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Transcrição:

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 20 de novembro de 2009. PRO 1 PROJETO DE LEI Nº 353/2009 Poder Executivo Introduz modificações na Lei nº 6.537, de 27 de fevereiro de 1973, que dispõe sobre o procedimento tributário administrativo, na Lei nº 8.820, de 27 de janeiro de 1989, que institui o ICMS, na Lei nº 8.960, de 28 de dezembro de 1989, que dispõe sobre a Taxa Judiciária, e na Lei nº 12.031, de 19 de dezembro de 2003, que dispõe sobre o cancelamento de créditos da Fazenda Pública Estadual, e dá outras providências. Art. 1º - Ficam introduzidas as seguintes modificações na Lei nº 6.537, de 27 de fevereiro de 1973: I - O art. 2º passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 2º - A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, apresentada por escrito à repartição fazendária e acompanhada do pagamento do tributo, se devido, inclusive atualização monetária calculada até 1º de janeiro de 2010, multa moratória e juros, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa quando o montante do tributo dependa de posterior apuração." II - No art. 6º, o parágrafo único passa a vigorar com a seguinte redação: "Parágrafo único - O valor da UPF-RS será atualizado por períodos, conforme for definido em regulamento, com base em índice oficial divulgado pelo Poder Executivo." III - No art. 10, as alíneas do inciso I e o inciso II passam a vigorar com a seguinte redação: "a) 50% (cinqüenta por cento) de seu valor, quando o pagamento do crédito tributário, monetariamente atualizado até 1º de janeiro de 2010, e demais acréscimos legais ocorrer dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contado da notificação do Auto de Lançamento; b) 40% (quarenta por cento) de seu valor, quando a parcela for paga até a data do respectivo vencimento e o início do pagamento parcelado do crédito tributário, monetariamente atualizado até 1º de janeiro de 2010, e demais acréscimos legais ocorrer dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contado da notificação do Auto de Lançamento, para os parcelamentos com até 12 (doze) parcelas; c) 30% (trinta por cento) de seu valor, quando a parcela for paga até a data do respectivo vencimento e o início do pagamento parcelado do crédito tributário, monetariamente atualizado até 1º de janeiro de 2010, e demais acréscimos legais ocorrer dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contado da notificação do Auto de Lançamento, para os parcelamentos com 13 (treze) a 24 (vinte e quatro) parcelas; d) 20% (vinte por cento) de seu valor, quando a parcela for paga até a data do respectivo vencimento e o início do pagamento parcelado do crédito tributário, monetariamente atualizado até 1º de janeiro de 2010, e demais acréscimos legais ocorrer dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contado da notificação do Auto de Lançamento, para os parcelamentos com 25 (vinte e cinco) a 36 (trinta e seis) parcelas; II - na hipótese de infrações tributárias formais, 50% (cinqüenta por cento) de seu valor, quando o pagamento do crédito tributário, monetariamente atualizado até 1º de janeiro de 2010, e demais acréscimos legais ocorrer dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contado da notificação do Auto de Lançamento." IV - O 2º do art. 11 passa a vigorar com a seguinte redação:

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 20 de novembro de 2009. PRO 2 " 2º - Para fins de aplicação das multas previstas neste artigo será utilizada a UPF-RS vigente no mês imediatamente anterior ao da lavratura do auto de lançamento." V - No art. 17, o inciso V do 1º e o 6º passam a vigorar com a seguinte redação: "V - a indicação do valor do tributo, inclusive atualização monetária calculada até 1º de janeiro de 2010, multa e/ou juros;" " 6º - Na hipótese do parágrafo anterior, sobre o novo valor declarado, monetariamente atualizado até 1º de janeiro de 2010, incidirão, se devido imposto, os acréscimos pela mora previstos nesta Lei." VI - No art. 67, o inciso I passa a vigorar com a seguinte redação: "I - será convertida em receita orçamentária a quantia depositada;" VII - O art. 69 passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 69 - Fluirão juros moratórios sobre o valor dos tributos vencidos a partir de 1º de janeiro de 2010 e não pagos nos prazos fixados na legislação tributária estadual e sobre as multas. 1º - Na hipótese de tributos, a contar do primeiro dia do mês subseqüente ao do vencimento do prazo para pagamento, serão aplicados juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) no mês do pagamento. 2º - Na hipótese das multas de que tratam os arts. 9º e 11, exceto quanto ao disposto no 2º do art. 9º, a contar do primeiro dia do mês subseqüente ao do lançamento, serão aplicados juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) no mês do pagamento. 