pubs/br/br226/br226ir~prints.html>. Acesso em: 17 dez. 2008. LYNCH, c. a.; LIPPINCOTT, J. K. Institutional repository deployment in the United States as of early. D-Lib Magazine, v. 11, n. 9, Sept. 2005. Disponível em: <http://www.dlib.org/dlib/september05/lynch/09lynch.html>. Acesso em: maio 2012. MARCONDES, C. H.; SAYÃO, L. F. Introdução: repositórios institucionais e livre acesso. In: SAYÃO, L. et al. (Org.). Implantação e gestão de repositórios institucionais: políticas, memória, livre acesso e preservação. Salvador: EDUFBA, 2009. MELERO, R. et al. The situation of open access institutional repositories in Spain: 2009 report. Inf. Res., v. 14, n. 4, p. 1-21, Dec. 2009. SHERPA ROMEO. Políticas de Copyright e de auto-arquivo de editores. 2010. Disponível em: <http://www.sherpa.ac.uk/romeo/index.php?fidnum= &la=pt>. Acesso em: 2 dez. 2010. SWAN, A. Open access self-archiving: an introduction. 2005. Disponível em: <http://www.openscholarship.org/upload/docs/application/pdf/2009-01/open_access_ self-archiving_-_an_introduction.pdf>. Acesso em: 2 dez. 2010. WHITE, W. Institutional repositories: contributing to institutional knowledge management and the global research commons. In: INTERNATIONAL OPEN REPOSITORIES CONFERENCE, 4., 18-21 May 2009, Atlanta. Disponível em: <http://eprints.soton.ac.uk/48552/>. Acesso em: 22 maio 2010.