3º - Na hipótese das multas de que trata o 2º do art. 9º, a contar do primeiro dia do mês subseqüente ao da inscrição em Dívida Ativa, serão aplicados juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) no mês do pagamento." VIII - Fica acrescentado o art. 69-A com a seguinte redação: "Art. 69-A - Nos casos de lançamento julgado improcedente em decisão administrativa ou judicial definitiva, o depósito administrativo em dinheiro do valor do crédito tributário questionado ou o pagamento indevido promovido em decorrência desse lançamento, será restituído, de ofício, em até 60 (sessenta) dias: I - na hipótese de depósito ou de pagamento anterior a 1º de janeiro de 2010: a) monetariamente atualizado desde a data do depósito ou do pagamento indevido até 1º de janeiro de 2010, vedada a atualização monetária após essa data; b) acrescido dos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados de 1º de janeiro de 2010 até o mês anterior ao da restituição, e de 1% (um por cento) no mês da restituição; II - na hipótese de depósito ou de pagamento efetuado a partir de 1º de janeiro de 2010, acrescido dos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, contados da data do depósito ou do pagamento indevido até o mês anterior ao da restituição, e de 1% (um por cento) no mês da restituição." IX - No art. 71, o 3 passa a vigorar com a seguinte redação: " 3º - O pagamento fora de prazo a que se refere o "caput" deverá ser efetuado acrescido, também, dos juros moratórios de que trata o artigo 69."

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 20 de novembro de 2009. PRO 3 X - Ficam revogados os arts. 72 e 73. XI - No art. 74, a alínea "a" do 1º passa a vigorar com a seguinte redação: "a) o valor de cada fração seja igual ou superior a 2% (dois por cento) do total do crédito tributário, monetariamente atualizado até 1º de janeiro de 2010, quando o pagamento não for efetuado em parcelas iguais, mensais e consecutivas;" XII - O parágrafo único do art. 92 passa a vigorar com a seguinte redação: "Parágrafo único - A restituição de que trata o "caput" será efetuada: a) na hipótese de pagamento anterior a 1º de janeiro de 2010: 1 - monetariamente atualizada até 1º de janeiro de 2010, segundo os mesmos critérios aplicáveis ao tributo, vedada a atualização monetária após essa data; 2 - acrescido dos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados de 1º de janeiro de 2010 até o mês anterior ao da restituição, e de 1% (um por cento) no mês da restituição; b) na hipótese de pagamento efetuado a partir de 1º de janeiro de 2010, acrescida dos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados do primeiro dia do mês subseqüente ao do pagamento indevido até o mês anterior ao da restituição, e de 1% (um por cento) no mês da restituição." XIII - O 2º do art. 131 passa a vigorar com a seguinte redação: " 2º - Nas hipóteses de conversões de depósitos judiciais em renda, aplicar-se-ão as disposições do "caput", dispensando-se eventuais diferenças de valores em função de índices de atualização monetária e de juros aplicados aos créditos tributários e aos respectivos depósitos." Art. 2º - Ficam introduzidas as seguintes alterações na Lei nº 8.820, de 27 de janeiro de 1989: I - No art. 21, o 3 passa a vigorar com a seguinte redação: " 3º - O saldo do imposto verificado a favor do contribuinte (saldo credor), apurado com base nos critérios estabelecidos neste artigo, transfere-se para o período ou períodos seguintes, devendo ser monetariamente atualizado até 1º de janeiro de 2010, utilizando-se as regras que estiverem sendo aplicadas para a atualização monetária dos créditos tributários no período correspondente, vedada a atualização monetária após essa data." II - No art. 37, é dada nova redação aos 1 e 2º e fica acrescentado o 4º, conforme segue: " 1º - Formulado o pedido de restituição e não havendo deliberação no prazo de 90 (noventa) dias, o contribuinte substituído poderá se creditar, em sua escrita fiscal, do valor objeto do pedido. 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, sobrevindo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte substituído, no prazo de 15 (quinze) dias da respectiva notificação, procederá ao estorno dos créditos lançados e ao pagamento dos acréscimos legais cabíveis." " 4º - A restituição de que trata o 1º e, se for o caso, o estorno de que trata o 2º serão efetuados: a) na hipótese de pagamento ou creditamento anterior a 1º de janeiro de 2010: 1 - monetariamente atualizados desde a data do pagamento ou do creditamento indevidos até 1º de janeiro de 2010, segundo os mesmos critérios aplicáveis ao tributo, vedada a atualização monetária após essa data; 2 - acrescidos dos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados de 1º de

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 20 de novembro de 2009. PRO 4 janeiro de 2010 até o mês anterior ao da restituição ou do estorno, e de 1% (um por cento) no mês da restituição ou do estorno; b) na hipótese de pagamento ou creditamento efetuado a partir de 1º de janeiro de 2010, acrescidos dos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados do primeiro dia do mês subseqüente ao do pagamento ou do creditamento indevidos até o mês anterior ao da restituição ou do estorno, e de 1% (um por cento) no mês da restituição ou do estorno." Art. 3º - Na Lei nº 8.960, de 28 de dezembro de 1989, o inciso I do art. 11 passa a vigorar com a seguinte redação: "I - as disposições da Lei nº 6.537, de 27/02/73, exceto na hipótese da devolução prevista no 4º do art. 7º desta Lei;" Art. 4º - Na Lei nº 12.031, de 19 de dezembro de 2003, o art. 2º passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 2º - Não serão inscritos como Dívida Ativa da Fazenda Pública Estadual os créditos de natureza não-tributária de valor igual ou inferior a 100 UPF-RS, devendo permanecer em cobrança no órgão de origem." Art. 5º - A Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (CDO), de que trata a Lei nº 8.504, de 31/12/87, passa a ser o equivalente a 3,292% (três inteiros e duzentos e noventa e dois milésimos por cento) do valor da UPF-RS vigente no mês do respectivo vencimento, por saco de 50 quilogramas de arroz em casca, produzido no Estado. Parágrafo único - Aplicam-se à Taxa CDO as disposições da Lei nº 6.537, de 27/02/73. Art. 6º - As obrigações tributárias serão monetariamente atualizadas em 1º de janeiro de 2010, com base na variação da UPF-RS, da seguinte forma: I - na hipótese de obrigação decorrente do ICMS, não lançada, convertendo-se o valor devido em quantidade de UPF-RS com base no valor desta no dia seguinte ao fixado para o encerramento do período de apuração a que corresponder, sendo a reconversão para moeda corrente nacional efetuada em 1º de janeiro de 2010; II - nas demais hipóteses, convertendo-se o valor devido em quantidade de UPF-RS com base no valor desta em 31 de dezembro de 2009, sendo a reconversão para moeda corrente nacional efetuada em 1º de janeiro de 2010. Art. 7º - A atualização monetária e os juros incidentes sobre as obrigações tributárias cujo vencimento seja anterior a 1º de janeiro de 2010, ainda que o auto de lançamento seja lavrado após essa data, serão calculados da seguinte forma: I - até 31 de dezembro de 2009, juros moratórios calculados sobre o valor, monetariamente atualizado, do tributo vencido e não pago nos prazos fixados na legislação tributária ou do crédito tributário, nos termos previstos nos arts. 69, 72 e 73 da Lei nº 6.537, de 27/02/73, na redação dada pela Lei nº 10.904, 26/12/96; II - em 1º de janeiro de 2010, atualização monetária prevista no artigo anterior;

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 20 de novembro de 2009. PRO 5 III - a partir de 1º de janeiro de 2010, juros moratórios de que tratam os parágrafos do art. 69 da Lei nº 6.537, de 27/02/73, na redação dada por esta Lei, calculados sobre o valor do tributo vencido e não pago e da multa, atualizados até 1º de janeiro de 2010. Parágrafo único - O disposto neste artigo aplica-se também às obrigações tributárias decorrentes de autos de lançamento lavrados até 31 de dezembro de 2009 pela prática de infrações tributárias formais. Art. 8º - As disposições previstas no artigo anterior aplicam-se inclusive aos parcelamentos de créditos tributários em vigor em 31 de dezembro de 2009. Parágrafo único - O disposto no "caput" não se aplica aos parcelamentos concedidos com base nos Decretos n os 40.145, de 21/06/00, 41.858, de 27/09/02, 42.633, de 07/11/03, na hipótese prevista no seu art. 4º, 3º, e 45.122, de 29/06/07, enquanto estiverem em vigor, em relação aos quais ficam mantidas as taxas de juros neles previstas, que, a partir de 1º de janeiro de 2010, passam a ser aplicadas somente sobre o valor dos tributos e das multas, atualizados até essa data, obedecido ao disposto em instruções baixadas pela Receita Estadual da Secretaria da Fazenda." Art. 9º - Ficam mantidos os valores expressos em quantidade de UPF-RS na legislação tributária estadual, ou em decorrência desta, tais como multas, limites para benefícios e taxas. Art. 10 - O disposto nesta Lei aplica-se, no que couber, aos créditos do Estado de natureza nãotributária. Art. 11 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2010. Art. 12 - Revogam-se as disposições em contrário. JUSTIFICATIVA Este Projeto de Lei tem por objetivo primordial introduzir uma nova sistemática de cobrança de juros pela inadimplência das obrigações tributárias estaduais. Nesse sentido propõem-se, no artigo 1º, alterações na Lei nº 6.537, de 27/02/73, que dispõe sobre o procedimento tributário administrativo, para que o Estado passe a exigir, a partir de 1º de janeiro de 2010, juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos federais, acumulada mensalmente, e de 1% no mês do pagamento. A exigência de juros com base na taxa SELIC é a forma predominantemente utilizada no País para a compensação pela mora no pagamento de tributos e contribuições, tendo sido adotada há mais de uma década pela Receita Federal do Brasil. Dentro do contexto de harmonização das legislações tributárias estaduais, diversos Estados da Federação passaram a utilizar o sistema, com pequenas variantes, tornando-se cada vez mais premente a necessidade de modificação da nossa legislação tributária nesse tema. A adoção da nova sistemática traz uma série de vantagens, tanto ao Erário quanto aos contribuintes deste Estado.

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 20 de novembro de 2009. PRO 6 Tendo em vista que, hoje, a taxa SELIC, divulgada mensalmente, está aquém de 1%, que é o percentual mensal fixo exigido a título de juros pela sistemática atual, o resultado será que a mora pela inadimplência das obrigações tributárias será menos onerosa para o contribuinte. Em contrapartida, também ganha o Estado, uma vez que, com juros mais próximos aos praticados por outros Entes Federados, e mesmo pelo mercado, é possível prever que os parcelamentos em vigor e os novos que vierem a ser concedidos terão maior probabilidade de serem adimplidos em sua totalidade. A adoção da nova sistemática de cobrança de juros com base na taxa SELIC permitirá, também, o ajuste dinâmico do sistema de controle de créditos da Fazenda Pública Estadual às variações das taxas de juros de mercado, o que traz a vantagem de preservar as finanças estaduais frente a uma eventual oscilação na taxa de juros para um patamar superior ao percentual de 1% mensal, hoje praticado, bem como promove a justiça fiscal, atendendo ao clamor generalizado por menores taxas de juros em época de estabilização econômica, como a que hoje se vive. Espera-se, portanto, com esta modificação legislativa, harmonização da legislação tributária estadual ao sistema majoritariamente adotado no País, melhoria na relação com os contribuintes, flexibilização do sistema de controle de créditos da Fazenda Pública Estadual, melhoria nos índices de adimplência de parcelamentos, especialmente os de longo prazo, e, também, maior confiabilidade nas informações acerca dos créditos tributários que compõem o estoque da Dívida Ativa estadual, na medida em que o crescimento vegetativo desse passivo ocorrerá dentro das taxas de mercado, e não acima destas, o que diminui em muito as possibilidades de recuperação desses créditos. A modificação proposta não acarretará diminuição imediata da arrecadação, tendo em vista que eventual perda de receita decorrente da diminuição da taxa de juros hoje exigida será amplamente compensada pela manutenção de parcelamentos por maior período de tempo, especialmente os de longo prazo, o que contribui para a viabilização de diversas empresas que, submetidas a taxas de juros acima das praticadas pelo mercado, veriam sua própria existência ameaçada. A mudança da sistemática da cobrança de juros, que passarão a ser calculados com base na taxa SELIC em substituição ao percentual mensal fixo de 1%, demandou alterações na Lei nº 8.820, de 27/01/89, que instituiu o ICMS neste Estado. As alterações encontram-se expressas no art. 2º deste Projeto de Lei e têm por objetivo determinar que a atualização monetária das obrigações tributárias será realizada somente até 1º de janeiro de 2010, já que, a partir dessa data, incidirá exclusivamente a taxa SELIC, vedada a atualização monetária. Fica, contudo, mantida a UPF-RS e garante-se a atualização monetária decorrente da variação dessa unidade relativamente ao período acumulado de 2009, a ser aplicada em 1º de janeiro de 2010. A restituição de tributos indevidamente pagos pelo contribuinte, voluntariamente ou em decorrência de lavratura de auto de lançamento, será realizada com a incidência de juros moratórios com base na taxa SELIC, o que garante harmonização com o sistema da Receita Federal do Brasil. A Lei nº 8.960, de 28/12/89, que dispõe sobre a Taxa Judiciária, sofreu pequena modificação, também decorrente da nova sistemática de cobrança de juros, expressa no art. 3º, apenas para manter a forma de cálculo da devolução da taxa eventualmente paga a maior, que continuará a ser corrigida pela UPF-RS, e não com a incidência de juros moratórios calculados com base na taxa SELIC, prevista na Lei nº 6.537, de 27/02/73. No art. 4º, propõe-se alteração na Lei nº 12.031, de 19/12/03, que dispõe sobre o cancelamento de créditos da Fazenda Pública Estadual, aumentando de 50 UPF-RS para 100 UPF-RS o valor dos créditos de natureza não-tributária que deixarão de ser inscritos como Dívida Ativa deste Estado. No art. 5º, determina-se que a Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (CDO), de que trata a Lei nº 8.504, de 31/12/87, será calculada com base no valor da UPF-RS no mês do vencimento, e não mais no mês do pagamento, como até então era feito. A alteração é necessária para viabilizar, em caso de

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 20 de novembro de 2009. PRO 7 inadimplência, a incidência de juros calculados com base na taxa SELIC, os quais fluirão a partir do vencimento. Os arts. 6º a 9º tratam de disposições transitórias relativas à adoção da nova sistemática de cobrança de juros. No art. 6º, determina-se a manutenção da atualização monetária das obrigações tributárias até 1º de janeiro de 2010, com base na variação da UPF-RS, disciplinando a sua forma de cálculo. A partir dessa data, não haverá mais atualização monetária das obrigações tributárias. No art. 7º, determina-se, em relação às obrigações tributárias com vencimento anterior a 1º de janeiro de 2010, a incidência de juros moratórios calculados com base no percentual fixo de 1% ao mês ou fração até 31 de dezembro de 2009 (sistema anterior); a atualização monetária referente à variação da UPF-RS no período de 2009, a ser aplicada em 1º de janeiro de 2010; e a incidência de juros moratórios calculados com base na taxa SELIC a partir dessa data (novo sistema). O art. 8º esclarece que as disposições acima descritas serão aplicadas, também, aos parcelamentos de créditos tributários em vigor em 31 de dezembro de 2009, excetuados os parcelamentos concedidos com fundamento em leis ou convênios que prevêem taxas de juros diferenciadas. Entretanto, em relação a todos os parcelamentos, o dispositivo modifica o valor sobre o qual incidem os juros moratórios. Pela sistemática anterior, os juros incidiam sobre os valores, monetariamente atualizados, do tributo, das multas e dos juros exigíveis antes da lavratura de auto de lançamento e, pela sistemática proposta, passarão a incidir somente sobre os valores dos tributos e das multas. A atualização monetária, nesse caso, será calculada somente até 1º de janeiro de 2010, data a partir da qual deixará de existir. O art. 9º esclarece que a UPF-RS permanece em vigor. Continuará a ser utilizada para o cálculo das multas formais e limites para fruição de benefícios fiscais, que hoje já são expressos nessa unidade, bem como para cálculo de taxas e outros tributos cujas legislações específicas determinem que a base de cálculo seja expressa em UPF-RS. O art. 10 estende, aos créditos do Estado de natureza não-tributária, as disposições relativas à nova sistemática de cobrança de juros em decorrência de inadimplência. OF.GG/SL - 319 RC 178/2009 Porto Alegre, 19 de novembro de 2009. Senhor Presidente: Dirijo-me a Vossa Excelência para encaminhar-lhe, no uso da prerrogativa que me é conferida pelo artigo 82, inciso III, da Constituição do Estado, o anexo projeto de lei que introduz modificação nas Leis nº. 6.537/73 (Procedimento Tributário Administrativo), 8.820/89 (ICMS), 8960/89 (Taxa Judiciária) e 12.031/03 (Dispõe sobre Cancelamento de Créditos da Fazenda), a fim de ser submetido à apreciação dessa Egrégia Assembléia Legislativa, no regime de urgência previsto no artigo 62 da Carta Estadual. A justificativa que acompanha o expediente evidencia as razões e a finalidade da presente proposta. Atenciosamente, Yeda Rorato Crusius,

DIÁRIO OFICIAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Porto Alegre, sexta-feira, 20 de novembro de 2009. PRO 8 Governadora do Estado. Excelentíssimo Senhor Deputado Ivar Pavan, Digníssimo Presidente da Assembleia Legislativa, Palácio Farroupilha. Nesta capital